Forget-me-not escrita por ohhoney


Capítulo 11
Camélia


Notas iniciais do capítulo

Peço desculpas pela demora da atualização, eu estava com um fortíssimo bloqueio de artista e estava achando tudo o que eu escrevia uma gigantesca merda. Estava receosa de postar esse capítulo principalmente porque achava que não tinha ficado tão bom e etc. Mas agora passou - espero.

Por sinal, esse capítulo ficou com quase 6.000 palavras. Eu até gostaria de dividi-lo em dois, mas não seria legal interromper um assunto importante bem no meio, certo? Então peço paciência, o cap está bem legal.

Queria dizer que minhas provas bimestrais acabaram e agora EU ESTOU DE FÉRIAS POR DUAS SEMANAS ATÉ O BOLETIM CHEGAR AWWWW YEAHHHHHH BYE BYE ESCOLA

Enfim, ainda estou receosa de postar porque esse ~tema~ não é uma coisa que eu me considero boa escrevendo. Mas tentei meu melhor. Espero que gostem por causa disso.



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Camélia

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Moriyama-san é engraçado quando dorme de boca aberta, só não queria que ele babasse no meu travesseiro.

Eu acordei agora há pouco, encarando o teto já iluminado pelo sol. Estranhei quando vi um braço sobre a minha barriga, mas lembrei que Moriyama-san estava dormindo do meu lado. Por sinal, ele estava de barriga para baixo e com a cara afundada no travesseiro, de boca aberta e babando um pouco. É realmente engraçado.

Olho no relógio; faltam dois minutos para o despertador tocar, então aproveito para tirar uma foto de Moriyama-san e a manchinha de baba. O cabelo dele está todo para cima e bagunçado, e ele parece estar num sono muito gostoso. Tenho até dó de acordá-lo.

–Moriyama-san.

Esfrego meus olhos e tiro o braço dele de cima de mim cuidadosamente, sentando-me na cama.

–Moriyama-san.

Ele fecha a boca por um segundo, mas abre-a de novo. Seguro a risada. Coloco a mão nas costas dele e chamo-o novamente. Ele franze a testa e vira a cabeça para o outro lado.

–Moriyama-san, levanta, vai.

Ele grunhe alguma coisa e aperta mais o travesseiro contra si.

–Estou acordado.

–Eu disse para levantar.

Ele grunhe de novo e cobre a cabeça com o cobertor. Saio da cama e vou fazer tudo o que tenho que fazer.

.

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Minha mãe está me chamando, preciso acordar logo.

Que cheiro é esse? Esse não é meu travesseiro.

Abro os olhos e espio para fora das cobertas. Que quarto é esse? Minha mãe reformou tudo?

Espera de novo. Eu nem moro mais com a minha mãe. Ah, ok, esse é o quarto de Izuki-kun. Lembrei. Maldita Kaena.

Tudo tem o cheiro dele, mas ele não está aqui. O outro lado da cama está bagunçado, mas cadê ele? Esfrego o rosto e olho para o relógio; sete e dez.

Levanto da cama e visto a calça. Que cheiro gostoso é esse? Hm, devem ser torradas. As torradas de Izuki-kun. Abro a porta e vou até a cozinha. Frank Sinatra toca baixinho no rádio e há uma flor grande e rosa em cima da mesa. Ela é bonita.

Izuki-kun está de costas para mim na frente do fogão, mexendo a frigideira e balançando a cabeça. Está sem camisa; as costas dele são definidas, até. Ele tem ombros largos.

Vou até ele e apoio minha testa em seu ombro. Ah, ele tem cheirinho de banho tomado.

–Bom dia, Moriyama-san.

–Bom dia - minha voz está meio rouca. Tento tapar a claridade afundando minha cara contra ele.

–Olha só - ele diz, e ergo o olhar rapidamente. Ele mostra uma foto no celular; minha, dormindo de boca aberta, e acho que babando.

–Nossa Senhora...

–Vou salvar de plano de fundo.

Ele ri e eu sorrio junto.

Por que ficar com Izuki-kun é tão bom?

.

.

Exatamente como o noticiário previra, aquele sábado amanheceu e permaneceu gelado, obrigando os irmãos a usarem luvas e toucas para trabalhar. Por ficar no topo da colina, ventava muito na floricultura, e o ar frio era realmente congelante naquela época do ano.

Como o movimento estava fraco, Izuki decidira sair e passar no mercado para comprar coisas para a loja e para sua geladeira vazia. Kobato entregou-lhe uma lista de compras e disse para comprar para elas também. Então Izuki Shun, munido de touca, luvas e cachecol, foi para o supermercado para fugir do tédio e da conversa sobre o italianinho que suas irmãs estavam tendo.

O mercado não estava cheio por ser horário comercial, mas algumas donas de casa faziam compras com seus filhos. Izuki pega uma cesta e começa a enchê-la com os itens da lista de compras das irmãs, passando na seção feminina e pegando alguns pacotinhos de absorvente enquanto sentia todos os olhos do mundo sobre si.

