Juntas novamente escrita por BeatriceL


Capítulo 8
Reencontro parte 1


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo meus amores espero que gostem,
acreditem, estamos cada vez mais próximos de Jelsa o/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/548135/chapter/8

Pov’s Elsa

Se concentrar, não sentir, não deixar saber, não podem ver, esconder, não sentir, uma boa menina deve ser, encobrir, não sentir – É a centésima vez que estou repetindo isso, qual o capricho novo do rei Eduardo para me deixar aqui esperando? Faz dois minutos que a Punzie saiu e pelo amor de Deus, ele é homem, não precisa de esforço para ficar apresentável.

– Els, meu bem venha aqui, por favor - entro novamente no palacete avô, vejo a sala e me alivio ao saber que por questões de segurança todas as fotografias de família foram removidas, já que mesmo a festa sendo no salão, a casa principal receberia convidados e ele sabe que fotos da minha mãe espalhadas causariam um grande incômodo, devido minha sinistra semelhança com ela.

– Qual seu novo desejo majestade? – A frase escapa ácida, já estou cansada das vontades do dele.

– Eu quero que cumprimente seu vice-presidente, só isso nada mais, filho pode descer, por favor.

Filho? Subo meus olhos e o vejo, Hans descendo as escadas da minha casa, ele usa um smoking branco e uma camisa vermelha escura quase roxa, eu não acredito que ele está aqui, mas que droga está acontecendo? Eu provavelmente devo ter tomado muito champanhe ou meu avião de Paris deve ter caído e eu vim parar direto no inferno. Ele só para na minha frente e me estende uma caixa preta.

– Nem é seu aniversário Els e aqui está meu terceiro presente do dia, vou estregar você ainda não é?– E me dá um beijo delicado no rosto, eu não reajo, estou completamente em choque.

– Vou dar um pouco de privacidade para vocês, ok? Só não demorem, temos uma festa esperando por nós.

– Não precisamos de privacidade vovô! O que é isso?

– Uma pulseira de diamantes, quinze para ser exato, um para cada membro da família Westerguard, minha mãe achou simbólico, e se você examinar com uma lupa verá nossos os nomes gravados – ele tomou a caixa das minhas mãos e tirou a pulseira – Só para você saber o meu nome está no do meio, já que eu apresentei você para família – riu e a fechou no meu pulso.

– Não estava falando com você Hans! O que está fazendo aqui?

– Vejamos – ele começou com o tom irônico dele - eu odeio Londres é cinzenta e chuvosa, a comida de lá é horrível, não tenho mais ninguém para tomar chá em Paris, o salário é enorme, só seis horas por dia, a cidade é linda, conheci uma garota ainda mais linda e temos um encontro amanhã, e me apeguei demais ao seu gato e não tenho como te processar e tirá-lo de você e acredite eu tentei, mas precisaríamos ter nos casado para algum tribunal não duvidar da minha sanidade, então por isso eu estou aqui, mas se quiser me dar o gato também precisa convencer a garota a casar comigo, aí eu saio da sua vida para sempre.

– Eu ainda não estou falando com você – digo irritada, e a porcaria da festa ainda não começou, vou precisar de mais umas três taças de champanhe para me acalmar, maldita a hora que não desci com a Anna ou Punzie.

Meu avô logo compreendeu.

– Ele é herdeiro de 53,84% do Banco Westerguard, pois mesmo tendo doze irmãos mais velhos ele é o único filho da Helena com o Franz, então logo se ele estiver envolvido com os hotéis, nossos negócios viram alvo de investimentos e então eu sei que você não terá como fracassar, é por isso que ele está aqui.

– Então não fique brava comigo Els, eu sou apenas mais um boneco nessa brincadeira, e nós temos ainda que montar nosso escritório, não dá para sermos sócios com um oceano nos separando. – Eu não consigo acreditar que ele está brincando com isso, e muito menos que eu me sinto feliz por esse cabelo vermelho, olhos verdes, sardas e sorriso encantador estarem aqui para me acalmar.

– Claro, precisamos ir, eu preciso ver minha irmã, Punzie deve estar me procurando.

