Rosa Cristalizada escrita por flaviovini


Capítulo 8
Capítulo 7- Pétalas de sangue


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse catítulo.....



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 O sol da manhã estava esplendoroso, fiquei muito tempo sem ver a maravilhosa esfera brilhante no céu. Ele lançava seus primeiros raios pelas ruas e alguns por minha janela, estendi a mão para tentar pegar a luz chamativa.

 De repente meu corpo virou pedra, não que o sol tivesse me petrificado; mas os raios solares em contraste com a minha pele fizeram um efeito belíssimo. Cada pedaço de meu corpo exposto ao sol refletia como milhares fragmentos de diamante. Tudo brilhava, e as cores não eram apenas as sete famosas: Lilás, laranja, amarelo, azul-claro, verde, vermelho e azul-escuro, havia também a cor predominante por trás delas, uma que não era visível para os humanos e originava elas próprias: A cor branca!

 Era beleza demais para apenas um ser... Um ser não-humano. O fascínio me deixava louca... Cada dia que passava, eu descobria mais perfeição nessa nova vida.

 Porém, se reagíamos assim ao sol, isso queria dizer que não poderíamos nos expor em dias como este.

 Vasculhei pelo quarto em busca do tecido que me traria felicidade, a felicidade-pós-vingança.

 Encontrei o vestido de noiva, e voltei meus pensamentos para Royce, o modo de como eu agiria para terminar com ele e seus amigos. E se depois de matá-los eu não fosse capaz de resistir ao sangue? E se eu errasse por alguns segundos e deixasse o liquido escorrer pelo corpo de um deles, será que eu conseguiria resistir?

 Em minha mente formou-se uma imagem nítida: Rosalie Hale, uma vingadora, vestida com o vestido branco-pérola com detalhes vermelho-sangue, ou melhor, vermelho-sangue-humano. Como uma digna Rosa esplendorosa e convidativa, contendo pétalas de sangue.

 

 Deixei este pensamento, eu não tocaria no sangue deles, eu resistiria com todas as forças. Tê-los dentro de mim era algo fora de cogitação.

 Armei meus planos durante os dias que se seguiram, Edward não ficava por perto, acredito que minhas idéias eram fortes demais para ele. Esme e Carlisle nem suspeitavam o que ocorria, isso se devia ao fato de uma doença que se espalhara pela cidade e que deixara Carlisle com um turno duplo, e Esme passava muito tempo fora procurando por detalhes para organizar a casa: Pisos, novas tintas, móveis...

 Minha estratégia já estava pronta, só estava aguardando a aprovação de Edward.

 Ele decidiu que a melhor hora para fazer isso era na sexta-feira depois das 21:00 horas. Segundo ele – que era meu fiel espião – Royce iria para um clube com os amigos e seria mais fácil atacá-los na saída. Como só faltavam dois dias assenti, sentindo a adrenalina fervendo no meu interior.

 Voltei para meus devaneios e decidi atacar os quatro amigos de Royce na sexta, e atacá-lo alguns dias depois com o visual que eu escolhera, para que ele possa ser informado das mortes e para que ele saiba com antecedência da minha aproximação.

 

 Esperar já era algo muito ruim, as horas passavam vagarosamente e minha paciência estava chegando ao limite... Tic-tac faltam cinco horas. Tic-tac faltam quatro horas. Tic-tac faltam três horas...

 Típico de Edward atrapalhar minha contagem para revisar OUTRA VEZ o plano. Ele estava começando a me deixar maluca.

 Edward saiu para que eu me trocasse, deslizei o perfeito vestido pelo meu corpo, as ondas se ajeitaram por baixo de minha cintura e as rendas deram um aspecto melhor para ele, além do contraste branco-pérola. Sai do quarto e percebi o olhar de Edward caindo sobre mim.

 Nos preparamos e saímos para o gélido caminho até o clube. Nossa velocidade foi o suficiente para nos permitir ter tempo de sobra. Edward estava mais afoito do que eu e isso era bastante perceptível.

 

 “Eles vão sair do clube de senhores depois da hora de ter fechado, em aproximadamente vinte minutos...” Ele me lembrou pela centésima vez e revirei os olhos como uma criança, depois suspirei para que ele parasse “... Só quero ter certeza que você sabe o que está fazendo, Rosalie” Defendeu-se.