Izuki aperta o passo e sai dali o mais rápido que pode, e vai pegar pó de café na prateleira ao lado dos cereais.

–Matando trabalho, Izuki-kun? Mas que coisa mais feia.

Izuki quase tem um infarto ao ouvir seu nome, e vira a cabeça para a esquerda. Moriyama sorri alegremente para os cereais a sua frente e pega o Froot Loops. O coração de Izuki quase voa pela garganta e cai no chão.

–N-Não sou eu quem parece estar matando trabalho. - apesar de tudo, ver Moriyama deixa-o tão feliz que ele mal se contém.

–Não estou matando. Fui dispensado porque vão trocar a tubulação da cozinha e não tem como a gente trabalhar.

–Uhum.

–É sério!

Izuki sacode a cabeça e ri baixinho. Ele e Moriyama saem andando pelo corredor e vão passando na parte de banheiro.

–E você veio comprar o quê? - Izuki pergunta, colocando três tipos diferentes de desodorante na cesta.

Moriyama só ri e continua acompanhando Izuki enquanto este põe sabonete e lixas de unha em suas coisas.

–Isso são absorventes?

–S-São para Kobato e Suzume - as orelhas de Izuki quase entram em combustão.

–Sério? - Moriyama gargalha e bate nas costas de Izuki - Relaxa, eu sempre comprava absorventes para minha mãe e para minha irmã mais velha! Não tem nada de mais nisso.

Izuki agradece mentalmente e vai ver os shampoos que suas irmãs pediram. Tem tantos que ele tem dificuldade em achar o que elas querem. Pega também um para si. Olha ao redor procurando Moriyama, e encontra-o de costas para si, parado na frente de uma prateleira com as mãos na cintura.

–Ok - ele pergunta quando Izuki chega perto -, qual você quer?

Izuki se pergunta se já é tarde demais para sair andando e fingir que não conhece Moriyama.

O rosto de Izuki pega fogo e ele leva uma mão a testa. Pelo menos aquele corredor estava vazio.

–Sei lá, pega qualquer uma.

–Qual delas você usa, Izuki-kun?

"Meu santo Deus, permita que ninguém veja essa cena..."

–A vermelha.

Moriyama pega a camisinha com o pacotinho vermelho e olha fixamente para ela. Ele cerra os olhos e sussurra para Izuki:

–Morango? Sério?

"Deus me ajude nesse momento".

–S-S-Sei lá, qual que você usa?

–A preta, a básica, ué.

–Então pega a preta logo.

Izuki dá dois passos antes de ser pego pelo pulso e puxado de volta.

–Não acabei ainda. - sussurra Moriyama, abaixando um pouco para dar uma olhada naqueles "tubinhos transparentes" - E esses aqui, qual você quer?

Izuki coloca as duas mãos na testa e olha ao redor desesperado.

–M-Mas pra quê isso?

–Os caras usaram no vídeo, não usaram? Qual o nome disso mesmo?

"Por favor não diga em voz alta, por favor não diga em voz alta..."

–Lubrificante?

"OH DEUS POR QUÊ"

Izuki pega o potinho das mãos de Moriyama e enfia no meio das coisas do outro antes que qualquer pessoa visse. Izuki sentia calor dentro do casaco e da touca, um calor mais do que absurdo.

–Pronto? - pergunta, tentando esconder o rosto no cachecol.

–Calma, pega isso daqui... - ele coloca a caixa vermelha, além de outro potinho, na cesta de Izuki, e a preta na sua.

Pronto?

–Pronto, pronto.

Izuki caminha olhando para os próprios pés até chegar na fila do caixa. Ele sempre reclamou de esse supermercado ser aquele com os caixas automáticos, onde você mesmo passa e paga suas compras, mas agora não podia se sentir mais grato.

Moriyama achava a situação toda muito divertida e ria sozinho vendo como Izuki estava sem jeito e mal conseguia passar suas coisas pelo código de barras. Ele terminou antes e tratou de ajudá-lo.

–Qual é, Izuki-kun, não precisa fazer essa cara - Moriyama esbarra o ombro no dele e inclina a cabeça - Até parece que você nunca saiu pra comprar camisinha antes.

–Deixa isso pra lá - Izuki responde e vira o rosto.

Moriyama sacode a cabeça e ri baixinho.

.

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O caminho para casa foi cercado por silêncio; constrangido pela parte de Izuki, e divertido pela parte de Moriyama. Mesmo assim, os dois carregaram suas sacolas na direção da floricultura, e encontraram Kobato e Suzume lendo revistas atrás do balcão.

–Eu falei para regarem as plantas - Izuki sacode a cabeça e suspira.

–A gente regou, Shun-nii - Kobato ergue os olhos da revista e sorri ao ver quem acompanhava o irmão - Moriyama-san! Mas já está aqui?

–Estou de folga até semana que vem - ele sorri.

–E como andam as coisas por aqui? - Izuki pergunta e coloca as sacolas de terra em cima do balcão.

