Vivo Por Ella escrita por Srta Lima


Capítulo 70
Vivo Por Ella- O Confronto part. II (Penúltimo capítulo)


Notas iniciais do capítulo

Preparadas? Bora ler.



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Recapitulando...

__ Júlia... - Luís chama a filha, ainda incrédulo sem poder acreditar em que seus olhos estavam vendo.

__ Papai... - ela solta o gatilho

Ouve-se um tiro.

•••••

O tirou pegou em Estevão que se colocou na frente de Maria, para que Júlia não atirase nela.

__ Não... ESTEVÃO... - Maria estava agarrada ao marido. - Estevão, meu amor. Não me deixe...

Júlia largou a arma, se sentou em um canto da sala. Estava desesperada, a ideia de que podia ter matado Estêvão a deixou maluca.

__ Não... Ele não pode morrer. - com as mãos na cabeça. - Ele não pode morrer. - chorando. - Eu o matei.

Ela estava visivelmente perturbada. Pegou o álcool que havia restado jogou em si própria, Luís quando viu entrou em desespero.

__ Júlia... Filha não faça isso. - pediu Luís chorando.

__ Eu não suportaria saber que eu o matei... Eu o amo e se... se ele morrer eu não me perdoaria. - pega o isqueiro - Antes de saber se o matei ou não, eu prefiro morrer do que passar minha vida na cadeia. Adeus papai.

Não deu tempo nem de Luís chegar mais perto, Júlia ateou fogo em si mesma. Maria e o pai tentaram apagar o fogo, que se espalhou em todo o apartamento já que estava cheio de gasolina. Os gritos de dor de Júlia, era aterrorizados, não entendiam como uma pessoa em sã consciência era capaz de fazer algo assim, consigo mesma.

Fernando e Geraldo tiraram Estevão ferido de lá, Maria tiro seu pai que chorava desesperado em ver a filha queimar daquela maneira. Poucos segundos depois o apartamento explodiu, não demorou muito para a polícia e ambulância e os bombeiros chegar, Estêvão estava sobre os cuidados médicos. Tinha perdido muito sangue quando o tiro o acertou na barriga, Maria também precisou de cuidados médicos, estava muito debilitada devidos aos maltratos que sofreu na mão da irmã. O fogo havia sido apagado, mais infelizmente Júlia não resistiu morreu queimada , algo que ela mesma provocou.

•••••

Hospital

__ Estevão perdeu muito sangue. Vamos ter que conter a hemorragia. - Rubens dizia. - Faremos o possivel para que o pior não aconteça.

__ Rubens salve o meu marido por favor. Estevão não permitiu que eu fosse atingida, eu não quero perdê-lo. Salve-o por favor. - Maria suplicava a Rubens.

__ Maria, prometo que farei até o impossível. - Rubens fala se afastando.

__ Meu Deus por favor , não permita que Estevão morra. - chorando. - Não aguentaria viver sem ele...

__ Maria acalme-se meu irmão ficara bem. Deus não irá leva-lo. - Fernando tentava acalmar a cunhada que estava a cada vez mais desesperada.

Uma hora depois estavam todos os San Romans no hospital. O desespero estava presente em todos. Não tinham como estar de outra maneira, afinal Estevão estava sendo operado naquele momento. Vivian chorava descontroladamente, se dizia culpada por tudo, porque se ela tivesse contado onde Maria tinha ido talvez aquilo não acontecesse.

__ Heitor é tudo culpa minha... Se eu tivesse falado ao senhor Estevão onde Maria estava, talvez isso tudo não tivesse acontecido. Maria não estaria toda machucada e seu pai não estaria nesse estado.

__ Vivian, por favor se acalme. Vai fazer mal ao nosso filho, você não tem culpa de nada. Foi uma fatalidade, meu pai protegeu minha mãe e por isso levou o tiro. - abraçando sua esposa. - Meu pai ficará bem, ele é forte, saudável e é um San Román. Somos duros na queda. - Heitor dizia querendo acreditar realmente que seu pai ficaria bem, por mais que isso fosse quase impossível.

Mais duas horas se passaram e nada de noticias de Estevão. Maria entrou em pânico e resolveu ir por ela mesma a procura de notícias, até que Rubens a detém.

__ Maria... Onde vai? - Dr. Rubens pergunta.

__ Eu preciso saber do meu marido Rubens. Estou a ficar maluca sem saber nada dele, me diga como ele está?

__ Estevão está na terapia intensiva seu estado é grave. Nós extraímos a bala, porém ele perdeu muito sangue, só nos resta esperar e confiar em Deus, tudo está em sua mãos. - Rubens estava abalado por dar essa noticia a eles. - Vocês podem vê-lo, porém dois de cada vez e sem fazer perguntas a ele, esta muito fraco precisa descansar.

