Ele voltou? escrita por Lola Carvalho


Capítulo 2
Irmãozinho


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Duas semanas antes...

“Se você soubesse a confusão que me meteu, jamais ousaria fingir ler o pensamento de alguém de novo.

Faz tempo que não nos falamos, irmãozinho”

Ao ler a carta, Patrick ficou em choque. Pensou quinhentas mil vezes em contar para Teresa, mas não conseguia. Ela parecia tão entretida em sua conversa com Kim sobre a gravidez.

Ontem havia sido um grande dia para Teresa, pois ela havia sentido a bebê chutar a barriga dela pela primeira vez.

De repente, os olhos de Patrick e de Teresa se cruzaram, e a morena pôde ver o terror em seus olhos.

– Patrick? Está tudo bem?

– E-E... – ele hesitou por um momento, mas decidiu contar a verdade – Não, não está.

Ele levantou a mão e lhe entregou o papel de carta que ele acabara de receber pelo correio.

Lisbon leu e releu, para ter certeza de que havia entendido.

– Irmão? Eu achei que você fosse filho único – ela comentou confusa – O que está acontecendo?

– Sente-se – ele orientou – É uma longa história...

Sim, ele havia razão: era uma longa história.

Ele nem sabia por onde começar. Tentou ser o mais detalhista possível, usando seu palácio de memórias, mas era impossível, em alguns casos, ser preciso.

A verdade é que, exatos 30 anos atrás, Patrick e seu irmão gêmeo, Christopher resolveram fugir do circo, mas para sobreviverem, continuaram fazendo leituras nas pessoas no meio das movimentadas ruas de Los Angeles, lugar para onde eles tinham ido após a fuga.

Patrick sempre fora mais persistente que seu irmão, portanto conseguia mais clientes, logo também conseguia mais dinheiro.

Christopher, inicialmente, ficara com inveja de Patrick, mas depois de um tempo e com o crescer dos “negócios” ele viu uma oportunidade de barganhar com Patrick. Então, os dois combinaram que Chris ia “recepcionar” os clientes, enquanto Patrick atendia-os de fato.

Depois de um tempo, Patrick viu que o trabalho de seu irmão era inútil, já que ele mesmo poderia recepcionar os clientes no novo local que eles alugaram, e então, um belo dia, após se desentender com Christopher, Patrick disse para ele que eles não poderiam mais manter os negócios, e que Chris tinha de sair da casa e procurar outro lugar para morar.

Irritado, o menino, em seus vinte anos de vida, saiu da casa imediatamente, sem suportar o orgulho e arrogância de seu irmão.

Mais tarde naquele mesmo dia, Christopher fora assassinado por um cliente de Patrick que havia descoberto a farsa, e confundiu os irmãos.

– Oh meu Deus, Patrick... – espantou-se Teresa – Isso é terrível!

– Isso só pode ser uma brincadeira de mau gosto... Só pode ser. Eu fui até o hospital para ver meu irmão, ele estava vivo ainda. Mas depois de uns quinze minutos ele morreu. Eu estava lá. Era ele, e ele está morto! Eu não entendo...

– Deve ser uma brincadeira de mau gosto... – confirmou Teresa – Fica calmo, está bem. Enquanto eu estiver com você, nada de ruim vai nos acontecer. Lembra? Eu tenho uma arma – ela brincou e Patrick sorriu fraco

– Bem. Você está certa. Não deve ser nada.

O assunto fora esquecido, como se nada tivesse realmente acontecido.

Bem, isso foi até a manhã seguinte, quando Patrick recebeu outra carta de seu irmão:

“Pensou que era eu naquela maca de hospital? Lembre-se Patrick, quanto maior a mentira, mais fácil de se acreditar.”

Patrick gelou novamente. Como aquilo podia ser real? Impossível!

Como que seu irmão morto (talvez) poderia ouvir a conversa que ele tivera com sua esposa? Ou será que ele treinou suas habilidades de prever o comportamento dos outros?

Ele novamente contou para sua esposa, que o confortou e procurou pela assistência do FBI para solucionar esse caso.

E conforme o previsto, na manhã seguinte, lá estava outro bilhete:

“Achou que eu ia me intimidar? FBI, não é?! Espero que você não fique desapontado quando seu super time falhar.

Dê meus parabéns para sua esposa. Está grávida de um vigarista.

Ou melhor... Nem precisa contar, ela irá ler esse bilhete de qualquer jeito”

O que mais lhe assustou nessa última carta foi a assinatura na parte de trás do bilhete.

Um sorriso. Um sorriso igual ao de Red John.

Não havia dúvidas de que era um trabalho interno. Como alguém saberia tanto assim sobre detalhes tão particulares?

A única pessoa que ele podia confiar agora era em Teresa, Dennis, Kimball, Kim e Wylie, os mais próximos a ele.


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Notas finais do capítulo

O.o Que virada na história, não é?
Mas, enfim. Espero que tenham gostado :3 hehehe Já tem suspeitas?
Eu não sei quando vou postar o próximo, porque está chegando aquele momento em que tem quinhentas mil coisas para entregar na faculdade.
Mas vou tentar atualizar o mais rápido possível!
Obrigada por lerem. Espero que gostem :3
Beijinhos :*



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