Milena- Ah ta bom, beijinho!

Fernando- Tchau meu amor.

Estevão- até mais tarde então minha diva!

Maria- tchau lindinho.

Os dois vão embora

Na Mansão San Roman

Osvaldo (descendo as escadas) até que enfim meus preciosos e apaixonados filhos chegaram! E você Fernando não sabia que tinha chegado da fazenda!

Fernando- fui levar a Milena em casa e depois...

Estevão- fomos fazer compras!

Osvaldo- compras?

Estevão- sim, os ingredientes do jantar...

Osvaldo- Imagino (rindo)

Fernando- nem queira...

Osvaldo- bom arrumem-se rápido porque ta quase na hora!

Estevão- fica tranqüilo, lá ainda vai demora.

Fernando- e a tia Carmem?

Osvaldo- está se arrumando a (olha no relógio) mais ou menos 1:30...

Fernando- como elas conseguem.

Estevão- bom vamos subindo para não atrasarmos também.

Os dois vão se arrumar.

No Quarto de Carmem. Alba entra.

Alba- onde você está pensando que vai?

Carmem- eu estou pensando e vou jantar na casa da Maria.

Alba- jantar? Mas quem vai?

Carmem- Eu, o Fernandinho, o Estevãozinho e o Osvaldinho...

Alba- ai você me irrita Carmem! E essa sem vergonha também não me convidou?

Carmem- como queria, você não a suporta!

Alba- não, não faz mal, se convidasse eu não iria... Odeio casa de pobre...

Carmem- bom, então fique aqui com sua solidão! (Carmem sai do quarto)

Alba- mais que desaforada que está ficando essa Carmem, mas isso vai mudar, ah se vai!

Apartamento de Maria (cozinha).

Maria- Milena...

Milena- eu?

Maria- você está muito apaixonada pelo Fernando?

Milena- to sim, e muito! E acho que agora ele não volta mais pros Estados Unidos...

Maria- sério?

Milena- Sim, ele conversou sobre isso comigo.

Maria- que bom amiga! To muito feliz por você!

Milena- muito obrigada por estar sempre comigo Maria.

Maria- (sorri, e logo grita) O macarrão no forno!

Milena- ah meu Deus... Olha só quase queimou o queijo!

Maria- nossa, já pensou se queima?

Milena- iriamos ter que comprar comida pronta! (risos)

Maria- nem me fala nessa hipótese... Eles já devem estar chegando.

Mansão San Roman 20:30 hrs

Osvaldo- onde esta sua tia?

Estevão- (descendo as escadas) Oi, pensei que já tinha descido!

Osvaldo- nosso Pai, não aguento mais esperar.

Carmem- (descendo também junto com Fernando) Calma, já chegamos... Ainda é cedo, deixem de apavoramento!

Osvaldo- sim cedo, uma hora e meia de atraso... Mas tudo bem vamos logo.

Carmem-vamos.

Apartamento de Maria 30 minutos depois.

Milena- anda Maria vai tomar banho antes que eles cheguem.

Maria- ai já vou, calma.

Tocam a campainha.

Maria- chegaram.

Milena- (abrindo a porta) que bom que chegaram.

Carmem- oi lindinha feliz em te ver.

Fernando- eu também (lhe dá um beijo).

Osvaldo- nossa nem parece que passaram todo o dia juntos.

Estevão- (entrando no apartamento) cadê a minha vida?

Fernando- a se você não sabe a gente muito menos.

Estevão- ai você entendeu.

Milena- ela ta tomando banho, mais entrem por favor.

Todos entram e se sentam, menos Estevão, que vai no quarto atrás de Maria. Maria estava no banheiro embaixo do chuveiro.

Estevão- oi (com uma cara de safado).

Maria- hei o que você ta fazendo aqui?

Estevão- nada só estou te vendo.

Maria- nada disso Estevão, a sua família estava lá fora o que eles vão pensar de mim.

Estevão- que você é minha noiva.

Na Sala.

Carmem- cadê o Estevãozinho?

Osvaldo- eu o vi entrando no quarto atrás da Maria.