 

“Eu sei o que estou fazendo, Edward” Ataquei-o.

 

“Ao primeiro sinal de qualquer frenesi, estou tirando você de lá. Não importa se matou a todos ou não!” Ele alertou autoritário.

 

 “Eu sei!” Não consegui conter a irritação “Já falamos disso mil vezes” Lembrei-o.

 

“Você gosta de hipérboles, não gosta?” Ele disse secamente com um olhar severo.

 

“Certo...” Soltei um último suspiro “Vamos revisar mais uma vez. Mas é a ÚLTIMA” Falei balançando o dedo seriamente.

 

 Ele riu brevemente, mudando sua expressão para a mesma que a minha de seriedade “Você intercepta os homens enquanto eles andam em direção a residência dos King. Mate-os rapidamente, quebre seus pescoços, mas não cause nenhuma ferida aberta. Eu estarei por perto. Vou sussurrar alto o bastante para que você escute e mais ninguém. Você pode falar comigo em sua mente” Ele me lembrou e assenti novamente sentindo a adrenalina.

 

 Edward examinou minha expressão por alguns segundos, admirando meu vestido pérola ao vento e por fim, dei-lhe as costas e caminhei rumo pela vingança. Eu estava mais determinada do que nunca. O clima mudou, o gelo assumiu a rua, exatamente como no dia da minha morte. A neve era maravilhosa e arrastei meu vestido branco pelas ruas escuras em busca dos homens violadores.

 Escondi-me na parte sombria da rua movimentada e observei cautelosamente os cinco homens de terno preto caminhando em direção à enorme casa dos King. O aroma deles me deixava em êxtase, a concentração era necessária neste momento. ‘Eu não terei nenhum deles dentro de mim... Eu não terei nenhum deles dentro de mim... Eu não terei nenhum deles dentro de mim... Eu não darei esse prazer a eles, morrer assim é fácil demais... Rápido demais... Não será desse jeito!’.

 

 Royce entrou e despediu-se dos amigos; perfeito! Eles seguiram para ruas diferentes, tudo seria mais fácil do que eu imaginava. O primeiro na lista seria sem dúvida ‘John Flotnary’ Segui-o como se fosse uma sombra e o momento exato surgiu, assim como num filme de terror: Um beco sombrio e deserto.

 

 Deixei que ele notasse que algo estava diferente, usei meus movimentos ágeis para acertar diversos lugares, utilizando o barulho como fonte de pavor. Deu certo... John sobressaltou-se e correu pela rua olhando para trás.

 Ele percebeu um tecido branco voar pelo escuro e viu-se sem escapatória.

 

 “Quem está ai?” Sua voz tremia de pânico.

 

 Silêncio profundo. Barulho estrondoso. Grito pavoroso. Risada nas sombras. Suor frio.

 

 “Olá John” Soprei com minha voz de sinos.

 

 “Onde está? Quem é?” Ouvi seu coração acelerar incrivelmente.

 

 “Não se lembra de mim?” Perguntei saindo da escuridão lentamente e exibindo meu corpo esbelto com um belo vestido de neve.

 

“Rosalie Hale? Impossível...” A compreensão preencheu sua face, deixando-a sem cor, como se houvesse um fantasma.

 

“Eu mesma... Surpreso em me ver?”.

 

“Rosalie... Eu... Não... Queria... Fazer... Aquilo...” Não era o frio que o fazia tremer, era o medo!

 

“Sei disso... E não quer fazer de novo?” Levantei um pouco as ondas do vestido e levantei a perna.

 

 Percebi seu desejo por mim, mas ele continuava alerta do perigo. Uma expressão confusa passou por seu rosto e ele aproximou-se.

 

 “Você esta muito bela, se Royce soubesse disso me mataria...” Ele disse com passos lentos e estendeu a mão para minha perna. O choque transcorreu seu rosto ao sentir o gelo de meu corpo, pior do que a neve.

 

 Apertei meu corpo contra o seu na parede e deslizei minha mão para junto da dele em minha perna exposta. Seu desejo ficou mais explicito no volume que aparecia na parte debaixo de seu terno. Enfim, a hora havia chegado!

