Uma Insuportável Adolescente escrita por Atena


Capítulo 8
Sangue, Pensamentos, Discutindo a Relação


Notas iniciais do capítulo

Oi, voltei.
Espero que gostem.



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Um arrepio percorreu o meu corpo e as minhas pernas tremeram por um instante. Entrar e saber o que tem lá ou não entrar e ir dormir como se nada tivesse acontecido? Embora a segunda opção me pareça mais segura e agradável, eu não conseguiria dormir sem saber o que é que há nessa mansão. Alguma coisa aqui não parece gostar de visitas.

Me aproximei devagar da porta, o assoalho de madeira rangia, o que fazia com que eu me arrepiasse mais ainda e o clima tenso não ajudava. Girei a maçaneta com uma mão e a outra eu fui empurrando levemente a porta. Ela abria lentamente, com um rangido alto e assustador. Esperei um pouco para me certificar de que ninguém tinha acordado com o barulho, então continuei.

Aberta a porta completamente, não se via nada dentro daquele cômodo, a escuridão dominava, não conseguia ver um palmo a frente. Encostei na parede, procurando um interruptor ou algo assim. Pela textura, a parede era repleta de azulejos. Continuei até encostar em algo, mas não parecia um interruptor, era molhado, pegajoso.

Rapidamente tirei a mão dali e saí daquele lugar, subi as escadas sem fazer barulho e entrei no quarto. Vou dar um jeito de ir lá de novo enquanto estiver dia, não vou embora dessa mansão enquanto não ver.

Fui até o banheiro, liguei a luz e olhei para as camas das meninas, apenas Hinata tinha um sono leve e tinha acordado com o barulho, mas quando viu que eu tinha apenas ido ao banheiro ela voltou a dormir.

Olhei para aquele liquido vermelho na minha mão, dava pra perceber que era o mesmo liquido que tinha sido usado para escrever naquela porta. Mas isso não é tinta vermelha, muito menos um liquido vermelho comum, parecia sangue, era sangue. Lavei as mãos e fui dormir.

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Acordei naquele dia meio perturbada. Aquele cômodo não saia da minha cabeça. Eu fui a última a acordar. Hoje é sábado, sexta iremos embora, então só temos mais seis dias. Depois de me arrumar, fui até o refeitório, estavam todos lá. Encontrei a turma sentada na última mesa lá no fundo.

Estava indo até lá, até que escutei uma conversa entre dois garotos que eu não conhecia, uma conversa muito interessante.

“Você soube que ontem tinha um aluno fora do quarto depois das 20 horas? Os professores estão tentando descobrir quem é.” “ Mas por que será que os professores se importam tanto com isso?” “Eu ouvi eles falando que é sobre uma antiga lenda da mansão...”

Uma antiga lenda? Era só o que me faltava. Voltei a caminhar até a mesa, até que encontrei outro obstáculo.

– Você é linda, sabia? Como é o seu nome mesmo? – Um ser estranho com sobrancelhas que eu jurei que tinham vida própria e iriam sair voando a qualquer momento apareceu.

– Sakura. – Falei e saí andando, em direção a mesa, mas ele apareceu na minha frente de novo.

– Sakura, é um nome muito bonito! O meu é Rock Lee! – Ele falou dando um sorriso de orelha a orelha.

– Perguntei alguma coisa? – Eu falei com ironia. Sério ele já estava me irritando. – Agora me dá licença. – Disse e saí andando de novo.

Finalmente cheguei à bendita mesa. Meu Deus que dificuldade pra atravessar um refeitório.

– Bom dia! – Falei e me sentei.

– Bom dia.

– Ei Sakura, o que o sobrancelhudo ali queria com você? – Sasuke me perguntou. Será que ele está... Não o Sasuke não é disso. Mas bem que eu queria que ele estivesse com ciúme de mim.

Sakura você sonha alto demais.

– Nada não. – Falei meio cabisbaixa, meus pensamentos adoram me desanimar.

– Hum. – Monossílabo demais.