Fernando- assim só por curiosidade, o Estevão e a Maria, a Maria e o Estevão...

Milena- o que Fernando?

Fernando- a você sabe.

Osvaldo- hei o seu irmão não faz esse tipo de pergunta sobre você.

Fernando- ai pai é só curiosidade.

Carmem- sim eles... Eles... Você sabe. (falando sem graça).

Fernando- por isso aquela cena hoje à tarde.

Milena- sim.

Osvaldo- que cena?

Carmem- como é que? é isso mesmo Fernando, seu irmão nunca perguntaria uma coisa dessas.

Osvaldo- a não agora fala to curioso.

Milena- é por que na hora que a gente chegou estavam dentro do quarto com a porta fechada.

Carmem- para com isso, isso é assunto deles.

Quarto Maria.

Maria- (pegando uma roupa no armário).

Estevão- quer ajuda pra se vestir?

Maria- não, eu sei fazer isso sozinha.

Estevão- (com uma cara triste) ta bom então, eu vou sair.

Maria- ta não faz essa cara não, vem aqui me ajuda a colocar a blusa.

Estevão- ta.

Estevão ajuda Maria a colocar a blusa, e a pentear o cabelo, mesmo não tento a menor idéia de como se fazia isso, ele bem que tentou.

Sala

Maria- (entrando) oi que bom que já chegaram.

Carmem- oi Maria, você ta linda.

Osvaldo- ela é sempre linda, não só ela a minha outra nora também né Milena.

Milena- obrigada senhor Osvaldo.

Estevão- ai o Fernando e a Milena que me desculpem, mais sem duvida a Maria é a mais linda das San Roman, junto com a tia Carmem é claro.

Carmem- muito obrigada meu lindinho.

Maria- a Milena não é uma San Roman, e nem eu.

Estevão- você vai ser daqui á seis meses.

Fernando- e a Milena antes do que ela imagina.

Milena- como?

Fernando- nada.

Maria- vamos jantar.

Eles se se sentam à mesa a saboreiam o macarrão que Maria tinha feito.

Na sala depois do jantar.

Osvaldo- estava maravilhoso seu macarrão Maria.

Carmem- uma delicia.

Estevão- pelo que podem ver, eu vou ter uma esposa perfeita, linda, educada, inteligente e que sabe cozinhar.

Milena- eu também ajudei.

Fernando- estava uma delicia meu amor (se sentando do lado dela).

Osvaldo- estava mesmo, mais já é hora de irmos.

Estevão- a não pai ta cedo, vamos ficar um pouco mais.

Carmem- nada disso, pra ficar segurando velas pra vocês.

Fernando- só mais um pouco.

Osvaldo- não (abrindo a porta).

Maria- eu os acompanho até a porta.

Milena- eu também.

No corredor no prédio. Maria e Estevão se beijando de um lado, e Fernando e Milena do outro.

Osvaldo- (puxando Fernando) vem menino pra com isso, ela vai precisar da língua dela amanha.

Carmem- (puxando Estevão) hei, hei vocês sabiam que quando se beijam, vocês trocam mais de 250 tipos de germes bucais.

Estevão- (se separando um pouco de Maria) são melhores germes bucais do mundo (beija Maria de novo).

Osvaldo- a não eu vou e vocês ficam, e vão a pé.

Maria- Estevão é melhor você ir.

Estevão- tchau (beijo) te amo (beijo) amanhã passo pra te pegar (beijo) te amo (beijo).

Carmem- ta bom de beijo vamos.

Fernando- tchau Milena.

Milena- tchau (beijo).

Maria e Milena entram no apartamento.

Maria- (se abanando) meu Deus que homem é esse...

Milena- nem fala, to num calorão, só de beijar, imagine se fosse outra coisa.

Maria- nossa outra coisa hoje não, a minha cota do dia já deu.

Milena- a sim senhorita me explica isso direitinho...

Maria- não... vou dormir, boa noite.

E elas vão dormir.

Mansão San Roman 30 minutos depois.

