Forget-me-not escrita por ohhoney


Capítulo 12
Begônia 1/2


Notas iniciais do capítulo

Eu resolvi tomar vergonha na cara e atualizar essa bct logo, uma vez que meu bloqueio FINALMENTE está indo embora (ainda acho tudo o que escrevo uma merda colossal) e eu arranjei a força de vontade necessária pra corrigir o capítulo.

Amanhã é a minha formatura do Ensino Médio e eu acho que vou chorar de felicidade. Aleluia irmãos, estou livre da escola e de qualquer outra responsabilidade até dia 27 de Janeiro — o dia que irei para o meu temido intercâmbio.

(esse bloqueio está me tirando do sério faz duas semanas. Eu tenho tentado escrever qualquer coisa, mas acho tudo tão ruim que até me pergunto se deveria continuar postando fic no Nyah. Mas tudo bem; eu já tive bloqueios antes e sei que isso uma hora passa)

Capítulo dividido em duas partes — a segunda deve sair dia 21.



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Begônia (1)

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A semana sem Moriyama-san foi... chata. Sem graça. Fiquei ansioso o tempo todo e checava o celular toda hora.

Não que isso tenha surtido muito efeito; ele me ligou só uma vez para dizer que estava tudo bem. Ah, e ele mandou só uma mensagem também, dizendo para eu não planejar nada para o dia que ele voltasse. Fiquei mais ansioso ainda.

Por causa disso, Kobato e Suzume não paravam de me zoar e eu me sentia cada vez mais estranho. Moriyama-san já tinha entrado na minha rotina, e a vida era muito chata sem ele nela. Bom, eu... Eu não gosto nada disso.

As duas pestinhas estão ajudando uma senhorinha (Suzume me olhou super feio, mas não a culpo, as senhorinhas enchem o saco mesmo) e eu estou aqui dando uma olhada em revistas de noiva e de festas, para saber quais são as flores que estão usando no momento. Parece que são as begônias.

Ah, sim. Begônias. Begônias são ótimas, perfeitas para casamentos...

E elas me lembram do Moriyama-san. Cada minuto que passa, eu tenho certeza de que...

O sininho da porta soa.

— Oi, tudo bem? — sorrio para o menino que entra — Como posso ajudá-lo?

— Moço, eu preciso de uma flor pra dar pra garota que eu gosto... — ele abre a mão e mostra algumas moedas.

Sorrio. Ele deve ter uns cinco ou seis anos, e isso é fofo demais.

— Toma, pega essa.

Destaco uma violeta e a coloco na mão dele.

— O nome dessa flor é violeta, e tenho certeza de que a garota vai gostar muito.

Os olhinhos dele brilham e ele sorri, colocando as moedas na minha mão.

— Obrigado, moço!

E ele sai correndo porta afora.

São coisinhas como essa que fazem meu dia.

.

.

Estou nervoso.

Não deveria estar, mas estou. Afinal, é só o Moriyama-san, né? Ele pediu para que eu o encontrasse na frente da floricultura essa hora e eu estou esperando aqui. Não há nenhum sinal dele.

Aperto minhas mãos dentro dos bolsos. O que ele está planejando, hein? Fica longe uma semana e depois quer marcar um encontro desse jeito? Que coisa mais constrangedora.

Meu Deus, ele está vindo. E ele parece tão feliz. O sorriso dele está fazendo minhas mãos suarem.

— Izuki-kun! — ele acena.

Eu meio que sentia falta disso.

— Izuki-kun — ele para na minha frente e sorri como uma criança no dia de Natal. Oh, Deus, estou com o mesmo sorriso que ele — Oi.

— Oi. — digo meio sem ar.

— Desculpe não ter falado contigo direito até agora — ele ri meio sem graça —, é que meus amigos de Kanagawa têm uma banda e eles vêm tocar num barzinho aqui perto hoje, e eu queria que você fosse comigo.

— S-Sério? — gaguejo sem querer.

