P.O.V Violetta Castillo

No dia seguinte acordei por volta de umas 9:00h. Me levantei com cuidado, por causa de León e Crystal que ainda estavam dormindo, e me dirigi ate o banheiro com minha toalha, óbvio. Me despi e entrei debaixo d'água.

Depois de 20 minutos de banho, saí e me enrolei na toalha, saindo do banheiro logo em seguida. Quando saí, León estava tentando trocar a roupa da bebê, imagina a cena. Hoje estava um dia bem quente, e ele colocando casaco de lã na pequenina que ficava rindo das loucuras de León:

– León! Não tá frio, coloca uma roupa curta nessa criança! - Digo rindo.

– Ahh, vou ter que mudar a roupa dela de novo? Isso dá trabalho sabia?! - Ele diz cansado e eu rio dele.

– Sabia. A não ser que você queira esperar eu me arrumar, e depois a Crystal. Você quer? - Pergunto com a sobrancelha arqueada.

– Não. Muito obrigada, mas não, você vai demorar de mais, definitivamente não, não mesmo, não, não, não! - Ele diz rápido.

– Ta, okay, eu entendi! - Digo rindo. -Agora termina de arrumar a Crystal que eu vou me arrumar! - Digo indo até nossas malas que ainda estavam com as roupas dentro.

(....)

Depois de estar pronta, desci para tomar café da manhã, León já havia ido com Crystal, e confesso que eu não vi a roupa que ele colocou nela, tadinha da minha bebê rs.

Ao chegar na mesa, se encontravam todos lá, exceto Ludmila, que dificilmente estaria dormindo. Me sentei a mesa, e logo dei "bom dia" a todos que me deram "bom dia" novamente e revidaram com um sorriso.

Tomamos café normalmente, entre conversar e gargalhadas. Não sei quem era o mais palhaço daquela família, porque minha barriga chegou a doer de tanto que eu ri. Naquele momento me bateu uma saudade do tempo que minha mãe ainda era viva, éramos assim também, felizes! Tomavamos café da manhã sobre gargalhadas também. Infelizmente esse tempo acabou, e preciso manter meus pés firmes ao chão, afinal, agora eu também tenho uma filha pra criar, e ela sim precisa de mim mais que tudo e todos!

Depois de acabarmos o café da manhã, León pegou Crystal e foi em direção a sala, e Sophie os seguiu cantarolando. Eu fiquei ali com dona Mariana para arrumar a mesa, e lavar a louça.

Assim que acabamos, ela foi molhar as plantas no quintal, e eu me dirigi para sala. Chegando lá me sento ao lado de León no sofá, e suspiro, e ele me olha curioso:

– O que foi? Aliás, o que você queria me dizer ontem? Acabou que você pegou no sono e eu não quis acorda-lá! - Ele diz sério, e largando Crystal no chão que sai caminhando se segurando nas coisas.

– Nada de mais. Só fiquei pensando no que a Ludmila me disse. - Digo.

– E o que ela te disse?! - Ele pergunta curioso e preocupado.

– Sobre a Válery. - Digo.

– Hum... - Ele fica com uma cara estranha.

– O que foi? O que você sabe que eu não sei?! - Pergunto já brava.

– Calma. Não foi nada! É que essa tal de Válery não me parece muito confiável! -Ele diz.

– Porque diz isso?! - Pergunto com a testa franzida.

– Quando você estava no hospital, ela levou a Crystal lá. Ela foi muito falsa com a Ludmila, ela foi tão fria ao falar sobre a neném. - Ele diz sério.

– É, sobre isso que eu to preocupada, pra mim ela sempre demonstrou ser uma ótima amiga, claro que as vezes(muitas vezes), eu sentia um certo desgosto na voz dela, uma falsidade que se percebia de longe. Ludmila sempre me disse sobre ela ter "duas caras", mas eu sempre pensei que era implicância, ou até mesmo ciúmes. Mas parece que não! - Digo andando de um lado pro outro.

– E o que isso te preocupa? - León pergunta me acompanhando com os olhos, enquanto eu caminhava pra lá e pra cá.

