Uma Insuportável Adolescente escrita por Atena


Capítulo 7
Vozes, Insetos, Não Entre


Notas iniciais do capítulo

Volteeei. Oi oi.
Aí está o próximo, espero que gostem.



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A casa parecia mais assustadora a cada passo que eu dava para me aproximar dela. Eu definitivamente não queria passar uma semana ali, maldita hora que eu decidi vir nessa viagem.

– Vamos crianças, vamos conhecer a casa. – Os professores chamavam para entrarmos. Crianças? Eu tenho 15 anos, caralho!

Todo mundo já entrava na casa, menos eu. Eu escutava alguma coisa. “Sakura, Sakura”. Uma voz me chamava, e vinha lá de dentro.

Comecei a caminhar em direção a casa, todos já haviam entrado, até os professores. Eu ia entrar, mas quando eu estava na frente da porta de entrada, aquela maldita bateu na minha cara.

No começo, eu pensei que fosse alguém querendo tirar onda com a minha cara. Nada de anormal até aí. Mas, depois, eu ouvi os professores explicando alguma coisa para os alunos pela janela do segundo andar. Gelei. Não tinha nenhum aluno no primeiro andar. Nenhum.

Todo o céu começou a ficar escuro, e os raios atingiam o chão na minha frente, eu me escorei na parede, e fui me encolhendo. Olhei para a janela do segundo andar e vi que os alunos pareciam não ver nada. Comecei a ouvir aquela voz me chamando de novo, mais agora era de dentro do lago.

"Sakura, Sakura".

Me encolhi mais ainda, quando vi uma mão sair de dentro do lago e se segurar na margem, eu continuava ouvindo meu nome e logo outra mão se apoiou na margem junto a outra. Fechei os olhos e gritei o mais alto que eu pude.

De repente escutei a porta ao meu lado se abrir, abri os olhos e vi meus amigos saírem com cara de preocupação. Olhei para os lados, estava tudo completamente normal, nada de mais.

– O que aconteceu, Sakura? - Naruto perguntou.

– Vocês não viram nada de anormal aqui fora enquanto estavam lá em cima? - Perguntei apontando para o andar de cima, meio desconfiada.

– Não, nada de mais. – Temari respondeu, como quem diz "por que somos amigos dessa maluca?"

– O céu estava preto, tinha uma coisa chamando meu nome saindo do lago e... - Eu contava, balançando os braços frenéticamente em frente ao meu corpo.

– Sakura, você deve estar cansada da viagem, o tempo está lindo desde que saímos daquele ônibus. – Sasuke falou na maior cara de pau.

– Mas eu vi. - Eu disse fazendo bico.

– Sakura, o Sasuke tem razão, primeiro você estava com aquela história dos cadáveres, agora isso. – Temari se manifestou. É, ela acha mesmo que eu sou louca.

“Sakura, Sakura”

– Ouviram? Agora ouviram né? – Eu perguntei apontando para eles, quero ver eles dizerem que não agora.

– Ouvir o quê, Sakura? - Sasuke disse, já entrando de volta na mansão junto com o resto do povo. Quando vi que eles já estavam entrando, me meti no meio deles, eu é que não fico mais sozinha nessa casa sinistra.

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Entramos e o que eu vi não me agradou muito.

Quando se entra na casa, a primeira coisa que você vê é são duas espadas cruzadas penduradas na parede, abaixo dela um tapete, vermelho sangue. Madeiras quebradas e teias de aranha dominavam. Haviam duas escadas, uma para a direita, outra para a esquerda, os professores explicaram que a da direita dava no dormitório feminino, e a da esquerda no dormitório masculino. À frente, um corredor com uma porta que dava ao refeitório, outra que dava em um tipo de salão, uma de cada lado, mas no fundo do corredor tinha uma porta, escrito na frente com tinta vermelha “não entre”.

Eu não queria mesmo.

Os professores nos mandaram subir para os quartos para arrumar as coisas, a ocupação dos quartos seria igual lá no colégio. Melhor assim. As escadas rangiam enquanto subíamos, isso me dá arrepios. O nosso quarto era o 999, o último lá do cantinho.

