Entre beijos e paixões escrita por Eterna Queen Chaddad Vieira
Notas iniciais do capítulo
Oi gente! Aí vai mais outro cap inédito e imperdível õ/
Ps: Quero agradecer à AnaLover e Nollosco, por terem recomendado minha fic *---* Adoro vocês seus lindos
Ainda na rua...
– Vey, se num fosse o tapa que tu me deu, eu ia achar que tava veno fantasma! – Exclamou Paçoca.
– Para de nóia. – Disse Marian.
– Mas então, onde é que tu tá ficando? No orfanato é que num é, né? Depois do que tu fez, ninguém vai querer te ver nem pintada de ouro. – Zombou Paçoca.
– Em canto nenhum, eu cheguei hoje de viajem. – Explicou Marian.
– Vish, já vi então o porque de ter vindo me procurar. – Deduziu Paçoca.
– Pois é, eu queria saber se você não conhece algum lugar, que não seja fedido e horripilante, que eu possa ficar, enquanto não coloco meus planos em dia. – Completou Marian.
– Sabia! Mas o que?! Tu ainda pensa em plano de vingança, depois de toda a treta que deu? – Perguntou Paçoca surpreso. – É doidona mermo! – Exclamou.
– Eu não te devo satisfações. – Respondeu Marian.
– Depende do tipo de satisfação... Tem uma que cê tá me devendo sim... – Falou Paçoca com um sorriso malicioso.
– Você falhou! Não te devo nada. – Retrucou Marian. Então Paçoca a puxou pelo braço violentamente.
– Escuta aqui, tu me enrolou demais desses tempos pra cá. Agora quem vai te enrolar sou eu! Literalmente. – Exclamou Paçoca com duplo sentido.
– Credo! – Exclamou Marian com cara de nojo.
– Vamo fazer o seguinte, eu te arrumo um lugar e como recompensa cê me dar o que prometeu. – Propôs Paçoca.
– Tá louco? Não vale isso tudo. – Afirmou Marian.
– Ah então nada feito, fique na rua desamparada, sendo procurada pela polícia! – Exclamou Paçoca.
– Ta bem! Eu concordo. – Disse Marian. – Mas, no máximo uma preliminar, nada além disso. E você tem que tomar banho! – Exigiu Marian.
– Opa, aí as coisa melhorano! Tu acha que eu num tomo banho é? – Perguntou Paçoca. – Tá muito enganada você.
– Tanto faz, agora me diz um lugar que eu possa ficar, antes que eu desista. – Ordenou Marian.
– Belê! Eu vou falar com um parça que saiu do reformatório a pouco tempo. – Logo Paçoca avistou o garoto que saía da comunidade. – Olha lá, falando nele! – Exclamou. – Ô Juca! – Gritou indo em direção ao garoto, Marian o acompanhou. Juca parou e esperou Paçoca.
– O que cê quer comigo? – Perguntou o garoto desconfiado.
– Bom, essa é minha parça, Marian... – Apresentou Paçoca.
– Oi. – Cumprimentou Juca.
– Oi! – Exclamou Marian com um soriso falso.
– Mas o que eu tenho haver com isso? – Perguntou Juca, sem entender.
– Se você deixa eu prosseguir... – Disse Paçoca, logo Juca esperou que o mesmo falasse. – É o seguinte, a Mary ta precisano de um lugar pra ficar, daí eu lembrei que tu tava morando no cafofo daquela dona lá, e pensei...
– O quê, você tá querendo que ela fique na minha casa? – Perguntou Juca.
– Exatamente! – Exclamou Paçoca.
– Acho que num vai dar não. – Disse Juca.
– Porquê? – Perguntou Paçoca.
– Se é sua amiga com certeza vai roubar algo que nem você fez quando ficou lá naquele dia. – Disse Juca.
– Qual é... – Disse Paçoca.
– Você ta me achando com cara de ladra? – Perguntou Marian.
– Na verdade não, mas só de tá andando com esse aí... – Afirmou Juca.
– Olha aqui mano, melhor tu num negar uma ajuda pra minha amiga aê. Cê sabe que tá me devendo uma. – Disse Paçoca irritado.
– Tá, eu ajudo, mas não por você. Só porque eu nunca deixaria uma garota desamparada. – Concluiu Juca. – Mas não pode ficar lá por muito tempo, no máximo uma noite. Porque a mulher lá que aluga o quarto não é muito agradável. – Explicou.
– Tudo bem. Uma noite é suficiente. – Concordou Marian. Logo estes foram em direção ao casebre, que ficava na comunidade.
– Só não esquece do nosso acordo, viu patricinha? – Gritou Paçoca enquanto eles saíam.
– Não vou esquecer. – Disse Marian revirando os olhos.
No orfanato...
As garotas maiores estavam na sala conversando...
– Nossa eu ainda não consegui esquecer aquele lance da Bia. – Dizia Cris. – Dessa vez foi demais!