–Paradas, só veio uma senhorinha encher o saco de novo.

–Suzume!

–Desculpe.

Izuki põe as mãos na cintura e suspira.

–Bom, tudo bem. - ele afasta o cabelo dos olhos - Ah, comprei as coisas que vocês pediram.

–Obrigada, Shun-nii - Suzume sorri levemente.

–Sabe de uma coisa? -Moriyama coloca a mão no queixo e olha pensativo para Kobato - Vou fazer alguma coisa para vocês, porque são meninas lindas.

–A-Ah, é? - Kobato arruma o cabelo automaticamente - Tipo o quê? Cupcakes?

–Gostam de bolo de morango?

–Com chantilly? - os olhos de Suzume brilham, e Moriyama e Izuki riem.

–Claro! Vou roubar seu irmão porque vou precisar de ajuda.

Moriyama pisca e pega Izuki pelo pulso, despedindo-se das meninas. Izuki sente as orelhas pegarem fogo quando vê Kobato e Suzume erguerem as sobrancelhas sugestivamente e explodirem em risadinhas escandalosas.

Os rapazes saem da floricultura, e Izuki coloca a mão na testa novamente enquanto se deixa levar por Moriyama.

–Moriyama-san, como você é discreto...

–Você fala como se suas irmãs não soubessem que você é um homem adulto e faz sexo frequentemente.

–Meu Deus...

–É sério. Daqui a pouco quero ver com o italianinho e você tendo um cunhado e a Suzume...

–OK, OK, EU ENTENDI.

Moriyama solta o pulso de Izuki e gargalha alegremente.

–Dê-me uma sacola, deixa eu ajudar - Moriyama entrega uma das sacolas para Izuki, e os dois caminham na direção do apartamento do cozinheiro.

–Bom, você sabe que ainda não tive tempo de mobiliar a casa... - Moriyama sorri em desculpas e abre a porta, revelando o apartamento vazio - Mas pelo menos arranjei uma TV.

–Dá para jogar video game, então - Izuki sorri e coloca as coisas sobre o balcão da cozinha.

–O que você quer fazer primeiro? - Moriyama sorri e ergue as sobrancelhas - Transar ou cozinhar?

Izuki se perguntava se Moriyama era mesmo uma pessoa real, porque olha...

–C-Cozinhar - responde rapidamente.

O rapaz dos olhos pretos balança a cabeça e beija Izuki brevemente.

–Ah, espera - Izuki empurra Moriyama gentilmente e pega um copo no armário - Quase que me esqueço. - ele o enche com água e põe uma flor rosa e grande boiando nela. - Para dar uma animada no ambiente. É uma camélia, caso você esteja se perguntando.

–Obrigado - Moriyama ri e começa a abrir as sacolas de compras.

Moriyama deixa Izuki encarregado da cobertura enquanto faz a massa. Seria então um bolo de baunilha com recheio de morangos e chantilly, o que tinha aprendido a fazer no seu último turno no trabalho.

–Você gosta de trabalhar na doceria, Moriyama-san? - Izuki começa a bater o creme de leite e coloca o açúcar.

–Ah? Gosto sim! Sempre curti cozinhar, apesar de não ser muito bom nisso - ele dá de ombros - Mas estou aprendendo muitas coisas novas. Não me formei para isso, mas gosto sim. E o melhor é que paga as minhas contas.

–Gosto muito dos seus doces, são gostosos.

–Sério? Obrigado.

A massa já estava pronta e na forma. Moriyama ergue os olhos do seu bolo e ri quando vê as bochechas de Izuki com espirros de chantilly.

–Que foi? - pergunta.

Moriyama segura o rosto de Izuki e beija-lhe as bochechas. Logo em seguida, lambe os lábios.

–Você estava todo sujo de chantilly. - diz.

Izuki olha para Moriyama, e depois para a vasilha a sua frente. Ele larga o fouet, passa o dedo na vasilha e suja a boca de Moriyama com o doce.

–Agora você também está sujo. - sorri.

Moriyama também sorri por baixo do chantilly, e Izuki puxa seu pescoço para poder beijá-lo.

Pouco importava se o rosto dos dois ficaria grudento, porque era doce do jeito que deveria ser, e mais gostoso do que jamais fora. E ter Izuki ali em sua casa era mais satisfatório do que qualquer outra coisa no mundo, e Moriyama não poderia estar mais feliz.

Ele pressiona Izuki contra a bancada e segura a nuca dele enquanto Izuki passa as pontas dos dedos na base das costas de Moriyama, causando sérios arrepios. O rapaz dos olhos prateados puxa Moriyama contra si e passa as palmas das mãos pelos músculos das costas dele, levando a camisa azul celeste consigo.

Moriyama desenrola o cachecol de Izuki e coloca a coxa no meio das pernas dele, apertando seu quadril e mordendo seus lábios. Izuki respirava pesadamente, arfando enquanto Moriyama beijava-lhe e chupava-lhe o pescoço.

Se Izuki Shun estava nervoso? Sim, estava.

