More Than This escrita por Ray


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Então eu odeio postar algo programado, mas provavelmente não poderei postar na semana que vem (essa história funcionara semanalmente, se eu estiver muito feliz e inspirada talvez poste duas vezes por semana) por motivos pessoais.
Espero que gostem desse capítulo porque foi relativamente difícil escrevê-lo (como disse antes, não sou experiente nesse tipo de história).
Bom, boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/542105/chapter/3

O despertador tocou. Mas ela o ignorou completamente, ficara estudando até tarde naquela noite de domingo e não gostaria de levantar tão cedo.

Só mais cinco minutinhos.

Bom... Os cinco minutinhos viraram duas horas.

Quinn levantou preguiçosamente e depois olhou para o despertador.

OH. MEU. DEUS.

Estava atrasada. Super atrasada.

Correu para o banheiro e tomou o banho mais rápido da historia da humanidade, vestiu uma calça enquanto escovava os dentes, vestiu uma sapatilha qualquer (se certificando que tinha colocado o mesmo par e que tinham a mesma cor), catou uma blusa de Deborah no sofá e vestiu uma jaqueta jeans. Correu para a cozinha, pegou suas chaves e uma maça.

E correu novamente.

Se alguém estivesse por perto ela poderia bater algum recorde mundial só naqueles cinco minutos que demorou em se arrumar.

[...]

Uma cabeleira loira passou correndo perto das três garotas e era justamente aquela cabeleira que queriam ver.

Deborah puxou sua irmã e a prendeu contra seu armário. Quinn estava ofegante e vermelha. Santana quase riu, se não tivesse recebido um olhar de advertência da sua namorada e de Brittany.

–Quinn, você perdeu as duas primeiras aulas e quase perdeu uma prova de historia – repreendeu a mais nova, Quinn assentiu. – E... Ai meu Deus, Quinn! Tire essa blusa!

–O que? – perguntou Quinn confusa olhando para a blusa que usava. Arregalou os olhos comicamente e Santana não se segurou dessa vez.

Por quê?

Porque Quinn Fabray, vulgo ex-capitã das Cheerios (mesmo Sue tentando fazer ela voltar a ser capitã e ela se sentindo tentada a aceitar), vulgo ex-virgem que por isso pagou o preço... Estava com a única camisa de sua irmã que ela não deveria pegar em hipótese alguma (mesmo que a blusa estivesse ao contrario ainda dava para ler os dizeres nela). E com aquela blusa ela virava, bem... ex-hétero.

Porque ali se lia duas palavrinhas (que eram verdade, mas ninguém precisava saber disso).

Likes Girls.

–Quinn, por que está com a camisa da Deborah? – perguntou Brittany confusa.

–Oh meu Deus, Fabray! Você acaba de se lançar de Nárnia e nem percebe isso? – perguntou Santana explodindo em gargalhadas.

Quinn olhou para a irmã e logo depois seus olhos arregalados se tornaram estreitos.

–Você está com minha blusa? – perguntou erguendo uma sobrancelha. Deborah riu e assentiu. Até parece que ela, a irmã maluca e problemática de Quinn Fabray, teria uma blusa tão... Delicada? Oh, bem... Era por aquele caminho mesmo.

–Você está com minha blusa! – defendeu-se Deborah.

–Eu peguei a primeira que vi! E como você conseguiu essa blusa se não voltou para casa ontem à noite? E eu não vejo ela há um ano! Como a conseguiu? – perguntou a Fabray loira.

–Na casa da sua melhor amiga – resmungou a menor encarando os pés enquanto Quinn fingia vomitar e Brittany sorria feliz.

–O Lord Tubbie disse, Quinn! – disse a loira maior feliz. – Eu tenho que me encontrar com o Puck garotas! Até mais!

E a mais alta dali saiu saltitante.

Deborah jogou sua jaqueta preta na sua namorada risonha e arrancou a de Quinn jogando-a no mesmo caminho. Enganchou seus dedos na barra da blusa da irmã e começou a levantá-la pouco se importando se estavam em pleno corredor. Jogou a blusa em Santana também que assim como Quinn tinha um olhar indignado e confuso em sua direção. Até que ela tirou a própria blusa.

Ai a latina passou de indignada e confusa para furiosa.

–O que? Pare de dar uma de stripper em pleno corredor! – exclamou furiosa tentando cobrir a namorada que colocava sua blusa recém-tirada na irmã e sorria.