— Sério.

— Então vamos.

Ele sorri.

— Vamos.

Moriyama-san falou o caminho inteiro sobre como sua viagem a Kanagawa fora legal, e que ele reencontrara seus amigos do colégio e que a mãe dele fizera o frango que ele adora, e como ele tinha saudades daquela região, mas que aqui tem tudo pertinho.

Eu adoro ouvir Moriyama-san falar, principalmente quando ele se empolga e começa a sacudir as mãos. É engraçado.

Chegamos no barzinho. Do lado de fora tem uns caras fumando e bebendo cerveja, e parece bem legal. Pelo visto a música ainda não começou, então nós entramos e Moriyama-san vai me guiando pelo meio da multidão até a mesa na qual seus amigos estão sentados.

Tem um cara grande de cabelo escuro segurando a mão de uma loira, que Moriyama-san os apresentou como sendo Kobori e sua namorada, Mandy. Um outro cara, um de cabelos mais claros e sobrancelhas grossas se empolgou quando nos viu, e Moriyama-san disse que ele se chamava Hayakawa.

— Muito prazer em conhecer vocês. — digo.

— Esse é Izuki Shun — Moriyama-san coloca uma mão no meu ombro —, meu—

Mas ele para no meio da frase e eu sinto todos os pelos do meu corpo se arrepiando e minha cara ficando quente.

Tá, olha... Melhor evitar qualquer situação constrangedora, certo? Os amigos dele estão olhando com as sobrancelhas levantadas, e Moriyama-san parece estar hesitando. Não quero que role nenhum climão.

Abro a boca para dizer que eu era um amigo, mas Moriyama-san consegue falar antes que eu.

— M-Meu namorado.

Faço força para não cobrir o rosto com as mãos. De verdade. Não achei que ele fosse...

— Legal — Kobori sorri para nós e aponta para as cadeiras — Sentem aí. O Kasamatsu e o Kise devem entrar daqui a pouco.

Não achei que ele fosse falar aquilo...

Moriyama-san puxa as cadeiras e nós nos sentamos, e pedimos cerveja. Oh, Deus... Que situação mais...

Ah, ele está pegando na minha mão e sorrindo de um jeito super fofo.

Droga.

Moriyama-san realmente não ajuda.

Como eu ainda estou meio travado, tomo mais algumas cervejas e começo a relaxar quando as luzes se apagam e duas pessoas entram no palco. Eram dois caras, um mais alto, loiro, bonito e carismático, e um mais baixinho, moreno de cabelo espetado, sobrancelhas grossas, carregando um violão e parecendo meio tímido.

— São eles — Moriyama-san se inclina para perto de mim, com as bochechas meio avermelhadas por causa da bebida.

— Kise e Kasamatsu?

— Uhum. Espero que você goste.

Olho para ele, e ele está olhando para mim.

Que vontade de beijá-lo.

Ele praticamente lê minha mente, porque um segundo depois Moriyama-san me segura contra si e aperta os lábios nos meus, e minha cara pega fogo (de novo).

Quando ele me solta, sorri e volta os olhos para o palco. Fico sem jeito. Passo a mão no rosto e ergo o olhar.

Mandy (a namorada de Kobori) está olhando pra mim. Oh, Deus. Ele é muito bonita, por sinal.

— Alô? Som. Som. Oi gente, boa noite — a voz de Kise começa a soar e eu desvio meu olhar do dela. Eu hein. — Meu nome é Kise Ryouta e esse é Kasamatsu Yukio, e nós vamos tocar pra vocês hoje. Um oi especial pros meus amigos naquela mesa ali — ele aponta na nossa direção e sorri — E um oi pro amigo do Moriyama-senpai!

Os olhos do bar inteiro vem parar na nossa mesa e eu sinto todo mundo ficando tenso e rindo sem graça. Moriyama-san pega na minha mão por debaixo da mesa.

— Espero que gostem do show — Kise diz e senta—se num banquinho, com Kasamatsu ao seu lado. Eles se olham.