– Ah sim estou ansioso para falar com ela novamente, quem sabe ela não topa um encontro duplo comigo e minha futura namorada? Eu até te chamaria, mas para encontros duplos você precisa ter um namorado... Isso Els! Vou arranjar um namorado para você e nem precisa contar como um presente! – Punzie e Hans ficaram amigos durante nossos encontros, ela sempre que podia ia passar uns dias com a gente, ou ele vinha pra cá comigo,ele não gosta muito de estar com a família dele, pois sendo o caçula e o principal herdeiro os irmãos não são nada amigáveis com ele. Eu também preciso apresentá-lo para Anna, pois ela é a única que eu não o conhece, já que eu a evito desde que eu quase a matei enquanto brincávamos na neve quando ela tinha cinco anos e eu oito, ou seja a mais ou menos 13 anos eu a evito com todas as minhas forças, não consigo olhar para o rosto de boneca dela sem ser atacada pela culpa que se fosse por mim ela estaria num caixão, mas isso precisa mudar, afinal ela é tudo o que eu tenho.

– Vamos então crianças, o carro está esperando.

– Ele não tem que ir com a gente vovô, vai na frente Hans e já avisa para todo mundo que o show começar.

– Minha Els sempre tem razão, até logo tio Edu – e saiu, tio Edu? Isso é ridículo, como a Rapunzel insinua que eu o amo? Ele não é digno de amor, é apenas mais um manipulador como meu avô.

Saímos em seguida e fico deslumbrada com a decoração, realmente preciso agradecer quem fez isso tudo porque está incrível.

– Els, minha neta, vamos tirar umas fotos – me levou até onde estavam os fotógrafos, os convidados já haviam entrado - eu não sabia que você iria se irritar tanto com o Hans, se soubesse não contrataria o Jack para ser o arquiteto principal.

– Você fez o que? – Não basta trazer o Hans, tem que me fazer ver aquele infeliz de novo, eu nunca imaginei que veria aquele traidor novamente, e agora ele está a metros de distância

– Vamos lá era um bom acordo e ele realmente é bom no que faz.

– Tanto faz – Menti, faz e faz muito, minhas mãos tremem só em pensar em ter que olhar novamente para o rapaz que partiu meu coração, finalmente terminamos de tirar as malditas fotografias.

Ele me conduziu pelo salão e me colocou ao lado da Merida em uma das mesas em frete ao palco que foi montado, do meu lado dela um homem jovem loiro extremamente atraente, bem pelo menos o achei, do lado dele o Soluço, do lado do Soluço estava o Breu e bem na minha frente estavam Jack e Hans – mas que maravilha os traidores juntos! A mesa em que estavam Punzie, os pais dela, Flyn, Anna e Olaf estava do outro lado do salão, claro que meu avô deve ter tido a infeliz ideia de fazer a nova equipe sentar junta.

O que mais me assusta é que eu passei cinco longos anos odiando o Jack, mas agora, com ele aqui na minha frente, não consigo sentir a minha fúria, não tenho vontade de gritar com ele ou algo parecido, e isso e assustador, só me perco nos olhos cinza azulados, no sorriso fácil, no cabelo bagunçado ele é ainda o mesmo rapaz, só que mais bonito.

Cumprimentei Merida e o loiro, que se apresentou como Kristoff, meu avô vai ao centro do palco e toma a palavra, o show de horrores vai finalmente começar, pelo menos assim eu paro de ficar olhando para o Jack Frost.

– Uma vez alguém me disse que o que realmente importa na vida, é amar o que você faz e fazer o que você ama, nos meus mais de setenta anos posso dizer que tive o privilégio de fazer muitas coisas que amei e também que pude amar, amar incondicionalmente, esse amor incondicional confesso que senti pelos meus hotéis, e por mulheres afinal sou humano – todos riram com a piadinha idiota dele – e se não fosse esse amor eu não estaria aqui reunidos com todos vocês hoje meus colegas e amigos. Infelizmente ou melhor felizmente é o ultimo ano em que precisam aturar esse velho aqui fazendo um discurso chato – e coloque chato nisso – na festa de aniversário do primeiro hotel Arendell. Então nesse este último discurso eu decidi contar um pouco de como me apaixonei por três das cinco mulheres que eu amei em minha vida. A primeira delas era uma moça linda, extremamente loira e de lindos olhos castanhos, eu entreguei meu coração para ela no instante que a vi, Deus sabe no esforço que fiz para me casar com ela e fazê-la a Sra. Elisabeth de Arendell e no quanto fomos felizes nos poucos anos que vivemos juntos e nunca conheci um coração tão puro feito o dela, infelizmente ela nos deixou no parto da minha segunda amada, a minha única filha, Isabelle de Arendell, minha doce Belle, ela era justa inteligente e leal, e a cada amanhecer sinto dor, saudades e lamento a perda dela e de seu marido, Arthur Winters, uma lástima, tão jovens tão apaixonados, mas felizmente graças a eles eu ainda tenho três meninas, não, tenho três mulheres para amar e ainda dar sentido a minha vida.