Se Moriyama Yoshitaka estava nervoso? Sim, estava.

Mas isso são só detalhes, porque Moriyama estava gostando do jeito que Izuki provocava-lhe por cima dos jeans e como puxava o cabelo dele de uma maneira que não doía, mas que deixava bem claro quem estava no controle.

As línguas roçavam uma contra a outra devagarzinho e na medida certa; sem exagero, sem muita afobação, do jeitinho que Moriyama gostava e que deixava Izuki louco. Ele próprio estava ficando duro ali no meio da cozinha, com a perna de Moriyama apertando seu quadril, podendo sentir o outro na mesma situação contra seu abdômen. Izuki estava impaciente por não conseguir tirar o cinto de Moriyama.

–Vamos logo com isso, Moriyama-san - a voz dele era praticamente um gemido abafado, e as bochechas de Moriyama estavam tingidas de vermelho enquanto ele arfava e tentava recuperar o ar.

–Pega aquela sacola ali. - a voz dele era meio rouca.

Izuki estica-se e pega a menor das sacolas enquanto a mão de Moriyama sobe pelo seu tronco por dentro da camisa.

–M-Moriyama-san...

–N-Não precisa ficar tão impaciente, Izuki-kun.

Moriyama estava vermelho e constrangido, tanto quanto Izuki. Os dois vão até o colchão no chão, e Moriyama joga-se e puxa Izuki para cima de si, fazendo-o cair em seu colo que nem da última vez.

Moriyama geme baixinho quando Izuki finalmente consegue abrir suas calças e puxá-las para baixo, apertando-lhe a cueca e o pinto sobre o tecido. Fica mais difícil de controlar os gemidos quando Izuki abaixa ambas as cuecas e começa a esfregar os dois pintos juntos, e apoia a testa no ombro de Moriyama enquanto trata de manter a respiração regular - o que era um pouco impossível no momento.

Moriyama está tão vermelho que sente a cara pegar fogo, e ele ergue o rosto de Izuki e beija-o brevemente antes de jogá-lo contra os travesseiros e sorrir. Izuki sorri de lado também, daquele jeito meio nervoso.

Moriyama puxa a touca preta de Izuki sobre seus olhos, e puxa as calças dele para baixo. A pulsação de Izuki vai às alturas e ele respira com a boca aberta enquanto ouve a sacolinha ser remexida e o barulhinho de uma camisinha sendo aberta.

O outro rapaz posiciona-se no meio de suas pernas. O que Izuki não esperava era que Moriyama colocasse a camisinha nele, e não em si. Era estranho ter outra pessoa fazendo isso por você, e deixava os nervos de Izuki em frangalhos justamente por não estar vendo nada.

Moriyama não se mexe nem diz nada por alguns segundos constrangedores.

–D-Desculpe, Izuki-kun... Eu nunca fiz isso antes e não sei como se faz direito...

–Tu-Tudo bem.

Izuki respira como se tivesse corrido vinte quilômetros, e quando Moriyama coloca seu pinto na boca, ele prende a respiração e agarra os lençóis. Moriyama chupa a glande devagarzinho e arranca mais suspiros desesperados de Izuki Shun.

–Hmmm, tem gosto de morango - ele ri e lambe mais algumas vezes - É gostoso.

Não era o melhor boquete que Izuki já recebera - claro -, mas foi o que mais lhe deixou nervoso. Moriyama, mesmo inexperiente, fazia um ótimo trabalho; ele lambia e chupava desde a base até a ponta, e colocava na boca até onde conseguia, fazendo uns barulhos que só deixavam Izuki mais e mais nervoso.

Era possível sentir a pressão dos lábios de Moriyama, e o jeito que ele dava mordidinhas na ponta e depois chupava como se fosse um pirulito. As pernas de Izuki formigavam e tremiam levemente; era tão quentinho e tão gostoso que era quase impossível se controlar, mas não queria gozar porque estava gostando muito.

Izuki mordia o lábio e franzia a testa, suspirando baixinho o nome do outro. Aquela touca o impedia de ver qualquer coisa, mas tanto fazia; ele sentia o pinto descendo pela garganta de Moriyama e tinha vontade de gritar.

–E-Eu vou gozar - gaguejou quase sem fôlego e segurou no cabelo de Moriyama. Ele subia e descia a cabeça lentamente, rondando o comprimento com a língua e tomando cuidado para não machucá-lo com os dentes.

Yoshitaka chupa mais rápido quando ouve Izuki soltar alguns palavrões, e se diverte com isso. Ele puxa seu cabelo com mais força.

–Ai, caralho - ele quase se engasga - Puta que pariu. Ah, Moriyama-san... Ngh, merda... M-Moriyama-san...

E Izuki Shun geme alto pela primeira vez e treme enquanto goza. Seu rosto está totalmente vermelho e suado, e os gemidos desesperados de Izuki fazem Moriyama querer beijá-lo.

Ele já tinha percebido que Izuki era silencioso no sexo, e gostava disso. Era totalmente o oposto de si, e isso era muito engraçado.

