Deixe a neve cair escrita por Snow Girl


Capítulo 33
Presente


Notas iniciais do capítulo

Feliz ano novo! (atrasado, mas valendo) Como foi o dia de vocês? Como está sendo 2015?
Fizeram promessas? objetivos? Eu tenho um objetivo para esse ano e para essa fic que é fazer alguém chorar. Vamos ver se eu consigo?
Mas nã oagora, pois estamos na fase happy and love da fic ♥

Anteriormente:

"Dimitri tocou o véu com as pontas dos dedos e o ergueu delicadamente.

Ele beijou cada uma de minhas pálpebras para secar minhas lágrimas, a ponta do nariz e por fim meus lábios. Havia algo de vitorioso quando nossas bocas finalmente se encontraram e eu pensei que iria realmente desmaiar naquele momento.

— Princesa Layla Schreave Serov — sussurrou em inglês, os olhos fixos nos meus com um fogo negro que derretia tudo dentro de mim —, eu te amo."



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Eu gostaria de dizer que depois do nosso casamento Dimitri e eu fomos para um motel ter nossa lua-de-mel, mas é claro que isso não aconteceu.

Nós quatro — isto é eu, ele, Anya e o soldado-motorista Tierov — fomos para o castelo.

Eu brincava nervosamente com minha aliança enquanto nos aproximávamos do lugar onde eu possivelmente viveria para sempre, batucava no banco, estalava os dedos.

— Senhorita — disse Anya do banco da frente. — Digo, senhora, fique quieta.

— Senhora! Ah, meu deus! Eu pareço uma velha — disse histérica. — Não me chame de senhora.

— Acho que ela está surtando — o motorista disse com uma voz lenta e grave. — Devo parar?

Anya olhou para Dimitri esperando uma decisão. Parar me soava como uma ótima ideia.

— Não — meu marido disse. Se virando para mim, segurou meus ombros com firmeza. — Layla, você confia em mim?

Fiz que sim com a cabeça.

— Então acalme-se. Nós não cometemos nenhum crime, pare de agir assim.

— Tudo bem, desculpe. Eu só estou nervosa. Agora eu sou princesa da Rússia. Agora é vida real — sussurrei, ainda fora do meu normal.

Ele apertou minha mão.

— Você tem se saído maravilhosamente bem e eu sempre estarei a seu lado, anjo. Não será diferente do que era em Illéa na parte burocrática.

— Em Illéa eu fugia como um rato da parte burocrática — disse, mais recomposta tentando dar-lhe um sorriso.

Ele sorriu de lado, aliviado.

— Não permitirei que fuja aqui. Vamos fazer juntos até você criar confiança em seu trabalho, tudo bem?

— Obrigada — sussurrei para ele.

Ele tocou meu rosto.

— Não que você precise de mim — continuou delicadamente —, meu pai ficou impressionado com suas anotações sobre a pena de morte. É preciso muito para impressionar o velho rei, eu garanto.

— Claro, porque você mexeu em tudo — brinquei.

Ele ergueu as mãos diante de si.

— Eu não mexi em nada, só circulei algumas coisas.

Revirei os olhos.

— Viu? Pronto, está calma — ele parecia bastante satisfeito de ter me acalmado.

Sorri.

— Dimitri, eu posso… — Indiquei seu peito como quem não quer nada.

Ele me puxou, encostando minha cabeça ali. Seu coração batia forte, porém tranquilo e ele encostou o queixo no topo da minha cabeça.

— Você nunca pediu permissão antes, porque pediria agora que estamos casados? — murmurou.

— Sei lá, Dimitri, estou nervosa. Tudo está acontecendo loucamente rápido. Meu cérebro não acompanha tudo — me defendi.

— Pelo menos agora Anya não vai infartar toda vez que me encontrar no seu quarto — disse com malícia.

Anya bufou lá no banco da frente.

— Isto não é engraçado, Alteza.

— Desculpe — ele deu de ombros.

Permanecemos em silêncio por um tempo e eu me perguntei quais eram os planos para que entrássemos sem sermos notados, mas vendo a correria dos criados para o banquete de natal, duvidava que eles notariam se eu estivesse nua.

Dimitri, Anya e eu fomos sorrateiramente para meu quarto.

— Só eu que me sinto uma criminosa? — perguntei tirando a coroa e sentando na cama, encostada em um poste de sustentação do dossel.

Dimitri sentou a meu lado.

— Por que você estaria se sentindo uma criminosa?

Ergui uma sobrancelha.

— Preciso responder?

