Entre beijos e paixões escrita por Eterna Queen Chaddad Vieira


Capítulo 34
Se eu pudesse voltar no tempo...


Notas iniciais do capítulo

Oie gente! Aí vai mais um cap inédito *-* Espero que gostem ^^ Tenham uma boa leitura õ/
E não se esqueçam de comentar!!



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Mosca não conseguia acreditar. Mili estava o beijando, mesmo depois de tudo? Ela ainda o amava? Ou estava o beijando apenas por pena? Mas não, ele não podia deixar seus pensamentos estragarem aquele momento. Momento o qual seus lábios se encontravam com os de sua amada, então apenas fechou os olhos e correspondeu, se entregando ao beijo, e deixando todos os seus problemas para trás, ao menos por aquele instante.

Com certeza aquele beijo foi a melhor (e única) decisão certa que Mili tomou na sua vida. Porém enquanto o beijava, esta foi pega de surpresa por uma pergunta que pairou em sua mente, "O que vem depois? O que vem depois desse beijo?", entretanto, esta pergunta a mesma não soube responder, então, quando seus lábios se distanciaram Mili apenas o encarou por alguns segundos, e saiu, deixando Mosca sozinho.

Enquanto isso no quarto das meninas...

Duda observava Pata dormir, quando esta despertou aos poucos.

– Olá bela adormecida! – Exclamou Duda, fazendo Pata abrir um sorriso enorme ao vê-lo.

– Cadê a Mili? – Perguntou Pata olhando em volta.

– Ela saiu, e me deixou aqui tomando conta de você. – Respondeu Duda se aproximando a garota.

– Ah... – De repente o sorriso de Pata se desfez, pois lembrara do que havia acontecido mais cedo. Logo esta ficou triste e cabisbaixa.

– Ei... O que foi? – Perguntou Duda, erguendo a cabeça da mesma pelo queixo, ao fazer isso Duda notou que uma parte de seu rosto estava avermelhada.

– Pata, você tá machucada! – Percebeu Duda.

– O quê? – Perguntou Pata.

– Seu rosto... O que aconteceu? – Perguntou Duda.

– Ah... N-não foi nada. – Mentiu Pata, tensa. – Eu acho que machuquei dormindo... – Completou.

– Você tem certeza? – Perguntou Duda.

– T-tenho! Claro, foi isso Duda. – Insistiu Pata.

– Tá bom... – Concluiu Duda. – É... A Mili disse que você o Mosca se desentenderam... Foi por causa do lance da Janu? – Perguntou.

– Sim... Mas eu não quero falar sobre isso agora. – Avisou Pata.

– Tudo bem. – Concordou Duda encarando a garota. – Pata...

– O quê? – Perguntou Pata.

– Eu posso te fazer uma pergunta? – Perguntou.

– Sim. – Respondeu Pata.

– Eu nunca te perguntei o motivo, mas... Naquele dia que você foi ensaiar as falas do teatro na minha casa, porque você agiu daquela forma quando agente tava ficando? – Perguntou Duda.

– E-eu... Que forma? Nem lembro! – Falou Pata nervosa.

– Não se faz de boba vai... – Pediu Duda.

– Tá Duda, eu só não gostei da forma como você se adiantou, só isso. – Afirmou Pata. – Mas você não veio aqui pra falar de passado né?

– Ok, tem razão. Eu vim aqui porque queria te entregar algo... – Revelou Duda.

– Me entregar algo? E o que seria? – Perguntou Pata. Logo Duda se prontificou e tirou de dentro de seu bolso, uma pequena caixa aveludada, e a entregou. Pata ficou surpresa com o gesto do garoto, então ao abrir a caixa, viu que se tratava de um lindo par de brincos dourados com duas pequenas pérolas.

– Duda! – Exclamou Pata encantada.

– Pata... Eu sei que esse não é um bom momento, mas... eu queria saber se... se... – De repente Duda travou.

– Se? – Perguntou Pata.

– V-você quer... Caham! V-você quer, namorar comigo? – Perguntou o garoto rapidamente.

– Duda... Isso é sério?! – Perguntou Pata surpresa.

– Responde logo vai... – Pediu o garoto sem jeito.

– Claro que eu quero! – Respondeu Pata sorrindo.

– Ufa... – Suspirou Duda. – Por um momento achei que fosse levar um não... – Admitiu.

– Porque você pensou isso? – Perguntou Pata.

– Sei lá, acho que deve ser porque nunca pedi alguém em namoro antes. – Confessou.

– Eu seria uma boba se não aceitasse um pedido desses, ainda mais vindo do garoto que eu gosto... – Afirmou Pata o encarando sorridente, então Duda aproximou-se e a beijou intensamente.

– Pata, só me promete uma coisa... – Disse Duda, afastando-se após o beijo.

– O que? – Perguntou Pata.

– Só não vai perder esses brincos... Eles foram bem caros! – Exclamou Duda rindo.

– Que cínico! – Exclamou Pata, esta sorriu e deu um tapa no ombo do garoto. Logo os dois voltaram a se beijar.