Lágrimas se formavam nos meus olhos e escorriam pelo meu rosto.

– E apenas graças a isso, essa não é uma história triste para mim, minha Isabelle me presenteou a vinte e um anos atrás com a teimosa Elsa Winters de Arendell, e antes que me perguntem eu não deixei meu nome vir por último até hoje lembro como consegui vencer Arthur o filho que nunca tive fazer minha vontade, afinal não costumo perder, e essa característica minha foi herdada por minha Elsa que a demonstra desde pequena, incontáveis as vezes que ela ainda uma menina, convencia todos e qualquer um a fazer suas vontades, como ela coloca uma coisa na cabeça ninguém pode convencê-la do contrário, e quando ela sabe que não vai conseguir o que quer com argumentos ou o rostinho lindo dela, ela só bate o pé e portas, muitas portas até conseguir o que quer, me lembro de uma vez em que estávamos jogando banco imobiliário e eu iria perder, tentei negociar com uma menina loira de seis anos sobre o que ela queria para não construir uma cadeia de hotéis, porque se ela fizesse eu estaria liquidado – eu realmente adorava jogar esse jogo, não me lembro de ter perdido – e para minha surpresa ela disse que queria todos os meus hotéis de verdade em troca, pois outro acordo não seria justo, eu aceitei e em vinte minutos a minha princesa tinha encontrado outra forma de me derrotar, como ela sempre faz – então era por isso que eu sou obrigada a fazer isso? Porque ele perdeu um joguinho para uma criança? Eu preciso levá-lo ao médico urgentemente.

Mais risadas dos convidados. Meu telefone vibra, mensagem do idiota do Hans.

Se quiser fugir basta fingir um desmaio eu pego você! Esse Jack é o seu Jack!? Imploro por detalhes! Ah e seu avô me mostrou você criança era realmente fofinha.

Rio ao lê-la, meu avô continua o discurso interminável.

– Mas antes que achem que sou um velho maluco, eu não estou anunciando minha neta como nova dona dos hotéis e presidente do grupo por causa de uma derrota para uma criança de seis anos, mas porque esses quinze anos a transformaram em uma linda mulher, forte, independente, ainda teimosa, porém inspiradora alguém que me causa um imenso orgulho, então sem mais delongas quero agora é oficial Elsa Winters de Arendell é a minha sucessora nos negócios. Espero que não se ofendam, mas hoje é para se divertirem, então esperem uma próxima oportunidade para minha rainha se pronunciar - ouço aplausos e flashes em minha direção, mas não vejo motivo para comemorações.

Ele se senta entre mim e Hans, o jantar é servido e está delicioso, a salada, o risoto, o peixe e o bolo mais que recheado de chocolate com cerejas.

Converso principalmente com Merida, eu adoro o trabalho dela e foi a principal condição para eu assumir a presidência, ela e Soluço os melhores publicitários do mundo na minha opinião.

A música começa, Jack sorri se levanta e senta na cadeira vaga ao meu lado, já que Merida tinha saído provavelmente para encontrar Anna lá fora, quase ninguém está mais no salão. Eu me sinto elétrica pela curta distância entre nós, eu não preciso de ajuda para reconhecer a canção Problemas de Ana Carolina mesmo apenas nos violinos - diferentemente da música que vem da piscina - não é segredo para ele que eu amo as canções dela.

– Cinco longos anos e ainda é a garota mais linda que eu já vi, eu queria que soubesse que eu escolhi essa especialmente para nós dois –eu tremo- e se você dançasse eu te convidaria.

