Poseidon ficou ao lado do filho e deixou que ele colocasse tudo para fora. Ele sabia que mais cedo ou mais tarde, tudo o que Percy estava sentindo, iria sair. Ele sabia que tudo o que o filho precisava era de um tempo só. Ele também sabia que a conversa que Percy teria com Atena não seria fácil para nenhum dos dois, mas isso era uma coisa que ele não tinha controle. Ele tinha que deixar o filho trilhar seu próprio caminho. O deus voltou a realidade quando escutou um choro agudo.

– O que foi, princesa? – perguntou olhando para a neta.

– Ela está com fome. – Percy disse passando a mão no rosto. – Eu deixei a bolsa dela na Casa Grande. Tenho que ir busca.

– Deixe comigo. – Poseidon estralou os dedos e a bolsa rosa apareceu ao seu lado.

Percy pegou a mamadeira e preparou o leite da filha. Depois a pegou no colo e começou a alimentá-la. Poseidon olhou para eles. Ele tinha orgulho do filho. E ele sabia como estava sendo difícil para Percy tudo isso.

– Você já pegou o jeito. – Poseidon observou.

– Uma hora tinha que ir. – Percy disse olhando para a filha. – Pensei que ia afoga-la quando foi alimentá-la pela primeira vez. Ela é tão pequena e depende tanto de mim. Não sei como ainda não tive um treco.

– Acho que por causa do amor.

– Pode ser.

– Tenho que ir. – Poseidon disse passando a mão na testa da filha. – Mas venho vista-la. E quando ela estiver maior vou mostra meu palácio para ela.

– Obrigado por tudo, pai.

Poseidon apenas sorriu e desapareceu. Percy olhou para as ondas e depois para a filha. Zoe estava segurando a mão dele e seus olhos estava quase se fechando.

– Posso ficar aqui com você? – Malcolm perguntou se sentando ao lado dele.

– Claro.

– Eu falei com Annabeth quando ela descobriu sobre a gravidez. – ele disse depois de um tempo em silêncio. – Ela estava com medo da sua reação. Disse que estava com medo de você não querer o bebê ou falar que não era o pai.

– Eu nunca falaria isso para ela. Eu a amo e daria a minha vida por ela. – Percy disse tirando a mamadeira da filha e fazendo ela arrotar.

– Eu sei. E disse isso para ela. Pouco tempo depois todos sabiam que ela estava gravida e eu pensei que tudo acabaria bem. Eu fiquei sabendo o que ela pretendia fazer através de um sonho. Minha mãe me mostrou e fez eu a impendi.

– Do que você está falando?

– Annabeth estava pensando em aborta sem falar com você. – Percy olhou para ele como se tivesse nascido outra cabeça. – Ela iria falar que perdeu o bebê e que vocês poderiam tentar de novo. Eu sair correndo da casa do meu pai e fui falar com ela. Depois de muito conversar, fiz ela ver que isso era uma coisa que vocês tinham que decidi juntos. Ela me disse que estava pensando em fazer aquilo por que ela te conhecia, sabia que você nunca concordaria com ela. Que faria tudo para impendi. Eu perguntei para ela o que você faria se descobri o que ela fez. Percy ali eu vi o medo que ela sentia. O medo de te perde. Ela te ama. Apenas está confusa. Ela nunca imaginou que ia engravidar aos dezoito anos.

– E ela não pensou em como eu me sentiria ao ser pai aos dezoito anos? Eu entrei em pânico quando ela me contou que estava gravida, mas ali, naquela hora eu fiz uma promessa a mim mesmo. Nada ia acontecer com aquele bebê. Eu sei que ela estava com medo, mas isso não é desculpa.

Malcolm ficou em silêncio. Ele sabia que Percy estava certo. Depois de olhar para o bebê que dormia tranquilamente no colo do pai, ele se levantou e saiu.

Percy piscou e as lágrimas voltaram. Como ela pode pensar em aborta sem falar com ele? Percy limpou o rosto, colocou a bolsa de Zoe no ombro e se levantou. Ele andou lentamente para a arena. Ele sabia que teria que tomar cuidado com a Sra. O’Leary. Ela podia pular em cima dele e machucar Zoe, mas quando ele chegou lá, ela apenas foi saltitando em direção a ele e parou para ver a bebê. A cadela infernal, olhou confusa para a bebê no colo do dono.

– Oi, garota. – Percy disse fazendo carinho nela. – Essa é Zoe, minha filha. Agora você terá que me ajudar a cuidar dela.

– Acho que essa é a missão de todos no acampamento agora. – Clarisse disse se aproximando dele. – Eu sinto muito Percy. E apesar de te achar um mané, tenho que admiti que admiro sua coragem. Não é qualquer um que assumi essa responsabilidade.

– Ela é minha filha. E depois de ver como vários de nossos amigos sofreram por causa do descaso dos pais, nunca seria capaz de deixa-la.

– Quando Annabeth ver o que está fazendo, ela vai levar um soco na cara. Por que como o Sr. D disse, se tem uma coisa que você fez certo,, foi essa menina.

– Obrigado, Clarisse.

