A Seleção - Interativa escrita por Lady Ann


Capítulo 21
Beijos à Meia Noite


Notas iniciais do capítulo

ESPERO QUE GOSTEM PQ EU TO MUITO ANIMADA *00000000000*



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TRÊS SEMANAS DEPOIS. UM MÊS DE SELEÇÃO.

Amber Francys

Já era noite. Eu não consegui dormir e naquele dia não haveria encontro com as meninas. Desde que a Seleção começou, tínhamos nos encontrado, mas da semana anterior até ai, os encontros foram ficando mais raros. Eu não sabia se era por que estávamos começando a criar laços com os príncipes e aquilo deixou mais evidente que a Seleção era uma Seleção, ou se as amizades no mundo real, longe das câmeras que eu sempre fui acostumada, fossem assim mesmo.

Coloquei um dos “casacos” que minhas criadas fizeram para mim. As noites em Angeles eram quentes como os dias, então todas as Selecionadas só vestiam regatas e shots, além de camisolas. Minha roupa naquele dia não passava de uma regata roxa de seda e um short preto com a bainha em renda. Mas, para onde eu iria, talvez eu precisasse do casaco.

Fui descalça mesmo, afinal, queria sentir a grama nos meus pés e não era fresca como muitas pessoas achavam. Fui para os elevadores e entrei em um. Térreo. O elevador começou a descer e rezei para não encontrar o rei ou a rainha pelo caminho. Como eu iria me explicar?

O elevador chegou ao meu destino e saí olhando para os lados. Nada de rei, nem de rainha, nem de príncipes. Apenas eu, a princesa da França. Fui até a saída para o jardim com a maior calma do mundo, achando que finalmente eu iria estar livre para tomar um ar. Porém, como nem tudo são rosas, na porta do jardim havia dois guardas que me barraram assim que eu cheguei perto da porta.

– Desculpe, senhorita Francys, a senhorita não deveria estar aqui há essas horas – disse o guarda da esquerda.

– Eu só quero dar uma voltinha no jardim – pedi, fazendo carinha de cachorro que caiu do caminhão de mudanças.

O guarda olhou para o outro provavelmente pedindo ajuda.

– Desculpe, Senhorita – começou o outro, e nem precisou terminar.

Por favooor! – implorei descaradamente.

– É para sua segurança...

– Tenho certeza que sim, mas eu estarei onde seus olhos podem me ver, então não tem problema – argumentei.

Eles se entreolharam. Minha proposta foi mesmo muito boa, mas não era o suficiente.

– Mil desculpas, princesa, mas não podemos...

Quando o guarda me chamou de princesa tive uma leve vontade de usar aquilo a meu favor. Se eu estivesse no meu palácio, aquilo não estaria acontecendo. As portas se abririam antes mesmo que me vissem. Fiquei com raiva. Era tudo tão difícil em Illéa, até mesmo a língua me apavorava.

– Por favor, vai ser rapidinho! – falei, pela última vez.

Estava prestes a desistir quando o guarda da direita olhou para algo atrás de mim e abriu a porta na hora. Coloquei a mão na cintura, vitoriosa. Finalmente tinham me escutado.

– Muito obrigada! – murmurei.

E, já passando pela porta, ouvi uma voz bastante conhecida atrás de mim:

– De nada, mas a senhorita poderia pelo menos olhar para mim, não é, Amber?

Olhei para trás. Era Thomas. Ele tinha os feito abrir a porta. Fiquei com vergonha.

– A-al-alteza... Desculpe...

Não é que eu não conhecesse Thomas o suficiente para deixar de chama-lo de Alteza. Eu até poderia estar chamando-o de Thommy, como a Rainha antigamente fazia, mas a educação da realeza francesa não me deixava fraquejar no vocabulário.

Thomas andou até mim. Ele não estava usando os ternos que sempre tinha que usar. Ele parecia muito menos formal só com a camisa social e a calça. Sua fiel companheira gravata tinha ido embora e seu cabelo não estava completamente arrumado, o que me deixava bem mais confortável por não estar também.

– Não consegue dormir? – perguntou.

– Não – respondi. – Presumo que esteja com o mesmo problema.

Ele continuou andando até o jardim e eu fui atrás. A grama nos meus pés era uma sensação que eu não sentia há temos e estava extremamente feliz por voltar a sentir. Era tão bom ser eu mesma quando (quase) ninguém estava olhando.

Fiquei do lado dele, sem os saltos, eu era bem mais baixa e olhar para Thomas tão alto daquele jeito me fez lembrar da nossa infância. Recordei-me de quando éramos apenas crianças e eu sempre tentava manter distância por não saber inglês e por simplesmente não ter nada a ver com os gêmeos. Thomas sempre me observava com curiosidade, mas ia embora com Matthew logo depois.