As camas eram todas de madeira nobre, o armário também, tinha uns quadros sinistros pendurados nas paredes e uma varanda, era o único quarto que tinha varanda. O banheiro era quase todo feito de espelhos, tinha um vaso sanitário comum, a pia, e de novo uma cortina, que tapava a banheira.

Dessa vez eu não vou. Não vou. Não vou. Tá eu vou.

Fui me aproximando devagar da cortina, peguei na pontinha e...

– AAAAHHHHHHH!

Deus do céu, quem gritou? Pensaram que fui eu, né? Fui até o quarto, e adivinhe quem era, dou um biscoito pra quem acertar.

Se você falou Ino Yamanaka, meus parabéns!

Eu e as meninas tentávamos achar o motivo de Ino ter gritado. Deve ser uma coisa bem tenebrosa, porque a coitada estava encolhida em cima da cama.

– O que aconteceu? – Hinata perguntou.

– U-uma Ba-ba-ba-BARATA!

Em um milésimo de segundo estávamos todas espremidas em cima da cama. O que foi? Baratas são nojentas, não me julgue. Continuamos gritando até o Naruto entrar pela porta (não não, pela janela) com uma frigideira na mão.

– MÃOS PARA CIMA, RENDA-SE SEU COVARDE! ATACAR! – Bizarro. Naruto entrou gritando, logo atrás dele os meninos vinham ver o aconteceu.

– O que aconteceu meninas, por que essa cara de quem viu um fantasma? – Belo palpite, Sasuke. Foi quase isso.

Tenten apontou para uma coisinha marrom no chão. Os meninos se aproximaram da barata e quando viram o que era, caíram na gargalhada.

– Qual é a graça? – Temari perguntou.

– Vocês estão com medo de uma baratinha dessas? HAHAHAHAHAHAHAHAHA – Neji falou no meio das risadas.

– Ela é que devia ter medo de vocês! HAHAHAHAHAHAHAH – Quem o Gaara pensa que é? Ruivo idiota.

Depois do ataque de risos dos babacas ali, o Sasuke finalmente tirou a barata.

– Ufa! – Nós suspiramos e descemos da cama.

– Obrigada. – Hinata agradeceu por nós.

– Não há de quê. – Naruto disse e sorriu, todo simpático. – Mas, vocês tinham que ver a cara de vocês! - Ah, claro, estava bom demais pra ser verdade.

– Mas meninos, vocês não tinham que estar no dormitório arrumando as coisas? – Tenten perguntou.

– Já acabamos. Na verdade viemos aqui para avisar que os professores pediram para nos reunirmos no refeitório, agora. - Neji respondeu.

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Descemos até o refeitório e nos sentamos. Todos os alunos já estavam lá.

– Estamos aqui para avisar que logo depois da janta, que vamos fazer agora, vão direto aos dormitórios e dormir. Ninguém pode andar pela mansão depois das 20 horas, ninguém. Entenderam? Agora, bom apetite. – Tsunade disse e sentou-se. Cara, que estranho.

Jantamos e, como o aviso, fomos direto para os dormitórios. Era 19 horas ainda, então eu e as meninas ficamos conversando um pouco depois fomos dormir. Dormimos antes das 20 horas ainda, estávamos cansadas da viagem.

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Que barulho é esse? Ouvi um barulho do lado de fora do quarto, então olhei a hora. Agora são exatamente 20 horas e 03 minutos. Que eu sabia ninguém podia sair do dormitório depois das 20 horas. Mas eu já falei que eu sou curiosa? Pois é, queria ver o que era. Só se passaram 03 minutos, não tem nada de mais.

Abri a porta devagar e ouvi o barulho se afastando, botei a cabeça pra fora, depois o resto do corpo. Fechei a porta devagar pra não fazer barulho. Quando fechei a porta, olhei para o número do nosso quarto. 999 era para ser o número. Mas era como se o tivessem virado, e agora formava o número 666. Me arrepiei.

De repente, um estrondo. Parecia com uma porta se batendo violentamente, e vinha lá de baixo.

Desci as escadas, e fiquei de frente com aquele corredor. Ou melhor, fiquei de frente com uma porta, a porta que tinha sido batida, a porta que tinha letras grandes e legíveis em tinta vermelha...

“Não Entre”


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Beijos.



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