Ele está tão perto de mim, meus lábios formigam sedentos pelo contato, porque você tinha que partir meu coração Jack Frost? Porque ele ainda meche comigo? Ande Elsa você precisa sair dessa situação.

– Na verdade eu danço agora – digo com uma voz vacilante, meu coração dispara, eu preciso aumentar a distância entre nós, Hans entende a deixa e me tira para dançar.

Os olhos verdes olham os meus com curiosidade, não suporto as perguntas que o olhar carrega e escondo meu rosto em seu ombro.

– Sabe Els a questão do seu namorado é mais fácil do que eu imaginava, temos o loiro bonitão e trabalhador pelo que eu ouvi e o garoto arrependido e extremamente apaixonado, qual você vai querer?

– Eu quero que você cale a boca pode ser?

– Para que tanto mau humor? O cara realmente ainda tem sentimentos por você, e se fosse indiferente não estaria tão

– Tão o que Hans? Seu diploma é de psicanálise ou direito?

– Tão irritada, anda Els, seja uma boa menina, abra um sorriso, e tome mais champanhe se precisar, eu não vou dizer que tem problemas com álcool.

– Eu ainda quero que cale a boca.

– Não vai acontecer Els!

Ele me gira outra vez, eu bufo, ele ri, e me rodopia mais algumas vezes – sinto os olhos de Jack me fuzilando.

– Então agora que conheci seu Jack só falta a mini Elsa, onde ela está?

– Não somos parecidas então não a chame de mini Elsa.

– Minha pergunta Els – mais giros - não vai me deixar sem resposta, é falta de educação, e agora mais que nunca precisamos solidificar nosso relacionamento com verdades e confiança. – Nosso relacionamento? Isso soa ridículo.

– Provavelmente na piscina bebendo e dançando.

– Viu a língua não caiu! – ele franze as sobrancelhas, sempre faz isso quando está prensando – Sério? Bebendo tipo literalmente bebendo? Ela não é muito nova para isso? Ela tem o que doze ou treze anos pelas minhas contas, e você está dançando e quase bêbada, então vejo uma leve semelhança. – eu quero comprar duas passagens para o inferno para mandar Hans e a prepotência dele.

– Ela tem dezoito!

– Mas você disse que mal fala com ela desde seus oito anos, com medo de machucá-la - me rodopia mais duas vezes eu estou ficando enjoada.

– Ela tinha cinco anos e eu oito.

– Eu vou te levar até lá e nos apresenta? Eu juro que depois ligo para minha doce nova namorada e convido ela para sair e você só vai me ver no trabalho pode ser?

– Doce nova namorada! Ela sabe disso? E se é assim você já pode me soltar, você já ganhou sua dança. – Não me surpreende ele já ter alguém, as garotas se jogam em cima dele por causa dos olhos verdes, sardas, inteligencia, família podre de tão rica e tudo mais, havia começado a tocar outra canção que não sei qual é, mas ainda é irritantemente lenta.

– Oh não majestade, três presentes três danças são as regras!

– Suas regras não contam!

– Nós sabemos que isso é uma mentira – E realmente é, embora se continuar dançando, Frost vai entender o recado e me deixar em paz pelo resto da vida não? Mas não vou deixar o Hans se sentir vitorioso.

– Hans só me solte e vá atrás da sua nova vítima – não disfarço o deboche em minha voz, afinal quantos dias as paixões dele duram? Três senão menos - e me deixe aqui nessa loucura.

– Mais um motivo para eu ficar! Eu amo loucura! Se não te conhecesse ia achar que não quer mesmo que eu te deixe para ir atrás do meu novo raio de sol! Ciúmes? – Talvez eu realmente não goste da ideia dele caindo de amores por uma desconhecida, mas realmente ele não tem que saber disso.

– Nem nos seus sonhos Westerguard – Ele só sorri novamente e me conduz pela pelo salão, porque raios eu só não fui com Merida para piscina mesmo?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu sei, ainda tem Helsa nesse, mas é que não consigo me decidir em qual colocar com ela.
O próximo capítulo é todo no ponto de vista do nosso adorado Jack Frost