Rosa Cristalizada escrita por flaviovini


Capítulo 9
Capítulo 8 - Esme, a mãe de Ouro


Notas iniciais do capítulo

*Nota do Autor: Reviews plis!!!



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 .

Eu não sabia como tratá-los, então decidi ser agradável quando eles viessem a minha procura.

 Edward não fazia nada além de tocar seu piano e para provar-lhes que eu podia ser realmente parte da família, observei-o tocar com muita atenção, decorando cada nota da melodia maravilhosa que Esme adorava.

 

 “Posso tentar tocar?” Estava curiosa para ver se conseguia tocar piano.

 

“Sabe tocar?” Edward ergueu uma sombrancelha quando Esme e Carlisle sorriram para mim.

 

“Na verdade não... Mas acho que consigo...” Observei-o atentamente para decorar cada tática e movimento.

 

“Ok... Tente!” Edward levantou-se e cedeu o lugar ao piano.

 

 Tremi um pouco com os três me avaliando e sem mais nem menos, minhas mãos deslizaram pelo piano. No começo o som foi confuso, porém, a imitação da ‘Favorita de Esme’ estava quase perfeita. As notas eram quase todas iguais, me atrapalhei um pouco no final, mas todos pareceram gostar e cheguei a ver os olhos de Esme brilhar no seu rosto de coração.

 

“Tem certeza que não sabia tocar piano?” Carlisle perguntou com um sorriso orgulhoso.

 

“Sim... Apenas ouvia os outros nas festas...” Tentei humildade.

 

“Parece que Edward não é o único que tem um talento aqui...” Esme sorriu e me abraçou fortemente.

 

 Esme, minha boa e nova mãe, eu sei que seria assim como ela, assim que tivesse um bebê.

 Quando tive esse pensamento, Edward me olhou de forma diferente, com uma certa angustia e de repente todos se voltavam para mim.

 

“O que houve?” Questionei.

 

“Carlisle, Rosalie ainda não percebeu todos os detalhes da vida como vampira...” Edward voltava-se para nosso pai.

 

“Como assim?” Ele ergueu a sombrancelha da mesma maneira de Edward.

 

“Ela não compreendeu certos detalhes... Sobre como funciona nosso corpo e que não podemos desenvolver funções humanas... Como hormônios e tudo mais...” Edward explicou.

 

“Há... Bem...” Carlisle olhou-me preocupado “Acho que não esclareci tudo da maneira correta, você deve estar pensando algumas coisas erradas. Pois bem, o que quero dizer, Rosalie, é que o corpo dos vampiros é totalmente diferente, nosso odor, alimentação e pequenos detalhes como o funcionamento dos nossos sistemas. E nosso corpo será eternamente da maneira que fomos transformados, ou seja, não haverá modificações, portanto, uma mulher da nossa espécie não pode ter o corpo mudado, e nem um ciclo menstrual, já que não é necessário, e assim... Vampiros não podem conceber filhos...” A voz dele morreu ao terminar a explicação.

 

“Não poderei ser... Mãe?” Meu coração que não batia se apertou e transformou-se em pedra.

 

“Desculpe... Não” Carlisle me olhou cheio de pena e Esme parecia a ponto de derramar-se em lágrimas.

 

“Tudo bem... Então, podemos transformar uma criança?” Meu desespero surgiu.

 

“Sinto muito, mas isso também é contra as regras do que somos. E você se lembra da dor da transformação, como acha que uma criança enfrentaria isso?” Realmente a transformação era uma experiência inesquecível.

 

“Uma criança que esteja em estado terminal em algum hospital, você deve conhecer alguma Carlisle e não terá problema, é uma nova vida saudável não é?” Ele jamais mudaria alguém que tivesse outra chance, então segui as opções.

 

“Transformar uma criança em imortal certamente traria os Volturi e morreríamos por isso...” Ele iniciou “Há muito tempo, vampiras transformaram muitas crianças, já que não podiam ter filhos. E realmente, eram os bebês mais lindos e adoráveis que existiam no mundo, verdadeiros anjinhos, translúcidos, de olhos avermelhados e muito, muito, muito simpáticos, encantavam a todos. Mas, assim como nós, eles também não envelheciam e como vieram para essa vida muito cedo, não eram capazes de se desenvolver, então, não podiam esconder nosso segredo, que era a regra majoritária. E quando estavam com sede, aniquilavam todo um vilarejo e eram fortes demais para serem impedidos. Com isso, os Volturi proibiram a todos de criar essas criaturinhas, já que é morte na certa” Carlisle concluiu a regra.