Nossa.

O que foi isso?

O violão começa a ser tocado suavemente e Kise canta super bem. Eles fazem um cover acústico de Plush, do Stone Temple Pilots, e está realmente muito bom e muito gostoso de se ouvir.

A namorada do Kobori está me olhando de novo. Sorrio brevemente para ela, e ela sorri de volta. Espera um segundo...

— Vou pegar mais bebida, alguém quer? — apoio as mãos na mesa e levanto.

— Cerveja.

— Caipirinha.

— Blood Mary.

— Traz uns shots.

— Eu te ajudo, Izuki-san — Mandy levanta—se também, sorrindo, e ajeita a saia.

— Claro.

Nós vamos até o balcão e eu peço as bebidas, enquanto ela senta no banco alto. A saia dela sobe, e eu desvio o olhar educadamente.

Ela está me olhando. Mas que coisa.

— Então — digo, tentando puxar assunto — Há quanto tempo você e o Kobori-san estão namorando?

— Hm... — ela apoia os cotovelos no balcão, e o decote dela se abre — Não lembro.

— Ah.

— E você e o Moriyama-san?

— Ahn, bom... — na verdade, esse é um assunto meio... indiscutido — Não sei dizer exatamente, mas não faz muito tempo.

— Entendo.

Eu posso jurar por Deus que...

— Aqui estão suas bebidas — o barman coloca os copos na minha frente, e Mandy desce do banco para me ajudar a pegar tudo.

— Eu levo esses e você... — começo falando, mas me interrompo quando ela põe uma mão sobre a minha. Eu a afasto rapidamente — Desculpe.

— Eu levo esses — ela diz e pega os copinhos de shot e uma cerveja.

Espera, ela piscou pra mim?

Não, foi só a luz, certeza.

Pego o restante dos copos e levo-os até a nossa mesa, e sento ao lado de Moriyama-san, chegando perto dele. Sinto-me um pouco desconfortável, mas a voz de Kise melhora as coisas.

Pego na mão de Moriyama-san e ele a afaga com as pontas dos dedos enquanto olha o palco e bebe sua Blood Mary.

Gosto das mãos dele.

.

.

Estou bêbado.

Mas, mesmo bêbado, eu sei dizer que Mandy ficou dando em cima de mim a noite inteira. Aquela vez que ela tropeçou e caiu em cima de mim e espremeu os peitos contra mim não foi acidental, nem quando uma perna apareceu embaixo da minha mão do nada.

Olha, Mandy é muito bonita e tal, mas por favor, ela tem namorado — e está aqui com ele, por sinal — e eu também.

Falando nele, cadê Moriyama-san?

A batida da música está mais animada e Kise e Kasamatsu estão mandando muito bem lá no palco. Hayakawa-san está falando no celular com quem ele disse ser sua noiva. Kobori e Mandy saíram para dançar, e não vejo Moriyama-san. Ele disse que ia pegar mais cerveja.

Ah, é ele ali perto do balcão. Ele está falando com duas moças. Elas... Elas estão dançando...?

Por que elas estão dançando tão perto dele? Tipo, acho que elas estão se esfregando nele. Se esfregando nele! Elas não sabem que ele tem namorado?

Por que ele não faz nada?

Pensei que ele fosse meu namorado. Que vadias! Por que ele continua falando com elas? Unf...

Levanto da mesa, e é meio difícil de andar porque tudo está girando um pouco. Faço uma forcinha e vou até eles.

— Oi, Izuki-kun! — as bochechas de Moriyama-san estão super vermelhas e seus olhos, semicerrados.

Estou sentindo muita raiva.

Pego uma das garotas pelo ombro e a tiro de perto dele, parando na frente de Moriyama-san e segurando na gola de sua blusa.

— Que foi? — pergunta.

— Eu sou seu namorado.

— Você é meu namorado.

— Moriyama-san.

— O quê?