– Me preocupa ela dizer sobre a Crystal para imprensa, apesar de que eu pretendo contar o quanto antes! Ainda mais depois que a Ludmila me falou sobre o ocorrido lá no hospital. Ela já havia me dito, mas eu precisava de mais pessoas para me confirmarem isso. E agora você falando isso, fico preocupada dela ser tão baixa a ponto de revelar a todos que eu tenho uma filha! - Digo nervosa. Afinal, não é todo dia que você descobre que uma das suas melhores amigas não é o que parece ser.

– Não fique assim, tão perturbada por isso. Que tal irmos até a casa dessa Válery, podemos falar com ela e ver qual será a reação da mesma ao saber que você agora não precisará mais dela para cuidar da bebê, pelo que eu sei, ela é paga pra cuidar da neném né?! - Ele pergunta e eu assinto.

– Okay, vamos lá. - Digo decidida.

Avisamos dona Mariana que iríamos sair. E Sophie pediu para ir junto, mas León não permitiu e disse que assim que voltassemos iríamos no parque, a mesma ficou de birra no início, mas logo voltou ao normal, quando falamos que ela poderia comer sorvete de morango a tarde inteira.

Depois fomos até o carro, e entramos no mesmo, Crystal foi na frente comigo, apesar de não poder, mas o bebê conforto dela estava na casa da Válery, então esse foi o único modo.

(....)

Chegamos ao prédio aonde Válery mora em menos de meia hora. Tivemos alguns contratempos, pois ninguém poderia ver nem a mim, e nem a León, junto a um bebê. Então nos "disfarçamos". Como ainda tinha uma mala de roupas minha no carro. Eu peguei um casaco que ia até o joelho, um óculos escuro, e León apenas colocou um boné e um óculos também. A nossa intenção não era chamar a atenção, mas como eu estava de casaco, em um dia que parecia que íamos torrar no sol, foi difícil não chamar a atenção. Mas logo conseguimos chegar ao elevador sem nenhum contratempo, e enfim chegamos ao andar do apartamento dela.

Tocamos a campainha várias vezes, e ninguém atendia. Quando estávamos nos virando para ir embora, ouvimos barulhos de chaves na porta. E assim que a porta se abre, aparece uma Válery sorridente, mas assim que me vê, e vê Crystal, seu sorriso se desmancha:

– Oi, vieram trazer a garotinha?! Sabia que você ignoraria sua irmã e traria a menina! - Ela diz sorrindo irônica ao falar de Ludmila.

– Bom, na verdade não. - Digo e ela fecha a cara. - Só viemos buscar as coisas da Crystal, a partir de agora eu mesma cuidarei da minha filha. Não precisarei mais de você, Válery. Mas obrigada por ter cuidado dela até agora! - Digo tentando ser simpática.

– Nossa, Violetta, como você é ingrata, depois de um ano cuidando dessa pirralha nojenta você me dispensa assim, não é a toa que até seu pai te expulsou de casa. - Ela diz cínica. Não aguentei e voei com a mão na cara daquela v****! Ela que não ouse dizer UMA PALAVRA sobre a minha filha!

– SUA... ARGH! - Válery ficou vermelha de raiva e só faltou voar em cima de mim, porém, León não permitiu e segurou os pulsos dela e a mesma se afastou. É, pelo que parece eu me enganei feio com essa cobra. Amiga?! Dúvido muito essa aí ser amiga de alguém!

– Vou lá pegar as coisas da bebê! - Digo sem esperar uma resposta de ninguém.

Cheguei no quarto que era de Crystal, e a coloquei no bebê-conforto e coloquei o sinto. Depois arrumei tudo as roupinhas dela, com alguns brinquedos e tals. Ao todo deu três sacolas de roupas, juntamente com os brinquedos e o carrinho.

Levei o bebê conforto (aonde uma coisinha linda dormia), até a sala, e deixei León cuidando da bebê e voltei pro quarto para pegar as bolsas com as roupas.

Assim que peguei as três sacolas, coloquei tudo dentro do carrinho, e saí até a sala...

Quando cheguei lá...