__ Eu vou com a minha mãe. - Estrela se pronunciou. - Vamos ver o papai mamãe. - saindo segurando a mão de sua mãe.

__ Ângelo, Heitor. Vocês dois me acompanhem até a capela do hospital. Quero rezar pela vida do Estevãozinho. - Carmen pede aos sobrinhos, que a acompanha.

•••

Terapia Intensiva

__ Papai... Paizinho... - Estrela chorava. - Não me deixe papai... Eu preciso tanto do senhor... - com a mão em seu rosto. - Por favor acorde... Papai...

__ Estevão... minha vida, reaja por mim, por nossos filhos. Ainda não vimos nossos netos nascer. Vickyta e César precisam de você... Eu preciso de você. - abraçada ao marido. - Não me deixe Estevão, eu te amo. Não suportaria viver em um mundo onde você não estivesse.

__ Mamãe... Ele não pode ir... Não agora, que eu... - Estrela começa. - Eu estou... Grávida. Quero que meu pai conheça seu neto. - com as mãos na barriga.

__ Vai ser uma menina... - Estêvão responde com um pouco de dificuldade. - Uma mini- estrelinha...

__ Papai... - se aproxima. - Que bom ver que o senhor acordou. Não me assuste assim, mais por favor.

__ Maria... - estendendo seu braço a sua esposa. - Venha.

__ Estevão! - Maria repreende o marido. - Você não deveria ter feito aquilo, se jogar na minha frente. - respira fundo. - Aquele tiro era pra mim...

__ Maria, não deixaria que nada de ruim acontece-se contigo. Jamais permitiria que Júlia atirasse em você. - segurando a mão da esposa. - O que houve com ela?

__ Júlia atiou fogo em si mesma. - Maria dizia com uma certa tristeza. - Minha irmã estava doente de ódio, de armagura. Ela não suportou a ideia de ter atirado em você, pensou que havia lhe matado. Então ela... Ela... Fez aquilo.

Maria estava triste, apesar de tudo era sua irmã. Por mais ódio que Júlia sentia, não poderia esquecer nunca que era sua irmã.
Infelizmente não podemos escolher a familia. Eu mesma se pudesse, não teria a minha, porque olha ninguém merece.

Todos foram ver Estevão, ficaram muito feliz em ver que ele estava bem. Em estado grave , mas bem. Bom era o que todos pensavam.

••••

Cemitério

__ Júlia, não tinha ninguém além de mim. - Luis dizia ao padre, que celebrava o enterro de sua filha. - Ela não era uma pessoa boa, padre. Por isso não tem ninguém aqui...

__ Eu entendo, filho. Que Deus perdoe sua alma, e seus pecados. - Padre Belisário dizia. - Vamos prosseguir com a cerimônia.

A única pessoa que estava no enterro era Luís, seu pai. Um pai que por anos odiou, que detestou, que renegou. Para todos ela estava morta, se fosse avisar a todos os conhecidos. Como iria explicar isso? Como dizer que sua filha forjou sua própria morte? Que retornou para se vingar da irmã. Não gostaria de passar por essa situação. Luis preferiu ficar em silêncio enquanto suas lágrimas caiam, sem parar. Por mais que Julia fosse um monstro, era sua filha. E independente de qualquer coisa, tinha seu sangue.

••••

Delegacia

__ Maldito Estevão! Por mim que morra. - Bruno esbravejou. - Espero que pelo menos isso, aquela maldita da Júlia deve ter feito direito.

__ Bruno, não diga besteiras. Estevão não vai morrer. - Fabiola dizia.

__ Você sempre foi uma estúpida, Fabíola. - batendo na mesa. - Sempre foi apaixonada pelo o Estevão, sempre o amou. Nunca sentiu nada por mim.

__ Meu querido, eu nunca escondi isso de você. Sabes bem que sim, sempre amei o Estevão. Não sou só eu não é?! Maria também, não é atoa. Estevão é um homem de verdade, um bom homem, um bom marido, um bom pai. Você não chegará nunca a seus pés. - rindo.

__ Desgraçada! - lhe da um tapa. - Maldita, infeliz.

__ Conforme-se Bruno, você perdeu. - passando a mão em seu rosto. - Eu só vim aqui para te ver derrotado. Te ver na lama. Que é de onde você jamais deveria ter saido. - levantado. - Guarda já acabei, abra por favor.