 Levantei sua mão calmamente enquanto ele observava cada movimento. E transformei em pó todos os ossos de sua frágil carne em contato com a minha.

 Seu grito apenas estimulou meu prazer, deixei que minhas mãos tocassem seus braços e quebrei cada osso que existiam ali.

 

 “Eu sou o seu pior pesadelo! Adeus John...” Sussurrei ao seu ouvido e minhas mãos tocaram seu rosto, desenhando-o lentamente. Suas veias pulsavam, gritando para mim, mas eu proibi esses pensamentos. Desenhei seu queixo e parei em seu pescoço, que com um único movimento, soltou um estalo e fez sua cabeça cair de lado, seu corpo ficou imóvel e morto nos meus braços.

 

Um já se fora, faltavam quatro...

 

 Sem perder tempo, utilizei minhas habilidades e fui atrás de dois amigos que estavam para oeste: Gabriel Widnear e Francesco Pollifort. A neve continuava a cair em pequenos flocos, eles gargalhavam nas ruas desertas sem saber do perigo que em breve os envolveria.

 Esperei até que eles estivessem juntos e aguardei sua aproximação; ao fazer a curva para a direita a surpresa surgiu em suas faces.

 

“Está perdida senhorita?” Gabriel perguntou quando me viu de costas.

 

“Sim... Foi por aqui que perdi algo... e acho que vocês também perderão” Falei calma e inocentemente.

 

 “Que tipo de coisa?” Francesco estava me achando louca.

 

 “Minha vida!” Me virei e exibi meus reluzentes caninos e em questão de segundos seu corpos jaziam mortos nas ruas assombradas.

 

 Deslizei pela neve novamente como a dama do gelo e fui atrás do ultimo amiguinho. Ele deveria estar longe, pelo tempo que gastei, então voei ao vento e fui para leste encontrando Mathews Merini na porta de casa. Não havia tempo a perder.

 

“Math?” Usei minha voz sedutora e ele veio em minha direção.

 

“Está com frio senhorita?” Ele tirava o casaco, muito cavalheiro, nem parecia a mesma pessoa, mas eu sabia o que se escondia por trás dos bons modos.

 

“Estou precisando acabar com a dor...” Ele me olhou abobalhado e aos poucos se deu conta de quem era “... E ela só ira embora quando eu acabar com quem a causou!”.

 

 Abafei o grito que ele dava e meus dedos brincaram com sua face, e como se fosse um bonequinho de porcelana, ele quebrou-se ao ser tocado com um pouquinho de força.

 Meu prazer cresceu demasiadamente, Royce saberia quem era o causador das mortes e agora o jogo estava iniciado.

 

 Edward veio ao meu encontro com os olhos arregalados, ele acompanhara tudo o que aconteceu através da minha mente e das outras. Imaginei-o me vendo como predadora em sua frente e ele sendo a presa, isso explicou o olhar estranho.

 Meu vestido continuava impecável e olhei presunçosa para ele.

 

“Nenhuma gota de sangue!” Abri um sorriso.

 

“Por enquanto... Lembre-se que ainda não terminou” Edward alertou.

 

 Claro que não havia terminado, isso era apenas o começo, Royce era o ponto-chave do jogo.

 

 Minha mente trabalhava rapidamente e, assim como ela os dias foram se passando. Cinco dias eram o suficiente para Royce ser informado sobre o assassinato dos amigos e o suficiente para tentar se esconder.

 Coloquei novamente o vestido que não tinha utilidade há dias e Edward acompanhou-me outra vez.

 

 Sentia-me fortemente uma criança por fazer um joguinho desses, ainda mais com o vestido de noiva, mas foi inevitável o pensamento que me ocorreu, eu estava feliz com o sofrimento que ele enfrentaria ‘Estou chegando para te pegar, Royce, farei você sofrer... Estou chegando para te pegar, Royce, farei você sofrer...’.

 

 Edward atrapalhou minha cantiga infantil “Você realmente o odeia tanto assim?”.

 

 Que pergunta era essa? Ele mesmo entrava em minha mente, não estava claro ainda?

“Eu apenas quero causar a ele tanta dor quanto ele me causou” Desabafei, apertando minha mandíbula.

 

Edward parecia em dúvida, levantou uma sombrancelha e ficou me encarando “E isso te deixará satisfeita?”.