Alba- que bom que chegaram, como foi o jantar?

Fernando- eu vou subir.

Estevão- eu também.

Alba- o que eles tem?

Carmem- uma tia, que se chama Alba, que não entende que contra o amor não se pode lutar.

Alba- vamos ver.

Osvaldo- eu também vou subir.

Alba- agora vai ser assim.

Carmem- você procurou isso Alba.

Alba- a sim claro agora você vai me dar lição de moral.

Carmem- não só vou te dizer a verdade, você não sabe tratar as pessoas, esses meninos que mal lhe cumprimentam, me adoram, me fazem confidencias.

Alba- grande coisa.

Carmem- o seu fim, vai ser ficar sozinha (Carmem também sobe).

E assim todos foram dormir e logo veio o domingo que passou bem rápido.

Mansão San Roman Segunda-feira 8:00 hrs.

Alba- bom dia Fabíola.

Fabíola- bom dia, onde estão os outros ?

Nesse momento entra, Osvaldo e Carmem.

Carmem- eu prefiro que seja aqui em casa.

Osvaldo- mais será que ela vai querer?

Alba- o que vai ser aqui em casa? Quem vai querer o que?

Nesse momento entrou Fernando e se sentou.

Carmem- a festa, e se a Maria vai querer aqui em casa.

Fabíola- por que a Maria tem que querer?

Osvaldo- por que é aniversario dela.

Alba- eu não aceito isso, aqui em casa não.

Fernando- eu não sei se a senhora, já viu a escritura dessa casa, mais ela está no nome do meu pai e da tia Carmem, a sua parte à senhora vendeu pro meu pai há anos, então a casa é deles, e eles decidem o que fazer com ela.

Alba- que falta de educação é essa?

Fernando- nenhuma tia só estou cansado de ver a senhora tentar estragar a felicidade de todo mundo.

Estevão- (entrando) bom dia a todos, me desculpem mais tenho que ir.

Fabíola- bom dia meu lindo, como foi sua noite?

Estevão- primeiro eu não sou seu lindo, e minha noite foi ótima, depois de chegar da casa da Maria, eu e ela ainda nos falamos durante horas pelo telefone, e marcamos de tomar café juntos na universidade.

Fabíola- isso seria mais um pesadelo.

Estevão- pesadelo se fosse com você (Estevão se vai).

Carmem- (rindo) quem fala o que quer ouve o que não quer.

Alba- (abrindo o Jornal, na pagina da coluna social) O que é isso aqui?

Osvaldo- o que?

Carmem- (se levanta) eu vou ali e já volto.

Osvaldo- o que você aprontou Carmem?

Alba- veja você mesmo.

Uma nota no jornal que dizia: UM DOS PARTIDOS MAIS COBIÇADOS DO MÉXICO ESTÁ DE CASAMENTO MARCADO, PRA DAQUI A SEIS MESES.

Era uma nota onde falava do casamento de Estevão com Maria.

Osvaldo- nossa Carmem você foi rápida em?

Carmem- e só uma notinha, não fica zangado não.

Osvaldo- mais é claro que não, você só disse a verdade.

Alba- eu não gostei.

Carmem- você ainda não reparou que há muito tempo ninguém liga pro que você acha ou deixa de achar.

Alba se retira da mesa, seguida de Fabíola.

Alba- isso não pode ficar assim não pode.

Fabíola- o que vamos fazer?

Alba- ainda não sei, mais eu vou dar um jeito nisso

Osvaldo- vamos Fernando.

Fernando- vamos pai, por que hoje o dia vai ser longo.

Carmem- tchau meus amores.

Osvaldo e Fernando, se vão.

Apartamento de Maria.

Maria- (já estava na porta do edifício esperando Estevão).

Geraldo- (se aproxima, com o jornal na mão) o que significa isso Maria.

Maria- o que você ta fazendo aqui Geraldo?.

Geraldo- vim ter certeza se o que ta escrito aqui é verdade!

Maria- do que você ta falando?

Geraldo- (entrega o jornal a Maria) isso.