– Posso? – a filha de Ares perguntou esticando os braços.

Percy apenas sorriu e entregou a filha. Pouco tempo depois a arena estava lotada de campistas querendo ver Zoe. Percy deixou apenas mais duas pessoas pegarem a filha. Ela não estava acostumada a ficar de colo em colo. Quando Percy voltou para a casa grande já estava quase na hora do almoço. Ele apenas pegou o bebê conforto e foi para a mesa de Poseidon. Depois de fazer sua oferenda ao pai, a Zeus e a Atena, em agradecimento a ajuda, ele foi para sua mesa e comeu.

Quando terminou ele foi para o chalé de Poseidon. Sua mãe tinha arrumado tudo para ele. Ele viu também que tinha um pequeno berço. Ele deu banho na filha e deixou que ela dormisse. Depois ele deitou e tentou fazer o mesmo.

Ele sonhou que estava em uma construção antiga. Tinha pessoas que ele nunca tinha visto na vida. Ele reconheceu Annabeth parada longe das outras pessoas. Ela estava escrevendo em um caderno. As pessoas perto dela, ás vezes perguntavam a opinião dela, mas ela sempre respondia rapidamente. Aos poucos todos foram saindo e deixaram ela só com um cara.

– Está distraída hoje. – o cara falou.

– Estou apenas com o pensamento longe. – ela respondeu ainda fazendo anotações.

– Está tensa. – ele disse se aproximando mais dela.

– Estou bem. – ela tirou uma máquina da bolsa e fotografou alguma coisa.

– Sabe, eu posso ajudar você a relaxa. – o cara disse tocando o rosto dela.

– Escuta aqui, eu tenho namorado. E nunca te dei intimidade, então fique longe de mim. – ela disse afastando a mão dele.

O sonho mudou. Agora Percy estava em um quarto de hotel. Ele viu Annabeth sentada na cama, enquanto alguém batia na porta. A filha de Atena não fez qualquer movimento. Percy notou que ela chorava e que sua blusa estava rasgada.

– Annabeth, sou eu. – ele escutou uma voz feminina. – Me deixe entra.

– Vá embora. – ela disse baixo.

– Não, me deixe entra.

As batidas continuaram. Annabeth suspirou e se levantou. Ela abriu a porta e voltou para a cama. Uma mulher morena, com olhos verdes entrou e trancou a porta logo em seguida.

– O que aconteceu? – a mulher perguntou se sentando ao lado dela.

– John, foi ele que aconteceu. – ela respondeu. – Eu estava indo pegar uns papeis que Clarie esqueceu e ele me atacou.

– O que?

– Ele disse que desde que comecei a trabalhar estou a fim dele. Que mesmo quando estava gravida, queria ir para a cama com ele. Eu disse que ele estava louco, que tenho namorado e o amo. Ele tentou tirar minha roupa. Como sei lutar, conseguir jogá-lo longe, e Jorge entrou. Perguntou o que estava acontecendo e eu contei tudo. Ele mandou eu vim para cá. Não sei o que vai acontecer.

Percy acordou suado. Ele olhou em volta e viu uma mulher parada na frente do berço de Zoe. Ele quase pegou a espada, mas ele reconheceu.

– Lady Atena. – ele disse se levantando e fazendo uma reverencia para ela.

– Ela se parece com a mãe. – a deusa disse ainda olhando para a bebê. – O que você sonhou diminuiu a raiva que está sentindo?

– O sonho foi real?

– Sim. Eu achei que você deveria saber que o caminho que minha filha escolheu é duro, e vai deixa-la muito ferida. Eu tentei avisar, mas ela é teimosa. – Atena olhou para ele. – Ela vai ficar bem. John já está voltando para cá. Mas ela ainda vai encontra vários problemas pela frente.

– Eu não quero que ela sofre. Nunca quis.

– Eu sei. Agora, eu sei. – Atena pegou a neta que começou a chorar e começou a dá água para ela. – Eu queria ter pensado em apadrinha-la antes de seu pai. Mas quando ela quiser, será bem-vinda em meu chalé.

– Obrigado.

– Tome. – Atena disse entregando uma caixa para ela. – Um presente para ela.

Percy abriu e viu que era um colar com um pingente de uma coruja segurando um tridente com uma das asas.

– Atena e Poseidon juntos. Posso não me dá bem com seu pai, mas essa menina pode nos unir. Pode nos mostrar como ás vezes temos que dá mais importância a nossa família.

– Obrigado. – Percy disse novamente.

Atena sorriu e depois de dá um beijo na testa da neta desapareceu.

O tempo foi passando rápido para Percy. Em poucos dias ele se acostumou com a rotina nova. Ele saia todo dia depois do café para ir trabalhar e deixava a filha com Quíron, ele passava o dia no reino de Poseidon e voltava para o acampamento a noite. Depois de tomar banho pegava a filha no chalé de Afrodite e passava o resto do dia com ela. Já fazia um mês desde que eles estavam lá e a casa que os filhos de Atena fizerem para eles iria ser entregue no dia seguinte. Percy mal podia esperar para ver como estava as coisas.