Isso é pouco comparado, ao que Bruno merecia. Mas reservei algo muito ruim para ele, aguardem.

••••

Manicômio

__ Enfermeira... O que eu faço aqui? - pergunta Alba confusa.

__ A senhorita, está em uma clinica psiquiátrica.

__ Não eu não deveria estar aqui. Tenho uma reunião importante nas empresas San Román. - andando pelo quarto. - Ande chame meu motorista, preciso que ele me leve para lá.

__ Senhorita Alba, não entendo.

__ Alba? - rindo. - A senhora deve estar me confundido. Me chamo Maria... Maria Fernández Acuna San Román. Esposa de Estevão San Román. - ela falava com firmeza, vestindo um dos terninhos que Maria possuía.

Alba estava louca!Melhor final para Alba não há. Ela sempre quis tudo que Maria possuía, e claro sua obsessão pela mesma a enlouqueceu completamente. Ela era doente por Estevão, nutria por ele um amor doentio. Não permitia que mulher nenhuma, se aproximasse dele. Morria louca, como sempre foi.

•••••

Hospital

Alguns dias haviam se passado, porém o estado de Estevão continuava o mesmo. Não havia melhora, e os médicos a cada dia se preocupavam mais.

__ Maria... - Estevão pronunciou.

__ Estou aqui! O que foi meu amor?

__ Queria te pedir algo... Não deixe... Jamais nossos filhos. Eles precisam de você.

__ Eu nunca vou deixa-los. Mas por que está me dizendo isso? - Maria dizia com um tom de preocupação.

__ Porque chegou a minha hora, e eu... preciso me despedir de todos.

__ Estêvão não fale bobagens. Você não vai morrer. - com lagrimas nos olhos. - Não vai me deixar.

__ Chame todos por favor... - tossindo. - Por favor meu amor

Maria saiu aos prantos e chamou todos os San Romans, que em instantes estavam na sala de terapia intensiva.

__ Que bom, que estão todos aqui. Eu... - respirando fundo. - Amo todos vocês. Filhos, vocês são tudo o que tenho de mais precioso na vida.

__ Papai, não fale. - Heitor pedia.

__ Isso, papai não se esforce. - Agora era Ângelo, quem pedia. - O senhor precisa descansar papai.

__ Não filho, eu preciso falar. Maria, não deixe Vickyta e César esquecerem que eu os amo. Diga a eles todos os dias.

Maria não respondia só sabia chorar.

__ Estrela, filha. Cuide bem da minha neta. A pequena Luísa precisaram muito de você. - Estrela chorava copiosamente. - Não chore princesinha, papai ama muito você. Sempre será minha Estrelinha.

__ Estevãozinho, meu amor não diga isso por favor. - Carmen suplicava.

__ Heitor, Ângelo. Vocês seram ótimos pais, façam de seus filhos homens de bens. Nunca esquecam que eu amo vocês.

Ninguém conseguia dizer uma só palavra. Fernando entao se aproxima de seu irmão.

__ Mano, não fale assim. Você não pode ir agora, não agora. Estevão seja forte, por seus filhos, seus netos. Eles dependem de você, reaja. - Fernando estava chorando não aguentava ver seu irmão naquele estado.

__ Maria... você sempre foi e sempre será o meu grande amor. Eu...

Estêvão não pode prosseguir com suas palavras, o aparelho apitava e todos ficaram desesperados.

__ Chame o médico... - Maria gritou. - Estêvão... Estêvão....

__ Se afastem. - Rubens se aproxima e com ele outro médico e um enfermeiro.

__ Rápido, traga 01 miligrama de adrenalina e 20 milílitros de solução fisiológica. Ele está tendo uma parada cardíaca.

O médico, faz massagem no peito de Estêvão e corta uma parte de seu avental.

__ Afasta. - Rubens tenta uma vez. - Sobe mais um. - tenta uma segunda vez. - Sobe mais um. - tenta uma terceira vez. - Vai sobe mais um. - Rubens pede desesperado.

__ Doutor, já basta. Não adianta mais.

__ O que houve? - Maria perguntou a Rubens.

__ Sinto muito, Maria. Mas perdemos o Estevão, ele esta morto.

__ Não... Estevão... Você prometeu que não ia me deixar. - gritando. - Não vá embora, Estevão. - Maria não tinha mais forças para gritar.

__ Mamãe, acalma-se. - Ângelo estava segurando Maria.

__ Estevão... Volte pra mim, eu te amo. Estevão...


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Notas finais do capítulo

O Teb não vai morrer ok



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