Moriyama tosse um pouco, e inclina-se sobre Izuki, tirando a touca da cabeça dele. Moriyama sorri ao ver o rosto todo rosado e suado, e o cabelo colado à testa de Izuki.

Izuki sorri também, respirando fundo, e puxa Moriyama para baixo e cola a boca na dele rapidamente.

–Hmm - Izuki lambe os próprios lábios e encara os olhos pretos de Moriyama - E não é que é gostoso mesmo?

–Eu disse.

Izuki segura a nuca do outro contra si e beija-o novamente, passando a língua por seus lábios. Moriyama arrepia-se inteiro e puxa os quadris do outro sobre suas coxas, deitando-se sobre ele e apertando a própria pélvis contra a bunda do outro.

Izuki tira sua camisa e suspira, sentindo o volume da cueca de Moriyama pressionando-lhe repetidamente. Era uma sensação estranha, mas gostava, e estava ficando com tesão de novo.

Yoshitaka já gemia baixinho nos lábios de Izuki e se controlava para não se apressar muito, mas era o mais jovem que tentava tirar-lhe a cueca de uma vez. Ele gostava da impaciência de Izuki.

Moriyama ergue-se e apoia-se nos joelhos, pegando uma camisinha na caixinha. Izuki tira a que estava em si e a joga para o lado. Suas mãos já tremiam levemente, e ele estava nervoso.

Izuki não estava mais corado, diferentemente de Moriyama, que estava vermelho mas não muito envergonhado. Ele pega o potinho de lubrificante e espreme um pouquinho na mão. Os corações dos dois disparam loucamente, e o clima está meio estranho.

–M-Moriyama-san...

–Você... - engole em seco. Uma gota de suor escorre pela lateral do rosto e pinga pelo queixo - Você quer que eu pare, Izuki-kun?

–E-Eu...

–T-Tudo bem se você quiser...

–Moriyama-san. - Izuki olha para a situação em que se encontra. Moriyama já estava todo pronto no meio de suas pernas, tão nervoso quanto ele, vermelho até as orelhas e respirava rápido. Droga. Ele era tão legal... - Cala a boca.

Moriyama ri nervoso. Izuki Shun deixava-o imensamente confortável, e era super legal que estivesse ali com ele.

–Sim, senhor.

Moriyama passa o gel em si e em Izuki e lambe os lábios secos.

Ok, era agora, não era? A tal hora da verdade. Honestamente, estava sendo melhor do que o esperado.

Moriyama começa a se forçar contra Izuki, e este fecha os olhos com força e abre a boca, prendendo a respiração. Caramba, doía; e como doía.

–Izuki-kun, você precisa relaxar - Yoshitaka sussurra quando vê que não consegue avançar.

Izuki respira fundo algumas vezes e tenta relaxar os músculos. Moriyama beija-lhe a ponta do nariz e lhe arranca um sorriso, que desaparece logo quando tenta entrar de novo.

Moriyama tem dificuldades para respirar porque a sensação é mais do que excelente; mesmo sendo difícil no começo, é apertadinho o suficiente para arrancar gemidos dele.

–O-Ok, eu... E-Eu entrei.

Izuki tem a cara contorcida e trata de respirar algumas vezes. Droga, ardia. Moriyama não se mexia e encarava Izuki meio preocupado. O outro suava e agarrava o lençol com uma mão e o próprio cabelo com outra. Izuki abre os olhos, reparando o quão vermelho Moriyama estava enquanto segurava sua bunda contra si, e o olhava-o de um jeito que fez o coração de Izuki disparar.

–T-Tá, vai logo. - ele engole em seco e tenta relaxar de novo.

Olha, 'tá difícil.

Moriyama se move algumas vezes, e Izuki franze a testa, soltando o ar pesadamente pela boca. Izuki podia ver a cara de puro prazer de Moriyama, e tinha vontade de rir, porque era totalmente...

Moriyama continua se mexendo devagar até que vê que Izuki se acostuma. Era muito bom; ver o jeito que Izuki suspirava e falava baixinho o nome dele só tornava as coisas mais gostosas, e fazia-o sorrir que nem besta.

Moriyama puxa as pernas de Izuki mais para perto e começa a estocar de verdade, gemendo de prazer. Izuki continuava a reclamar baixinho, mas sentia um prazer que nunca pensou que fosse possível. Era estranho, sim, mas tão gostoso que estava quase implorando para que Moriyama não parasse nunca.

Conforme o tempo passa e Moriyama geme mais e mais alto, o rosto de Izuki vira puro deleite e ele já não sente mais dor, só aquela sensação boa. Moriyama ri dele quando vê que está ficando duro novamente.

Izuki pega o próprio pinto e começa a se masturbar devagarzinho, chamando a atenção de Moriyama. As bochechas do menor começam a ficar vermelhas, e Moriyama sente tanto tesão que pode gozar a qualquer momento.

