I'm forever yours escrita por ColorwoodGirl


Capítulo 42
Capítulo 41




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/543322/chapter/42

Domingo é dia de dormir até tarde, curtir a preguiça, coçar a barriga. Mas com crianças em casa, isso é difícil.

No caso de Mari e Jeff, era uma missão praticamente impossível.

Julinha acordou às 8h, começando logo a pular nas costas de Clarinha e Lara. Após importunar as duas até que se levantassem, correu para o quarto de Marcos, se dedicando a acordar ele e Alan. Antes das 8h30, a casa já havia virado um pardieiro.

“Nunca mais faremos festa do pijama aqui.” Resmungou Jeff, enfiando o travesseiro por cima da cabeça.

“Uma vez de cada um, lembra? Se Deus quiser logo o João melhora e podemos voltar a usar a casa dele; e em breve Anabelle ficará maior e a casa da Jade e do Cobra vira ponto de encontro.” Mari riu, coçando os olhos. Jogou as cobertas para o lado, se levantando e caminhando até a porta. “Lara e Marcos, é bom estar tudo inteiro quando eu e seu pai descermos.”

“Tá bom, mãe.” Eles gritaram de longe, enquanto a cantora voltava para dentro do quarto. O marido já estava sentado, coçando os olhos.

“Que horas nós podemos levar eles de volta?” Perguntou risonho, recebendo uma gargalhada de volta.

“Depois que enchermos os buracos negros que eles chamam de barriga. Então se prepara, que você sabe que eles amam suas panquecas.” Ela se dirigiu diretamente para o banheiro, ouvindo Jeff praguejando contra o dito café da manhã. “Melhor avisar as meninas...”

Apanhou o celular na cômoda, digitando uma mensagem para as amigas e enviando:

“Trupe acordada, Jeff fazendo panquecas. Às 10h estamos no Perfeitão.”

No apartamento de Karina, o celular piscava insistente no sofá. Após a mensagem de Mari, Bianca ligava sem parar para a irmã, querendo combinar de irem fazer um piquenique com as crianças. Mas a loira havia esquecido o celular no modo de vibrar; e com a porta fechada para o mundo...

As persianas estavam fechadas, deixando que a escuridão no quarto se perpetuasse. Na cama, os braços de Pedro envolviam Karina enquanto os lençóis se emaranhavam neles. As respirações lentas e pesadas denunciavam que ambos dormiam em sono profundo; talvez o primeiro realmente reparador desde que haviam separado seus caminhos.

Caminhos que finalmente voltaram a se cruzar.

O relógio na cabeceira embalava o sono com seu tique-taque rítmico, marcando a passagem dos segundos, minutos, horas, até que batesse às 10h. Karina se remexeu, mas os braços de Pedro a apertaram mais forte e ela se aconchegou contra ele.

Em outras circunstâncias, já teria pulado da cama e estaria desesperada em busca do celular e de notícias da filha. Mas era o guitarrista dos infernos que estava ali, e o resto do mundo podia esperar.

Pelo menos, era assim que pensava aquela mente nebulosa pelo sono e pelos sonhos maravilhosos. Mas não a cabeça da pequena criança que havia surgido daquele amor tão único e singular.

Quando a minivan do casal Oliveira estacionou na praça, as crianças saltaram do interior. Alan saiu correndo na direção de sua casa, já balançando a chave que a mãe deixava com ele. Clarinha, por outro lado, não tinha uma chave; mas tinha a sabedoria da cópia da chave do apartamento do avô embaixo do tapete, e consequentemente, acesso ao chaveiro que ficava no interior.

Puxou Julinha junto de si, pegando a chave escondida e abrindo a porta. Guiou a pequena até o quarto onde ficavam os brinquedos e conferiu se os avós estavam dormindo em seu quarto. Ao conferir os dois pares de pé, sorriu e saiu correndo, apanhando a chave de sua casa e tomando o caminho para lá.

Afinal, haviam vários presentes para serem estreados. Mal sabia que o melhor presente não poderia ser desembrulhado.

Destrancou a porta e pulou para dentro, ansiosa até dizer chega. Talvez se estivesse menos focada nos presentes, teria estranhado a presença do carro do pai na rua; teria percebido a jaqueta dele no sofá e as chaves largadas na mesa da sala de jantar.

Já na porta de seu quarto, observou que a pilha de presentes não estava ali. Entrou e revirou o cômodo, nervosa. Será que estariam na casa da avó? Ou a mãe havia deixado no quarto para que ela não fizesse bagunça?

Marchou até o quarto ao lado, pronta para brigar com a mãe. Abriu a porta e parou estática. Eram dois pares de pé que via ali? Havia entrado no quarto dos avós de novo? Se aproximou com dois passos cautelosos e reconheceu um bolo de cabelos bagunçados.

Antes que conseguisse segurar, já havia corrido e pulado sobre os pais.

“O papai dormiu aqui.” Ela comemorava, pulando sobre os dois. Os dois pares de olhos se arregalaram e encararam um ao outro. Definitivamente não era para ser assim. “Por que você não disse que o papai ia dormir aqui, hein mamãe?”

“Ai caraca.” Pedro fechou os olhos, engolindo em seco. “Ainda bem que estava frio.”