Estou bêbado e ainda sim não gosto de ver garotas dançando pra ele. Mas que droga.

Colo minha boca na dele, e no segundo seguinte Moriyama-san me aperta todo contra ele. Encosto-o contra uma viga de madeira e separo os lábios dele com os meus, e ele me beija super gostoso — do jeito que eu gosto — e ele pega na minha bunda e eu pego na bunda dele.

A música está animada, e por isso Moriyama-san começa a dançar e se esfregar em mim de um jeito super bom e que me deixar super duro, apertando o quadril contra o meu e me apalpando por cima da calça. Jesus, estou sem fôlego.

Ele me deixa sem fôlego.

Passo minhas mãos por dentro de sua camisa. Os músculos saltados da barriga dele deslizam pelos meus dedos, e eu preciso ir pra casa e tirar a roupa e transar com Moriyama-san a noite toda.

Afasto o rosto do dele e encaro-o. Ele está mais vermelho do que antes e o olhar dele me diz que ele pensa o mesmo que eu.

— A próxima música vai para Izuki Shun a pedido de Moriyama Yoshitaka. Espero que gostem dos clássicos.

Eu e Moriyama-san nos olhamos enquanto a introdução da música soa nos meus ouvidos e eu não faço nada além de sorrir.

— Eu amo Frank Sinatra — digo baixinho.

Moriyama-san responde mais baixinho ainda:

— Eu acho que amo você.

E me beija até me deixar totalmente sem fôlego.

Ah, eu tinha me esquecido o que era isso. A sensação de gostar de alguém.

De amar alguém. É bom.

— Eu acho que amo você também.

— Eu precisava estar bêbado o suficiente pra dizer isso, desculpe, Izuki-kun.

— Relaxa, ainda bem que estou bêbado também.

— Estamos bêbados pra caralho.

Moriyama-san disse que não era para nos preocuparmos com isso agora, e que deveríamos aproveitar o restinho de tempo que ainda nos restava. Kise faz um dos melhores covers do Sinatra que eu já ouvi, e eu e Moriyama-san ficamos juntos a música inteira.

— Pedi para tocarem — ele esclarece. — É a música que estava tocando no primeiro dia que fui tomar café da manhã contigo, Izuki-kun. — sorri.

— Fly Me To The Moon — meu peito quase explode.

In other words, hold my hand... — ele sorri de um jeito super idiota.

In other words, baby, kiss me — eu também sorrio de um jeito super idiota, mas fazer o quê?

Não é minha culpa que eu estou apaixonado por esse cara.

.

.

— Então. — Moriyama-san pega na minha mão de novo — Haiyakawa está noivo, Kise e Kasamatsu estão fazendo sete anos de namoro hoje...

Ah, então eles são mesmo namorados? Isso bem que explica aquele olhar super terno que eles trocaram no palco uma hora.

— ... E eu estou com medo de transar contigo, Izuki-kun.

— Pensa que pelo menos a gente está meio bêbado, Moriyama-san.

— E se doer muito?

— Você está bêbado, acho que isso não vai ser problema.

— Você vai ser bonzinho, Izuki-kun?

Paro de andar e seguro Moriyama-san pelos ombros.

— Deixa disso.

Ele sorri e nós voltamos a andar — meio tortos e cambaleantes, mas não tão bêbados quanto antes, pelo menos. Entramos pela entrada social do prédio e pegamos o elevador e Moriyama-san literalmente me lança contra a minha porta e beija meu pescoço e tenta tirar minhas calças enquanto procuro pela chave nos bolsos.

Ele está tirando meu casaco e eu acabei de encontrar as chaves. Tento colocá-las na fechadura, mas meio que estou sendo atacado em pleno corredor e desse jeito fica difícil. Giro a chave e quase caímos para dentro de casa quando a porta se abre. Como assim estou praticamente sem roupa?

Ah, droga, eu quero tirar as roupas dele também.

