Deixe a neve cair escrita por Snow Girl


Capítulo 24
Explicações


Notas iniciais do capítulo

Hey liendas! Voltei-me. Tô sem tempo então desculpem, sem notas iniciais. A partir de hoje começa a fase que eu chamo de "Extremamente gay" So... preparem a insulina.

Anteriormente em DANC:
"Dimitri não parecia ser do tipo impulsivo, que faz o que quer quando dá na telha. Tipo o que uma certa princesa por aí costumava fazer.
— Você saberia se eu o odiasse — comentei mais recomposta. Eu nunca odiei ninguém, mas na minha mente quando isso acontecesse eu seria a pessoa mais fria do mundo.
— Pensei que faria sentido me odiar, já que não pode odiar o seu irmão — deu de ombros. — Deveria ter checado com você antes — havia algo parecido com sarcasmo em sua voz, embora não fosse exatamente isso. Ele ainda parecia pasmo com o que havia acontecido.
Sorri comigo mesma, com uma ideia para fazê-lo acreditar.
— Dimitri, você quer dormir comigo hoje?"



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Acordei sentindo-me completamente revigorada.

Abri os olhos esperando dar de cara com Dimitri, mas ele não estava ali.

— Dimitri?

— Aqui — sua voz veio do meu outro lado. Ele estava sentado na cadeira da escrivaninha, que havia puxado para o lado da cama e ele estava completamente vestido. Eu tinha certeza que ele não estava com a calça e nem com o casaco quando fomos dormir. — Te acordei?

— Não — me sentei na cama. — O que você está fazendo?

Deu de ombros.

— Estava esperando você acordar. Tenho que voltar para o meu quarto — explicou. — Achei que estava muito cedo para você.

— Ah — foi minha brilhante resposta. — Você não pode ficar?

Dimitri sorriu embora um leve tom de rosa tenha subido a seu rosto com a pergunta.

— Não posso, a não ser que você queira que seu pai me mate por ferir os bons costumes — ergueu uma sobrancelha.

Eu ri.

— Ah tá que ele faria isso.

Dimitri sorriu um pouco.

— Te vejo lá em baixo — disse pegando minha mão e beijando-a.

— Pensei que você iria parar de me repelir.

— Eu parei — disse surpreso.

— Então acho que nós dois concordamos que podemos nos beijar, certo?

Seus olhos brilharam.

— Você está tentando me seduzir, princesa Layla?

— Estou — afirmei com um sorriso.

Dimitri riu.

— Vamos ver mais tarde sobre isso. As pessoas já devem estar acordadas.

Ele olhou me de cima a baixo e corou antes de sair.

Eu ri com ironia sozinha.

Na noite anterior, depois de termos colocado tudo em pratos limpos, eu o havia convencido a passar a noite comigo — isso já era tão comum que eu já não sabia mais como era não passar a noite com os braços de Dimitri a meu redor — ele quase havia entrado em síncope quando fui me trocar no banheiro.

— o que é isso? — perguntou, engasgado, olhando-me de cima a baixo. Eu usava uma camisola curta e branca que lembrava um pouco a camisola que ele havia me vestido semanas antes, depois da boate.

— Uma camisola — dei de ombros. — Ah, pelo amor de Deus, você já me viu seminua e já me vestiu, não precisa ficar todo constrangido. E também, isso não deveria ser nada demais para você… você já viu um monte de mulheres completamente nuas.

Dimitri murmurou em russo algo que me pareceu “Não uma que eu não pudesse ter” mas não tive certeza porque foi muito rápido e muito baixo.

Ele ficou ainda mais vermelho quando, como quem não quer nada, disse a ele que tirasse a roupa para não amassá-la enquanto dormia.

— Não sei, não — ele disse, ainda mais vermelho que antes. — Talvez fosse melhor que eu voltasse para meu quarto.

— Por favor, venha, Dimitri. Juro que não vou tentar seduzi-lo, atacá-lo e nem nada — prometi. — Só quero ficar com você.

Seus olhos derreteram um pouco da cautela e, muito deliberadamente, Ele tirou o sapato preto, as meias, a calça — e aqui eu já achei que ia desmaiar — e por fim o casaco.

Eu nunca tinha visto um homem com tão pouca roupa.

Dimitri ergueu as sobrancelhas como se dissesse “Satisfeita?” e empoleirou-se na cama, bem na pontinha do colchão, o mais longe possível de mim.

