Percy acordou como o choro de Zoe. Ela estava agitada e não parava de chorar. Percy respirou fundo e pegou a filha no colo. Ele acendeu a luz e se sentou na cama balançando Zoe. Zoe balançava as pernas e os braços. Ela não estava com fome, nem precisava trocar a fralda e não parecia sentir dor. Depois de alguns minutos Percy se levantou e começou a andar de um lado para o outro.

– Vamos filha. Amanhã o papai tem que acorda cedo. – Percy disse olhando para o bebê que olhava para ele com aqueles olhos verdes bem atentos.

Percy pegou uma manta, enrolou a filha e saiu. Ele foi dá uma volta pelo acampamento. Zoe olhava tudo atentamente, mas não parecia disposta a dormi. Ele voltou lentamente para o chalé. Esse era um dos motivos pelo qual ele estava doido para poder ir morar em sua casa. Ele poderia andar à noite com Zoe. No meio do caminho ela começou a chorar. Percy chegou no chalé e começou a balança ela, tentando acalma-la.

– Percy?

– Entra. – ele disse ainda balançando Zoe.

– Tudo bem? – Camile perguntou. Camile é uma das filhas de Atena que o ajudava a cuidar de Zoe. – Dá para ouvi ela do chalé de Atena.

– Ela está agitada, mas acho que está bem.

Ele disse beijando a testa de Zoe.

– Precisa de ajuda? – Camile perguntou olhando para os olhos de Percy.

Ela achava que ele não se parecia em nada com o menino das fotos que ela viu na casa grande. Ele estava abatido e tinha orelhas horríveis embaixo dos olhos.

– Não. Eu posso me virar. Obrigado.

Camile saiu e deixou eles sozinhos. Percy olhou para a filha e viu que ela estava vermelha, ele levou os lábios a testa dela e viu que ela estava quente.

– Camile. – ele gritou abrindo a porta.

– Oi? – ela perguntou voltando correndo.

– Você pode chamar alguém do chalé de Apolo? Ela está com febre.

– Claro.

Percy olhou para a filha. O que será que ela tinha. Será que era alguma coisa grave? Será que a culpa era dele.

– Percy? – Carlo perguntou entrando. – O que aconteceu?

– Ela não para de chorar e está com febre.

Percy aguardou enquanto Carlo examinava a filha. Quíron chegou em pouco tempo e ficou ao lado deles.

– É o ouvido. – Carlo disse dando um pouco de néctar para a bebê. – Está infecionado. Na idade dela é bem comum, não precisa se preocupar.

– Ela vai ficar bem? – Percy perguntou pegando a filha. – Ela está sentindo dor?

– Um pouco. Mas logo está melhor. E sim Percy, ela vai ficar bem. Como eu disse isso é comum acontecer quando se tem a idade dela.

– Certo.

– Você vai ter que dá isso para ela. E misture um pouco de néctar ao mamar dela. Vai ajudar ela a melhorar mais rápido.

– Obrigado.

– Bom está na hora de todos irmos dormi. – Quíron disse. – Acho que você precisa descansar Percy, se quiser eu posso leva-la comigo. Ela pode dormi em meu quarto.

– Não. Tudo bem.

– Percy você está esgotado.

– Meu pai disse que eu podia faltar amanhã. Como a casa será entregue e tenho que fazer a mudança, ele acho que seria melhor se eu ficasse aqui. Vou aproveitar isso e descansa. Vou leva apenas as roupas que estão aqui. O resto as filhas de Afrodite já levaram para arrumar. Assim como os brinquedos de Zoe. Ele também acha que preciso descansa. Até minha madrasta me disse que era melhor eu dormi um pouco. Eu vou ficar bem Quíron.

– Certo. Boa noite. – Quíron saiu e deixou eles sozinhos.

Ele deitou em sua cama com a filha em cima dele. Ele começou a cantar uma música que ele adorava.

Não tenha medo
Pare de chorar,
Me dê a mão,
Venha cá
Vou proteger-te de todo mal
Não há razão pra chorar

Zoe olhou para o pai. Aos poucos foi se fechando.

No meu coração
Você vai sempre estar
O meu amor contigo vai seguir
No meu coração, aonde quer que eu vá
Você vai sempre estar aqui

Percy colocou a filha de modo que ficasse mais confortável. Ele sentiu os próprios olhos pesados.

Não deixe ninguém tentar lhe mostrar
Que o nosso amor não vai durar
Nós vamos provar que

No meu coração você vai sempre estar
O meu amor contigo vai seguir
Eu sei

A última coisa que ele se lembrava antes de dormi, foi abrasar a filha. E prometer a si mesmo que nunca deixaria ela se machucar.

Percy sonhou que estava em pé nos jardins do Olimpo. Zeus estava em pé na frente dele e conversava com Hera. Percy não sabia por que estava sonhando com eles, já que de todos os seus sonhos, nunca teve um direcionado a eles.

– Você se saiu bem Percy. – Hera disse sorrindo para ele. – Sua filha tem sorte de ter você.

– Obrigado. – ele disse sem jeito.

– Bem, você mostrou que não estava errado em confiar em seu pai. Fico feliz com isso. – Zeus disse.

– Obrigado, senhor.

– Eu quero te pedir um favor Percy. – Hera disse sorrindo para ele. – Não deixe que o que você sente por aquela garota te machuque mais. Saiba que ela sempre vai estar dentro de você, mas não sofra tanto. As coisas vão melhorar.

– O que a senhora quer dizer com isso?

– Que quando menos esperamos, a tempestade vai embora e o sol nasce.

– Você já jovem e tem uma filha pequena. – Zeus disse. – Ela precisa que você seja forte, que você lute por ela.

– Você tem uma família. Pequena e incompleta. Mas ainda assim uma família. Fique sabendo que acho sua filha um lindo bebê. E se ela for uma heroína como você. A ajudarei sempre que possível. Se meu marido assim permiti.

– Certo, certo. – Zeus disse sem presta muita atenção.

– Adeus.

Percy acordou ao senti Zoe se mexer. Ele olhou para a filha, mas ela estava dormindo. Ele olhou envolta e viu que ainda não tinha amanhecido. Ele não entendia por que Zeus e Hera tinham ido falar com ele, mas preferiu que assim era melhor. Como já falaram para ele, saber demais, ás vezes é uma maldição.