Deixe a neve cair escrita por Snow Girl


Capítulo 35
Segredos


Notas iniciais do capítulo

Bom dia, minha gente! Voltei das férias, linda e loura sqn², com muitas ideias. Essa viagem foi ótima para desenvolver minha criatividade e alguns projetos para 2015 e quando cheguei encontrei dois novos moradores aqui em casa: meu irmão (que acabou de se separar da esposa dele) e a labrador dele, Safira, que em pé dá a minha altura e está sempre pisando em cima dos meus cachorros, sem querer.
Enfim, voltando à fic. Lembrem-se que a classificação é +16 e por isso pode ter umas coisas mais picantes, porém, mesmo se fosse +18 eu manteria as coisas livres para menores.

No último capítulo de DaNC:

"— Layla? — ele disse, enquanto me ajudava a tirar os grampos do cabelo. Se notou que eu tremia, não disse nada.
Ele me abraçou por trás.
— Sim?
— Acho que eu sou louco por você.
Eu ri e me virei para ele, puxando seu rosto para o meu.
— E eu sou louca por você, majnun. Mais que deveria.
Ele me beijou com profundidade, os dedos correndo por meus cabelos soltos, passeando por minha bochecha.
Seus olhos escuros queimavam.
— Poucos homens têm o que eu tive a vida toda, mas apenas o mais rico tem o que eu eu consegui essa tarde — disse, rouco, acaricindo-mecom reverência.
Arqueei o corpo corpo enquanto ele beijava meu pescoço.
Mordi seu lábio e Dimitri gemeu, um som primitivo vindo do fundo da garganta. Meus dedos, por vontade própria, agarraram-se ao seu cabelo, puxando-o até não haver nada entre nós além de roupas que precisavam urgentemente serem tiradas."



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Os lábios de Dimitri exploravam afoitos a pele desnuda do meu pescoço enquanto ele se demorava na tarefa de abrir os botões de pérolas à minhas costas e eu mordiscava seu rosto acima do meu e retorcia minhas mãos por seus cabelos negros.

Botões — disse por baixo de sua respiração acelerada e eu estremeci de prazer por ser eu a causadora daquilo, por ter meus dedos correndo por seus bícepes fortes e pálidos que praticamente me circudavam.

Depois de ter aberto menos de três botões do meu vestido enquanto eu tinha feito um trabalho primoroso tirando suas roupas, Dimitri desistiu da delicadeza.

Com um puxão firme na parte de trás, ele rasgou o meu vestido de fora a fora e um pensamento me chamou do estado quase onírico em que me encontrava com um solavanco.

Dimitri e eu íamos fazer amor.

Saí de cima dele, rolando para o lado no chão frio e meu marido se colocou sobre mim como um leão que captura sua presa, os olhos pretos profundamente fixos em mim.

Eu coloquei as mãos sobre seu peito, o restringindo.

—Dimitri, não — sussurrei.

Ele parou imediatamente, apoiando seu peso nas mãos, uma de cada lado da minha cabeça.

Seus olhos piscaram em confusão.

— Não? — repetiu.

Tentei assentir, mas não deu certo.

— Não. Eu estou com medo — murmurei, me sentindo ainda mais idiota botando tudo para fora. Eu estava dando o fora no cara mais gato do mundo que por obséquio era meu marido. Eu era muito tapada.

— Ei — seu tom era carinhoso e ele deslizou um dedo por meu pescoço —, nós pertencemos um ao outro. Confie em mim, Layla. Tudo vai dar certo.

Embora não fosse com aquilo que eu estivesse preocupada, deixei que ele me reconfortasse com palavras e beijos quentes até que eu voltasse para o clima anterior, completamente à mercê dele.

Dimitri deslizou os dedos pela alça do meu sutiã, tirando-o, e parou na metade do caminho para perguntar se estava tudo bem continuar. Eu respondi que sim e o mesmo aconteceu com a minha calcinha e novamente eu respondi afirmativamente.

E Dimitri, sendo muito mais carinhoso do que eu imaginara ser possível para alguém daquele tamanho, explorou meu corpo com a devoção de artista por sua musa, os lábios em cada parte da minha pele, sussurrando meu nome e tornando impossível resistir a ele e àquele momento porque era certo e claro como a luz do sol que eu pertencia à ele.

Acordei com um beijo na nuca e me virei, piscando para Dimitri que me olhava intensamente.

— Bom dia — disse-me roçando os dedos por meu rosto. — Desculpe-me por tê-la acordado.

— Tudo bem — bocejei cobrindo a boca e sentando na cama. — Aonde você vai?

Ele passou a mão no cabelo e virou parcialmente para olhar a janela escura, escondendo seu rosto de mim.

— Trabalhar.

Levantei de um salto da cama. Se Dimitri estava indo trabalhar significava que eu tinha perdido o café-da-manhã.

— Que horas são? — perguntei em pânico.

— Seis da manhã — respondeu voltando-se para mim, tranquilizador. — Você não está atrasada.

Encarei-o confusa.

— Você só trabalha depois das sete e meia.

Ele assentiu, o rosto grave e solene e, a não ser que eu estivesse muito enganada, um pouco envergonhado.

