Just One More Day escrita por Ana Viollet


Capítulo 10
Capítulo IX - Harmonia


Notas iniciais do capítulo

Olá, leitores ♥
Estou de volta com mais um capítulo. Quero realmente agradecer ao suporte de todos que continuam votando, comentando, lendo, mesmo que eu não seja a autora mais pontual por aqui. Minha vida está uma loucura e arrumar tempo está se tornando uma tarefa cada vez mais difícil, mas a última coisa que quero é abandonar esta fic. Escrever é uma válvula de escape para mim, e ver que tenho tantas pessoas apoiando o que escrevo, me deixa muito feliz. Gostaria de saber mais sobre o que pensam. Devo melhorar em algo? Se sim, o quê? Sugestões? Eu ficaria extremamente grata por saber a opinião de vocês. Lembrando que o próximo capítulo será um especial!
Beijos, Ana.



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Depois de decidir ficar no jardim, Sakura teve alguns momentos de descanso, que serviram mais para colocar as informações no lugar. Deitou-se em um banco de madeira, repousando o braço direito sobre seu rosto. O vento refrescante que batia em seu corpo e o cheiro das flores proporcionava um ambiente ainda mais agradável.

Ela tentava, com todos os seus esforços, recordar-se de algo em relação ao tempo em que esteve fora. Lembrava-se de ter passado anos no sul do Japão, concluindo a sua faculdade. O seu amor por medicina preencheu o espaço antes faltando em seu coração, mesmo ela não sendo capaz de lembrar o porquê. Concluiu sua faculdade, especialização, e então, voltou para Konoha. Reiniciou sua vida com um novo apartamento e à procura de um local de trabalho.

Sem qualquer contato com seus pais, porém. Apenas o dinheiro era cedido todo mês na sua conta. Sentia-se como um mero investimento. Sakura queria, em algum momento, reencontrar Ino, conversar com ela sobre tudo. Pois, pelo visto, os outros sabiam mais sobre ela do que a própria. Anotou mentalmente de perguntar a Sasuke se podia fazer uma ligação mais tarde. Ino seria de grande ajuda para colocar as coisas no lugar, além de sentir saudades da loira. Ela foi sua família durante toda a faculdade, ela e mais três ou quatro amigos, com os quais perdeu contato.

Uma hora e meia se passou. Ela rendeu-se ao cansaço e chegou a cochilar por alguns minutos. Até que sentiu mesmo quase inconsciente, o aroma diferente que chegou ao local. Banho tomado, perfume suave, mas ao mesmo tempo com um uma fragrância refinada. Esse cheiro era inigualável. Quando estava prestes a abrir seus olhos, sentiu os braços fortes a envolverem em uma posição confortável, levantando-a do banco.

"Você ainda está muito leve. Por favor, diga que vai comer." O moreno implorou, em um tom baixo, quase suplicante, carregando-a de volta ao quarto. Não era mais o seu médico falando, e sim, o homem que tinha grandes sentimentos pela rosada. Ela sabia que ele queria a sua recuperação, sua saúde de volta. Sakura não iria negar isso.

"Sim." E em poucos minutos, estava novamente repousando em sua cama, enquanto Sasuke voltou para mais uma longa conversa com seu advogado em busca do divórcio.

[...]

Eram 18h00 quando acordou. O vento forte batia na janela e alguns trovões faziam a sua aparição, o que fez com que ela acordasse imediatamente após uma sequência de trovoadas do lado de fora. Vestiu um casaco por cima da roupa que estava usando, sentindo a boa sensação de estar ainda mais aquecida. Ela sentia um frio frequente, um frio que não a abandonava nem nas temporadas mais quentes.

Saiu do quarto e foi em direção ao hall, perto da escada. Caminhou um pouco pelo corredor, observando retratos que decoravam certos pontos da parede. Sasuke e seu filho eram os modelos principais: sorrindo, brincando, vivendo. Ele era semelhante a ele em alguns traços, mas não tanto como ela pensava. Os Uchihas possuem semblantes muito fortes, traços marcados. Os cabelos pretos como carvão, os olhos da mesma cor. O menino era muito belo, assim como o pai, mas pensou que ele se assemelhava mais com a mãe. Pelo menos fisicamente.

Porém, nenhuma foto dela estava presente, em nenhum ponto da casa. E Sakura sentiu um medo inesperado ao lembrar-se da esposa de seu médico; Quando parou em frente ao quarto de Daisuke, teve uma vontade enorme de entrar naquele quartinho mais uma vez. Sasuke passou rapidamente pelo quarto dele, não dando muitos detalhes. Ele parecia estar angustiado e com saudades do filho, por isso, ela preferiu manter-se calada e saiu do quarto o mais rápido que pode, mesmo que discretamente.