– Na verdade, eu nem tentei. – Thomas sorria.

Continuamos a andar pelo jardim. Thomas e eu já tivemos dois encontros. Um deles foi um passeio no jardim e o outro foi um jantar. Nos dois encontros, o assunto foi nossas vidas e o que nós mudamos desde a infância. Era tudo bem melhor quando você já conhecia os príncipes. Não invejava nada as outras Selecionadas que não os conheciam antes. Thomas tinha um jeito próprio de mudar o assunto e podíamos começar falando da monarquia e acabar falando de batatas. E aquilo sempre me fez adorar nossos encontros.

Com Matthew foram três encontros: um no cinema, outro uma rápida cavalgada e o último, o mais recente, foi literalmente um “encontro”, nos encontramos no corredor e ficamos conversando sobre coisas aleatórias por uma hora. Ele não era completamente diferente do irmão, mas muitos pontos eram diferentes. Era como se eles se completassem.

Eu sempre tive uma quedinha por Thomas. Agora a queda aumentou alguns metros. Ou quilômetros. Quanto mais eu o conhecia, mais o achava surpreendente. Ele era tão inteligente e ao mesmo tempo tão engraçado e sarcástico; era como se ele pudesse governar o mundo e, quando voltasse para a casa, pudesse ser o pai perfeito para uma criança de cinco anos.

– Alteza, como estão indo os...

Thomas parou na minha frente com um sorriso e me calou.

– Quantas vezes já disse que não precisa me chamar de Alteza?

– Desculpe, eu me esqueço. – Dei um sorrisinho.

Ele se sentou em um dos bancos do jardim e eu ocupei o lugar que sobrava ao lado dele.

– Continuando... Como estão os preparativos para ser rei?

Thomas soltou um “aaahhh” como se detestasse falar sobre aquilo e eu ri.

– Vamos falar sobre algo que não me faça morrer de tédio – falou, e olhou para mim esperando que eu tivesse algum assunto. Eu o fitei de volta.

– Como está seu pai? – perguntei de uma hora para outra. Sabia que era um assunto delicado, mas sempre que eu via Richard tinha vontade de perguntar. Ele parecia piorar a cada dia e nenhuma outra Selecionada notava.

Thomas suspirou.

– Não há melhoras – comentou, e voltou a ficar quieto.

– Que forma ruim de quebrar o ar de uma conversa – desculpei-me. – Não devia ter comentado sobre aquilo...

– Não, tudo bem. Eu até acho legal que você, diferente das outras Selecionadas, fale da minha família e comente sobre algumas coisas que elas não sabem – ele sorriu.

– Como quando sua mãe tentou te dar fígado no almoço e você começou a chorar que nem um bebê?

Pude notar que ele ficou com vergonha. Coloquei a perna esquerda para cima do banco e sentei-me nela para ficar de frente para Thomas.

– Ah! Não me lembre disso! – Ele colocou as mãos no rosto. – E olha que até hoje eu detesto fígado.

Ele sorriu para mim. Parecia ter lembrado de alguma coisa quando continuou a falar:

– E também teve aquela vez que estávamos lanchando e você gritou com a sua mãe em francês e eu não estava entendendo nada.

Corei, eu não lembrava daquilo.

– E depois me contaram que você queria morangos e faria o impossível para tê-los.

– Você ainda lembra disso? – perguntei, meio sem-graça. Eu nunca iria me lembrar daquilo, só me lembrava de duas ou três cenas com os príncipes...

Thomas ficou pensativo.

– Não foram muitas as coisas sobre você que eu esqueci – falou meio tímido.

Fiquei surpresa. Enfim, eu também ocupava um espaço no coração de Thomas assim como ele ocupava um no meu.

– É tão engraçado como ficamos tão diferentes e ao mesmo tempo não mudamos nada... – comentei.

Thomas tocou meu rosto. Eu nunca senti seu toque daquela maneira. E queria mais. Ele segurou minha nuca e me levou para perto. O momento em que os lábios de Thomas encostaram-se aos meus foi o exato momento em que soube que eu estava realmente caindo de amores por um dos príncipes de Illéa.

Cheguei mais para perto, para acabar com a distância que nos separava. Quilômetros da França até ali não bastavam? Ergui a perna que ainda estava no chão e a coloquei sobre o banco, assim, eu estava de joelhos. Quando eu era criança, sempre imaginei que beijar Thomas ou Matthew fosse asqueroso, uma coisa que eu não queria para minha vida de jeito nenhum, mas agora, com Thomas passando a mão entre meu cabelo, e com sua boca fazendo carícias à minha, eu poderia facilmente dizer que eu estava errada. Beijá-lo era mágico.