– Ninguém conseguiu esquecer. Você não viu o jeito que a Carol ficou? Até agora ela tá nervosa. – Disse Vivi.
– Mas acho que eles não seriam loucos de... Vocês sabem. – Disse Pata.
– Né, acho que não, até porque o Binho talvez ainda nem tenha ferramenta formada pra isso! – Zombou Vivi.
– Credo Vivi! – Exclamou Cris, rindo.
– Ai gente, para de falar nisso. – Pediu Mili. De repente Bia desceu as escadas.
– Não precisam parar de falar, eu já sei que era sobre mim. – Disse Bia.
– Não imagina... – Disfarçou Cris.
– Eu nem ligo. – Disse Bia. – Só queria saber onde tá o Binho, vocês o viram? – Perguntou.
– Ele tava lá no pátio. – Avisou Mili. Logo Bia foi em direção ao pátio, chegando lá, encontrou Binho pensativo.
– Oi... – Disse, sentando ao lado do garoto.
– Oi... – Respondeu Binho.
– Tava todo mundo comentando do soco que você deu no Thiago... – Comentou Bia.
– Ah é, ele mereceu. – Disse Binho.
– O que ele fez? – Perguntou Bia.
– Você nem vai querer saber... – Disse Binho. – O que importa é que ele nunca mais vai abrir a boca pra soltar piadas. – Completou.
– Ele falou dagente, não foi? – Perguntou Bia.
– É, ele disse umas coisas que eu fiquei com ódio! – Exclamou, nervoso.
– Ai, não fica assim Binho. – Pediu Bia abraçando o garoto. – Foi falha nossa agente ter dormido lá, e a Carol ter pegado agente. Mas o importante é que agente sabe que não aconteceu nada demais... – Completou o confortando.
– Eu sei, mas...
– Mas? – Interrompeu Bia.
– Eu acho que a Carol tem razão. – Disse Binho. – Você não acha que agente se adiantou demais? – Perguntou Binho.
– Você se arrependeu? – Perguntou Bia.
– Não, mas... Agora eu tô me sentindo estranho. – Confessou inseguro.
– Que nem no dia do cinema? – Perguntou Bia.
– É, mais ou menos. – Disse Binho.
– Deve ser o lance da pureza... – Murmurou Bia.
– Hã? – Perguntou Binho, sem entender.
– Nada! – Exclamou Bia. – Mas deixa, eu concordo, vamos esperar mais uns anos.
– Mais uns anos?! – Exclamou Binho.
– É. – Repetiu Bia.
– Não exagera Bia... – Disse Binho.
– Você só tá assim porque agente foi pego, tá com vergonha porque todo mundo soube. – Afirmou Bia.
– Sim, é verdade... – Concordou Binho. – Eu não consigo nem olhar na cara de ninguém, depois disso...
– Por que você liga demais pra opinião dos outros. – Afirmou Bia. – Sabe, e daí se eles tão falando dagente? Agente tá namorando, não tá? Isso significa que agente se gosta de verdade, e eles invejam isso. E quanto mais agente ficar ligando pros comentários, mas eles vão falar. Então deixa eles falarem, é so agente não ligar. – Concluiu Bia, Binho apenas encarou com aquela mesma expressão estranha no rosto. – O que foi dessa vez? – Perguntou Bia.
– É que você é tão segura de si, que as vezes eu até me espanto. – Disse Binho sorrindo.
– Pelo menos eu fiz você sorrir... – Disse Bia, sorrindo. Então esta o roubou um beijo.
– Caham! – De repente alguém interrompeu.
– Nossa hoje tiraram o dia pra nos atrapalhar! – Exclamou Binho.
– Desculpa gente. – Pediu Pata. – É que o pessoal tava chamando vocês lá na sala. – Avisou.
– Porquê? – Perguntaram.
– Venham e descubram. – Disse Pata, saindo. Logos os dois a seguiram.
– Vão nos apedrejar pelo "grave" pecado cometido? – Perguntou Bia, sendo irônica.
– Não começa... – Disse Pata. Logo que chegaram na sala, alguns dos garotos e garotas estavam sentados, um pouco desconfortáveis.
– O que vocês querem? – Perguntou Bia, os encarando.
– É... Senten-se. – Pediu Mili. Ambos se sentaram.
– Agora fala. – Pediu Bia.
– É, antes que agente saia. – Completou Binho.
– Eu primeiramente queria pedir desculpas por ter contado a todo mundo sem antes entender o que tinha acontecido... – Disse Mili.
– E eu, queria pedir desculpas por ter feito aquela piada idiota. Acho que mereci aquele murro afinal. – Completou Thiago.
– É, e agente por ter tirado conclusões precipitadas. – Disse Vivi, se referindo a ela e as garotas.
– Agente sabe que vocês tem juízo, pelo menos o suficiente pra não se adiantar tanto. – Disse Rafa.
– É e na minha opinião roupa intima é quase o mesmo que biquíni! – Disse Vivi.