–Quinn, me ame mais – disse a menor. – Se um dia você falar que eu não faço nada por você eu faço da Berry viúva mais cedo. Hey Puck! – Deborah sorriu para o garoto de moicano que passava pelo corredor com um copo nas mãos - A Britt ta no banheiro... E isso é uma raspadinha de uva? Passe ela pra cá!

A garota tomou o copo da mão do garoto e o emburrou em seguida para longe dali.

Quinn revirou os olhos e se virou para seu armário pegando os livros necessários para as próximas aulas do dia. Sabia que Santana e sua irmã estavam em algum lugar naquele corredor mostrando uma demonstração de afeto desnecessária e que poderia comprometer o namoro “escondido” delas.

PLAFT.

Quinn piscou algumas vezes e olhou para o lado para ver quem tinha fechado o armário dela com tanta força só para encontrar Dave Karofsky e mais dois jogadores que ela sinceramente não se lembrava do nome lhe olhando com um sorriso que era para ser assustador, mas tudo que a Fabray conseguia fazer era levantar uma sobrancelha e segurar o riso.

–Quinn, fiquei sabendo que está seguindo os passos de sua irmãzinha – disse Dave tentando sorrir ameaçador, mas sem sucesso algum. Quinn sorriu achando graça daquela situação. Foi quando notou o copo na mão do jogador e ficou pensando em alguma maneira de fazer aquela raspadinha molhar adequadamente os três jogadores. – O que sua filhinha iria pensar se descobrisse que sua mãe biológica é uma lésbica de merda?

Oh, ele não disse isso.

Mas a pose de superior que o idiota ainda sustentava denunciava que ele tinha realmente dito aquilo.

O sorriso desapareceu e ela estreitou os olhos pensando em como acabar com qualquer coisa que aquele idiota chamava de status social. Ela iria trucidá-lo! Mencionar Beth? Oh meu Deus, ela iria recolher aquele idiota a sua insignificância.

Bom, quando viu sua irmã se levantando na ponta dos pés para tentar alcançar a cabeça do jogador decidiu que depois recolheria aquele idiota a sua insignificância. Santana atrás de Deborah segurou o riso e segurou a namorada pela cintura a levantando e ela finalmente deu altura para jogar o que quer que fosse o conteúdo dentro daquele copo.

O liquido escorreu pelo corpo do Karofsky assustando os outros dois jogadores. Os três se viraram prontos para arrebentar a cara do idiota que fez aquilo, mas o que encontraram foi uma Santana Lopez segurando o riso e uma Deborah Fabray olhando para o nada com a testa franzida.

–ENLOQUECEU FABRAY? QUEM VOCÊ PENSA QUE É SUA... – Santana olhou para o jogador sujo a sua frente e balançou a cabeça negativamente.

–Encoste um dedo nela e eu acabo com qualquer possibilidade remota de você procriar algum dia na sua vida – disse Santana ameaçadoramente.

Quinn gargalhou e chutou as costas do jogador, Santana e Deborah saíram no caminho e o coitado foi de encontro ao chão.

–Vocês me pagam! – exclamou o coitado.

[...]

Seu celular vibrou e ela bufou o pegando. Ele estivera vibrando por quinze minutos. Ao que parecia quando se tratava de sua “gayband” favorita Deborah gostava que tudo saísse como planejado e perfeitamente perfeito.

“ONDE. VOCÊ. ESTÁ? Quinn! Ande, precisamos preparar TU-DO! Tem que ser P-E-R-F-E-I-T-O! Então é melhor chutar essa bunda branca até aqui antes que eu te esfole viva – Pirralha (no celular de Quinn, o número da irmã realmente estava nomeado assim).”

“O que você vai fazer? Usar CaspLock até eu morrer? Já estou chegando! Vai sair perfeito, pirralha. Agora deixa de ser chata, eu já estou quase ai! – Juno (aquelas irmãs não se tratavam carinhosamente).”

“O que? Não está nada! Acabei de expulsar seu Hobbit daqui, apresse o passo! – Pirralha.”

“Rachel esteve ai? Pare de chama-la assim! Está passando tempo demais com Santana! – Juno.”

“É claro que estou, ela é minha namorada porque eu tive coragem para me declarar para ela antes do ano começar! – Pirralha.”