Empurro Moriyama-san contra a porta e a fecho, trancando-a logo em seguida enquanto puxo a camisa de Moriyama-san para cima e a lanço para trás. As mãos dele deslizam pelas minhas costas conforme nos beijamos colados à porta. Não 'to entendendo nada direito e as coisas parecem girar, mas isso não importa; Moriyama-san está de volta, e isso basta.

Meu coração bate tão forte que acho que vou infartar, mas tento deixar isso de lado quando sinto as mãos desesperadas de Moriyama-san tentando tirar meu cinto e desabotoar minha calça. Chupo o lábio dele quando ele pega meu pinto nervosamente — que droga, ele consegue me deixar duro desse jeito. O pinto dele também está esmagado contra minha barriga, tão duro quanto o meu.

É-É melhor irmos pro quarto logo, porque daqui a pouco estou jogando ele no chão e...

Moriyama-san afasta o rosto do meu e me olha.

Jesus me ajude.

O rosto dele já está todo vermelho e suado, e o tesão que sai dele é quase palpável. Seus olhos pegam fogo, e aquelas pupilas dilatadas me fazem querer transar com ele a noite inteira sem parar. As pálpebras semicerradas e a respiração ofegante dele me tiram do sério, e juro que poderia gozar aqui mesmo só por causa disso.

Moriyama-san pega na minha mão e me empurra para fora do caminho, arrastando-me pela sala e pelo corredor até meu quarto, andando meio torto — ele estava tão bêbado quanto eu, e ainda tentava tirar as calças enquanto andava.

Ele cai na cama, e eu caio em cima dele, enfiando-me no meio de suas pernas, pressionando minha pélvis contra a bunda dele de um jeito que o fazia gemer na minha boca e agarrar meu cabelo; e eu aqui pensando que não dava pra ficar mais duro. O tesão já está me fugindo o controle, e nossas cuecas meio baixas e tortas não ajudavam nem um pouco.

Moriyama-san enrola a língua na minha de um jeito fenomenal, que me faz estremecer múltiplas vezes e me esfregar contra ele mais rápido. Droga, droga... Eu preciso logo...

Não tiro a boca da dele quando estico o braço para a mesa de cabeceira e tento abrir a gaveta às cegas, procurando alguma maldita camisinha que seja; e quase solto um gemido de alívio quando encontro uma facilmente.

Ergo meu corpo, ciente de que minhas bochechas ficam um pouco quentes por causa da visão de um Moriyama-san seminu na minha cama, todo suado e vermelho em baixo de mim, com a ereção colada a barriga e a cueca parcialmente removida. Abro a embalagem rapidamente enquanto Moriyama-san tira a cueca e se masturba lentamente olhando para mim.

Eu não vou aguentar.

Vasculho a gaveta em busca do lubrificante, quando vejo Moriyama-san ficar apreensivo. Apesar de totalmente bêbado, ele sabe que isso pode ser bastante doloroso — eu estou com tanta pressa que duvido que consiga me controlar, mas vou tentar.

— Relaxa, tá? — digo e espremo um pouco do gel nos dedos.

— Izuki-kun...

Ele fica em silêncio quando passo o gel em mim e nele, então seguro a parte de trás dos joelhos dele e o puxo contra mim, prestes a começar. Nós nos olhamos brevemente.

Moriyama-san fecha os olhos e vira a cabeça.

— Se quiser que eu pare, é só falar.

— N-Não pare.

Sorrio meio bobo.

Começo a me forçar contra ele; Moriyama-san resmunga baixinho e se contrai todo, não deixando que eu avançasse.

Deito-me sobre ele e beijo sua boca suavemente, tentando fazê-lo relaxar. Moriyama-san agarra meu cabelo com as duas mãos e não deixa que eu afaste meu rosto do dele. Com uma mão, ajeito—me no lugar e tento de novo — dessa vez, com muito mais facilidade. Moriyama-san não geme tão alto de dor como antes.

Oh, Deus, o que é isso? Q-Q-Que sensação é e-essa...? É-É tão apertadinho, puta que...

