It's Possible to Love Again escrita por Alessia


Capítulo 11
"I Will Make Her Happy"


Notas iniciais do capítulo

Heey gente!! Tudo bem com vocês?!
Quero agradecer a todas leitoras que comentaram, Lanna Donoghue, Mary Andrade, CaptainSwan, Gaby R, Mel Volturi Mikaelson, Rhasnah SwanJonesMills (também favoritou :D) e Cristina. Coloquei um pouco mais de Rumbelle a pedido da Gaby, então espero que tenha gostado.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/552551/chapter/11

P.O.V. Killian Jones

Minhas costas queixavam da dor, dormir em um sofá que tinha a metade do meu tamanho com certeza era uma proeza e tanto, mas pela Emma eu dormiria nele por meses. Isso só deixava mais claro para mim o quanto estava apaixonado por aquela mulher. Infelizmente tanto o meu dia quanto o de Emma não começou bem.

Acordei com o som do choro e dos soluços de Emma que ecoavam pela sala, milhões de situações começaram a passar pela minha cabeça, Henry estava no hospital? Os alunos tinham sofrido um acidente? Entre outras milhares de cenas trágicas. Porém o único jeito de descobrir o real motivo era perguntar para Swan, que estava sentada no chão, em estado de choque.

– Swan?– disse baixo – Swan está tudo bem?

A única resposta que obtive foi um olhar de Emma, um olhar cheio de dor e tristeza. Aproximei-me dela, todos os meus movimentos eram acompanhados pelo seu olhar perdido. Ajoelhei-me na sua frente e a observei por um tempo, porém escutei alguém chamando no celular e resolvi atender, afinal se eu quisesse descobrir o motivo teria que recorrer a qualquer pessoa que não fosse Emma.

[...]
Minha conversa com Dr. Whale foi curta, mas ao mesmo tempo assustadora. Eu não era muito amigo do Graham, na verdade não lembrava a última vez que tínhamos conversado, mas provavelmente foi uma troca de “Bom dia” no Granny’s. Olhei para Emma e senti um aperto no coração, ele era o melhor amigo dela e agora estava morto. A dor que ela estava sentindo era imensa, assim como a dor que eu senti quando Milah morreu.

Ver Emma daquele jeito, tão fragilizada, fez com que eu me ajoelhasse, olhasse dentro de seus olhos e a abraçasse. Não era um abraço com segundas intenções, muito pelo contrário, era um abraço bloquear a dor, era um abraço de amigo. Coloquei meus braços em volta de sua cintura e deixei que ela chorasse na minha camisa. Repeti a frase “vai ficar tudo bem” várias e várias vezes, não que tudo fosse ficar bem em um piscar de olhos, mas em momentos obscuros como esse, uma simples frase é como uma faísca de luz no fim do túnel.

Ficamos assim por vinte minutos, porém Emma se levantou bruscamente e foi em direção à porta. Corri um pouco para alcançá-la e evitar a sua saída. Ela com certeza não conseguiria dirigir naquele estado.

– Eu não vou deixar você dirigir nesse estado.
– Então eu vou andando – disse tentando colocar a mão na maçaneta.
– Não, você não vai, não sem mim – coloquei minhas mãos em seus ombros – espera um minuto que eu volto.

Corri em direção ao meu quarto, onde coloquei uma camisa branca, uma calça, um casaco e sapatos, todos da cor preta. Lembrei que Emma estava com uma “roupa” um tanto quanto indecente, então peguei um short preto que era de Milah e os saltos de Emma. Desci as escadas e entreguei o short e os saltos para Swan, virando-me para que ela pudesse se vestir.

Depois disso nós fomos em direção ao carro, sendo que todo o trajeto até as docas foi feito em um silêncio mortal, porém eu sempre olhava para Emma, tentando dizer alguma coisa mesmo que no final sempre preferisse ficar calado.

Chegamos ás docas e notei um grupo de pessoas perto da cena do crime, porém elas se calaram ao notarem a presença de Emma. Acompanhei todos os movimentos de Swan, desde a sua saída do carro até sua caminhada em busca de pistas. Fiquei observando os médicos examinarem o corpo de Graham, o que me deu certa agonia, afinal era possível ver as manchas de sangue no chão.

Estava distraído com a “paisagem” quando notei que Dr. Whale estava se aproximando, o que me fez lembrar de sua fala mais cedo “Essa conversa ainda não acabou”. Comecei a pensar em várias desculpas para justificar o porque da Emma ter dormido na minha casa, apesar de saber que nenhuma delas convenceria Whale.