Maria- (abre o jornal e lê a nota) a sim isso é, não sei como foi para ai mais é a mais pura verdade.

Geraldo- (pegando Maria) isso não pode ser verdade, fala que é mentira Maria.

Maria- me solta você ta me machucando Geraldo.

Geraldo- não vou soltar, até ter aquilo que quero de você.

Maria- e o que você quer de mim?

Geraldo- que você diga que me quer, que quer ficar comigo.

Maria- isso não vai acontecer nunca, e me solta antes que eu comece a gritar.

Geraldo- não vou soltar, venha comigo.

Maria- me solta, não vou a lugar nenhum com você.

Geraldo- (abrindo a porta do carro) isso nós veremos.

Nesse momento Maria vê Estevão, mais ele não a vê.

Maria- Estevão... Estevão... Socorro...

Geraldo- (que não tinha visto Estevão) para de chamar aquele idiota ele não vai te ouvir.

E Geraldo leva Maria. Depois de colocar Maria a força dentro do carro, Geraldo sai a toda velocidade, pra que Estevão não os vissem.

Estevão- (tocando o interfone) Oi Milena! Fala pra Maria que eu já estou aqui, por favor.

Milena - mas, a Maria já desceu há muito tempo, disse que iria te esperar aí em baixo.

Estevão- mas ela não está aqui.

Milena - ela deve ter ido pra faculdade já.

Estevão- (um pouco triste) é, pode ser eu vou pra lá então.

Milena- tchau.

Mansão San Roman.

Alba - não acho que um casamento seja o melhor, ele é um milionário e ela uma simples secretaria, isso nunca vai dar certo.

Fabíola- eu também acho.

Carmem - você não acha nada, e quanto a você Alba, ele é um milionário sim, mas um milionário apaixonado por uma secretaria, e se tem amor tem tudo. Eu aposto quanto quiser que esse será um casamento de grande sucesso.

Alba - eu vou sair. Essa conversa esta me embrulhando o estômago!

Carmem- (se levantando) o que te embrulha o estômago é você mesma, com toda essa amargura e maldade.

Fabíola – nossa! Como à senhora está grossa ultimamente!

Carmem - eu não estou sendo grossa, só estou defendendo a felicidade do meu menino e, por isso, eu faria qualquer coisa.

Na Universidade.

Estevão- (procura Maria por todos os lados, mas não a encontra) Meu Deus, o que será que aconteceu com a Maria?

No Carro de Geraldo.

Maria - Geraldo para o carro, me deixa descer agora!

Geraldo - não! Você vai ser minha de qualquer maneira.

Maria- (chorando) Por favor, me deixa sair, para o carro, as coisas não são assim! Eu amo o Estevão é com ele que eu quero ficar!

Geraldo - não, eu não vou perder mais essa pra ele.

Maria - você não gosta de mim, por que está fazendo isso?

Geraldo - eu passei a minha vida inteira vendo o Estevão ser melhor que eu, na escola sempre o bom aluno, o que todos gostavam, sempre tinha todas as meninas aos pés dele, na universidade todos sempre preferiram ele, ele sempre foi o apontado como o futuro empresário que mais sucesso terá na carreira e, eu Maria? Onde ficava com isso tudo? Ninguém nunca me notava!

Maria - talvez, se você não tivesse se preocupado tanto em ser melhor que ele...

Geraldo - sempre quis o lugar dele, sempre nos mesmos lugares que ele pra poder, tomar tudo que eu podia dele, e hoje Maria, hoje eu roubei o que ele mais ama na vida: Você!

Maria - eu não tenho culpa dos seus problemas com ele, por favor, me deixa!

Geraldo - Não Maria, afetando você eu afeto ele também, e vou afetar ele onde mais dói, no coração.

Nesse momento Geraldo ultrapassa um sinal fechado.

Maria - (gritando) Geraldooooooooooooooooooo.

O carro onde eles estavam se choca com outro, e tanto Geraldo quando Maria, desmaiam com o impacto.

Nas Empresas San Roman.

Osvaldo - Ana Paula... Ana Paula, ela ainda não chegou.