Ele inclinou a cabeça para um lado e ficou me olhando com aqueles desconcertantes olhos negros.

— Imagino que tenha — Dimitri sussurrou apra si mesmo e tocou meu rosto com a ponta dos dedos.

Inliclinei a cabeça para seu toque.

Anya pigarreou.

— A princesa precisa se arrumar para o banquete de natal — a mulher disse.

Dimitri a olhou descrente.

— Nós acabamos de nos casar, mulher.

— E o natal não irá mudar de data só porque vocês se casaram. Os dois, vão se arrumar. Saia — ordenou apontando autoritariamente para o príncipe.

Ele me olhou, depois olhou para Anya, de volta para mim e então suspirou.

Pegou minha mão e a beijou.

— Até logo.

Sorri, me sentindo boba e afortunada.

— Até logo.

Anya o escoltou para fora do quarto e bateu a porta na sua cara.

— Você não precisava ser tão má — comentei rindo enquanto entrava no banheiro.

— E vocês poderiam se controlar melhor. Se a intenção é que ninguém saiba do que aconteceu…

— É, mas estávamos no nosso quarto.

— Seu quarto, princesa. Um quarto de hóspedes.

Dei de ombros.

— Vamos deixar tudo como está. É só que… eu não sei. Nunca me senti assim antes.

Ela sorriu e tocou minha bochecha.

— Você só precisa se controlar. Terão a noite toda.

Estaquei no ato de tirar os grampos do cabelo.

Eu tinha esquecido daquilo.

Nós iríamos ter que consumar nosso casamento mais cedo ou mais tarde — eu esperava que fosse mais tarde — e aquilo me assustou.

Anya tocou meu ombro.

— Eu sei que está preocupada, mas o príncipe Dimitri não fará nada que você não queira. Ele foi muito bem criado.

Assenti.

— Eu não sei como… você sabe.

Ela riu.

— Na hora seu corpo saberá. Não se preocupe com isso.

Mas eu me preocupei.

Eu sabia que Dimitri já tinha estado com várias mulheres antes, ele mesmo tinha confirmado. Antes de conhecê-lo eu sequer tinha beijado na boca. Em outras palavras, ele era um mestre na arte da sedução e eu era… apenas eu.

Anya me deixou para que eu tomasse banho e e eu cogitei sinceramente a hipótese de me afogar na banheira, só para adiar tudo, mas eu não era tão covarde.

Saí do banho com a cabeça erguida. Eu poderia lidar com aquilo na hora que precisasse.

Minha assistente me olhou séria mas não abriu a boca enquanto eu me vestia com algo mais normal: um vestido vermelho de tecido pesado e coloquei novamente a coroa no cabelos.

Fui para a saleta, onde Dimitri já estava sentado displicentemente me esperando.

— Desculpe, demorei?

Seus olhos desceram por meu corpo, então fizeram o caminho de volta até meus olhos.

— Uma eternidade. Mas toda espera é recompensada com essa vista maravilhosa.

Pronto, corei.

—Bobo — murmurei.

Ele sorriu.

— Antes de descermos, tenho um presente de natal para você.

— Não precisa… — comecei.

— Eu sei que não, mas eu quero te dar.

Eu o olhei séria e assenti.

Dimitri pegou uma caixinha prateada a seu lado e estendeu-a para mim.

Abri delicadamente o embrulho, meu coração batendo loucamente.

Embaixo do papel, havia uma caixa retangular com um dispositivo para dar corda.

— Você gosta de música, mas não tem tocado muito ultimamente, então eu pensei… que talvez você fosse apreciar.

Olhei o objeto delicado de prata em minhas mãos e com a mão tremendo dei corda.

Uma música suave tocou, eu não conhecia a canção, mas Dimitri me olhava expectante.

Ele estendeu-me a mão e nós giramos pela saleta ao som do meu presente de natal.

— Obrigada — sussurrei quando a música acabou.

— Eu que agradeço, Layla, por me fazer o homem mais feliz que já pisou nesse planeta.

— Essa é minha meta de vida — prometi. — Fazê-lo feliz sempre.

Ele me abraçou com força.

— Você já faz isso desde o momento em que esbarrou comigo naquele corredor em Illéa — murmurou e me silenciou com um beijo.


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Notas finais do capítulo

Mais um capítulo gay.
É, eu sei que tenho que parar de fazer isso de associar coisas melosas a gays, desculpem homossexuais vocês não merecem essa humilhação ahushaus
/Só estou brincando, não estou desmerecendo meu trabalho.



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