 

“Sim!” Respondi brevemente, mas as palavras certas seriam: Ficaria imensamente satisfeita, a alegria me irradiaria por dias após vê-lo morto!

 

“Ótimo...” Ele sorriu “... Porque apenas estou ajudando você para que esse assunto se encerre. Do contrário...” Disse apontando a rua à frente “... Tudo isso não tem sentido” Edward finalizou.

 

“Pela última vez, Edward Cullen, eu sei o que estou fazendo” Levantei meu queixo e marchei adiante atrás de Royce King II.

 

Foi fácil encontrar Royce, seu cheiro ainda estava na minha mente, eu apenas segui o aroma. Ele estava em um minúsculo quartinho sombrio sem janelas, percebi que havia mais humanos. Eram dois guardas armados, na frente na grossa e única porta que protegia seu líder.

 Voei para eles sem barulho algum e Edward sussurrou baixo, porém, mesmo de longe, sua voz era clara.

 

“Rosalie, cuidado, há dois guardas” Ele me avisou.

 

 ‘Havia dois guardas’. Sorri física e mentalmente e sem esforço algum derrubei a imensa porta e Royce se encolheu como um ratinho num buraco.

 Ele estava com a aparência horrível, olheiras enormes, como se não dormisse há dias, estava soando muito, coração disparado, respiração desregular, ele arfava enquanto entrava em desespero.

 

 “Oi meu amor... Estava com saudades de você!” Ironizei, desfrutando do momento e seus olhos se arregalaram.

 

“Por favor, não me mate! Eu estava bêbado, ainda podemos ficar juntos...” Ele implorava.

 

 Eu dava um passo cada vez que ele pronunciava uma palavra e ele percebeu isso, ficando mudo.

 

“Sabe Royce... Só queria lhe agradecer... Por não ter se casado comigo, eu não suportaria ter um marido assim. E você não faz idéia do quanto eu sofreria se isso acontecesse, acho que seria pior do que ser violada, humilhada, deixada na rua como um animal para congelar no frio e apodrecer até morrer... É acho que casar com você seria pior do que isso, contudo, sinto que estou lhe devendo alguma coisa por ter me feito tudo isso” Percebi seus dentes rangerem e suas pernas tremerem.

 

 Ele sentou-se no chão, pois sabia que não haveria escapatória e sentei-me ao seu lado. Peguei sua mão e olhei fundo em seus olhos.

 

“Eu só não entendo como você pôde mentir tão bem. Fez teatro ou algo assim? Porque os seus bilhetes eram o oposto de você e a atitude de dar rosas, o anel... Tudo muito romântico para um ser desprezível e inescrupuloso como você!” Falava baixo em seu ouvido.

 

 Sua loucura começou a afetar. Royce começou a rir e devolveu meu olhar, suponho que ele não temia mais morrer, no entanto, eu inverteria esse quadro.

 

 “Uma garota egoísta como você, inocente, idiota e gananciosa era muito fácil de conseguir. Você era a mais bela da cidade, era disso que eu precisava para ser notado e conseguir prestigio. Tudo o que precisei para te conquistar, além do óbvio como dinheiro e beleza, foi um otário apaixonado... Fabrício Steiner, mesmo que você o tenha negado, ele ainda a ama, ou melhor, amava! Ele queria ter sido seu e escreveu os bilhetes com as palavras que queria lhe dizer, as rosas também foram sua idéia e, sem dúvida, o anel...” Royce esclareceu todas as minhas dúvidas.

 

Ele ainda gargalhava, encostei meus lábios gelados no seu rosto e seu pavor retornou. Soltei o ar em e acariciei cada detalhe perfeito de sua face, os olhos, o nariz, as maçãs do rosto... Os lábios.

 

“Não me mate” Ele falou baixo demais, até para mim.

 

“Calma Royce... A morte não é tão horrível quanto você pensa, esqueceu que eu morri? E olha como estou...” Lembrei a ele.

 

Passei a mão pelo seu lindo e macio cabelo loiro e seus olhos cor-de-mar desaguavam sem parar. Levantei-o e juntei meu corpo ao seu delicadamente. O veneno inflava em minha garganta, minha satisfação estava quase completa.

 

 O ar nos envolvia inteiramente e ele tremia com o vento agressivo, seus braços tentavam emanar calor.