 

 Minhas esperanças se foram, minhas opções foram bloqueadas e não havia nada que eu pudesse fazer para ter esse caminho. Jamais seria mãe.

Meu mundo não era esse, jamais teria uma parte de mim novamente, qual o valor de uma mulher sem um filho? Já não bastava tudo o que passei, tudo o que sofri, pra quê adicionar essa dose de veneno na minha bebida quase purificada?

 Eu precisava refletir sobre essas novas condições e minha garganta queimava com a abstinência de sangue. Era hora de caçar, liberar meus extintos selvagens sem ninguém por perto para me frear. Era a hora exata de ser uma vampira. Edward percebeu meu silencioso pedido e afastou-se com Carlisle e Esme.

 Preparei-me para a caçada e corri sem olhar para trás, era uma simples competição com o vento, e obviamente eu venceria.

 Os passos abafados dos medíocres herbívoros estavam em minha mente, meu corpo ajustou-se como de reflexo e em segundos, diversas carcaças jaziam mortas aos meus pés.

 O elixir da vida escorria quente e saboroso por minha garganta, preenchendo-me de energia vital. Vampiros só podem sobreviver na imortalidade com a energia vital de outros seres, assim, nada se perdia, era uma vida pela outra e sempre o melhor vencia.

 Após algum tempo nem mesmo os animais eram capazes de me distrair, o sangue já não era tão necessário. Ouvi o ruído de alguém se aproximando, provavelmente cem metros de distância. Girei meu corpo em movimento de defesa, pronta para aniquilar qualquer um que ameaçasse minha paz.

 Foi então, que junto com o vento, surgiu uma silhueta. No escuro tudo o que pude perceber eram os olhos ouro, o dourado liquido existente, e com isso o entendimento de que fui seguida por um Cullen.

 Relaxei meus músculos e sentei-me no chão, esperando algumas palavras sem valor que viriam a seguir para tentar me fazer uma pessoa melhor.

 De quem seriam os olhos amarelados? Carlisle querendo ter uma conversa de Doutor para paciente inconsolável? Edward, para dizer que já passara por isso e me entendia?

 Errado! Esme... Os cachos caramelados em torno do amável rosto em formato de coração. Era perceptível que ela estava tão sem palavras quanto eu. Ela aproximou-se e chegou a distância de dois metros para me olhar profundamente.

 

“Posso me juntar a você?” Seus olhos dourados penetraram meu ser.

 

“Nada que você diga irá curar a dor que sinto” Fui direta, para evitar embromações.

 

“Queria que soubesse que para min, você é uma garota maravilhosa, e lhe considero uma filha adolescente e... Rebelde” Ela sorriu.

 

“O que quer realmente?” Não queria magoá-la.

 

“Sei que não quer voltar para casa agora, entendo o que sente, já perdi um filho” Ela olhava as estrelas com brilho nos olhos.

 

“Já perdeu?” Por essa eu não esperava. A mulher forte em minha frente tinha um ponto fraco.

 

“Vou lhe contar a minha história... Se você quiser ouvir é claro” Esme me avaliou.

 

 Assenti calmamente sem mostrar interesse e ela prosseguiu.

 

“Eu nasci em 1895, Em Columbus (Ohio), morava com meus pais em uma pequena fazenda, meu nome era Esme Anne Platt. Lembro-me de ser uma garota muito agitada e brincalhona” Esme sorria com as lembranças “Quando tinha 16 anos eu escalei uma árvore muito alta, apostando com minhas amigas e acabei caindo e quebrando a perna. Estava muito tarde, o céu já estava escuro, o médico da cidade não estava no hospital, ele havia sido chamado em outro local mais afastado. Foi então que conheci o Doutor Cullen, era um médico muito pálido e extremamente bonito, já estava indo embora da cidade e cuidou da minha perna muito bem, ele me distraia durante a operação e eu via em seus olhos cor de ouro o quanto ele gostava deste trabalho. Ele saiu depois de alguns dias e sempre me lembrava dele, me apegava às memórias quase esquecidas” Ela pausou e me fitou, eu sorri para ela e então prosseguiu “Meu sonho era mudar para o Oeste e ser professora em uma escola nobre dali, porém, meu pai dizia que uma moça decente não podia morar sozinha no meio da floresta. Todas as minhas amigas haviam se casado e meu pai me pressionava para fazer o mesmo. Depois de alguns dias, apareceu o filho de um amigo da família – Charles Evenson – E queria casar-se comigo, meu pai me forçou a aceitar, assim, em 1917, com 22 anos casei-me com esse homem, adotando o nome de Esme Anne Evenson” Ela parou e respirou fundo.