Girou a fria maçaneta, dando entrada ao quarto harmonioso do menino. Estava muito limpo, assim como os outros quartos da casa. A cama estava bem feita e um dinossauro verde de pelúcia se encontrava prontamente no meio do travesseiro. Ela, sem saber o motivo, sorriu ao ver aquele bichinho novamente. Abaixou-se na altura da cama e pegou o dinossauro com ambas as mãos, acariciando a pelúcia.

“Curiosa?” A voz um tanto rouca de Sasuke ecoou pelo silencioso quarto, fazendo a rosada estremecer e um leve rubor chegar a suas bochechas.

“Sa-Sasuke-kun.. Perdão, eu não queria-” Ela virou seu rosto, se deparando com um sorriso travesso do moreno. Ele estava rindo dela, deliberadamente. Então, ela percebeu que estava tudo bem por estar ali.

“Esse dinossauro foi meu quando eu era menor” Sasuke se aproximou, saindo da porta e sentou-se na cama, ficando um pouco acima da rosada, que continuou quieta sabendo que ele iria continuar. “Dei para Daisuke assim que ele completou quatro anos, era um garoto tão saudável, feliz.”

“Eu o vi nas fotos. É um lindo menino” Sakura se pronunciou sincera. E o moreno abriu um pequeno sorriso com o comentário, mas logo voltou ao semblante sério, como se algo não tão positivo chegasse a seus pensamentos. “Desculpe, Sasuke-kun. E-Eu falei algo?”

“Não, claro que não, é que... Sinto falta dele. Daisuke está na casa dos avôs desde o..” Parou por alguns momentos, procurando uma palavra para completar sua frase. “acidente. Eu quero que meu filho se recupere.”

Um silêncio pairou pelo quarto, enquanto as memórias se tornavam cada vez mais vívidas na mente da paciente. A gritaria, a briga, a condição de Sasuke depois. Uma vontade de chorar surgiu inesperadamente, e Sakura mal pode conter as lágrimas que caiam de seu rosto sem aviso prévio.

“Sakura, desculpe. Eu fiquei aqui falando e falando. Perdão” Ele se mostrou realmente abalado, não queria fazê-la chorar . O único desejo de Sasuke no momento era de ir até ela, beijar suas lágrimas e confortá-la, mas o divórcio era algo que não saia de sua cabeça. Não queria enganá-la dessa forma, colocando Sakura nessa posição. Antes de qualquer avanço, o divórcio era necessário. Além disso, não dependia apenas dele. E se Sakura estivesse comprometida? O pensamento o assustava.

“Não, Sasuke-kun, está tudo bem. É que eu também quero o bem dele, quero mesmo.” Levou suas mãos ao rosto limpou suas lágrimas, se achando uma boba por estar chorando daquela forma. Ele levantou da cama e estendeu sua mão direita, como um convite para ajuda-la a se levantar. Ela aceitou de bom grado, ainda um pouco envergonhada.

“Está tudo bem mesmo?” Sasuke checou mais uma vez.

“Sim” Abriu um belo sorriso, com o rosto ainda um pouco avermelhado devido ao choro recente. A condição atual de Sakura era a mais estável dos últimos dias, mesmo com sua sensibilidade aflorada e alguns pesadelos, ela estava se alimentando bem – não o suficiente -, mas bem. E isso era uma das coisas que motivava Sasuke a sorrir a cada dia que passava ao lado dela. E ele estaria lá, quantos dias fossem precisos.

[...]

Não muito longe da residência dos Uchihas, certa ruiva andava de um lado para o outro em seu mais novo apartamento. Estava usando um vestido vinho que ia até o meio de suas coxas e os longos cabelos amarrados em um rabo de cavalo no alto de sua cabeça. Após alguns segundos de calmaria nos passos, um sorriso sádico brotou em seu rosto.

“Reconheço esse seu semblante de longe, Karin. No que pensou?” Uma figura nova surgiu, levantando-se do sofá. Sua pele clara destacava-se diante da pouca iluminação da sala, contrastando com os cabelos pretos lisos que caíam em seu rosto.

“Você estudou com a vagabunda, não é verdade? Ela tem alguma confiança em você, pelo menos. Foram anos de faculdade.” Metódica, Karin continuou a falar enquanto seu convidado a observava atenta. “Ela está internada em minha casa, eu quero que você entre lá”.

“Seu marido iria me colocar para fora em um piscar de olhos” Falou sem hesitar.

“Eu ainda sou uma Uchiha legalmente. Consigo facilmente mexer os pauzinhos naquele hospital para colocar você como psiquiatra do caso da menina. Essa parte fica comigo. O que eu quero é que você entre lá...”

Karin explicou todo seu plano com um sorriso no rosto. Que logo foi contagiando o médico a sua frente. Ele estava cego por dinheiro, assim como a ruiva estava antes de sua vida casada cair. Algo não muito bom iria surgir dessa nova união, mas eles queriam ver até onde esse plano iria dar. A harmonia na residência dos Uchihas não iria durar muito.


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