A Revolução Brasileira escrita por Pedro Henrique Sales


Capítulo 8
Amor Inaudito


Notas iniciais do capítulo

Caro leitor, perdoe minha demora para a postagem. Meu notebook resolveu não conectar-se mais à internet. Agora estou de férias, então ficará mais fácil atualizar a Fic.
Grande abraço, espero que gostem!



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Meu relacionamento com Anne nunca foi gravemente abalado. Desde pequenos somos extremamente companheiros um do outro. Formamo-nos em engenharia aeronáutica e trabalhamos, hoje, como sócios de uma montadora. É a única do Brasil responsável pela fabricação e manutenção de motores para aeronaves, a MotorPlane®. Logo quando saímos do ensino médio, tivemos o privilégio de ingressar no Instituto Tecnológico de Aeronáutica no Rio de Janeiro, o mais conceituado do Brasil, reconhecido mundialmente. Estive entre os vinte primeiros colocados no vestibular. Moradia e alimentação inteiramente gratuitas eram o oferecido pela Instituição. Coincidentemente Roberto, ex-namorado de minha mãe, foi um de nossos professores. Além de um ótimo professor, foi um excelentíssimo educador e inspirador. Creio que, sem o apoio dele, não teria conquistado metade do progresso de todos esses anos na MotorPlane® junto com minha esposa.

Briga aqui, discussão ali. Normal de todo casal. Mas na nossa viagem de formatura em 2008 foi diferente. Viajamos todos do terceiro ano para Cancun, no México. No segundo dia houve aquela tão esperada balada. Não sei como, mas conseguiram levar dois engradados de vodca para lá e Anne foi uma das poucas pessoas que conseguiram beber. Bastaram alguns poucos minutos e ela estava beijando outro garoto, sem notar minha presença. Analisei aquela situação calmamente, mas com o sangue subindo à cabeça. Era um garoto de alguma outra escola. Não o conhecia. Ela estava vestida com um shorts branco justinho e uma blusa azul rasgada nas costas. Eu, com uma bermuda de sarja bege, tênis branco e uma regata preta totalmente preenchida por músculos – era bem definido na minha juventude. Não contei ainda, mas fazia academia dia sim, dia não e praticava jiu-jitsu.

Para não dar muito alarde, resolvi tratar o assunto pessoalmente com Anne, a sós, o que resultou no fim – temporário – do nosso relacionamento. A viagem foi espetacular, mas, com o acontecimento, a angústia invadia as profundezas do meu eu. A sensação de ter sido traído pela garota que eu sempre amei e prometi a mim mesmo que nunca a trairia, foi doloroso. Anne e eu não trocamos uma palavra até São Paulo depois que terminamos.

Havia feito amizade com um pessoal de Cancun e, também, de outras escolas que lá estavam fazendo suas viagens de formatura. Conheci uma tal de Eduarda Mazzutti num domingo, na piscina. O dia estava maravilhoso. O céu azul, com uma brisa deliciosa vindo do mar. Todos os colégios lá reunidos. A maioria das garotas tomando sol, e a maioria dos garotos – babacas – se exibindo e competindo beleza. Uma loira dos olhos cor de mel. Linda! No avião, de volta para São Paulo, fomos juntos na mesma fileira. Ela na janela, eu no corredor. Uma tempestade enorme estava passando na região da Guiana, o que resultou numa forte turbulência. Duda estava com medo e, como fui gentil, abracei-a na intenção de protegê-la e acalmá-la. Porem, não aguentei a tentação de ter uma linda loira com a cabeça deitada sobre meu peitoral. Acariciei-a nos cabelos... Brinquei com os lóbulos carnudos de suas orelhas – que não estavam vestindo brincos – até chegar ao seu queixo. Ela olhou para cima, ainda encostada no meu peitoral, mirou meus olhos, com os seus brilhando de desejo, sorriu, respondi, levantou-se um pouco mais, e beijamo-nos lentamente, curtindo aquele momento.

Depois desse dia nunca mais encontrei Eduarda.

Passados alguns dias, Anne procurou-me – novamente - pedindo perdão e querendo voltar. E, claro, aceitei, pois a amava inauditamente, continuando nossa jornada, até hoje.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Deixem seus reviews. :)
Até o próximo capítulo!



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