Com a luz apagada, ficamos nos olhando na escuridão parcial. Ele estendeu uma mão e a colocou com a palma voltada para cima no espaço entre nós. Eu pousei minha mão sobre a dele muito levemente e Dimitri fechou os olhos, pronto para dormir comigo em uma cama que me parecia estranha pois não havia o zumbido dos aquecedores e nem do vento violento lá fora. Illéa parecia tão estranha para mim quanto a Rússia tinha sido um dia.

Fui tirada desses pensamentos abruptamente quando um travesseiro me acertou na cabeça.

— Mas que…?

— Bom dia, Layla! — Uma garota de longos cabelos pretos e com as roupas brancas de criada apareceu com um sorriso malvado.

— Kristine!

Ela riu e me abraçou.

— Vamos tomar banho porque você está tipo, super atrasada — disse co maquele ar elétrico que eu sentira falta.

— E você não apareceu aqui com um balde de água fria para jogar em mim? — perguntei genuinamente surpresa. — Quem é você e o que fez com a Kristine que eu conheço e amo?

Ela sorriu.

— Eu ia te dar um bom motivo para acordar, mas você precisava descansar e acho que um homicídio seria péssimo tanto para a Seleção quanto para o seu noivado — ela abriu seu sorriso mais malicioso. — Vi o Dimitri saindo daqui bem cedinho — anunciou.

— Ah, meu Deus — murmurei em eu sabia se era uma reclamação, um pedido ou uma oração.

Seu sorriso maligno aumentou.

— Então vocês já...?

— É claro que não!

Senti minhas bochechas esquentarem.

— Sério? — suas sobrancelhas franziram. — Pensei...

— Pensou o quê? Quando você pensou?

Kristine riu com gosto.

— Bom, vamos ser sinceras aqui, ok? O Dimitri não tirou os olhos de você ontem, e hoje vocês estavam juntos na sua cama — deu de ombros. — Devo estar imaginando coisas.

Forcei um entusiasmo que eu não tinha.

— Vamos me arrumar!

Kristine não me ajudou a tomar banho, apenas ajudou com a roupa e o cabelo enquanto eu fazia minha própria maquiagem. Até que ficou bom.

— Adorei a pegada femme fatale da maquiagem — comentou. — Depois do café eu quero um relato total de todo o tempo com o seu noivo.

Eu ri.

— Não vou dar todos os detalhes, sabe disso — pisquei enquanto partia para o corredor.

Eu estava bobamente nervosa quando entrei na sala de jantar, esperando que Dimitri não estivesse ali. Para meu eterno alívio, ele estava.

Inclinei-me apropriadamente, as pessoas ainda tomavam o café então eu não estava tão atrasada assim. Beijei meus pais e meu irmão na bochecha e sentei no meu lugar, atenta.

— Vamos passar o dia com as Selecionadas — mamãe sussurrou para mim. — Elas estão loucas para te conhecer e você tem que ser gentil, uma delas será sua cunhada muito em breve.

Assenti franzindo o cenho. E desde quando eu não era gentil? Ok, no começo eu era uma vaca com o Dimitri, mas isso era outra história.

— Tudo bem.

Ela fez careta. Não gostou da minha resposta.

— Onde você estava ontem à noite?

— No meu quarto. Eu estava cansada da viagem, fiz a social e fui dormir — isso era a verdade parcial, mas mamãe não precisava saber de certos detalhes da minha noite. Eu não queria que ela tivesse um ataque.

— E Dimitri? — perguntou astutamente.

Reprimi um palavrão.

— Hum?

— Vocês dois saíram e não voltaram mais.

— Ah, ele também foi dormir. Nós entramos pela ala leste para não chamar a atenção.

Ela assentiu com os olhos apertados.

— Não gosto de você escapando com um rapaz. Isso não está certo.

— Robert! — reclamei.

Ele fez careta.

— Estou falando sério.

— Eu também — rebati. — Deixe que eu cuido da minha vida já suoucrescida o suficiente para isso.

— Robert? Você está ouvindo o que eu estou dizendo? — papai o encarou a seu lado.

— Sim, desculpe, me distraí. O que foi? — ele se embolou todo. Uma parte pequenina de mim achou a cena engraçada. Meu irmão perfeito se atrapalhando para variar, mas imediatamente me senti mal por isso.

— Reunião. Eu, você e os russos — papai disse.

Meu irmão me olhou sério e se levantou. Ele não ia esquecer o nosso assunto.


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Notas finais do capítulo

Eu sei... ZZZZZzzzzz, mas é necessário.



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