— Reunião emergencial, meu tio está aqui — ele comentou com um tom leve, mas sua expressão permanecia imutada.

— Isso é ruim, não é?

Dimitri concordou com a cabeça.

— Preciso ir, Layla. Te vejo mais tarde — apesar da clara preocupação ele pôde se demorar ao beijar minha mão e acariciar meu cabelo.

À porta, Dimitri parou e olhou novamente para mim. Naquele momento eu soube que havia alguma coisa muito errada acontecendo: seus olhos estavam fixos em mim de forma saudosista como se fosse a última vez em que me veria. Estremeci com esse pensamento enquanto me preparava para tomar banho.

No banheiro, tirei a camisa de Dimitri que eu havia usado como pijama — e o qual não me lembrava de ter vestido tanto quanto não me lembrava de ter ido para a cama — e fiz uma análise breve dos últimos dias enquanto a água quente cobria meu corpo.

Eu não podia acreditar que havia me casado com alguém que conhecia há dois meses e menos ainda, não podia acreditar que o amava tanto.

Na noite anterior eu ficara fitando seu rosto e me perguntando exatamente em que momento eu havia me apaixonado por Dimitri. Algo me dizia que foi durante suas intermináveis aulas, onde ele mostrava que confiava na minha capacidade; outra coisa dentro de minha mente havia discordado e dito que eu havia me apaixonado pelos pequenos gestos, como sorrisos que ele dava para mim sem nenhuma razão aparente a qualquer momento quando me pegava estudando-o em vez de as planilhas de guerra. No fim eu havia decidido que não me importava. Aquele era o melhor sentimento que eu já tinha sentido: eu me sentia útil, desejada e muito feliz. Tudo ao mesmo tempo.

Saí do banho de forma automática e encontrei Anya segurando dois vestidos que pareciam de seda. um deles era rosa com mangas de renda e o outro era azul-escuro e sóbrio. Ela ergueu os vestidos, mostrando-os para mim.

Escolhi o azul e ela me vestiu com uma sobrancelha arqueada. Por fim, ficamos nos olhando e Anya decidiu que ia começar a arrumar o quarto.

Ela deu uma risadinha.

— A noite foi boa, Alteza? — Em sua mão havia os destroços do meu vestido da noite anterior.

Corei.

— Foi ótima — respondi com toda a dignidade que pude reunir, que não era muita. — Com licença, vou tomar café.

Não vi, mas pude imaginar a expressão em seu rosto com perfeição: um misto de espanto e felicidade e só um pouco de hilaridade.

Desci as escadarias colocando minhas emoções em ordem.

Assim que entrei no salão, parei. Sete cabeças se voltaram em minha direção: rei Ivan, Dimitri, Alexander e sua família.

Inclinei-me respeitosamente querendo desaparecer no chão de mármore negro. Esse povo nunca ia embora?

— Atrasada — Yeva ladrou com desdém. — O que mais se poderia esperar de um illeano?

Trinquei os dentes mas a ignorei enquanto eu me sentava no meu lugar de costume, à esquerda de Dimitri e sorria para seus primos, mesmo para Sasha, de quem eu não era muito fã. Percebi o quanto estar casada com Dimitri havia feito diferença: ela não representava mais uma ameaça para mim e por isso relaxei um pouco.

— Deixe-a em paz — Dimitri disse para a tia à meia-voz.

— É, deixe a Layla em paz, mamãe. Nós que acordamos com os galos hoje — Demyian acrescentou e colocou a mão diante da boca para esconder um bocejo. — Ou eles que acordaram conosco.

— Calado, Demyian Alexanderov Serov — rebateu friamente. — Quando os anfitrões acordam é de se esperar que os hóspedes já estejam de pé.

Dimitri fechou a cara.

— Layla também é uma anfitriã dessa casa — disse friamente. — Os hóspedes são vocês.

— Não me lembro de ela ser casada com alguém dessa casa para ser anfitriã — retrucou.

Sasha começou a tossir intensamente e eu fixei o olhar na parede para não rir e me entregar.

— Questão de tempo, espero — rei Ivan interveio e eu corei. — Eu teria muito gosto de ter a princesa Layla em nossa família.

Demyian, Kira e Alexander ficaram olhando de mim para Dimitri como se esperassem uma reação. Eu não olhei para ele, mas sabia que seus olhos estavam em mim.

Finalmente sua família desistiu desse assunto e todos comemos em silêncio, com exceção das críticas pouco veladas de Yeva sobre mim.

Dimitri me puxou até seu escritório, um cômodo que eu nunca tinha estado antes mas que se parecia um pouco com os escritórios de Illéa e o de seu próprio pai.

Ele se encostou na parede com os olhos fechado e a mão na testa, a imagem do cansaço.

Nos casamos há um dia e já estávamos sofrendo para manter o segredo.

— Vou ligar para Illéa — avisou. — Nós precisamos contar para eles.


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Notas finais do capítulo

Algumas pessoas já descobriram o que vai acontecer em breve e esse capítulo é o começo da fase 3 da fic. Onde vocês, meus amados, percebem como a vida de casados pode ser cruel.
Enfim, é isso. Bom dia para vocês.



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