 

“Se for muito difícil não precisa contar” Informei.

 

“Não, tudo bem minha querida...” Esme apertou minha mão e continuou “Depois do casamento, notei que Charles era diferente, ele me tratava muito bem em público, contudo, em casa ele me batia e me forçava a muitas coisas. Pedi a ajuda de meus pais e eles me aconselharam a ser uma boa esposa e não contar nada a ninguém. Segui o conselho deles e depois, Charles foi convocado para a Primeira Guerra Mundial e me senti completamente aliviada. Alivio que durou menos de dois anos, porque ele voltou mais violento; alguns meses depois, além das dores que ele me causava, comecei a passar muito mal, e descobri que estava grávida, eu não poderia deixar que meu filho nascesse num lugar assim, por esse motivo, em 1920, fugi de casa e fui morar com um primo de segundo grau que vivia em Milwaukee. Meus pais me encontraram, e novamente escapei, indo para o norte. Foi muito fácil me disfarçar de viúva, já que a guerra tinha deixado muitas mulheres daquela cidade assim. Consegui me tornar professora e ensinava as crianças em uma pequena comunidade em Ashland. Enfim, meu bebê nasceu, era a criança mais linda, mas tinha muitos problemas de saúde e vivia internado, isso tudo ocorreu em 1921, meu filho pegou uma infecção pulmonar com apenas três dias de vida e não resistiu, ele acabou morrendo e eu me sentia morta junto com ele” Seu olhar era de dor, seus olhos incapazes de chorar demonstravam o sofrimento dela.

 

“E o que aconteceu?” Minha curiosidade cresceu.

 

“Sem família, amigos e sem meu bebê, eu já não tinha mais nada a perder, minha desilusão dominou minha mente e pulei de um precipício em busca da morte. Fui levada para o hospital da cidade com o coração quase parando, e não podendo me recuperar, levaram-me diretamente ao necrotério. Pensei que morreria, mas meu corpo começou a queimar tanto, que o fogo era insuportável. Quando o fogo cessou, abri os olhos e vi Carlisle, com a mesma aparência que tinha dez anos antes, senti novamente um alivio e percebi as diferenças da minha nova vida. Carlisle me explicou tudo o que sabia e fiquei feliz em saber que passaria a eternidade com o homem que sonhei durante uma década. No entanto, Carlisle tinha criado Edward, e eles pareciam Pai e filho. Edward foi meio difícil no começo, e quando nos mudamos para cá, em Rochester, ele viveu um tempo sozinho, era muito rebelde, mas voltou. Ele me aceitou como mãe e eu fiquei feliz em tê-lo como filho, mas ele era tão triste que pensei que fosse a falta de uma companheira, ao final, encontramos você, ou melhor, Carlisle encontrou e essa é toda a história. Agora, peço que me aceite como sua verdadeira mãe...” Esme sorriu amigavelmente e percebi toda a dor que era para ela não ter um bebê verdadeiro, e sua vontade de ter filhos era tão grande quanto a minha.

 

“Serei sempre sua adolescente rebelde” Sorri e abracei-a com todo amor que pude reunir por essa mãe de ouro.

 

“Sinto muito minha menina, mas não quero vê-la triste por isso” Ela sussurrava para mim.

 

“Já estou bem melhor mãe...” Seu rosto iluminou-se ao ouvir essas palavras.

 

“Rosalie, sei que é muito cedo, mas eu realmente a amo como se fosse minha verdadeira filha” Ela explicava.

 

“E eu a amo como se fosse minha verdadeira mãe”.