–Izuki-kun - ele geme mais e mais alto, ouvindo a voz ecoando pelo apartamento vazio - Izuki-kun, ngh...

Izuki se masturba mais rápido.

–Moriyama-san... - ele fala pela primeira vez desde que começaram - Merda. Merda... M-Moriyama-san... Ai, caral- - o orgasmo o atinge em cheio rapidamente, fazendo-o gemer alto e várias vezes, sujando a própria barriga com seu gozo e estremecendo da cabeça aos pés.

Moriyama não consegue resistir. Ver e ouvir Izuki gemendo seu nome e alto daquele jeito era extremamente prazeroso, e as bochechas agora vermelhas dele eram muito fofas. Moriyama não se esforça para tentar segurar seu orgasmo, e aperta a pele de Izuki quando ele chega, fazendo o rapaz tremer de leve.

Os dois ficam se olhando com os rostos vermelhos e suados, aproveitando a sensação gostosa. Moriyama retira-se devagar e joga a camisinha usada para o lado.

–M-Moriyama-san.

Ambos estão ofegantes, e a respiração de Izuki bate na bochecha de Moriyama quando ele o puxa pelo pescoço e beija-o algumas vezes. O mais alto deixa-se cair em cima do menor e gruda a boca na dele, tendo os cabelos puxados e a pele arranhada.

–Ai, Izuki-kun... - Moriyama Yoshitaka afasta-se dos lábios de Izuki e olha para a barriga agora melecada - Eca.

–Você... - Izuki faz força para tentar normalizar a respiração - Você fala como se nunca tivesse gozado, Moriyama-san...

–Bom, eu nunca toquei no gozo de outro homem - ele dá de ombros e beija Izuki de novo.

–É... Faz sentido.

–Se você quiser tomar banho, Izuki-kun...

–Eu quero. - Izuki apoia-se nos cotovelos e ergue o tronco. Ele estava todo suado e sujo; uma bagunça - Se não for incômodo.

–Claro que não é. Tem uma toalha na gaveta da pia, pode pegar aquela.

–Obrigado.

Moriyama sai de cima de Izuki e limpa a barriga com a própria camiseta. Izuki levanta-se, mas apoia na parede logo em seguida, xingando baixinho.

–Tudo bem? - Moriyama pergunta.

–Ah? Sim, sim... - ele coloca a mão na base das costas e sorri sem graça - Só está um pouquinho dolorido.

E caminha meio torto até o banheiro.

.

.

Depois de estarem de banho tomado, Moriyama Yoshitaka volta para a cozinha e coloca o bolo no forno. Izuki Shun está deitado no colchão, e observa Moriyama por entre os travesseiros.

Ele agora lava os morangos cuidadosamente, e assovia conforme a música. Izuki nunca tinha ouvido aquela banda antes - Moriyama alegava que era indie-rock americano -, mas estava gostando da batida e a voz do cantor era boa.

Izuki, porém, não presta muita atenção nela. Ele prefere observar como os músculos das costas nuas de Moriyama se contraem cada vez que ele corta um morango, ou toda vez que ele estica o braço para abrir a torneira da pia.

"Droga, ele é tão legal".

Izuki aperta o travesseiro contra si; tinha o cheirinho de Moriyama. Mal conseguia acreditar no que tinham acabado de fazer, justamente ali no lugar em que estava deitado. Lembrar de como a sensação era boa deixa-o constrangido, mas ele não liga - foi bom de mais.

Moriyama olha para trás por cima do ombro e sorri para Izuki antes de voltar a preparar o recheio do bolo. Izuki fecha os olhos e afunda o rosto no travesseiro, sentindo o coração disparando no peito.

"Droga, droga".

"...Mas ele é tão legal".

Ainda era incômodo andar, mas Izuki não ligou muito para isso quando foi até Moriyama e parou ao seu lado. Izuki ficou nas pontas dos pés e pegou o rosto de Moriyama gentilmente entre as mãos, puxando-o contra si, pousando os lábios nos dele.

O coração de Moriyama deu tamanho salto que um dos morangos que segurava rolou pela bancada. Ele encarou surpreso os cílios escuros de Izuki enquanto este beijava-o suavemente. Ele sorriu por dentro e fechou levemente os olhos, colocando uma mão nas costas dele e puxando-o para perto.

Os dois devem ter ficado assim, sem se mexer, por mais ou menos dois minutos. Os pés de Izuki estavam doendo quando ele soltou Moriyama e olhou nos olhos dele sem saber muito bem o que falar. Izuki sentiu aquele calor irritante vindo das costas e preenchendo seu rosto.

–Q-Q-Quer ajuda? - ele gagueja e desvia o olhar rapidamente.

Moriyama está meio bobo, por isso não responde de imediato.

–Pode cortar os morangos, se quiser.

Izuki pega a faca e começa a fatiá-los; seus dedos tremem levemente. Moriyama volta a assoviar a música enquanto lava mais morangos com um sorrisinho besta no rosto.

O apito do timer do fogão soa, e Moriyama corre para tirar o bolo.

