Time Of Dying escrita por addict95z


Capítulo 24
Capítulo 24 — He Doesn't Care About Me


Notas iniciais do capítulo

Hey! Sky Parker chegou com não só um capítulo novo mas também com o final definitivo da história (Relaxem, não é esse capítulo). Mas como estou loucamente louca pra postar o fim da temporada, eu vou fazer MUTIRÃO DE CAPÍTULOS!!! Isso mesmo, vou postar sete capítulos seguidos hoje, até o fim da season. E assim que postarmos o último cap, liberamos o trailer da season 2. Eu amo vocês, sério. Sem vocês a fic não chegaria aqui, eu amo vocês mesmo, e obrigada por estarem comigo até aqui. Bom capítulo, e essa é pra vocês!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/546383/chapter/24

Clementine P.O.V

Natasha pisava fundo pelos cantos do lugar. Sinceramente, aquilo me irritava, e muito. Ela não era a única que poderia ter perdido alguém. Ben também tinha sumido. Mas ninguém se preocupava assim, pois sabíamos que estariam bem e em boas mãos.

— Dá pra parar? — pergunto — Eles vão voltar, ok? Você está se preocupando assim à toa.

— Olha aqui, seu palito — rebate ela. — Eu estou grávida e não a fim de criar meu filho sozinha, se você entender um dia...

— Calma, Nash. — Jesse a segura pelos braços.

— É capaz de eu ter perdido a única pessoa que me resta no mundo. Acha que eu não me preocupo? —pergunto.

— Talvez assim você seja menos fraca. — rebate ela.

Reviro os olhos. Ela tinha razão. Eu sou fraca. O que fiz desde que eu cheguei aqui? Provoquei a morte de um membro, perdi um braço, e não fiz nada pra ajudar. Mas será que pra mudar isso eu vou ter que perder o Ben?

— Não era nada. — diz Skyler, entrando pela porta da frente seguida de Pandora, Ben, Bob, Tris, Steve e Lincoln. — Acharam uma cidade aqui perto cheia de coisas.

— Tá vendo? A toa. — digo à Natasha.

— A toa não vai ser o soco que eu vou dar na sua cara. — ela rebate, indo até Bob e o abraçando, logo depois dando-lhe um tapa. — Desgraça.

Olho para Ben, esperando que ele corra até mim e me abrace, diga que sentiu minha falta, mas ele só encosta em uma das mesas, babando como um bulldog. Encaro ele esperando alguma reação, mas ele apenas se dirige até a porta.

— Eu ainda existo. — digo, vendo que estamos sozinhos.

— Jura? Diria que não estou te vendo nesse momento — diz ele, rindo em tom sarcástico. Ele me abraça. — Calma, Clem.

Me solto do seu abraço. — Fazem vinte horas que você sumiu e quando volta nem olha pra mim?

— Não seja mimada, Clem. — diz ele — Sabe que eu te amo. Me importo com você, OK? Só que agora eu tenho que ajudar, não é como em Woodbury.

— Foi sua ideia vir com eles, por que simplesmente não fomos pra prisão? — pergunto, dando um soco no seu braço.

— Na prisão não seria diferente! — rebate ele. — Eu teria que ajudar do mesmo jeito, e você também poderia, se não fosse tão fraca!

Ele me encara por alguns segundos enquanto seguro as lágrimas que querem descer. Ele sai da entrada e anda em uma direção qualquer. Resolvo segui-lo, já que tenho certeza de pra onde ele vai.

— Você me segue, garoto? — ouço Skyler dizer enquanto me escondo em um vão atrás da porta. — O que você quer?

— Só queria ver se você estava bem. — digo.

— Não preciso da sua proteção e muito menos da sua atenção. — ela rebate, e me pego dando um sorriso de orelha a orelha.

— Você não tem que passar por tudo isso sozinha. — ouço ele dizer, parando seus passos.

— Eu tenho sim. — responde ela, bufando pesado. —Nunca tive que passar. Sempre tive ele do meu lado, ele sempre estava do meu lado. E agora que ele se foi, eu... Preciso aprender a ser forte sozinha.

— Você já é forte sozinha. — ele responde — E eu posso te ajudar a ser forte se você quiser, eu posso ser um Ashton pra você!

Silêncio. Ouço apenas o bufo persistente de Skyler e um estalado que obviamente saiu de um tapa. Espio pela pequena abertura entre a porta e a parede e Skyler mantém um olhar furioso em pé em frente a ele.

— Nunca. — ela diz e anda pesado até a porta, saindo de lá o mais rápido que pôde.

Saio do vão da porta. Corro até Ben e estranhamente o abraço. Ele devolve o abraço e deixa as lágrimas escorrerem por minhas costas.

— Você está indo rápido demais. — digo e ele concorda com a cabeça. — Calma. E vê se não leva outro tapa.

Ele se levanta e vai até o pátio de Briarcliff. Sigo até o lugar onde Skyler teria ido. Vejo ela na frente da lápide de Ashton, no jardim da frente. Começo a andar até ela, mas interrompo meus passos assim que vejo que ela está falando.

— Sabe — ela fala, direcionando seu olhar à lápide. — Eu achei que podia superar. Por eles e tudo o mais. Mas as coisas aqui só vão piorar, eu sei disso e você também sabe. O mundo não vai melhorar e nós vamos cair de algum jeito, algum dia. E sem você aqui vai ser mais torturante do que já é!

Ela suga as lágrimas de volta. Passa a mão no rosto, limpando as que escorreram, e volta a falar:

— Eu sinto a sua falta, Portman. —ela completa e enterra o rosto nos braços, sobre os joelhos dobrados.

Saio dali o mais rápido que posso. Entro no refeitório e Steve está lá, e me olha, sorrindo.

— O que foi? — ele pergunta. Estamos sozinhos ali, então decido simplesmente falar. — Aconteceu alguma coisa?

— Eu fodi tudo. — digo — Eu matei ele, e agora eu fodi tudo. A vida dela, a vontade dela, tudo. Destruí tudo.

— Realmente, você fodeu com tudo. — ele diz — Mas deve ter tido um motivo plausível pra isso.Por que vocês estavam lá?

— Eu queria avisar uma coisa a ele. — digo — Perguntar por que ainda confiavam nela, por que ainda amava ela, ela é louca e eu percebi isso bem em Woodbury. Ela é louca!

— Exatamente por isso que ele amava ela. — ele responde. — Viu? Não foi culpa sua. (N/A.: FOI SIM) Você não sabe como as coisas funcionam aqui. Não foi por querer.

— Mas agora ela não sabe o que fazer, Steve — digo — Ela recusa todo e qualquer tipo de ajuda que consegue. E é tudo culpa minha.

— Ela sabe que tem que saber o que fazer. — diz ele. — Você não fez nada que eu mesmo não tenha tentado fazer.

— Você? — choramingo, limpando as lágrimas que saem — Você tentou...?

— Quando ele voltou eu achei que isso ia fazer mal a ela. Talvez a mim. Mas não fez. — Ele diz — Talvez isso faça bem a ela também. De qualquer jeito.

— Obrigada. — digo. Ele faz que sim com a cabeça. Dou-lhe um abraço e saio dali.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo o/