Thomas desceu a mão que estava em minha nuca pelos meus braços, despindo parte de meu ombro e parou em minha perna. Ágil como o príncipe que era, puxou-a para o seu lado esquerdo, fazendo-me sentar em seu colo. Sorri e olhei para ele. Thomas era ainda mais bonito à meia noite.

– Já pensou que estaríamos assim um dia? – perguntei.

– Eu não preciso mais pensar – respondeu.

Realmente, ele estava vivendo aquilo. E eu viveria quantas vezes quisesse. Beijou-me. Beijou-me o pescoço e a boca, sempre me trazendo para perto pela cintura. Eu não tinha provado beijo melhor. E não queria provar mais nenhum enquanto estivesse com ele.

● ● ●

Thomas levou-me para o quarto naquele dia e me deu boa noite da porta. Sonhei com ele quando dormi e quando acordei meus pensamentos eram os mesmos: o príncipe de Illéa. Minhas criadas arrumaram-me e perguntaram o motivo para tanta felicidade. Lembrei de como Thomas pediu para manter aquilo em sigilo, e eu entendi. Estando numa Seleção, um beijo significava muita coisa e eu podia perceber que ele não tinha tanta certeza se eu era a escolha certa ou se eu era apenas a garota com mais intimidade. Querendo ou não, eu estava na Seleção, e Thomas ainda tinha outras garotas para escolher. Mesmo que eu estivesse apaixonada, ele poderia não estar. E aquilo doía, mas era lógico. Porém, quando estava comigo, Thomas dava a entender que não havia mais ninguém.

● ● ●

Winter Moore

Comemos o café da manhã sem a presença da família real, o que me deixava muito mais à vontade. Como a minha esquerda quem sentava era a Palloma, e ela saiu logo nas primeiras semanas, Delilah ocupou seu lugar. Nós tínhamos conquistado uma amizade muito grande nas últimas semanas e, estando a família real fora dali, nós tínhamos um tempo a mais para conversar.

– Winter, onde você acha que estão os príncipes? – perguntou Christal, que sentava à minha direita.

– Não sei, eles podem estar em qualquer lugar... Mas acho que estão falando com o rei, talvez estejam planejando qual Selecionada deve sair – falei, e Delilah me deu uma cotovelada de leve.

– Não diga isso, menina! – ela disse e eu comecei a rir.

– Ainda nem acredito que a Emili e a Karen pediram pra sair – comentou Christal.

– Eu acho que elas não pensaram direito – falei.

Mesmo com os ataques ao palácio, eu decidi ficar. Os ataques não eram frequentes, como tinha dito Matthew, e o palácio tinha mais de não sei quantos abrigos e guardas. Se a família real ainda não tinha se machucado com os ataques, eles não eram problema para mim nem para nenhuma Selecionada. Além disso, eu precisava ficar lá por Autum, ele ainda estava no hospital e seu tratamento já havia começado. Fiquei sabendo que ele estava melhorando, mas nada mais que isso, por cortesia de um guarda de Midston que se encontrou com minha mãe.

E também havia meu pai. Eu ainda não o tinha encontrado e já estava a duas semanas no palácio. Sabia que ele estava ali, que trabalhava para o rei, mas não sabia como começar a procurar. Deveria sair por ai perguntando quem era meu pai? Não. Então o que fazer?

– Winter! – ouvi Delilah chamar.

Ela estava me olhando com cara de brava. Eu olhei envolta, algumas Selecionadas estavam de pé e outras levantavam. Tentei imaginar quanto tempo eu fiquei parada sem nem piscar. Meu prato ainda tinha um pedaço de frango, para onde iríamos?

– O que foi? – perguntei, limpando a boca com um guardanapo enquanto levantava.

– Temos que ir, você não ouviu Rosie?

– Não... – murmurei baixinho.

Ela revirou os olhos e seguiu andando do meu lado enquanto seguíamos as outras meninas. Taylor veio para nosso lado. Ela estava muito melhor, mas se sentia preocupada, enquanto todas as meninas tiveram cerca de dois encontros com os dois príncipes, ela só teve um com Thomas, e dois com Matthew. E descobriu que não gostava do segundo irmão. Ela não falou mais de Thomas conosco, mas isso não significava que tínhamos parado de falar dos príncipes com ela.

– Como acham que vai ser o desafio? – perguntou.

Minha cara de surpresa devia ter sido ótima, pois Dakota passou por mim abafando uma risada.

– Que desafio? – quase gritei.

Shiu! – Delilah colocou o dedo indicador na frente da boca. – Você não ouviu nada mesmo do que Rosie disse?

