I'm forever yours escrita por ColorwoodGirl


Capítulo 41
Capítulo 40




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“Esquentadinha.” Pedro saudou com um sorriso e os olhos cheios de lágrimas, antes de empurrá-la contra a parede e selar seus lábios.

O sono sumiu com o choque daquele beijo inesperado, enquanto Pedro envolvia sua cintura. Por um momento cogitou a ideia de afastá-lo, mas aguardava por aquilo havia dias, mesmo que negasse.

Se beijaram por um longo tempo, até que realmente não aguentassem mais sem respirar. Quando se separaram, os cabelos desgrenhados do guitarrista estavam ainda mais bagunçados, e ambos tinham as bocas completamente inchadas.

“O que diabos você pensa que está fazendo?” Ela suspirou, sem fôlego para os gritos que ele merecia ouvir.

“Eu sei a verdade.” Ele disse simplesmente, os braços o escorando à parede, enquanto colava sua testa com a dela.

“Que verdade?”

“Sobre o dia em que você acordou do coma.” Ela arregalou os olhos, enquanto ele sorria. Puxou do bolso o papel com a pergunta, entregando na mão dela.

“Q-quem te enviou isso?” Ela gaguejou, tremendo sob os braços dele.

“Eu não sei; e sendo bem honesto, não me importo nenhum pouco.”

“Pois deveria, porque... Porque, hã, essa pessoa mentiu para você.” Ela reagiu, se desvencilhando dos braços dele e começando a se afastar. Pedro riu baixinho, a seguindo.

“E o mestre Gael também mentiu? Quando me confirmou isso agora a pouco?” Ela paralisou ao ouvir aquilo, enquanto ele se detinha alguns metros às costas dela. “É, Karina, seu pai me contou: sobre as duas semanas sem reação, o desespero deles. E sobre como você só acordou quando me ouviu cantar no Brazilian Day, porque foi naquele momento em que você teve certeza que eu...”

“Estava vivo.” Ela completou a frase, se virando para encará-lo. O rapaz assentiu, vendo os olhos dela se enchendo de lágrimas. “Meu mundo caiu quando eu vi a notícia do acidente, quando eu vi que havia uma vítima fatal. Eu só conseguia pensar em você e pensar que, mesmo que eu sobrevivesse a tudo aquilo, nós três nunca poderíamos ser uma família; e eu e você jamais poderíamos ficar juntos de novo. E por mais que eu quisesse lutar pela Clarinha, eu não conseguia aceitar...”

“A ideia de viver em um mundo no qual eu não existisse?” Ele arriscou, recebendo um aceno afirmativo.

“Eu sou sua desde aquele bendito beijo no show do NxZero, Pedro, nunca deixei de ser e nem nunca vou deixar. Qual era a razão de continuar a viver, então, se eu não pudesse mais ter você?” Ela articulou em voz alta, andando junto aos retratos dispostos pela sala.

“E por que você não voltou para mim? Por que continuou com a mentira?”

“De novo isso, Pedro? Eu estava com medo; medo de você tentar tirar a Clarinha de mim, medo do que voltar com você poderia fazer com a minha vida... Medo de que você não me amasse mais.”

“Você ainda tem medo disso? De que eu não te ame mais?” Ele se aproximou, parando em frente a ela e tocando seu rosto com delicadeza.

“Eu tenho medo de você só estar fazendo tudo isso pela Ana Clara.” Admitiu em voz baixa.

“Olha, eu amo muito a nossa filha; mas o que eu não poderia, é viver em um mundo no qual a mãe dela não exista.” Ele sorriu com os próprios olhos cheios de lágrima. “Eu te amo, esquentadinha, te amo do mesmo jeito que amei desde o primeiro dia.”

“É bom mesmo, moleque... Porque graças a nossa filha, depois de todos esses anos eu te amo ainda mais.” Ela deslizou a mão ao redor do pescoço dele, enquanto ele envolvia sua cintura. Sorriram um para o outro, antes de os lábios se encontrarem, selando o fim de uma distância que jamais deveria ter começado.

Pedro quebrou o beijo, caminhando devagar até a porta e a fechando, passando a chave com um clique. Quando se virou, Karina sorria travessa, como uma criança pega fazendo travessura.

“Somos só nós dois...” Sussurrou ele, voltando a se encaminhar para ela.

“Não estamos indo rápido demais?” Perguntou ela, o encarando com temor.

“Oito anos, esquentadinha; acho que nenhuma velocidade que formos será rápida o bastante para compensar tudo isso.” Ela soltou um riso baixo, enquanto encaixava seu corpo ao dele. “Me mostra o caminho do seu quarto?”

“Se quiser chegar lá, vai ter que me pegar.” A lutadora sorriu, se soltando dos braços dele e saindo correndo pelo apartamento, com Pedro a seguindo aos risos. Ele parou na porta do aposento, a observando parada no meio do aposento. “O que foi?”

“Não consigo acreditar que depois de todos esses anos, eu estou aqui de novo.” Ele deu seu melhor sorriso, aquele que fechava os olhos.

Karina sorriu, parando em frente à cama; com um suspiro, puxou a blusa do pijama para cima, revelando o tronco nu. Pedro arfou, os olhos percorrendo toda aquela visão.

“Hã, eu sei que tá bem diferente do que você era acostumado; mas eu fiz uma cesárea e amamentei, me dá um desconto.” Ela se explicou envergonhada, fazendo ele sorrir.

Sempre a mesma menina insegura. Se ela soubesse como é linda.