–Nossa, está cheirando super bem - Izuki comenta.

–Está tão bonito, olha só - Moriyama está orgulhoso de seu bolo, e coloca-o num prato - Agora é só deixar esfriar um pouquinho antes de colocar as coisas, tá?

–Tá.

.

.

Izuki-kun é tão legal. Como ele pode ser fofo desse jeito?

Coloco a assadeira na pia e pego ele pela mão e puxo-o contra mim.

Não dá para parar de beijá-lo, é angustiante.

Aperto-o contra o balcão. Ele segura o cabelo da minha nuca firmemente entre os dedos e eu aperto seu ombro com uma mão, e com a outra seguro a mão dele. Ele tem cheiro de banho tomado, é tão gostoso.

Ele busca a minha língua com a dele, apertando meu cabelo mais forte, e eu chupo-a brevemente. Izuki-kun suspira em busca de ar e me puxa mais pra perto pelo pescoço. Aperto-me contra ele, enrolando a língua na dele de um jeito meio agressivo, e eu mesmo começo a suspirar e arfar contra os lábios dele.

Ele beija tão bem.

A gente meio que começa a se esfregar devagarzinho, e ele pressiona o quadril dele contra o meu algumas vezes, deixando-me duro de vez. Ugh, droga. Ele também está, por sinal.

Desço para o pescoço dele. A pele dele é tão branquinha e macia, é uma delícia. Ele arfa mais alto no meu ouvido, e eu sinto a pulsação acelerada dele em sua garganta; a minha está do mesmo jeito.

Izuki-kun abaixa as mãos e começa a tentar tirar minhas calças.

–Vamos de novo, Moriyama-san - ele diz baixinho entre suspiros - Vamos de novo...

Coloco minha mão sobre as dele.

–Izuki-kun... Não...

–Vamos, Moriyama-san - ele desabotoa minhas calças e desce o zíper - Moriyama-san...

–Izuki-kun, para...

Ele abaixa minha cueca e eu estremeço todo quando ele segura meu pinto. Paro de beijar seu pescoço, e apoio minha testa na dele.

–Izuki-kun, não dá - digo e abro os olhos, afastando a mão dele de perto de mim - Desculpe, não dá agora.

Ele abre os olhos e continua respirando com a boca aberta. Os olhos prateados dele estão cheios de tesão - meu Deus do céu...

–Eu até quero, mas vou me atrasar se a gente transar de novo - falo.

–Atrasar?

Desencosto minha testa da dele e arrumo minhas calças. Nunca vou ficar confortável dentro da cueca desse jeito, mas paciência.

–E-Eu esqueci de falar que vou viajar - respondo - Vou aproveitar essa semana que não vou trabalhar e vou para Kanagawa.

Izuki-kun franze a testa, meio confuso.

–Fazer o quê em Kanagawa?

–Não falei? - rio um pouquinho - Eu sou de lá. Vou visitar minha mãe e meus amigos, sabe.

–Ah.

Ele parece tanto surpreso quando chateado. Que saco, deveria ter falado antes...

–A Mirai não gostava que eu fosse, então faz um tempão que não vou pra lá - dou de ombros.

–Mas você vai agora?

–Daqui a pouco; dá tempo de terminar o bolo e passar na floricultura para deixar lá, e me despedir das suas irmãs.

–Entendi.

O bolo, àquela altura, já estava frio, então nós misturamos parte do chantilly com os morangos, e abrimos o bolo para recheá-lo. O resto usamos para cobri-lo.

–Ficou bonito - Izuki-kun sorri para o trabalho bem feito, e depois para mim - Será que está bom?

–Vamos levar para a floricultura. A gente come lá com as meninas - digo.

Colocamos nossos sapatos e as camisas e vamos pela rua. Izuki-kun enrola o cachecol em volta do meu pescoço e coloca a touca em si, e nós subimos a colina até a floricultura.

Izuki-kun abre a porta para mim e eu entro carregando o bolo. Kobato e Suzume largam as revistas no mesmo segundo, com os olhos brilhando. As expressões nos rostos delas me faz rir.

–Moriyama-san! Que bolo bonito! - Kobato coloca a mão no peito e abre espaço para que eu coloque o bolo no balcão.

–Posso comer? Posso? - Suzume já estava babando em cima do bolo.

–Suzume!

–Desculpe.

–Claro que podem - digo - Só precisa de pratinho e garfo.

–Eu pego - Izuki-kun corre até os fundos da loja, provavelmente na direção dos elevadores. Sento-me numa das cadeiras.

–Espero que gostem, fiz para as meninas mais lindas da cidade - dou uma piscadinha, e as garotas riem.

Izuki-kun volta com alguns pratos e garfos, e eu distribuo o bolo. Eles agradecem pela comida e dão uma garfada.

–Hmm! - Suzume lança a cabeça para trás - Moriyama-san, isso daqui está tão bommmm...

–Está gostoso mesmo! - Izuki-kun diz de boca cheia.

–Sério? - rio sem graça, colocando a mão na nuca - Puxa, ainda bem que gostaram...