 

Esme era muito mais do que uma mãe; era uma mulher incrível e admirável, prometi a mim mesma que jamais desapontaria ela de novo e decidi aceitar Carlisle como pai, contudo, recordei-me da explicação dela sobre Edward ser sozinho e não sabia a maneira certa de aceitá-lo, como um irmão, devido aos pais, ou como um companheiro. Eu tinha certeza que o tempo me daria a resposta, e tempo eu tinha de sobra.

 Chegamos em casa e notei as expressões de preocupação dos dois Cullen.

 

“Relaxem garotos, está tudo bem” avisei.

 

 Carlisle veio ao meu encontro e me envolveu em um apertado abraço e Edward apenas acenou como quem diz ‘Seja oficialmente bem-vinda’, retribui o aceno e me dediquei a minha eterna família. Meu pai-salvador e minha mãe-de-Ouro.

 Essa harmonia prolongou-se durante dias e em relação a Edward, nada havia mudado, ele me tratava normalmente e eu me questionava se ele me queria ou não.

 Estava muito escuro, e percebi que Carlisle e Edward discutiam, concentrei-me na conversa e percebi que era sobre o assassinato de Royce. Carlisle estava nervoso pela exposição que eu deixara.

 

“Seu pai está nervoso...” Esme surgiu e me encarou.

 

“Era necessário... Ele merecia isso” Contra-ataquei.

 

“Tudo bem, estou do seu lado, mas acho melhor resolvermos isso de forma pacifica” Ela colocou a mão em minha cintura e descemos para a pequena reunião.

 

Fomos para a sala de estar, sentei-me perto de Esme, ela começou a acariciar meus cabelos e me senti como uma garota mimada enquanto aguardava a ira do pai.

 

“Rosalie” Carlisle chamou minha atenção “É muito importante nessa família não termos segredos...” Ele olhou para Edward e continuou “Apesar de respeitarmos a privacidade uns dos outros, privacidade absoluta é praticamente impossível nesta família...”.

 

“Sem dúvida” Concordei encarando Edward; era obvio que não se podia esconder nada dele. Ele leu meus pensamentos e soltou um suave sorriso.

 

Carlisle retomou a atenção “Preciso deixar isso perfeitamente claro, eu não concordo com seus atos contra aqueles homens, mas eu não a impediria também...”.

 

Eu e Edward encaramos Carlisle assustados com seu comentário, era algo totalmente inesperado. Jamais imaginei que ele cooperasse com algo assim.

“Estou apenas dizendo que não podemos ter esse tipo de segredos. Algum aviso teria sido melhor, já que agora teremos que nos mudar”.

 

 A reunião terminou e notei que não existiam mágoas pelo que aconteceu, nos mudaríamos e resolveríamos nossas vidas novamente. Despedi-me de Rochester, sabendo que tudo de ruim estaria para trás junto com a cidade, agora seria a vida nova, com minha nova família e novo lar.

 Empacotei todos os meus pertences rapidamente, enquanto os outros também o faziam.

 Demorei-me em alguns objetos: um cordão de ouro com um lindo pingente, uma pedra em forma de coração e uma Rosa Cristalizada. Tudo o que ainda existia da antiga Rosalie, e agora, oficialmente seria tudo lembranças, as melhores lembranças de uma antiga vida.

 Guardei os pequenos objetos e me concentrei em outro maior, um vestido branco maravilhoso, um verdadeiro sonho destruído, uma ilusão vingada, um companheiro de guerra. O único tecido que me deixou esplendorosa, como uma rainha do gelo. Agachei-me num canto e abracei o frágil símbolo de união, afaguei-o lentamente e continuei ao ver Edward entrando no quarto e se agachando ao meu lado.

 

“Você entende que não pode ficar com isso?” Ele perguntou com certa aflição.

 

Suspirei “Oh, eu sei, mas foi tão adorável enquanto durou” Olhei para ele “Você não acha que eu fiquei linda nesse vestido?”.

 

Ele demorou a responder, mas enfim falou “Sim, é um vestido muito bonito” Não pude deixar de perceber que sua resposta foi sobre o vestido e não sobre mim.

 

 Edward Cullen não me achava bonita e não me achava digna de ser uma companheira. Sorri falsamente por seu comentário.

 

“Venha” Ele ofereceu a mão para me levantar “Eles estão esperando lá fora”.