“Fica quieta, estou cuidando disso. Já estou chegando – Juno.”

“Se demorar mais de cinco minutos eu te acho no meio do caminho e te arrasto até aqui pelos cabelos! – Pirralha.”

“Você me ama ;) – Juno.”

“Quatro minutos – Pirralha.”

“Também te amo – Juno.”

“Vá se fuder – Pirralha.”

De repente seu corpo colidiu com outro menor e o mesmo foi ao chão. Olhou para baixo para encontrar uma baixinha morena com a mão na cabeça meio atordoada.

–Rachel! – exclamou se abaixando para ajudar a menor a recolher seus cadernos. – Te machuquei?

–O que? Não! – exclamou a menor recolhendo o material também. – Eu que não estava olhando por onde estava andando o que não se deve fazer em um corredor lotado de alunos...

Meu Deus como ela era adorável quando falava em parágrafos.

–Rachel... – chamou Quinn. – Eu que estou errada nisso, estava falando com minha irmã pelo celular e não te vi.

–Então eu não estou errada? – perguntou confusa.

–Bem, não tanto quanto eu – disse Quinn. Ela sorriu, Rachel estava distraída. – O que foi?

–É que sua irmã me expulsou da sala de coral hoje falando que eu não podia chegar tão cedo hoje e que tinha deixar de ser careta e tão bom exemplo e mais algumas palavras que eu não compreendi muito bem e que não sei o que querem dizer – murmurou a baixinha fazendo a mais alta rir. – Ela estava mais estranha que o normal hoje.

–Ela é mais estranha que o normal todo dia, Rachel – disse Quinn sorrindo, a menor sorriu constrangida.

–Quinn... – chamou Rachel hesitantemente. Ambas pararam de pegar o material da diva do chão e se encararam. – Sobre hoje no corredor... O que... Foi acidente, certo?

–A blusa? – Rachel assentiu e Quinn riu terminando de juntar os livros da menor e a entregando, seus dedos se roçaram brevemente fazendo uma corrente elétrica gostosa percorrer o corpo da Fabray. Quinn se levantou e ajudou Rachel a levantar. – Foi... Mas como minha irmã disse, alguns acasos/acidentes podem ser verdade ou apenas uma desculpa para admiti-la.

Seu celular vibrou.

“Se você não estiver aqui no próximo minuto eu prendo a Berry numa cadeira e conto tudo para ela! – Pirralha.”

“É bom que você tenha morrido porque se estiver me ignorando cabeças vão rolar! – Pirralha.”

“Lucy Quinn Fabray-Berry! É melhor você entrar por essa maldita porta no próximo segundo ou estará morta amanhã! – Pirralha.”

“QUINN! – Pirralha.”

“A San acabou de cair da cadeira quando disse para ela que perdi minha virgindade com o Sam. Hilário! Kkkkkkkkkk – Pirralha.”

“Meu Deus, ela ta vermelha! Isso é bom ou ruim? – Pirralha.”

“Quinn, por favor, me diga que o Sam não veio hoje – Pirralha.”

“Quinn, socorro, minha namorada esta hiperventilado – Pirralha.”

“Q... A San vai matar o Sam, não vai? – Pirralha.”

Começou a rir, foi inevitável. Rachel a olhou como se ela fosse uma louca, mas foi inevitável.

–Desculpe Rach... minha irmã está pirando, tenho que ir – disse a loira dando um beijo na bochecha de Rachel e saindo correndo na direção que a morena vinha.

A diva ficou parada no lugar, tentando assimilar tudo que tinha acontecido naquele corredor.

Quinn Fabray tinha a chamado pelo apelido. Certo. Elas eram amigas agora.

Quinn Fabray tinha dado um loooooongo beijo na sua bochecha. Certo. Amigas também fazem isso, não é mesmo?

Ela perguntara por que Quinn Fabray viera com uma camisa que supostamente a classificava como gay e ela respondera algo como: “Alguns acasos/acidentes podem ser verdade ou apenas uma desculpa para admiti-la.” Certo...

Espera... Quinn Fabray acabara de admitir para ela que era gay?

Deus, por que ela estava tão feliz com aquilo?

Enquanto caminhava para a próxima aula, Rachel Berry não conseguia tirar o sorriso idiota da cara.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, não é grande coisa, mas foi o que eu consegui por para fora.
Comentem, por favor.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "More Than This" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.