Entre beijos e paixões escrita por Eterna Queen Chaddad Vieira


Capítulo 24
O Crime


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Aí vai mais um capítulo inédito, espero que gostem e não se sintam tão tensos quanto eu quando escrevi hahaha (Isso é o que dá escrever uma história ouvindo Marilyn Manson e.e)
Bem vou logo avisando que esse capítulo contém cenas muito fortes, e revelações chocantes! Enfim, tenham uma boa leitura, beijos :3
ps: A maior parte desse capítulo será contando um acontecimento do passado. Mas não se preocupem, os próximos capítulos serão normais hsuahsus u.u



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Dois anos atrás...

– Vem Pata, vamo por aqui. – Disse o garoto de seus 13 anos de idade, que caminhava com sua irmã caçula, cada qual carregava uma mochila nas costas.

– Ai Mosca eu não aguento mais, agente ta caminhando há horas. – Reclamou a garota, cansada.

– Só mais um pouco Pata, jajá anoitece, e agente precisa de um lugar pra ficar... – Disse Mosca.

– Será que fugir foi mesmo uma boa ideia? – Perguntou a garota, enquanto caminhavam por uma rua deserta.

– Mas é claro que foi. Entre fugir e trabalhar para a Graziele pra sempre, prefiro fugir. – Concluiu Mosca. – E acho que o melhor pra você, é ficar perto de mim.

Os dois caminharam até chegarem à um ponto de ônibus no meio do nada, o qual não havia ninguém.

– Esse lugar dá medo... – Disse Pata olhando em volta.

– Não se preocupa Pata, nada vai acontecer. – Disse Mosca, seguro.
Estes pretendiam pegar carona com alguém, pois aquela altura não tinham dinheiro para uma passagem de ônibus. Alguns carros passaram, Mosca fez o sinal, porém nenhum carro parava.

– Claro, quem ia querer dar uma carona a duas crianças no meio da noite! – Exclamou Pata, irritada. De repente mais um carro se aproximou. – Deixa Mosca, não faz mas sinal, tá na cara que nem um carro vai parar.

– Não custa nada tentar essa última vez. – Disse Mosca, logo este deu sinal, então para a surpresa dos dois, o carro parou. Era um carro vermelho, bem cuidado, e possuía vidros escuros, logo o motorista abaixou o vidro, e mostrou sua face, era um homem que devia ter seus 30 e poucos anos, era magro, tinha pele alva e cabelos escuros, porém possuía um detalhe que causava um certo temor, seus olhos possuíam duas cores cada qual, um verde e o outro totalmente azul.

– O que duas crianças fazem sozinhas a essa hora da noite? – Perguntou o homem.

– Agente... Fugiu de casa. – Respondeu Mosca um tanto desconfortável.

– E vocês querem uma carona, acertei? – Perguntou o homem.

– Sim. – Respondeu Mosca.

– Mosca... – Sussurrou Pata. – Não acho que seja uma boa ideia... – Completou.

– Fica calma Pata. – Pediu Mosca.

– E então, vocês querem carona? Não é seguro duas crianças andarem sozinhas por essas ruas a noite. – Disse o homem.

– Sim, agente vai. – Respondeu Mosca.

– Ótimo! – Respondeu o homem. – Podem entrar. Logo os dois entraram e sentaram no banco de trás.

– A propósito, sou Brian. – Apresentou-se olhando para trás, e sorrindo.

– Felipe... – Apresentou-se Mosca. – E ela é a Patrícia. – Completou referindo-se a irmã. Nessa hora, Pata percebeu que o homem a olhou pelo retrovisor, sua aparência era um tanto macabra.

– Para onde vocês querem ir? – Perguntou o homem.

– Agente não sabe ainda. – Respondeu Mosca.

– Sério?Quer dizer que vocês pegam carona e não sabem o destino que querem seguir? – Perguntou o tal Brian, surpreso. – Acho que vocês tiveram sorte. – Completou sorrindo.

– Porque? – Perguntou Pata.

– Se vocês quiserem podem passar essa noite na minha casa, garanto que não sou um assassino em série. – Brincou o homem, fazendo os dois sorrirem forçadamente.

– Não tudo bem, agente sabe se virar. – Disse Mosca.

– É não precisa se preocupar. – Completou Pata.

– Imagina... – Disse o homem. – Vocês quem sabem. Mas vocês devem ter cuidado, pois se os policiais os pegarem a essa hora da noite sozinhos, vão levá-los. – Completou.

– Acho que só por hoje não tem problema... – Sussurrou Mosca.

– Não sei não... Ele dá medo. – Sussurrou Pata.

– Melhor que agente voltar pra casa. – Disse Mosca. – É... Tudo bem, agente vai sim! – Exclamou Mosca.

– Ah, sábia decisão. – Disse o homem sorrindo.

Minutos depois, estes chegaram em seu destino.

– Bom, é aqui! – Disse Brian, parando o carro.

– Uau! – Exclamaram ao ver a casa onde o mesmo morava. Mas parecia uma mansão, com um enorme jardim em frente.