– Olá Killian – disse – está um lindo dia não acha? – disse ironicamente – a não ser pelo fato da morte do Graham, é claro.
– É mesmo uma pena – tentei fugir do assunto – já tem alguma pista do assassino?
– Não, só sei que Graham esteve na praia antes da morte.
– Bom, pelo menos ajuda em algo.
– É, mas não ajuda você – disse de forma acusadora.
– Eu, como assim?! – me fiz de desentendido.
– Deixa de ser besta, você sabe EXATAMENTE do que eu estou falando.
– É, é que... – o nervosismo tomou conta de mim.
– Pode ir falando.
– É uma longa história.
– Tenho todo o tempo do mundo – disse sentando em cima de um tronco caído e colocando uma pasta na ponta da árvore.
– É que eu e ela...
– Transaram, eu já entendi essa parte, agora quero saber o porque de você não ter me contado sobre isso – ele deu uma pequena pausa – e se o corpo dela é o que parece ser.
– HEY! Como você é tarado hein?! – disse um pouco indignado.
– O que posso fazer – disse levantando os ombros – sou um homem. Mas então vocês transaram hein?!
– Para de falar isso.
– Você quer que eu diga o que? Pegaram?
– Não é isso, é que nós não fizemos...
– Como assim?! – disse indignado – como você desperdiçou a oportunidade? A Emma é – deu uma pequena pausa – com todo o respeito à Ruby que também é maravilhosa – disse – uma gata!!
– Digamos que isso estava nos nossos planos – disse coçando a cabeça – mas eles mudaram...
– Você, sabe – disse mexendo os braços – é...desanimou? Se é que você entende.
– Não, claro que não – disse indignado – eu queria – me corrigi – quer dizer, eu quero a Emma.
– Então o que aconteceu? – disse curioso.
– Ela bebeu um pouco mais do que devia.
– Melhor ainda, é muito mais intenso.
– Por acaso a Ruby sabe que você deseja todas as mulheres de Storybrooke?
– Eu e ela fizemos um acordo, estamos juntos, mas podemos olhar para quem quisermos.
– Olhar, não comer com os olhos.
– Enfim, não muda de assunto, por que você não ficou com a Emma?
– Porque eu quero que ela esteja sóbria quando acontecer.
– Nossa!! Não sabia que você tinha um lado tão romântico assim – disse rindo.
– É – disse um pouco envergonhado.
– Você está apaixonado por ela, não é? – disse seriamente.
– É... – travei.

Um vento bateu e levou a pasta de Whale para longe, que saiu desesperadamente atrás dos papéis que dançavam pelo céu. Aproveitei a oportunidade e fui em direção ao carro, não que eu não estivesse apaixonado pela Emma, até porque eu estava perdidamente apaixonado, mas ela tinha que ser a primeira a saber disso.

Whale estava terminando de juntar os papéis quando Emma chegou, eles tiveram uma breve conversa e percebi que Emma estava um pouco abalada. Depois de um tempo Whale foi embora, e ao passar pelo meu carro disse “Boa escolha” seguido de uma piscada de olhos. Não pude deixar de rir, afinal não importava se tivesse dezoito ou vinte e oito anos, meu amigo continuava o mesmo.

Observei Emma por um longo tempo e confesso que algumas lágrimas surgiram em meus olhos, afinal ver seu desespero era algo que apertava o meu coração. Esperei no carro por alguns minutos, mas quando meu coração não aguentava mais de tanta tristeza resolvi ajudar Swan. Andei em sua direção e coloquei minhas mãos sobre seus ombros, auxiliei-a a ficar em pé com um abraço. Levei-a para o meu carro, onde a cobri com um cobertor e beijei sua testa.

Esperei a ambulância chegar e expliquei toda a situação para o médico chefe. Tentei ao máximo não entrar em detalhes, afinal mesmo que todos soubessem da forte amizade de Graham e Emma, não era necessário dizer que ela estava em um estado de choque um tanto quanto crítico.

Voltei para o carro e fomos em direção ao Granny’s, onde Emma falou sobre o enterro de Graham para todos os que estavam interessados em se despedir. Observei a cena atentamente, mais precisamente para Emma, afinal fiquei com medo que ela desmaiasse ou algo do tipo, já que tudo tinha ocorrido muito rápido. Notei que Ruby saiu correndo para a rua, provavelmente para encontrar Whale, o que me fez sorrir um pouco, afinal ambos não eram do tipo que planejassem encontros.

Levei Emma para casa, confesso que queria ficar com ela, mas achei melhor dá-la um tempo sozinha, afinal a perda de um melhor amigo não é algo fácil de superar. Fui para casa, onde tomei banho, jantei e mandei uma mensagem para o meu filho Neal “tudo tranquilo? Aproveita a viagem ok?”. Depois disso fechei os olhos e dormi, ou ao menos tentei.