–M-Moriyama-san, me passa essa receita - Kobato agarra a frente da minha blusa com os olhos cheios de água.

–Não posso, é uma receita secreta - digo.

Olho ao redor. As flores estão super coloridas e cheirosas, e dentro da loja está realmente frio. Do outro lado da rua, duas moças vêm andando e olham na direção da loja; elas sussurram entre si e atravessam a rua.

O sininho da porta soa alegremente e Izuki-kun limpa a boca na manga da camisa rapidamente.

–Oi, tudo bem? - ele pergunta com um sorriso - Posso ajudá-las?

–Oi, eu queria um pedaço do bolo - a garota menor diz.

–Eu também - a amiga dela sorri também.

–A-Ah... - Izuki-kun olha para mim e eu olho para ele - Sabe...

–Podem pegar - eu digo rapidamente e corto mais dois pedaços de bolo, colocando-os nos pratinhos limpos.

–Obrigada - elas agradecem e comem o bolo, comentando o quanto acharam bom. Que coisa mais constrangedora... - Ei - a garota mais alta olha para a amiga - A Kemi está doente, não está? Vamos levar umas flores para ela, então.

–Ah, boa ideia! - a menor olha para Izuki-kun - Nós vamos querer umas margaridas também, por favor.

–Ah... Claro...

Izuki-kun olha das meninas para mim e de mim para as meninas algumas vezes antes de sair atrás das flores. Rio com a expressão dele.

–Quanto fica tudo? - a mais baixa pergunta para mim.

–Ahn... - olho para Kobato, que já terminou de comer seu bolo. Ela me olha meio confusa e sorri para a moça.

–Tudo deu 23,50.

–Passa no cartão, faz o favor.

Olho para Suzume, que continua comendo o bolo. Ela olha para Kobato, que passa o cartão de uma das moças na maquininha. Izuki-kun chega com o buquê e entrega-o à moça menor.

–Muito obrigado - ele diz sorrindo, e as moças vão embora.

Ele me olha meio desconfiado, e eu começo a rir.

–Desde quando a gente vende bolo?

–Desde que as moças quiseram.

–E como assim 23,50 por um buquê, Kobato? - ele olha para a irmã.

–Eu tive que cobrar os bolos, ué. - ela dá de ombros.

–Aham... - Izuki-kun franze a testa de um jeito bonitinho.

Olho para o relógio. Ah, merda, já está na hora de ir... Queria muito ficar mais um tempo aqui com eles...

–Enfim. - digo e trato de sorrir - Preciso ir, já já meu trem sai e eu não posso me atrasar.

–Vai para onde, Moriyama-san? - Kobato passa o dedo no chantilly da cobertura e enfia-o na boca.

–Vou passar a semana em Kanagawa, visitar a família e os amigos, sabe como é.

–Você é de lá? - Suzume ergue as sobrancelhas - Que legal! Boa viagem.

–Obrigado - não tenho muita coragem de olhar para Izuki-kun agora - Volto no domingo, tá?

–Tá.

Enfio as mãos nos bolsos. Izuki-kun está olhando para mim com um olhar meio triste, segurando as mãos atrás do corpo. Droga, nunca fui bom com despedidas...

–Então... Tchau - sorrio para ele e ele sorri de volta - Tchau, meninas. A gente se vê logo.

–Tchau, Moriyama-san. - elas dizem.

–Toma - Izuki-kun ergue as mãos e estende uma flor rosa na minha direção. Uma camélia - Faça uma boa viagem, ok?

–Ok. Obrigado.

Pego a flor e meu coração dispara no peito. Jesus, o que é isso...?

–T-Tchau, Izuki-kun.

–Tchau, Moriyama-san.

Dou meia volta e saio da loja.

.

.

O sininho da porta soa duas vezes, uma quando ele abre a porta, outra quando ele a fecha. Moriyama-san acena pela vitrine e vai embora.

Meu coração bate tão rápido que acho que vou infartar. Agora que ele se foi, estou sentindo muito, muito calor.

Kobato e Suzume olham para mim com sorrisinhos malévolos nos rostos, e eu somente ergo a mão para elas, impedindo-as de falar qualquer coisa até que eu saia de perto.

Visto meu avental e dou um laço nas costas. Droga, o que é isso? Mal me lembro a última vez que senti meu peito martelando desse jeito, caramba.

Pego o regador e vou aguar os girassóis no fundo da loja. O céu abriu um pouco e agora bate sol aqui fora, apesar de ainda estar frio.

Além das margaridas, acho que as camélias também representam bem Moriyama-san. Quero dizer, ele tem mesmo uma alma grandiosa. Espero que um dia ele saiba o significado dessa camélia.

Afinal, a alma dele realmente é linda.


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Notas finais do capítulo

Curiosidades #8

—Além dos clássicos e de k-pop, Moriyama gosta de indie-rock, techno pop, e algumas bandas de heavy metal.

—Suzume é viciada em shoujos (mas isso é segredo).