Fernando - ainda é cedo logo ela chega, eu vou pra minha sala.

Osvaldo - eu também vou pra minha, bom dia meu filho.

Fernando - bom dia papai.

No Local do acidente.

Tinha chegado a ambulância, Maria, estava consciente mais um pouco tonta pela dor de cabeça, e não consegui pronunciar nenhuma palavra, Ana Paula que estava a caminho da empresa, viu o confusão e se aproximou para ver o que estava acontecendo.

Ana Paula- (vendo Maria sendo colocada na maca) Maria... Maria o que aconteceu?

Enfermeiro: a senhora conhece a vitima?

Ana Paula - sim é minha amiga.

Enfermeiro: e a outra vitima? (ela se vira pra olhar).

Ana Paula– não, eu não conheço, mas ela sim, trabalhamos juntas.

Enfermeiro: a senhora podia nos acompanhar e comunicar a família dela, pra assim eles nos ajudarem a localiza a família da outra vítima.

Ana Paula - ela não tem família, mais vou avisar o noivo dela.

Enfermeiro: então vamos e no caminho a senhorita tenta localizá-lo.

Ana Paula entra na ambulância.

Empresa San Roman .

Estevão- (entrando na sala de Osvaldo) pai, o senhor viu a Maria ela está por aqui?

Osvaldo - não, eu achei que ela estivesse com você.

Estevão - eu fui buscar ela como todos os dias, mais ela não estava, eu a procurei na universidade mais ela também não estava lá, pensei que estivesse por aqui.

Osvaldo - não aqui ela não apareceu.

Estevão- será que a Ana Paula sabe de alguma coisa?

Osvaldo - ela não chegou.

Fernando- (entrando na sala) mais já você não tem aula hoje?

Estevão - tenho, mas estou procurando a Maria ela sumiu.

Fernando - eu falei com Milena ela me disse, mas tanto ela quanto eu, achamos que ela estava na faculdade, você já foi lá?

Estevão - já mais... (nesse momento o celular de Estevão toca) alô?

Ana Paula – alô, Estevão, sou eu Ana Paula.

Estevão - oi Ana Paula, você sabe da Maria?

Ana Paula- é por isso mesmo que liguei, a Maria sofreu um acidente.

Estevão - o que? Como foi isso? Maria? A minha Maria? A minha vida?

Ana Paula - Calma, Estevão, ela está bem.

Estevão- onde ela está?

Ana Paula- estamos na clínica que presta serviços médicos a funcionários da empresa, eu pedi que a trouxessem para cá.

Estevão - eu estou indo pra aí. (desligando o celular).

Osvaldo - o que foi Estevão?

Estevão - a Maria, a minha Maria, sofreu um acidente.

Osvaldo - ela está bem?

Estevão - não sei, eu vou para o hospital agora mesmo, Deus permita que ela esteja bem, eu não posso nem imaginar em ficar sem ela.

Osvaldo - eu também vou

Fernando - eu também, e no caminho tento falar com a Milena.

Os três saem da sala, e várias pessoas esperavam do lado de fora pra uma reunião de acionistas.

Osvaldo - me desculpem, todas as reuniões estão canceladas, logo retornamos as ligações marcando outro horário.

Eles vão pra o hospital.

No Hospital.

X: desculpe senhora Ana Paula daqui a senhora não passa. Logo eu volto pra dar noticias.

Ana Paula - por favor, doutor, cuide bem dela.

X: eu vou cuidar.

15 minutos depois.

Estevão - Ana Paula, cadê a Maria, cadê ela?

Ana Paula – Está com os médicos, estão realizando exames.

Estevão- ela está bem mesmo?

Osvaldo - assim você não ajuda Estevão. Acalme-se por favor!

Estevão- (chorando) eu não posso, eu quero ver-la, quero poder abraça-la.

X: olá, quem é parente da senhorita Maria.

Estevão - sou eu, ela esta bem?

X: sim foram só uns arranhões, e uma pequena pancada na cabeça, ela também teve uma luxação no braço, mais está bem, já pode receber visitas.