— C—Calma, Izuki-kun — Moriyama-san diz baixinho.

Dou-me conta de que me apressei muito, e tento não me mexer até que ele tenha se acostumado. Quando começa a me puxar para perto com as pernas, entendo o recado. Começo a me mover devagarinho; essa deve ser a melhor sensação do mundo.

Moriyama-san geme gostoso no meu ouvido, tanto de dor como de prazer, e eu me encho de tesão de novo. Pego o pinto dele e começo a masturbá—lo do jeito que sei que ele gosta, resultando em mais e mais gemidos altos na minha orelha e tremores embaixo de mim, e isso faz com que eu comece a ir mais rápido, sentindo aquela sensação maravilhosa me preencher por inteiro.

Moriyama-san me prende totalmente contra ele. O rosto dele está muito vermelho, principalmente nas bochechas, e a testa franzida demonstra que ainda sente um pouco de dor. Ele sussurra meu nome e a gente transa por um bom tempo olhando um nos olhos do outro bem de pertinho. Aquele mesmo tesão incontrolável e palpável emana dele, e Moriyama-san fecha os olhos com força quando goza na minha mão e sobre sua barriga, gemendo alto o suficiente para ecoar nas paredes.

Moriyama-san se contrai todinho e aperta meus ombros. Deus, isso é tão bom. Nunca pensei que existisse sensação igual. E mais, ver Moriyama-san nesse estado — e sabendo que fui eu quem o deixou assim — me deixa tão feliz que poderia morrer. Falando nisso, é o que está quase acontecendo.

Sinto que meu rosto começa a esquentar, então sei que já não vou mais conseguir me controlar. E também está super difícil de não gemer, por que Moriyama-san está fazendo uma carinha fofa e toda vermelha e suada. Minha barriga começa a formigar, juntamente com minhas pernas.

Continuo estocando, indo um pouco mais rápido, sentindo minha voz rasgando pela minha garganta. Começo a formigar e mordo o lábio, olhando nos olhos de Moriyama-san, que tem a respiração pesada e entrecortada, fincando as unhas nas minhas costas. A sensação vem de uma vez e minha boca se abre automaticamente.

— P-P-Puta merda... Moriyama-san... Ah, caralho, ngh... Merda. Merda—

Aperto o lençol entre os dedos e deixo minha cabeça cair no ombro de Moriyama-san, gemendo alto na orelha dele, sentindo o corpo inteiro estremecer de um jeito que...

P-P-Puta que pariu.

Aquela sensação gostosa pós-orgasmo me deixa nas nuvens, e sou beijado rapidamente pelos lábios secos de Moriyama-san, que respira rapidamente contra mim. Eu sorrio para ele, e ele sorri para mim.

Nossa senhora, as coisas estão girando. Meus olhos não conseguem focar direito. Cara, estou começando a ficar mal.

Afasto-me de Moriyama-san e tiro a camisinha, jogando-a para qualquer canto e deixando-me cair no travesseiro gelado ao lado. O quarto está escuro; a única luz entra pelas frestas da persiana, e Moriyama-san remexe-se na cama ao meu lado, aparentemente muito tonto também.

— N-Nem doeu tanto...

— É porque você está bêbado — ele ri e eu rio também.

E não falamos mais nada, por que mais ou menos um minuto depois eu estava deitado sobre ele no milésimo sono, sem a menor consciência de que meu travesseiro estava sendo babado.

(continua)


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Notas finais do capítulo

Curiosidades #9

—Moriyama é o tipo de bêbado que nunca sabe direito o que tá acontecendo ao seu redor, mas continua bebendo e conversando com quem pareça bonitinho.

—É CANON QUE O KISE GOSTA DE KARAOKÊ E QUE O KASAMATSU TOCA VIOLÃO/GUITARRA ENTÃO EU QUIS FAZER UM BAND!AU DO MEU OUTRO OTP NINGUÉM ME SEGURA



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