No meio da noite a temperatura havia caído, gelando o quarto. Nem mesmo os lençóis foram o bastante, sendo necessário que os dois se vestissem novamente; o que certamente poupou Ana Clara de alguns traumas.

“Vocês estão dormindo abraçadinhos, que nem a vovó e o vovô...” Ela observou, seu sorriso aumentando mais a cada segundo. “Quer dizer que o meu pedido se realizou?”

Era incrível como aquela criança era capaz de enternecer qualquer um a sua volta. Com os olhos cheios de água, os pais tiveram o entendimento mútuo de que não seria possível esconder a verdade dela; aliás, nem queriam isso.

Não sabiam o que aconteceria a seguir, como seria o caminho daquela reconciliação, mas não queriam mais privar a pequena de ter o que ela tanto ansiou: sua família.

“É, grãozinho, eu e a mamãe estamos juntos de novo.” Contou Pedro, sorrindo.

“Não, Pe... Nós três estamos juntos de novo.” Corrigiu Karina, recebendo dois sorrisos idênticos e de olhinhos fechados. “Quer entrar aqui com a gente, princesa?”

“Sim.” Os brinquedos foram esquecidos, enquanto o casal erguia as cobertas e Clarinha pulava entre os dois, gargalhando das cócegas que recebeu. “Eu não to com sono, mas a gente pode fechar os olhos e fingir que está dormindo?”

“Claro que pode, tampinha.” Ela fechou os olhos, se aconchegando aos dois. O guitarrista ergueu os olhos, encontrando o par de íris azuis originais. Sorriu para ela, sendo retribuído, e sussurrou o mais baixo que pôde. “Nós vamos conseguir.”

“Vamos.” Ela sussurrou de volta.

“Vamos sim.” Ana Clara se manifestou, fazendo os pais rirem.

“Acho que você é esperta demais, viu dona Ana Clara?” Perguntou Karina, beijando a cabecinha dela.

“Claro que sou mamãe... Eu sou filha de vocês.”

“Inteligente, fofa e melosa... Tudo o que a mãe não é, eu realmente ganhei na loteria.” Aporrinhou Pedro, recebendo um beliscão. “Calma, esquentadinha. Nós estamos dormindo, lembra?”

“Ninguém fala enquanto dorme.”

“E se for sonâmbulo?”

“Aí a gente joga um balde de água fria.”

“Então eu vou jogar um balde de água fria na gente.”

“Você não ousaria.”

E os dois seguiram com sua discussão idiota, enquanto a pequena ria e fechava os olhos, sem realmente se dar conta de quando adormeceu.

“Amor, acho que ela dormiu.” Observou Pedro, alguns minutos depois.

“Quer se juntar a ela?”

“Achei que nunca ia pedir.”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

"Nossa, que capítulo bosta Walkiria."

Ah, babys, to meio sem tempo para escrever e não queria deixar vocês sem nada. Fiz o melhor de mim, então aceitem que dói menos.

AMEI OS REVIEWS DO CAPÍTULO ANTERIOR, BY THE WAY. COISA MAIS LINDA E GOSTOSA E CHEIROSA E CHEIA DE AMOR ♥ E amei as novas recomendações também, um beijo para Nina e justperina.

E gostaria de lembrar que, em momento algum eu disse que a fic está no final. ENTÃO SEGUREM OS FORNINHOS.

Aconteceu um episódio muito chato no início dessa semana, quando eu descobrir que uma fic estava copiando algumas coisas de IFY. Algumas leitoras já conversaram comigo e ficaram bem nervosas, e pedi que não fossem atrás de encrenca. Eu já mandei mensagem para a autora da outra história, agora vai dela.

Só gostaria de dizer o seguinte: quando você admira uma história ou gosta de um determinado acontecimento dela, é normal você querer usar isso. Como diz papai: nada se cria, tudo se copia. Eu sei que, de maneira geral, existem centenas de história parecidas com a minha. Mas é preciso tomar MUITO cuidado com isso. Uma coisa é você achar uma temática legal e querer usar em uma história; outra coisa é pegar a temática e os acontecimentos em torno dela, e usá-la.

Em momento nenhum da novela Malhação Sonhos é citado que a mãe da Karina teve eclâmpsia, isso foi uma ideia minha que várias pessoas pegaram e usaram. Não acho mal nisso, de verdade. Acho mal o que a pessoa fez, de usar vários elementos que ocorreram em torno da pré-eclâmpsia da Karina aqui na fic.

Achei importante falar sobre isso aqui nas notas, porque eu vi nos reviews da outra fic que teve leitora que comentou sobre as semelhanças, as meninas do whats também, e eu não quero que futuramente dê mais bafafa. Essa história está encerrada, minha mensagem para a autora já foi enviada e é isso.

Mas eu quero pedir, MUITO, que se algum dia acharem que tem algo em outra fic que esteja parecido com alguma história minha, me avisem. As meninas falaram que já tinham percebido, mas ninguém comentou nada.

Era basicamente isso.

See you soon, peanuts

PS: capítulo que vem Pedrinho vai ter uma ótima proposta para a Ka.

http://www.facebook.com/fanficswaalpomps