 

 Levantei com seu apoio, peguei minhas coisas também com sua ajuda e descemos as escadas observando nossos pais. Fiquei observando Carlisle cobrir os pisos de querosene e retirar os pertences de casa. Esme e Edward me levaram para fora, e consegui ouvir o riscar do fósforo que incendiou uma formosa casa branca. As chamas eram uma combinação de cores, havia azul, amarelo, laranja, vermelho entre outras... Era um festival flamejante.

Olhei para Edward e sussurrei “Eu deixei o vestido lá... Mas fiquei com isso!” Mostrei o pequeno botão de metal que certa vez ele havia me entregado. Era uma outra lembrança. Que descrevia a superação de um sofrimento e o fim de um pesadelo.

 

 Ele me olhou atentamente e balançou a cabeça; perdido em pensamentos. Não éramos companheiros, mas éramos grandes irmãos.

 Era hora de seguir em frente e viver a imortalidade.

 

Carlisle apareceu “Estão prontos?”.

 

“Sem dúvida nenhuma, sim!” Sorri comigo mesma pela resposta.

 

Entramos no pequeno carro roubado recentemente e nos direcionamos para a cidade de Apalaches, uma escolhida por Edward, com muitas montanhas e leões - seu alimento favorito - Ouvi dizer que era um maravilhoso lugar e um pouco chuvoso, seria bom para esconder nossa identidade.

 Carlisle dirigia velozmente e o caminho mudava muito: estradas, terra, árvores, lojas e... Montanhas!

 Era mesmo um cenário muito belo, e minha excitação era imensa. Esse era o primeiro lugar que eu ia em dezoito anos.

 Para despistar os humanos, teríamos que escolher nosso grau de familiaridade, pois, de certo modo, éramos parecidos, por sermos pálidos, belos e de olhos dourados – exceto eu, com olhos rubis escuros – Todos pensávamos sobre isso.

 

“Podemos dizer que Carlisle e Esme são marido e mulher e que nos adotaram como filhos” Edward expunha sua idéia.

 

“Interessante Edward, podemos tentar” Carlisle respondia.

 

“Sendo adotada, posso usar meu sobrenome, já que não sou uma filha autêntica” Sorri por permanecer com minha pequena humanidade.

 

“Se todos concordam, por mim tudo bem” Esme finalizou a classificação familiar.

 

Incrivelmente, Carlisle havia arranjado uma casa enorme e isolada, era com dois andares também e sua frente era antiga na cor azul, as janelas eram grandes e havia um pequeno jardim com uma fonte que mantinha a estátua de um anjo com asas enormes derrubando água de seu jarro para as rosas abaixo.

Era uma casa deslumbrante e notei a vontade de Esme de arrumá-la à sua maneira.

 

“Como conseguiu essa casa?” Minha pergunta era boba, mas tinha que saber a resposta.

 

“A maioria dos humanos acredita em tudo o que dissemos, então, simplesmente disse que essa era a casa de meu avô e pronto, o lugar foi preparado para nossa chegada” Carlisle informou presunçoso.

 

“É um lugar fabuloso” Revelei.

 

“E melhor... Há uma variedade enorme de animais aqui!”.

 

“É melhor eu conferir então...” Demos uma risada e corri floresta adentro.

 

O cheiro dos animais desse local era melhor, mais apetitoso, acredito que era por serem carnívoros. O vento trouxe o melhor aroma de todos e meus olhos focaram-se no felino distante e perigoso que também caçava.

 Observei que o animal movimentava-se da mesma forma que eu, cauteloso e decidido. Enquanto o felino se dirigia ao enorme alce, eu me aproximava sem chamar a atenção.

 Depois de esperar tanto afundei meus caninos na formosa pantera negra e seu sangue era o melhor que eu já provara. Deslizava graciosamente para o meu interior.

 A pantera se debateu, rasgando minha roupa, mas no fim a vitória era minha. E o prêmio foi realmente gratificante. Essa simples pantera conseguiu me deixar extasiada e satisfeita.

 Esme, Carlisle e Edward me encontraram e observaram meu prazer.

 

“Acho que encontramos seu animal favorito no fim das contas” Edward brincou.

 

“E qual é o seu?”.

 

“Um enorme leão das montanhas!!!” Ele disse mostrando os braços fortes.

 

A caçada terminou e voltamos para desfrutar nosso novo lar


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Notas finais do capítulo

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