– Não – respondi, começando a ficar desesperada.

– Certo, vou te explicar.

Viramos o corredor. Rosie disse que as Selecionadas teriam um teste naquele dia, era mais um desafio, algo como um “dever de casa”. E esse trabalho seria dado por ninguém mais, ninguém menos, que o rei. E estávamos indo para o terceiro andar. Por ordens do rei. Eu não podia conter minha ansiedade.

Rosie nos guiou para uma sala enorme que seria toda escura não fosse a luz do dia que vinha das enormes janelas. O rei estava parado em uma cadeira, esperando-nos.

– Queridas, queridas! – cumprimentou. Fizemos uma reverência demorada. – Fico feliz que tenham vindo receber seu trabalho. Thomas e Matthew estão em uma constante disputa para decidir quem será o aclamado rei de Illéa, e vocês, moças, estão disputando entre si dois cargos importantíssimos: a princesa de Illéa e, mais importante, a rainha de Illéa.

As meninas permaneciam em silêncio. Eu não tinha ideia de onde ele queria chegar com aquele discurso.

– E todas vocês sabem, eu espero, que ser rainha não é só receber massagem e combinar a cor do vestido com a gravata do rei. – Algumas Selecionadas riram, eu não tive essa coragem. O rei poderia estar sendo simpático, mas ele ainda me dava medo, mesmo que todos o amassem. – O dever de uma rainha vai além disso, a rainha deve saber governar tão bem quanto o rei! Deve saber fazer seu trabalho com a perfeição que o rei faria! Deve ser um “rei” tão bom para Illéa como o próprio. Por isso, eu e meus filhos decidimos algo; um desafio de eliminação, que pode facilmente coloca-las para fora.

Fiquei nervosa. Senti-me naqueles programas culinários onde o cozinheiro esquece a panela no fogo e ela queima segundos antes da prova terminar. E o cozinheiro era eu.

Criadas passaram por nós e deram um bloco de papel e um estojo pequenininho para cada uma. O bloco era grosso e um pouco largo, aproximadamente do tamanho de uma folha de papel A4 cortada na metade. Abri o estojo e peguei uma caneta. Escrever em pé nunca foi uma das minhas habilidades escondidas, mas hoje eu teria que fazer meu melhor.

– Escrevam – ordenou o rei. – Tudo o que vocês deverão fazer é, planejar uma festa para seus parentes no castelo.

Todas as meninas ficaram felizes. Logo pensei em chamar Autum. Mas talvez ele não pudesse vir...

– Mas calma! De todas as festas que vocês planejarão só uma será aceita. Elas passarão pela revisão de uma das melhores planejadoras de evento de Angeles e, de acordo com as possibilidades, serão analisadas e uma será escolhida como o roteiro da festa. Todas as Selecionadas deverão trazer três pessoas de casa para o palácio.

Poderia se notar o quanto as Selecionadas estavam animadas ao pensar na possibilidade de rever as pessoas mais queridas para elas.

– Estão anotando? – perguntou o rei, sem conter a felicidade por ver as Selecionadas tão animadas. – Bem, só direi uma vez! Os tópicos que vocês deverão organizar, serão: decoração do lugar, comida, bebida, música e entretenimento. Nesta última parte, vocês poderão colocar mágicos, dançarinos profissionais, jogos, qualquer coisa que seja viável, não coloquem um elefante dentro do palácio, por exemplo.

Eu ri.

– Quanto a musica, quero que tenha música para todos os gostos, pensem nisso. E não precisa escolher todos os nomes, apenas os ritmos e se quiser alguma especial. A comida também precisa ser bem rígida, aperitivos apenas, porções pequenas, afinal ninguém come um prato de almoço numa festa, certo? Além disso, apenas caldos serão aceitos. Se as senhoritas pensarem em algo mais viável, seria muito bem aceito. Ou não. Depende do que escolherem.

Talvez ele não fosse tão ruim assim, né?

– Qualquer dúvida, os cozinheiros do palácio estarão sempre prontos para responder suas perguntas. Bem, vocês tem exatos dois dias para resolverem isso. Na terça-feira quero isso tudo pronto. Quinta será a festa. Vão, meninas, vocês tem muito a resolver!

E, dito isso, Rosie nos guiou para fora da sala. Ela nos levou para nossos quartos. As ideias brotavam da minha cabeça. Seria a melhor festa de todas!


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Notas finais do capítulo

Eu depois de reler a história da Winter hoje: http://imgur.com/NhCqkY1
Se quiserem reler: http://fanfiction.com.br/historia/550420/A_Selecao_-_Interativa/capitulo/5/

GOSTARAM migas? Espero que siiim :3
Depois daqui a Seleção só esquenta!



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