Estevão - ai que bom eu vou vê-la então.

X: e os parentes da outra vitima.

Estevão - quem?

X: foi identificado com Geraldo Salgado.

Estevão - o que ele estava fazendo com a Maria?

Fernando - isso só ela vai poder te dizer meu irmão.

X: o estado dele é regular, vocês poderiam localizar a família dele.

Osvaldo - eu faço isso, Estevão vai ver a Maria.

Estevão – Está bem.

Quarto de Maria.

Estevão- (entrando no quarto) Maria!

Maria- (chorando) ai Estevão me abraça, pensei que nunca mais ia te ver!

Estevão- (abraçando Maria) o que aconteceu minha vida?

Maria - o Geraldo, ele chegou hoje de manhã aos berros, com um jornal na mão onde falava do nosso casamento. Ele disse que não ia permitir isso, me colocou dentro do carro, eu gritei mais você não me viu, ele saiu correndo no carro, avançou um sinal e batemos em outro carro.

Estevão - mas por quê? Eu não entendo isso.

Maria - ele disse que estava cansado de perder tudo pra você, de ver você conseguir tudo enquanto ele nada, e disse que ia se vingar de você onde mais doía.

Estevão - onde mais dói mesmo, Maria, eu não posso nem pensar na idéia de te perder (a abraça).

Maria – Estevão! Ai meu braço, devagar.

Estevão – Ah desculpa! Desculpa (dando pequenos beijos no rosto dela).

Maria - e o Geraldo?

Estevão- (fechando a cara) ele está no estado regular, vai sair dessa, mas aí eu vou acertar contas com ele.

Maria - eu não quero mais saber dele, nem de você perto dele, ele te odeia Estevão.

Estevão - então viesse resolver isso comigo, não com você!

Maria - depois a gente vê isso, agora me abraça.

Os dois se abraçam.

Na Sala de espera.

Evandro- (entrando no hospital) o que você fez com meu filho Osvaldo?

Osvaldo - eu não fiz nada contra ele!

Evandro - como ele veio para aqui?

Estevão- (saindo do quarto de Maria) foi o seu filho que fez contra a minha Maria.

Evandro - quem é Maria?

Estevão - minha noiva, que seu filho jogou dentro de um carro, e acabou batendo, isso não vai ficar assim!

Osvaldo - não mesmo, a gente vai entrar com um processo contra ele, por lesão corporal.

Evandro – isso é o que vamos ver, onde está meu filho?

Osvaldo - no quarto aí ao lado.

Evandro se vai, enquanto Ana Paula, Osvaldo, Fernando e Estevão entram no quarto de Maria.

Osvaldo - como vai a mais bela das San Roman?

Maria- (sorrindo) eu estou bem.

Fernando - que bom cunhada, por que eu tava vendo a hora da gente ter que chamar um médico para o Estevão!

Nessa hora entra Milena toda apressada.

Milena - amiga você ta bem?

Maria – sim.

Milena - o que aconteceu?

Maria explica toda a história pra eles.

Osvaldo – bom, Maria, já que você está bem, eu vou trabalhar.

Ana Paula - eu também.

Milena - eu também tenho que ir amiga, mais tarde eu volto.

Fernando – Milena será que agora eu ganho pelo menos um beijo?

Milena - quantos você quiser (os dois se beijam).

Osvaldo - a nem comecem a pegação! Eu não sei como depois você conseguem falar, e comer, por que é cada movimento que vocês fazem com a língua que me assusta.

Todos riem.

Estevão - pai...

Osvaldo - tem o dia de folga, pode ficar aqui com a Maria.

Estevão - obrigado papai.

Maria - alguém avisou a Dona Carmem?

Fernando - Ih não! Esquecemos disso .

Maria - por isso eu estranhei ela não estar aqui.

Osvaldo - a, mas se estivesse aqui, já tinha deixado todos os médicos doidos.

Estevão- eu ligo pra ela, pode deixar!

Todos se despedem de Maria e de Estevão e se vão.