– Você mora sozinho? – Perguntaram.

– Sim, pois herdei a casa de meus pais... – Respondeu, enquanto saíam do carro.

Ao entrarem, notaram que a casa não só era luxuosa por fora como também por dentro.

– Como você consegue morar nessa casa enorme sozinho? – Perguntou Pata.

– É normal, já estou acostumado. – Respondeu Brian. – Entretanto, tenho meus empregados, porém hoje eles estão de folga.

– Ah... – Respondeu a garota.

– Bom, eu acho que vocês devem estar famintos! – Exclamou Brian sorridente.

– Sim! Bastante. – Respondeu Mosca.

– Eu confesso que não sou um bom cozinheiro, mas podem pegar o que quiser na cozinha! – Disse o homem. Logo Pata e Mosca foram à cozinha e se serviram, havia lasanha, e uma sobremesa que nunca tinham visto, porém era deliciosa. Depois que terminaram a refeição Brian lhes mostrou seus quartos.

– É... Agente pode ficar no mesmo quarto, não precisa se preocupar. – Disse Mosca.

– Nada disso, eu insisto que meus hóspedes tenham o máximo de conforto possível. – Insistiu. – Aqui tem vários quartos e suítes, vocês podem ficar à vontade, cada qual em um quarto. O meu quarto fica no outro andar, na suíte principal da casa. Se precisarem de alguma coisa é só me chamar, podem escolher seus quartos. Tenham bons sonhos! – Conluiu Brian, logo este deu as costas e saiu.

Pata e Mosca logo adormeceram, as camas era realmente confortáveis. Porém, estes não faziam ideia do vexame que passariam naquela noite. Pata precaveu-se trancando a porta do quarto, Mosca o mesmo fez, porém o que não sabiam era que Brian possuía a chave mestra da casa e podia abrir qualquer coisa, e este o fez.
A verdade era que Brian de bom nada tinha, sua aparência só transparecia seu verdadeiro ser, um ser egoísta e doentio, um ser cruel, e totalmente fora do normal.

O relógio marcava às 3 horas da manhã, quando Este abriu a porta do quarto de Pata, lentamente. A garota dormia então nada percebeu, até que o homem aproximou-se de sua cama acordando-a bruscamente. Pata tentou gritar, porém Brian tapou sua boca, esta tentou sair, porém o homem era forte o bastante para segurá-la.

– Melhor você ficar quietinha, se não quiser que eu mate seu irmão. – Sussurrou o homem em seu ouvido, fazendo esta parar de se debater. Logo ainda tapando sua boca, o homem forçou-a a tirar a parte de baixo da roupa a qual estava vestida, deixando-a vestida apenas com a parte de cima. Logo, o mesmo desceu suas calças, então, enquanto tentava introduzi-la, a mesma mordeu sua mão, fazendo com que este destapasse sua boca, e soltou um grito de socorro.

– Socorro! Mosca... – Gritou tendo a boca tapada novamente.

– Não adianta, ele não vai ouvir. – Sussurrou o homem, segurando a garota novamente. Esta se debatia, enquanto lágrimas escapavam de seus olhos. – Agora fique calma. Aí eu penso se pouparei sua vid... – Disse o homem, porém, antes que terminasse a frase, Mosca que havia ouvido o grito da irmã, pegou um objeto de porcelana a arremessou na cabeça do mesmo, que desmaiou. Pata então passou a chorar desesperadamente.

– Pata, se veste e corre daquí! Rápido! – Gritou. Pata não disse nada, apenas o obedeceu e saiu correndo dalí.

Meia hora depois...

Pata chorava na saída da casa, quando Mosca surgiu ensanguentado.

– Mosca! – Exclamou a garota assustada. – O que aconteceu? – Perguntou.

– Ele tá morto. – Disse o garoto, trêmulo.

– Morto?! – Exclamou Pata surpresa.

– Você precisa me ajudar. – Completou. Logo os dois voltaram ao quarto, Pata notou que Mosca havia enrolado o corpo em um cobertor, e havia sangue no chão.

– O que agente vai fazer Mosca? – Perguntou Pata, apavorada com a situação.

– Vamos carregá-lo, e colocá-lo no porta-malas do carro. – Disse. – Agente vai dirigir até uma reserva e jogar o corpo no rio.

– O quê?! – Perguntou Pata. – Como você planejou isso tudo?

– Foi assim que ele fez quando matou os pais deles... – Respondeu Mosca. Pata não conseguiu entender como o irmão sabia disso, então o mesmo a mostrou um diário que havia encontrado na cabeceira da cama, no quarto onde estava dormindo. Logo, colocaram o corpo no porta-malas, e assim o fizeram. Mosca dirigiu com cuidado, e foram até a reserva onde havia uma ponte que atravessava um rio, e lá jogaram o corpo de Brian. Nessa hora Pata passou a chorar, então Mosca a abraçou.

– O que vai ser de nós agora Mosca? – Perguntou a garota aos prantos.

– Não se preocupe Pata, eu prometo que não vou deixar ninguém fazer mal a você, nunca mais... – Prometeu Mosca, olhando o corpo afundar no rio. – Agora agente só precisa fingir que nada disso aconteceu...