Comemos e depois fomos nos arrumar para ir até o lago, já disse que esse passeio é um passeio apenas de lazer, o que quer dizer que nada de estudos por uma semana! .

Eu e as meninas colocamos biquíni, os meninos já nos esperavam lá na porta. Estávamos descendo as escadas até os meninos, e dei de cara com aquela porta de novo, ela parecia me chamar.

– O que você tem Sakura, vamos! – Ino me chamava animadamente.

Balancei a cabeça para afastar os meus pensamentos daquela porta e me virei para os meus amigos. Vi Neji e Tenten de mãos dadas e sorri. Tinha me esquecido que eles estavam namorando desde ontem. Caminhei até eles. Sasuke sorriu e me deu o braço, aceitei.

Caminhávamos lentamente até o lago, Karin olhava mortalmente pra mim, só porque eu estava com o Sasuke, ela não sabe que não temos nada, sorri pra ela que se emburrou e virou as costas. Eu e as meninas estendemos as toalhas, como se estivéssemos na praia, e nos deitamos, os meninos todos pularam na água.

Estávamos há um tempo ali, eu estava de olhos fechados deitada, até que alguma coisa pareceu tapar o sol, abri os olhos pra ver o que era.

– Sakura, preciso falar com você. – Era Sasuke. O que será que ele quer comigo?

– Pode falar, Sasuke. – Falei sorrindo pra ele.

– Em particular, Sakura. – Em particular? Será que... Não Sasuke nunca iria querer nada comigo.

Sakura você continua sonhando alto demais.

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Sasuke me levou até a entrada da mansão e nos sentamos na escadinha que tinha na porta.

– Então, agora pode falar, Sasuke. – Eu falei sorrindo pra ele.

– Sakura, é meio complicado, mas, sabe a cada dia que passa... – Vi que ele estava um pouco corado e tremia levemente. – Alguma coisa cresce dentro de mim, sabe quando estou perto de você, eu não consigo pensar em mais nada e meu estômago dá voltas, e... – Calma Sakura, respira e inspira, não entre em pânico ainda. – O que eu estou querendo dizer Sakura é que, sabe, eu... – Eu... Vamos Sasuke só mais duas palavrinhas e nós vamos viver felizes para sempre. – Eu... Eu te amo, Sakura, e quero passar o resto dos meus dias com você, pronto, falei! - Ele terminou e abaixou a cabeça, corando.

OMG! Ele também me ama, talvez eu nem sonhe tão alto assim. Agora eu só preciso lembrar de respirar, vamos, Sakura, você só precisa responder. Vamos nos casar, teremos treze lindos filhos e viveremos o nosso felizes para sempre.

– Treze filhos? Você quer treze filhos? - Ele perguntou assustado. Senti minhas bochechas queimarem, e tudo o que eu queria agora era que um buraco se abrisse e eu pudesse me jogar dentro.

– Eu pensei em voz alta, né? - Perguntei escondendo o rosto entre as mãos. Estraguei meu pedido de namoro. Ele soltou uma gargalhada.

– Sim, mas isso me deu a resposta que eu queria.

E sem dizer mais nada ele me puxou para seus braços e me beijou... E que beijo!

Ele sorriu para mim quando nos separamos.

– Só vamos ter que repensar essa coisa de treze filhos. Não sei se minha conta bancária sustenta tudo isso. - Ele disse e eu ri.

– Sasuke, querido, sua conta bancária sustenta o país inteiro. E a minha não é muito diferente, então dinheiro não vai ser problema. - Eu mostrei a língua para ele.

– Poxa, nem sei se eu aguento encaminhar tudo isso. - Ele disse, rindo.

– Já está duvidando de seu taco, é, meu bem? - Perguntei com ironia.

– Eu não disse isso, meu amor. - Ele respondeu, me encarando com a mesma ironia. Nós dois rimos.

Ficamos ali, dando cortes um no outro, nos beijando, discutindo nosso futuro, depois brigando de novo. É o amor.


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Notas finais do capítulo

É, o amor está no ar, coloquem suas máscaras de oxigênio.
Enfim, até o próximo, beijos.



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