Estevão- (no telefone) tia? A senhora podia vir aqui na clinica medica, que presta serviços pros funcionários da empresa?

Carmem - quem está no hospital?

Estevão - a Maria, mais ela está bem, e quer ver a senhora.

Carmem - está bem mesmo, não mente pra mim!

Estevão - vou passar o telefone pra ela.

Maria - oi Dona Carmem!

Carmem - oi florzinha, você está bem?

Maria - sim senhora.

Carmem - eu já vou pra aí.

Maria - a senhora poderia, passar na minha casa e pegar roupas, escova de dente essa coisas.

Carmem – mas é claro, como faço pra entrar?

Maria - eu vou ligar e dizer que a senhora está indo lá, quando a senhora chegar é só se apresentar e subir. Tem uma chave dentro do vaso de planta que fica bem na porta do apartamento.

Carmem - ta bom, beijos florzinha agorinha eu estou ai.

Maria - está bem!

Estevão - você quer comer alguma coisa? Eu posso ir buscar.

Maria – não, eu não quero nada, só quero você perto de mim.

01 e meia depois.

Carmem- (entrando no hospital) onde será o quarto da Maria?

Ela anda olhando os números na porta dos quartos e não percebe que está preste a bater de frente com alguém.

Carmem – aiiiii!

Evandro - é melhor olhar por onde anda!

Carmem- (com um olhar de espanto) o que você faz aqui?

Evandro - isso é jeito de você receber uma pessoa que fez parte do seu passado?

Carmem - eu não sabia que você ainda morava, aqui, desde... Desde... Desde que aquilo tudo aconteceu, eu nunca mais recebi noticias suas!

Evandro - eu nunca saí daqui, e sempre soube onde estava não é difícil encontrar um San Roman nessa cidade, vocês são muito conhecidos: a grande e ilustre família.

Carmem - por que fala assim nesse tom de desprezo?

Evandro – desprezo? Você vem me falar de desprezo? Logo você que há tanto tempo atrás fez aquilo comigo?

Carmem - a culpa foi toda sua, eu era apenas uma moça ingênua.

Evandro - não Carmem você era uma San Roman, e como todo San Roman nunca se mistura, com pessoas de classe mais baixas, a não ser agora, que o seu sobrinho esta prestes a se casar com uma simples secretária.

Carmem - como você sabe disso tudo, como?

Evandro - eu sempre estive por perto, você deve saber quem é meu filho.

Carmem - quem?

Evandro - Geraldo Salgado.

Carmem - Eu sei quem é, aquele que sempre quis o que era do meu sobrinho, ele sempre viveu na sombra dele, mais até onde eu sei ele é filho de um grande empresário, que faz concorrência com as empresas San Roman.

Evandro - pra você ver, o simples empregado das empresas do seu pai, hoje é um grande empresário.

Carmem - fico feliz em saber, que você está bem.

Evandro - eu sofri muito com tudo aquilo que você me fez, mais logo eu vi que podia ficar sofrendo por uma pessoa que só me via como um empregado.

Carmem - isso é mentira, eu te amava, te amava de verdade, você que estragou tudo.

Evandro - vamos parar com essa conversa, isso não vai nos levar a nenhum lugar, tchau e mande lembranças a toda família, e ao seu marido.

Carmem - eu não tenho marido, nunca me casei (Evandro faz um ar de riso), mas a propósito, mande lembranças de uma San Roman a sua esposa.

Evandro - eu sou viúvo (agora quem fazia um ar de riso era Carmem) mais foi um prazer.

Carmem – tchau.

Quarto de Maria.

Maria - sua tia está demorando, você não acha?

Estevão - esta sim.

Carmem- (entrando no quarto, ainda um pouco pálida) estou aqui meus amores, já cheguei!

Estevão - já não era sem tempo não é tia?

Maria - mais o que aconteceu? A senhora está pálida, até parece que viu um fantasma!

Carmem - de certa forma eu vi sim.

Estevão - como?

Carmem - nada esquece! Aqui Maria, as coisas que você me pediu, mas me explica essa história, como você veio para aqui?

continua....