Atualmente...

– Pata... – Disse Duda aproximando-se da garota que estava sentada na calçada entrada da mansão Almeida Campos. Este notou que a garota parecia assustada e chorava sem parar, logo decidiu sentar-se ao seu lado. – Pata... Porque você está assim? – Perguntou Duda, preocupado. Porém a garota continuou em silêncio. – Olha, eu sei que você não tá assim só por causa de mim, até porque não faz sentido...

– Não é nada Duda, eu só quero ir pra casa... – Pediu a garota.

– Tá bom então, eu não vou te obrigar a me falar. – Disse o garoto. – Vou pedir o motorista pra levar agente... – Concluiu o garoto levantando-se.

– é mais complicado do que você pensa Duda... – Disse Pata, enquanto o garoto caminhava.

No orfanato...

Mosca ensaiava seu texto com Janu na sala, quando esta percebeu que o garoto estava impaciente.

– É... Mosca é a sua vez. – Disse Janu.

– Hã? – Perguntou o garoto ue olhava pro relógio de minuto em minuto.

– Você nem tá prestando atenção no ensaio. – Disse Janu sorrindo. – Tem algo te preocupando? – Perguntou.

– Ah! Não, não. – Respondeu Mosca. – Onde foi que agente parou mesmo? – Perguntou.

– Agente parou bem aqui, onde o Romeu... – De repente alguém abre a porta, interrompendo Janu. Era Pata acompanhada de Duda.

– Pata! – Exclamou Mosca, este percebeu logo que cara que sua irmã não estava bem.

– Oi Mosca... – Respondeu a garota, esta estava com os olhos ichados devido ao choro.

– O que aconteceu?! – Perguntou preocupado. – O que você fez com ela seu palhaço? – Perguntou aos gritos direcionando-se à Duda.

– Calma eu não fiz nada! – Exclamou Duda.

– Mentira! – Gritou Mosca.

– Calma Mosca! – Exclamou Janu se metendo.

– Não se mete Janu! – Pediu Mosca arrogante.

– Mosca, ele não fez nada, para com isso... – Pediu Pata. Nessa hora Mosca puxou Duda pela gola da camisa e o encarou furiosamente.

– Acho bom que você não tenha feito nada mesmo, por que se não eu não respondo por mim. – Concluiu, empurrando o garoto.

– Mosca! – Exclamou Mili descendo as escadas. – Porque você tá falando assim com ele? – Perguntou.

– Não é da sua conta! – Exclamou Mosca a ignorando. – Pata, agente precisa conversar. – Completou. Logo os dois foram conversar no pátio, deixando os demais na sala.

No pátio...

– Mosca você não precisava ter tratado ele assim, não aconteceu nada! – Disse Pata.

– Ah é, se não aconteceu, então porque você tá assim? – Perguntou Mosca. Pata ficou em silêncio. – Tá vendo! No mínimo ele fez algo que te fez lembrar daquele dia...

– Aquele dia não existe! Nunca existiu! – Gritou Pata chorando.

– Escuta Pata! – Pediu Mosca. – Melhor você me contar a verdade, porque eu já matei uma vez, e não pensaria duas vezes antes de matar de novo pra proteger você. – Disse Mosca, num tom de voz baixa.

– Não Mosca, não fale como um assassino. – Disse Pata. – Foi um acidente, só isso... E não, não aconteceu nada. – Completou a garota saindo do pátio.

O fato é que Mosca no dia do acontecido, disse à sua irmã, que o homem havia morrido da pancada com o objeto de porcelana, porém este mentiu.

Flashback Mosca

Após Pata sair do quarto, eu notei que Brian ainda estava respirando, então senti o ódio tomar conta de mim. Foi quando tirei a faca que havia pegado na cozinha para me proteger caso acontecesse algo, de dentro do bolso do meu casaco e apontei para ele. Nessa hora o homem acordou lentamente e olhou nos meus olhos.

– Por favor, não... – Pediu com a voz rouca. – Tenha piedade...

– Você não teve piedade da minha irmã. – Disse eu Friamente. Então sem pensar duas vezes, cravei a faca em seu pescoço , mas mesmo assim o ódio não se afastou de mim. Então enquanto Brian agonizava, retirei a faca e esfaqueei-o novamente pelo resto do corpo. – Isso é pelos seus pais, pela minha irmã, e por todas as outras pessoas que você já matou. – Disse enquanto o esfaqueava. Eu estava completamente cego de ódio, até que de repente me dei conta de que ele já estava morto. Quando acordei do meu transe de ódio, percebi a barbaridade que havia feito e entrei em desespero, então enrolei o corpo do homem num cobertor, e fui procurar Pata.

Flashback off

– Não Pata, não foi um acidente. Eu matei porque quis... – Disse Mosca friamente, falando sozinho.


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Notas finais do capítulo

Aaaaain ;x e aí gente o que vocês acharam? Comentem! Beijos e até o próximo capítulo *o*
(Espero que não tenha sido tão impactante ;x)