De repente alguém abriu a porta.

– Pata eu... – Era Mosca, este pretendia conversar e se desculpar com a irmã, porém ao vê-la aos beijos com Duda voltou atrás. – Deixa pra lá... – Concluiu saindo.

– Mosca! Espera! – Exclamou Pata indo em direção a porta, porém Duda a segurou pela mão.

– Deixa ele, depois vocês se resolvem, quando ele esfriar a cabeça... – Aconselhou Duda.

– Não, eu preciso conversar com meu irmão... – Disse Pata. – É melhor você ir pra casa, amanhã agente se ver na escola. – Concluiu indo em direção a Mosca.
No corredor...

– Mosca! Espera! – Exclamou Pata, tentando alcançar o irmão. Mosca que andava rapidamente, parou e a esperou.

– O que foi Pata? – Perguntou.

– Eu sei que você quer falar comigo. – Disse Pata.

– Agora não, pode voltar lá pro seu "amiguinho". – Disse Mosca.

– Não age assim Mosca, por favor... – Pediu Pata. – Eu não gosto de ficar mal com você. – Completou encarando o irmão.

– Ok... Você tem razão. – Concordou Mosca. Logo os dois foram conversar perto da fonte, pois era o único lugar onde não havia ninguém.

Perto da fonte...

– Pata... Eu queria te pedir desculpas pelo que eu fiz hoje mais cedo, eu não sei o que deu em mim... – Explicou Mosca.

– Tudo bem... – Entendeu Pata.

– Eu sei que ultimamente eu só tenho feito bobagens, mas não é por mau, de verdade eu não sei o que deu em mim. – Completou Mosca.

– Você tá assim por causa das lembranças do passado, não é? – Deduziu Pata. – Você voltou a lembrar de tudo...

– Bem... Pata era exatamente disso que eu queria falar com você. – Afirmou Mosca. – A Mili me disse que você contou tudo pra ela...

– É, eu contei... – Confirmou Pata.

– Então eu decidi que, não quero mais esconder tudo isso, eu não quero mais esconder a verdade de você... – Disse Mosca.

– D-do que você tá falando Mosca? – Perguntou Pata.

– Naquele dia, o Brian não morreu por acidente, eu o matei... – Confessou Mosca. Nessa hora Pata ficou pálida. – Pata por favor me diz alguma coisa...

– E-eu... – Pata ficou sem reação, pois estava certa esse tempo todo em desconfiar do irmão, ele havia de fato assassinado Brian.

– Me perdoa Pata... – Pediu Mosca, com lágrimas nos olhos. – Eu precisava te proteger.

– Você tirou uma vida de propósito Mosca. Você se igualou a ele... – Afirmou Pata. – Sinto muito, mas isso não tem perdão. – Concluiu Pata chorando.

Dois dias depois...

Pov's Mosca

Já se passaram dois dias desde que minha vida se tornou um verdadeiro desastre. É engraçado como em apenas um dia, toda a sua vida pode mudar, brinquei com os sentimentos de uma garota, bati na minha irmã, descobri que uma sombra maligna me persegue... Fui beijado pela garota que amo, que por sinal não tocou nesse assunto até agora. E por fim me desculpei com minha irmã, e quando ela finalmente aceitou minhas desculpas, estraguei tudo revelando um segredo obscuro, e agora ela não fala mais comigo. Pois é, estes dias não tem sido nada fácil pra mim, ainda mais quando descobri que a Pata tá namorando sério com aquele mauricinho idiota do Duda, com certeza ele deve ter pulado de alegria quando soube que ela parou de falar comigo, pois assim eu não vou mais interferir no namoro deles, segundo ele. Enfim, tanto na escola como no orfanato, me tornei motivo de fofoca, ninguém mais me trata como antes, e isso devido ao que fiz com a Janu, imagina se soubessem que já matei alguém, e que esse é o real motivo da Pata estar em falar comigo. Mas pelo menos nem todo mundo mudou comigo, o Rafa e os garotos continuam me tratando normal, mas quem mais me surpreendeu foi a Marian, ela vem se mostrando uma grande amiga, e tem me dado bastante força nesse momento...

Pov's Autora

Mosca refletia enquanto ouvia música sozinho no pátio da escola, este ouvia "Coldplay - The Scientist".

"Se eu pudesse voltar no tempo, faria tudo diferente...", pensou enquanto matinha seus olhos fixados no céu.

De repente alguém sentou ao seu lado. Por um momento os mesmo achou que fosse Mili, porém foi apenas impressão.

– Tá tudo bem Mosca? – Perguntou Marian o encarando.

– De boa. – Respondeu Mosca. Nessa Mosca notou Mili passar alí por perto e a encarou, logo Mili soltou um sorriso discreto e continuou andando.