–----//-----

Acordei um pouco desanimado, praticamente me arrastei até o banheiro, onde fechei os olhos e deixei que a água quente relaxasse cada músculo do meu corpo. Depois disso sequei os cabelos com uma toalha, vesti uma blusa, calça e sapatos pretos. Tomei uma xícara de café com torradas antes de pegar meu casaco e ir em direção à casa de Emma.

Quando cheguei ela estava prestes a entrar no carro, porém rapidamente chamei-a para ser minha carona. Antes de irmos para o cemitério ela pegou um lírio no canteiro, o que me fez sorrir um pouco, afinal antes de tudo ela desejava que Graham ficasse em paz. Chegamos ao funeral e notamos que todos pararam de falar e começaram a acompanhar nossos movimentos.

Todos fizeram seus discursos e quando chegou a vez de Emma, notei que ela estava paralisada, então tomei uma iniciativa.

– Hey, está tudo bem – disse colocando minhas mãos em seus ombros – você consegue – disse baixo.

O discurso de Emma foi emocionante, praticamente todos estavam com lágrimas nos olhos. Estava prestando atenção em suas falas quando percebi alguém chamando o meu nome de forma baixa. Virei-me e Regina, a prefeita da cidade, me chamou para conversar. Andamos até metade do cemitério, onde paramos e começamos a conversar.

– Bom dia Killian.
– Bom dia – disse – posso saber o motivo dessa conversa?
– Não sabia que você era tão grosso assim.
– E não sou, mas eu preciso apoiar a Emma.
– Ela tem a cidade inteira para apoiá-la, você não vai fazer diferença.
– Haha,depois eu sou o grosso.
– Enfim, eu não estou aqui para brigar.
– Então por que você está aqui? – disse impaciente.
– Calma, aqui – ela me entregou uma carta – é do Graham, ele me disse para te entregar.
– Ok, obrigado – me virei e andei em direção à lápide.

Quando voltei, as pessoas já estavam indo embora, apenas Emma ainda estava lá, ajoelhada na terra úmida. Observei a cena por alguns minutos, até que percebi que Emma precisava de ajuda, então coloquei minha mão em seus ombros e me virei para poder abraçá-la e levantá-la. Meus braços apertaram a sua cintura, enquanto que os seus rodearam o meu pescoço. A chuva deixava tudo mais triste do que já estava.

Quando estávamos na saída do cemitério, Mr. Gold e Belle apareceram.

– Meus pêsames – disseram em coro.
– Obrigada – ela se esforçava para dar um sorriso.
– Hey, vai ficar tudo bem – Belle puxou-a para um abraço, enquanto que eu e Gold ficamos alternando os olhares entre as duas e nós mesmos.

Observamos o casal ir embora, e confesso que fiquei com um pouco de inveja de inveja de ambos, pareciam felizes com a vida a dois. Esse sentimento aumentou quando vi eles trocarem um beijo rápido enquanto Gold abria a porta do carro para Belle. Ele podia ser a pessoa mais sarcástica e viciada em acordos que eu conhecia, mas uma coisa eu tinha certeza, ele era um cavalheiro que sabia fazer a mulher feliz.

Andamos até o carro, onde dirigimos em direção à delegacia, não queria deixar Emma sozinha, mas sabia que era necessário para que ela colocasse os pensamentos no lugar. Dirigi até a minha casa, onde sentei no sofá e li a carta de Graham.

“Killian,
se você está lendo isso então eu provavelmente já fui embora para sempre. Sei que não conversamos muito, mas confesso que sempre observo você e o seu filho Neal tomando café, vocês estão sempre tão felizes.
Bom, notei que você e minha amiga Emma estão bem próximos, não estou com ciúmes, muito pelo contrário, estou extremamente por vocês dois. Porém te peço apenas uma coisa, faça a Emma feliz, ela merece. Por favor, cuide dela por mim.
Até algum dia,
Graham”

Eu estava em choque, algumas lágrimas saíram de meus olhos, Graham sabia que podia morrer e pediu para que eu cuidasse de Emma. Fui em direção ao cemitério, onde me ajoelhei no chão, perto da lápide de Graham e disse em voz alta.

– Eu prometo que vou fazer a Emma feliz.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então gente, o que vocês acharam??
Gostaram da conversa de homem entre o Killian e o Whale?? Eu particularmente amei essa parte.
Para quem não entendeu, esse capítulo foi um resumo do ponto de vista do Killian nos últimos três capítulos.
Então gente, eu pensei em escrever um capítulo do Henry em NY, mas acho que ia ficar meio chato. Já vou adiantar que o próximo capítulo vai ser um resumo da investigação da Emma.
Beijoos e até o próximo capítulo!
P.S: Estou pensando em escrever one-shots inspiradas em músicas, o que vocês acham da ideia?!