A Crazy Love escrita por Lena Potter Howe


Capítulo 7
Aniversário completo


Notas iniciais do capítulo

Hey. Estou muito feliz com todos os comentários e as pessoas que favoritaram, obrigada amores! Boa leitura!



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POV Ally

Domingo, ou no momento, mais conhecido por ser o dia do meu aniversário. Antes de eu mesma perceber, a primeira coisa em que pensei foi no dia anterior, ou seja, em Austin. Mas, não havia muito o que pensar, ele havia me beijado, nada de especial. No entanto, era totalmente ao contrário, minha mente insistia que era especial, mas não importa, afinal é meu aniversário.

17 anos, nada muito especial. Na verdade, nenhum dos anos foram muito especiais. Como perdi minha mãe muito nova meu pai teve que aprender a se virar sozinho comigo, mas festas de aniversário não era o seu forte. Eu nunca me importei muito, claro que quando era menor ficava mais triste do que fico hoje.

Saí do quarto e ouvi alguns barulhos na cozinha. Finalmente um barulho nesta casa tão vazia. Fui até lá e vi que meu pai fazia o café da manhã. Sorri ao ver um bolinho de aniversário.

– Até que não está tão ruim – brinquei o assustando.

– Não faça isso garota – brigou e eu ri. Ele me abraçou e ficou alguns minutos desejando tudo o que queria para mim. – Agora prove para ver se não está tão ruim – pediu e aceitei o bolo sem hesitar.

E realmente não estava ruim. Mas, pulei da cadeira assim que lembrei que ia encontrar Trish, Kira e Dez. Se eu me atrasasse, Trish era capaz de me matar no meu próprio aniversário, porque ela se preocupa com horários só se for em aniversários, um pouco estranha, no entanto, minha amiga.

– Combinei com Kira, Trish e Dez – expliquei quando meu pai me olhou confuso.

– Como sempre – observou, mas como imaginei, sorriu em seguida – Se divirta – mandou e eu concordei.

– Não é hoje a entrega de alguns instrumentos? – lembrei e meu pai fez uma careta. – Posso passar lá pela tarde – acrescentei.

– Mas...

– Não têm problema, e eu não vou sair com eles o dia todo – garanti.

Não era do meu estilo ficar o dia todo fora, mesmo que seja só eu e meu pai aqui. Além disso, amanhã de manhã terá aula.

– Tudo bem, mas só porque eu sei que você adora mexer nos novos instrumentos – acusou e eu dei ombros. Minha paixão por música era um pouco grande demais.

Corri para meu quarto e coloquei uma roupa simples rapidamente antes que Kira resolvesse me arrastar daqui. Depois de me despedir de meu pai saí de casa e fui para a casa de Trish, que eu agradecia ser perto.

Assim que saí pisei em sua casa os pais e irmão de Trish vieram me abraçar e me desejar parabéns antes mesmo que eu a visse.

– Tudo bem, agora me deixem abraça-la – Trish reclamou empurrando um irmão com nada de delicadeza. – Parabéns – ela disse me abraçando e desejou algumas coisas com sinceridade.

– A aniversariante gente – Kira chegou à sala pulando e me agarrou em um abraço – Parabéns – disse e assim como Trish falou muito mais e algumas coisas que me fizeram rir. – Espero que continuemos amigas e que você nos prefira do que todas aquelas pessoas do colégio – falou fazendo uma expressão brava e eu ri.

Segundos depois uma buzina tocou do lado de fora me fazendo olhar confusa para as garotas.

– Dez quis vir nos buscar e eu não reclamei – Trish falou feliz e eu ri.

Nós saímos da casa e a primeira coisa que Dez fez foi me tirar do chão com um abraço esmagador.

– Minha menina está crescendo – lamentou e eu me afastei.

– Eu sou a mais nova entre vocês – lembrei e ele deu ombros.

– Não interessa – falou seriamente e então voltou a me desejar parabéns.

Nós fomos primeiramente para uma sorveteria é claro. Assim que nos sentamos na mesa do lugar meu pensamento voou para longe: para Austin. Era sempre as mesmas coisas, os mesmos pensamentos, mas ele já chegou mudando algumas coisas.

– Você está bem, Ally? – Kira perguntou desmanchando seu sorriso.

– Muito – garanti e Trish estreitou os olhos.

– Tem certeza? – a garota perguntou.