Mili sentia vontade de falar com Mosca, porém esta desistia antes mesmo de dirigir a palavra à ele. Ela sabia que Mosca não estava num momento bom, então preferiu poupá-lo de mais uma preocupação, pois para ela aproximar-se do mesmo o faria ficar confuso sobre os seus sentimentos. Fora isso esta ainda guardava uma certa mágoa pelo que Mosca fez. Logo, preferiu deixar como estava, mal sabia ela que Mosca já se sentia confuso com o beijo de dois dias atrás, e também sofria com isso.

– Mili! – Chamou Bia, enquanto a garota andava.

– Oi Bia. – Atendeu Mili.

– Quando você vai parar e ser boba e falar com o Mosca? Perguntou.

– Do que você tá falando? – Perguntou Mili.

– Não se faz de idiota Mili, eu sei que você ainda gosta dele, eu vi quando vocês se beijaram no jardim. – Revelou Bia.

– P-por que você tá me dizendo isso agora? – Perguntou Mili nervosa.

– Olha eu não sei o que rola além do lance da Janu, mas não sou cega, você ter beijado o Mosca mesmo depois de tudo que ele te fez, só prova que você o ama, então vai em frente, antes que alguém ocupe o lugar que é seu... De novo. – Aconselhou Bia, direcionando o olhar a Marian que estava com Mosca. – Pensa no que eu te falei! – Exclamou, piscando o olho e saindo, deixando Mili mais confusa do que já estava.

Minutos depois...

Bia rodava a escola inteira procurando Binho, quando o encontrou jogando bola com alguns amigos.

– Binho! – Griou Bia, atrapalhando o jogo. Porém Binho não foi em sua direção, apenas sorriu e acenou voltando a jogar bola, isto a deixou bastante incomodada, então esta saiu andando e sentou-se sozinha um tanto longe dalí.

– Oi Bia! – Exclamou Alguém se aproximando.

– Oi Janjão! – Exclamou Bia ao ver que era seu amigo.

– O que faz aqui sozinha? Toda vez que eu te vejo você tá com aquele seu namorado. – Perguntou Janjão sentado-se ao seu lado.

– Ah é, hoje ele preferiu dar atenção aos amigos... – Contou Bia.

– Ah, nossa que vacilo deixar a namorada sozinha aqui onde os outros podem chegar e observar sua beleza estonteante! – Brincou Janjão, fazendo Bia rir.

– A aula de teatro ainda não começou Janjão! – Exclamou Bia.

– Eu sei, mas isso não deixa de ser verdade. – Afirmou o garoto sorrindo.

– Tá bom... – Disse Bia.

– Mas iaí, agente nem teve tempo de conversar direito depois que você chegou do Rio. Como foi lá? Tavam dizendo que você tinha e afogado... É verdade? – Perguntou Janjão preocupado.

– Ah é! Me afoguei sim, e se não fosse o Duda eu teria morrido... – Contou.

– Nem repita uma coisa dessas! Se você morresse eu... Eu... – Janjão ia falar algo porém pensou duas vezes e ficou em silêncio.

– Você faria uma festa! Acertei? – Brincou Bia quebrando a tensão.

– Para vai! Que eu saiba eu nunca te odiei, já você... – Afirmou Janjão.

– Ei eu também não te odiei! – Afirmou Bia.

– Não? – Perguntou Janjão.

– Bom, só naquela vez no jogo da garrafa que você me beijou a força... E quando eu pensei que você tinha traído minha confiança. – Lembrou Bia.

– Ah é, verdade! Caraca, você desenterrou o jogo da garrafa, aquele dia foi mesmo doidera.

– Verdade, muita coisa mudou daquele dia pra cá. – Concordou Bia.

– Pois é... Mas falando nisso, desculpa eu ter te beijado a força naquela época, eu era um idiota. – Pediu Janjão.

– De boa! – Disse Bia, sorrindo. De repente os dois se entreolharam por alguns segundos, como se tivesse rolado um clima.

– Caham! – De repente alguém pigarreou atrás dos dois. – Bia o que significa isso? – Perguntou o garoto irritado.

– Binho! – Exclamou Bia.

– Tô atrapalhando? – Perguntou Binho enciumado.

– Claro que não! O Janjão só tava aqui me fazendo companhia já que você me trocou pelos seus amigos. – Reclamou Bia.

– Hum. Pois então, obrigado Janjão, agora vaza! – Exclamou Binho.

– Olha como fala comigo, ô palhaço! – Retrucou Janjão. – Bom eu vou, mas não porque você tá mandando, só vou porque não quero confusão com o namorado da minha amiga. – Completou. – Tchau Bia! – Exclamou sorrindo.

– Tchau Janjão! – Exclamou Bia, enquanto o garoto se afastava. Binho apenas observou.

– Bia, você tá cansada de saber que o Janjão já foi afim de você, e não duvido nada dele tá se aproximando pra tentar algo... – Afirmou Binho.

– Não viaja Binho, o Janjão é só meu amigo. – Afirmou Bia.

De longe enquanto andava, Janjão olhou para trás.

"Se eu pudesse voltar no tempo faria tudo diferente, e você seria minha Beatriz...", pensou, enquanto observava o casal.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? Comentem! Beijos e até o próximo capítulo õ/ :3