As Crônicas de Arrundall: a rainha e rei escrita por KayallaCullen, Miss Clarke
– O que você faz aqui? - ela questionou confusa por me ver.
–Vim trazer minha irmã caçula para o parque, já que meus pais são ocupados.
–E você não deveria ser ocupado?! Afinal, você é o príncipe herdeiro. - ela disse alto e algumas pessoas viraram para nos ver.
–Dá pra falar mais baixo?! Vim como um cidadão de Arrundall e não como membro da monarquia. - pedi e ela me olhou envergonhada.
–Me desculpe, é que você é diferente dos outros membros da realeza. - ela disse sem jeito e sorri.
–Meus pais criaram a mim e aos meus irmãos com o pensamento de que não somos melhores do que os outros só por que nascemos com o “sangue azul”. Somos iguais a todo mundo.
–Isso é fascinante. - ela disse encantada e virou para ver uma menina mais nova que brincava com aminha irmã.
–Sua filha?
–Sim, ela se chama Kayla, tem 3 anos. - ela disse orgulhosa e sorri.
–Você parece ser uma ótima mãe. - elogiei ela sorriu.
–Obrigada, e acho que você daria um bom pai. Me chamo Camille Portinari, mas todos me chamam de Cami. Já que vamos passar a tarde juntos, seria bom se soubéssemos nosso nomes. - ela se justificou sem jeito e me ofereceu sua mão para que eu a apetasse.
–Me chamo Lorenzo de Monpezat, mas todos me chamam de Enzo e é um prazer conhecê-la senhorita. - disse galanteador e beijei sua mão fazendo –a corar.
Mais nosso momento magico foi interrompido por alguns gritos de crianças, viramos assustados para ver do que se tratava e notei que a filha de Cami estava deitada no chão tentando respirar.
–Kayla. - Cami gritou e corremos para o lado da sua filha. - Socorro, chamem um médico.
–Enzo, ela não está respirando. - Lyssa sussurrou apavorada.
–Sua filha é asmática? - questionei percebendo as semelhanças da crise que ela estava tendo com as que eu tinha raramente.
–Não ela nunca teve uma crise dessas. - ela disse desesperada.
–Certo. Lys, sei que está assustada mais preciso que você pegue minha bombinha na mochila e a traga para mim. - pedi olhando em seus olhos.
–Enzo...- ela pediu assustada.
– Sua amiguinha vai ficar bem, eu prometo. - sussurrei e ela concordou antes de correr até a minha mochila.
–Me dê ela aqui. - pedi pegando Kayla de seu colo e colocando-a no meu.
–O que você vai fazer? Você é médico?!- ela questionou confusa.
–Não, sou advogado. Mas já passei por isso a minha vida toda, sei como é desesperador não poder respirar. - me expliquei e segurei a mãozinha de Kayla. Vai ficar tudo bem querida, tente relaxar só um pouco. Puxe o ar devagar e depois solte devagar.
–Aqui Enzo. - Lyssa disse me dando minha bombinha.
–Vai ficar tudo bem, eu prometo. - garanti e coloquei a bombinha em sua boca antes de apertá-la.
Logo Kayla parou de arfar e relaxou em meus braços.
–Mamãe. - ela sussurrou assustada assim que recuperou o ar e Cami a tirou do meu colo para abraçar a filha com força.
–Obrigada. - ela sussurrou entre lágrimas e sorri comovido.
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–Vocês deviam nos visitar no palácio um dia desses. Lyssa gostou muito de Kayla. - disse assim que saímos do hospital.
Segundo o pneumologista pediátrico de plantão, se eu não tivesse usado minha bombinha em Kayla ela não teria resistido até o socorro chegar.
–Como se tivesse sido só a Lyssa. - ela sugeriu com Kayla no colo e sorri enquanto abria a porta do meu carro para que ela entrasse, já que ela tinha ido de taxi para o parque.
–Eu também gostei de reencontrar você e conhecer sua filha. - disse fechando a porta antes de ir para o lado do motorista.
–E você diz essa cantada para todas? - ela questionou e sorri.
–Não. Você é única. - disse e ela corou enquanto eu ligava o carro.
–Obrigada pelo dia de hoje e por ter salvado minha filha. - Camille disse assim que estacionei na porta da sua casa.
–Não há o que agradecer. - disse suave e ela sorriu.
–Bom, agora que você sabe onde moro pode trazer Lyssa para brincar com Kayla. - ela sugeriu suave e sorri.
–Vou trazer. - garantir e nos despedimos antes dela sair do meu carro.
Deus, o que estava acontecendo comigo?!
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–Você demorou. - meu pai disse assim que entrei no corredor que dava acesso aos quartos reais. - Ela se divertiu?
–Muito. E você não vai acreditar em quem encontrei no parque. - disse feliz e ele sorriu antes de pegar Lyssa do meu colo que resmungou em protesto.
–Tudo bem filha é o papai. - ele sussurrou tranquilizador enquanto acariciava as costas de Lyssa que parou de reclamar assim que sentiu o perfume do papai. - Quem você encontrou?
–Quem está me tirando a “concentração” ultimamente.
–Verdade?!
–Verdade. - assegurei sorrindo.
–Você me conta enquanto coloco sua irmã na cama.
–Claro, e a mamãe? - questionei preocupado, já que não a vi desde a discussão no gabinete.
–Deve estar no quarto dela. - ele disse sério. - Vou pedir a Naira para informar que você chegaram.
–Espera, vocês brigaram?! Vocês brigaram por minha causa?!- questionei chocado e culpado, afinal meus pais nunca brigaram desde que me entendo por gente.
–Assuntos de adultos filho. E então, como foi a sua tarde? - ele questionou colocando Lyssa na cama e tirando seus sapatos.
Suspirei e comecei a contar sobre tudo que houve no parque, afinal quando papai mudava de assunto de repente era melhor não insistir.
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