– Vivi! – Exclamaram.
– Que foi gente? Só dei minha opinião. – Completou. Nessa hora Bia e Binho se entreolharam e riram.
– Tá, agente desculpa vocês! – Exclamou Bia.
– É, até você Thiago. – Disse Binho.
– Graças a Deus, pelo menos isso! – Exclamou Thiago.
(Não se preocupem porque aqui não tem clipe idiota pra estragar o momento "amigos pra sempre" haha u.u)
– Tá mas agora contem tudo! Detalhes peloamor! – Exclamou Vivi.
– Vivi! – Exclamaram todos, novamente.
– Vocês deviam ficar frios, nem houve mão boba direito pra vocês terem ideia! – Exclamou Binho revirando os olhos.
– Não precisa espalhar... – Sussurrou Bia. Todos riram da situação.
Na comunidade...
Juca levou Marian até sua casa. Era um barraco fedido e nojento, segundo Marian, porém se é o que tem pra hoje, tá valendo.
– E então, esse é o seu quarto? – Perguntou Marian. Reparando toda aquela bagunça.
– Não é um palácio, mas dá pra dormir. – Disse Juca.
– Tudo bem. – Disse Marian.
– Se quiser dormir na minha cama fica a vontade. – Falou Juca gentilmente.
– Quê?! Na cama, com você?! – Perguntou Marian, se fingindo de assustada.
– Não sua besta, eu disse que você pode dormir na minha cama, e eu durmo no chão. – Corrigiu.
– Ah! – Exclamou. – Que pena... – Murmurou.
– Quê? – Perguntou o garoto sem entender.
– Nada não. – Completou Marian.
– Mas então Mariana...
– É Marian... – Corrigiu.
– Marian! – Disse Juca. – Qual o teu lance com o Paçoca?
– Ah! Na verdade nada, uma vez eu fugi do orfanato e ele me ajudou, só isso. – Explicou.
– Orfanato? – Perguntou Juca.
– Sim, eu morava no orfanato rio de luz, mas fugi. – Contou.
– Raio de luz? Espera, eu acho que sei qual é.
– Sério? – Perguntou.
– Sim, tenho um conhecido que mora lá.
– O quê?! – Exclamou Marian.
– Sim, como era mesmo o nome, era algum inseto aí, barata, pernilongo...
– Mosca! – Exclamou Marian.
– É, esse mesmo! – Afirmou Juca.
– Ah! Nossa que coincidência, nós somos grandes amigos! – Mentiu Marian.
– Legal. – Disse Juca. – Mas iaí, você ainda não me contou porque fugiu...
– Ah, é uma história longa... Mas bem eu conto. – Disse Marian. Juca esperou que esta continuasse. – Eu fugi porque me sentia rejeitada, nenhuma das garotas queriam ser minhas amigas, uma em especial... A Bia. Ela armou um plano contra mim, e fez todo mundo acreditar que eu era a culpada. Mas não quero falar sobre isso. – Mentiu Marian.
– Nossa, que barra! – Concluiu Juca.
– Pois é... – Disse Marian suspirando.
No orfanato, algumas horas depois...
Vivi estava na sala mexendo no computador, quando Samuca chegou e puxou conversa.
– Oi Vivi... – Disse o garoto.
– Oi. – Respondeu Vivi, sem dar atenção.
– Você tá ocupada? – Perguntou o garoto. Vivi não percebeu mas este queria lhe entregar um presente.
– Você não enxerga? – Perguntou Vivi grosseira.
– Nossa Vivi, não precisa me responder assim... – Falou o garoto magoado.
– Samuca, não enche, eu tô respondendo meus fãs. – Falou, virando-se. De repente percebeu que o garoto segurava algo. – O que é isso? – Perguntou curiosa.
– É algo que você não merece, assim como a minha amizade. – Respondeu Samuca. Este não conteve as lágrimas, então saiu para que Vivi não o visse chorando.
Porque ela o tratava desse jeito? O que ele havia feito para merecer tanta grosseria? A verdade é que Vivi não passava de uma garota superficial e esnobe desde o princípio, porém este estava cego de amor, até então.
Samuca se direcionou ao laboratório, e lá enquanto chorava, resolveu se punir por ser tão idiota. Este então pegou uma lâmina de barbear e passou a fazer pequenos cortes em seu braço, impulsivamente. Em seus braços podia observar-se pequenas outros cortes já cicatrizados. Samuca tinha o hábito de se auto mutilar, porém ninguém havia percebido isso, pois só o procuravam quando estavam precisando de algo. Samuca não tinha amigos de verdade e sentia-se sozinho, porém omitia esse lado pelo amor pela ciência.
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E aí o que acharam? Comente!! *-*
Beijos até o próximo cap ^^
ps: Ao decorrer da fic, vocês descobrirão coisas sobre alguns personagens, que jamais sonhariam, então fiquem atentos... HAHAHA