“Você é tão perfeita agora quanto na primeira vez que te vi nua.” Garantiu, se aproximando devagar. “E uma vez eu ouvi meu pai dizendo algo para a minha mãe; talvez uma das poucas coisas realmente inteligentes que ele disse: essas marcas só te deixam mais bonita, porque é graças a elas que nós temos a melhor coisa do mundo.”

“Seu pai disse isso para a sua mãe?” A loira riu.

“Tá, eu li na internet e tentei poetizar, dá um desconto.” Os dois gargalharam, enquanto ele puxava a própria camisa. “Pronto, estamos quites.”

“Fecha a porta.” Pediu ela, com um sorriso tímido. “Esse momento é só nosso.”

“Só nosso.” Ele concordou, caminhando e fechando a porta para o mundo exterior.

~P&K~

Quando a madrugada chegou, encontrou Pedro e Karina entrelaçados na cama, envoltos em lençóis. A cabeça dela estava deitada no peito dele, enquanto ele brincava com os fios de cabelo dela.

“Eu sinto falta daquele seu cabelo bem curtinho, era gostoso de mexer.”

“Culpa da Clarinha. Quando eu engravidei e ela nasceu, eu nem lembrava do cabelereiro. Aí quando eu finalmente cortei, ela ficava fazendo bico e procurando meu cabelo comprido; quando tinha dois anos e já sabia falar, ela pedia.” Ela relembrou aos risos. “Por fim comecei a usar ele mais comprido e acostumei.”

“Eu gosto dessa nova você, desse seu novo estilo. E gosto mais ainda que, por dentro, você continua sendo a minha esquentadinha.” Ele sorriu, beijando a ponta do nariz da loira.

“Vai repetir aquele clichê?’ Ele gargalhou alto.

“Não, não vou. E a propósito, nunca mais tento ser romântico.” Ele fez ar de ofendido. “Mas eu realmente apreciei as mudanças no seu corpo; ele também me mostra que você é mãe, o quanto você amadureceu. E me lembra o quanto eu preciso amadurecer.”

“Você não precisa se cobrar, Pe.”

“Eu sei que não, esquentadinha, mas eu sei que eu preciso. Você é mãe por inteiro, das marcas no corpo até sua atitude. Eu preciso fazer isso também.” Ele sorriu, beijando os dedos dela.

“Se você fizer uma música sobre isso, eu te mato.” Karina ameaçou, enquanto ele começava a rir como um idiota. “É sério... Ouse fazer uma música sobre meus peitos caídos, minha cicatriz ou minhas estrias, e eu nunca mais olho na sua cara.”

“Ah, minha linda, qual é... Nós acabamos de voltar a ficar juntos e você já está ameaçando sumir da minha vida?” Ele fez um biquinho fofo.

“Eu nunca mais vou sumir da sua vida... A não ser que você faça isso.” Ela prometeu, arrancando uma risada rouca dele.

“Prometo não fazer, só para você ficar na minha vida para sempre.” Ele puxou o rosto dela para outro beijo, talvez o milésimo àquela noite. “Você quer fazer de novo?”

“Você não cansou ainda?” Ela se espantou.

“Faça as contas comigo: nós transávamos de três a quatro vezes por semana. Isso dá uma médica de 16 vezes por mês e 192 por ano; em oito anos que nós ficamos separados, deixamos de transar 1536 vezes. 1536. Sabe o quanto nós vamos precisar ralar para compensar isso?” Ela ia gargalhando conforme ele ia fazendo as contas.

“Bom, se nós ainda tivéssemos 18 anos, iria propor de fugirmos para a praia por uma semana e corrigirmos isso. Mas nós temos uma filha de sete anos, então não podemos.” A lembrança de Clarinha fez os dois sorrirem.

“Então, vamos dormir, porque eu quero passar cada minuto possível com vocês duas, como uma família; a família que nós vamos ser.” Ele beijou a testa dela, um sorriso brilhando no rosto. “Boa noite, meu amor.”

“Boa noite, amor.” Ela sorriu, fechando os olhos e se aconchegando mais ao guitarrista, os dois adormecendo logo.


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Notas finais do capítulo

HEEEEEEEEEEEEEY
CAPÍTULO 40. EITA CARAI, É CAPÍTULO PARA BURRO.
Como prometido, esse capítulo teria algo MUITO especial e que vocês esperavam há MUITO tempo. Promessa é dívida, certo?
E como eu disse, o capítulo será dedicado às maravilhosas leitoras que recomendaram. E hoje teve mais 5, É AMOR DEMAIS BRASEEEEL
Então por ordem de recomendação, o capítulo de hoje é dedicado à:
Gabriela C Rosario
PoxaIsaa
Molina
espovato
iLostMyMind
Nat Valdez
Le
Lariss Ferr
Isaaa
JuliePerinatica
MissAnnie
Tom Felton
garotadeontem
Katee
Grazi Chan
Paulinhadcc
LittleBird24
Megavi Perina
Amanda Klaroline
Stefany Duarte
Magna Macedo
Bell
Claúdia Queiroz
luyssa
Call me Luna
JPerina
Sarah
LimaEdlane
Charlotte Lewis
Perinastica
Lolabell
QueenSantoni (só pra avisar, sua recomendação me fez chorar rios)
Narinha Perinática
Kerow
gperina
Kaori Ray
Bom gente, são essas, pouquinhas HAHAHAHAHAH
E digam o que acharam do capítulo, ok?
See you peanuts
Ps: não sei escrever putaria, aceitem. Usem suas mentes safadas e imaginem por conta própria. E deixo aqui meu abraço especial pra Tati, porque todas as reclamações da Karina sobre o corpo pós-parto, vieram daquela maluca viciada em sexo u.u HHAAHAHAHAH ❤️
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