Ah eu realmente conseguia me superar, dar em cima do novo professor depois de dizer que ele nunca seria tão bom quanto Lupin, ele devia estar com uma péssima primeira impressão.

Apesar da situação constrangedora, eu não conseguia parar de pensar em meu pai, eu estava com a consciência pesada de ter brigado com ele mais cedo e acabei ficando distraída durante as aulas.

A ultima aula do dia foi DCAT com o novo professor, a aula era com a corvinal e eu me sentei com Luna Lovegood, eu queria me esconder para que ele não me visse, então enfiei a cara nos livros e evitei o seu olhar, se isso foi o suficiente para fugir dele? Não, ele era um professor mau, queria realmente me ferrar, só podia.

Só notei que o professor falava comigo quando Luna me deu cotoveladas.

– Sim senhor? - pergunto erguendo os olhos para ele que me olhava com uma sobrancelha arqueada.

– Não temos o dia todo, Srta. Snape.

– Ér... Pode repetir a pergunta, por favor. - pedi mordendo o lábio inferior e ele suspirou como se estivesse decepcionado.

– Se estivesse prestando mais atenção na aula Srta. Snape, eu certamente não precisaria, menos dez pontos para a sonserina, por sua falta de atenção. Alguém pode me responder do que se trata o feitiço acrimônia malus? Ninguém, que pena...

Tentei prestar a atenção a partir daí, na verdade eu sabia do que se tratava, um feitiço realmente das trevas que lança um jato de água acida no adversário, mas não sabia que havia um meio de se defender dele, a aula foi realmente interessante.

Quando a aula acabou, eu me demorei para arrumar as minhas coisas esperando que os outros alunos saíssem da sala, o professor percebeu.

– Posso ajudá-la, Snape? - ele perguntou, seu tom de voz parecia um pouco frio.

– Desculpe professor. - eu disse sem jeito. - Eu estava um pouco distraída, eu briguei com meu pai mais cedo e... Ah o senhor não se importa com isto, eu só queria dizer que... Não vai voltar a acontecer.

Fui em direção à saída da sala e parei novamente antes de cruzar a porta.

– Ah e desculpa por hoje mais cedo também, é que o senhor parece tão novo para ser um professor. - digo olhando para ele, agora que estava prestando bem atenção, ele parecia ter na faixa de uns 25 anos, sua postura e o ar sério era diferente dos garotos daquela escola, se eu tivesse prestado a atenção veria que ele não era um aluno.

– Não sou tão novo quanto pareço. - ele diz e seu tom de voz não é mais tão frio. - Sei que tem um grande potencial e tenho muito a te ensinar, não fique mais distraída em minhas aulas, Elizabeth Snape.

– Pode deixar senhor.

POV Tom

Elizabeth deixou minha sala, era estranho chamá-la de Snape, eu já havia me acostumado com o sobrenome Tyler.

No momento em que a vi pela primeira vez em Hogwarts eu soube que não conseguiria cumprir meu objetivo ali, vingar-me dela, eu a odiava por no passado ela deter Lord Voldemort, por ter me tornado fraco, por ter me deixado, e pretendia me vingar dela, mas agora eu já não tinha tanta certeza de que conseguiria.

A Elizabeth Snape que encontrara em Hogwarts agora não conhecia a guerra, não era apta em oclumencia e boa em enganar os tolos para conseguir o que quer como era antes, não era nem a sombra daquela Princesa Mestiça, era apenas uma garota meio perdida e o que mais me irritava era que isto não fazia com que eu me encantasse menos por ela.

Eu tinha tentado esquecê-la, me mudado para a França, reunido meus amigos e começado o reinado de Lord Voldemort em toda a Europa, com exceção de Londres, mas isto fora há algum tempo, devido a isto tinha sido muito difícil conseguir o cargo de professor no castelo, Dumbledore apenas havia permitido perante suas condições: Ele ficaria de olho em mim, qualquer atividade suspeita e eu iria direto para azkaban, nada de ensinar magia negra a seus alunos e Elizabeth não deveria ficar sabendo de nada.

POV Elizabeth

Pansy Parkinson ria da minha cara, ela ouvira enquanto eu falava para Low Ellen sobre o novo professor e que eu acidentalmente tinha dado em cima dele.

– Sério, dessa vez você se superou Snape.

– Seus pais nunca te ensinaram que é feio ficar ouvindo a conversa dos outros? - retruquei.

– Os meus sim e os seus? Ah é, eles não dão a mínima pra você.

Irritada terminei meu jantar em silêncio e fui para o meu dormitório.

– Snape. - ouvi aquela voz arrastada, era Draco, ele me parou na sala comum antes que eu entrasse no dormitório. - Não está se esquecendo de nada?

– Ahm, o que Draco?

– Você é monitora agora, ronda noturna, precisa fazer isto.

– Ah é mesmo. - eu disse dando meia volta, com ar cansado e triste. - Bem eu já vou então, quero acabar com isto logo.

– Tsc está bem eu faço isto por você, vai ficar me devendo esta Snape.

– Obrigada Draco.

– E pensar que é meia irmã do Potter, é ninguém é perfeito. - ele diz me fazendo rir, eu soco seu braço, mas lhe dou um beijo em sua bochecha antes de ir para o meu quarto.

[...]

Alguns dias mais tarde e era o primeiro fim de semana que os alunos iam para Hogsmeade, se eu tinha autorização? Não, esta era a vingança de Severus Snape por eu ser uma filha respondona e atrevida, mas isto não ficaria assim.

Peguei a capa da invisibilidade emprestada com Harry e entrei no estoque do meu pai pegando alguns ingredientes, queria apenas praticar algumas poções, segui para as masmorras onde encontrei uma sala vazia. Coloquei os ingredientes na mesa quando percebi o mais óbvio, faltava um caldeirão, como eu pude ser tão burra e não vai seria nada fácil trazer um caldeirão para a sala.

– Vai se meter em encrenca Srta. Snape. - ouvi a voz do professor Riddle e minha boca se abriu, surpresa, eu tomei cuidado para não ser seguida.

– Como me encontrou aqui? Todos do castelo estão em Hogsmeade ou a maioria, por que não está lá?

– Eu estava a caminho de lá sabe, gostaria de passar no Três Vassouras, quando vi um par de sapatos femininos andando sozinhos e vindo para cá.

– Droga, fui descuidada. Vai tirar pontos da minha casa de novo? Vão me deportar como monitora. - ninguém nunca tinha tirado pontos de mim antes da primeira aula do professor Riddle.

Ele fez cara de pensativo por algum tempo e depois quase sorriu.

– Não, mas eu acho que posso te ajudar.