 

 “Está com frio Royce? Relaxa... Vai ser bem quentinho no lugar pra onde você vai... Boa sorte no Inferno!” Falei sedutoramente e torci seus braços.

 

 Ele gritava de dor, e continuei a quebrar seus ossos, eu tinha estudado um pouco sobre anatomia e me concentrei na junção de cada osso de seu corpo.

 Era um festival de prazer... Osso quebrado, grito... Roupa rasgada, pele torcida, grito... Cabelo levemente retirado, tronco amassado, grito... E pescoço quebrado!

 

 Seus olhos azuis estavam abertos quando saíram de foco e deixei o ladrão de vidas morto no destino que ele mesmo espalhava.

 

 Encontrei Edward aterrorizado com meu prazer. Eu não mudaria meus sentimentos para deixá-lo melhor, agora eu podia seguir em frente, tudo estava resolvido. Na longa partida de xadrez eu consegui o melhor xeque-mate, derrubando todos os piões e destroçando o rei!

 Andamos com passos arrastados enquanto Rochester entrava num dia de caus... O assassinato de um King.

 

“Tome cuidado para que Carlisle e Esme não descubram sobre isso” Edward falava preocupado.

 

“Eles não podem me repreender, lembra-se de que não bebi sangue” Me orgulhei de ter sido tão forte.

 

“É... Mas, de qualquer forma, o assassinato de sete pessoas pode levantar suspeita” Nós sorrimos com a lembrança.

 

 Ao chegar em casa fui direto para o quarto calmo e guardei meu ajudante no guarda-roupa (O maravilhoso vestido branco-pérola).

 Finalmente eu poderia começar a sonhar, minha vida não estava totalmente acabada, eu ainda poderia casar-me, caso encontrasse um bom vampiro. Minha mente desenhou Edward, mas recusei-me a pensar nele, e também poderia ficar feliz como Carlisle e Esme, poderia ter filhos e tudo se resolveria, era apenas uma questão de tempo, e meus filhos seriam lindos e indestrutíveis... Meu sonho ainda era possível!

 Desci as escadas e outra vez Edward estava ao piano tocando uma música com notas um tanto dramáticas, ele percebeu meu pensamento e vi seus lábios formarem um discreto sorriso como confirmação. Carlisle e Esme observavam admirados.

 

“Seu irmão toca muito bem mesmo” Falei para o Doutor.

 

“Meu irmão?” Sua testa estava franzida de dúvida.

 

“Edward!” Esclareci o óbvio para ele.

 

Edward parou de tocar, e junto com Esme e Carlisle, todos começaram a rir. Fiquei com uma bela cara de palhaça enquanto eles me observavam.

 

“Edward não é meu irmão, Rosalie. Usamos isso apenas para que os humanos não se assustem e nos vejam como humanos. Na verdade, encontrei Edward em 1918, morrendo de gripe espanhola, naquela época eu estava sozinho e a mãe dele me pediu esse último favor, então, o transformei e me encantei com Edward e suas habilidades, hoje o vejo como um filho. Já faz 15 anos que estamos juntos” Carlisle explicou brevemente a história de seu ‘filho’.

 

“Eu não sabia...” Embaralhei-me com as palavras.

 

“Edward para mim é um filho, e você também pode ser uma filha para mim, Rosalie, já que sou seu ‘pai de transformação’...” Todos riram durante algum tempo com o termo que Carlisle usou.

 

“Muito obrigada, estou satisfeita em fazer parte desta família, contudo, há algo que eu gostaria de pedir...” Eu realmente estava grata, agora que poderia realizar meus sonhos e ter uma família.

 

“Pode pedir...” Ele incentivou.

 

“Gostei muito de ser considerada da família, mas quero manter meu nome como Rosalie Hale... Já que é toda a humanidade que posso ter” Expliquei.

 

 Eles compreenderam e me envolveram num abraço muito familiar. Carlisle realmente era como um pai e Esme me abraçava com muito carinho, como uma verdadeira mãe. Edward tratava-me como uma irmã, isso me reconfortou, por enquanto. Éramos uma família: Os três Cullen e a Hale.

 


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Notas finais do capítulo

Comentarios são Bem-vindos e me ajundam a continuar postando ......



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