– Fala logo, Ally – Dez ordenou parecendo uma garota louca por uma fofoca.

– Passei o dia com Austin ontem – falei rapidamente e Kira abriu um sorriso.

– Entendi tudo – ela disse e bateu palmas alegres.

– Sabe, as vezes eu não sei porque eu ando só com três garotas – Dez falou fazendo uma careta.

– Mentira, você tem vários amigos. Inclusive Austin – lembrei.

– Austin não vale mais, você já o roubou – Dez cruzou os braços falsamente triste.

Revirei os olhos e Kira riu. Durante toda a tarde ficamos nós quatro juntos e apenas isso serviu para o dia ser maravilhoso. Percebi que eu não precisava de todas aquelas pessoas que se falavam ser meus amigos. Mas, mesmo assim sabia que estava faltando algo, já havia acostumado a falar com Austin toda hora.

– O tempo passa rápido com vocês – Trish disse e eu sorri.

– Foi um ótimo dia de aniversário – garanti e Kira me olhou divertida.

– O dia ainda não acabou – observou e eu dei ombros.

– Sim, mas eu tenho que ir ver alguns instrumentos que chegam hoje – informei e Dez fez uma careta.

– Quem foi o esperto que decidiu entregar hoje? Mas, sei que você gosta de ver os instrumentos novos – Dez estreitou os olhos. Todos sabiam isso sobre mim?

– Ao que parece todos sabem isso sobre mim e é verdade – falei derrotada e eles riram.

– Nós vamos com você até lá – Trish avisou e os outros dois concordaram. Eu ri praticamente o caminho inteiro, perto daqueles três era quase impossível não fazer isso.

Assim que chegamos na loja, eu abri a porta e Kira pulou para dentro.

– Não ouse tirar algo do lugar, senão vou ter que arrumar amanhã – avisei fazendo uma careta e Kira levantou as mãos em rendição.

Dez foi o que me ajudou a pegar algumas caixas com os instrumentos e também se divertiu abrindo as caixas e vendo tantos instrumentos novos.

– Já que vocês me ajudaram tanto assim poderiam me ajudar a arrumar também – falei como se estivesse indiferente e os três me olharam em sincronia.

– Desculpa, Ally, tenho que levar elas pra casa – Dez deu ombros.

– O dia foi ótimo, mas temos que ir – Kira falou como se estivesse triste.

– Pois é. Vamos. E feliz aniversário, Ally – Trish desejou já com Kira e Dez na porta.

– Vocês são muito legais – falei ironicamente. – Sorte de vocês que eu moro tão perto – gritei enquanto eles saiam e ouvi apenas suas risadas.

Olhei para as caixas abertas e algumas fechadas, e fiz um careta. Eu merecia deixar para fazer isso depois. Eu pediria para Felipe, que trabalha aqui, me ajudar no dia seguinte. No entanto, ainda tinha uma caixa lá fora para pegar. Fui até lá e constatei que era uma das mais leves assim que me virei alguém chamou minha atenção, mais especificamente, um loiro chamou minha atenção.

– Ally – Austin falou surpreso quando nossos olhares se encontraram.

– Hm, oi Austin – falei igualmente surpresa.

– O que faz aqui? – perguntou curioso e eu ri por isso.

– Estava recebendo algumas entregas de instrumentos. Estava aproveitando que saí com Dez, Trish e Kira por causa do meu... – falei tudo rapidamente, mas hesitei antes de dizer a ultima palavra. Austin levantou a sobrancelha mostrando que estava esperando pelo que eu ia dizer. – Aniversário – completei.

Austin me olhou surpreso, ele provavelmente não fazia a menor ideia disso.

– Sério? – perguntou e eu ri.

– Sim. 17 anos – dei ombros e ele sorriu.

– Que sorte te encontrar então – observou e se aproximou de mim. Lembrei de tudo que passamos na tarde anterior e meu coração acelerou.

No entanto, Austin percebeu a caixa em meus braços e riu. Ele pegou a caixa sem falar nada e colocou com calma no chão. Voltou a se virar para mim e passou seus braços em minha volta em um abraço apertado.

– Parabéns, Ally. Faz pouco tempo que nos conhecemos, mas você sabe que é muito importante para mim – sussurrou me abraçando. Permiti-me acreditar naquilo, afinal, eu provavelmente, falaria o mesmo.

– Obrigada. Eu digo o mesmo – afirmei e ele nos separou, essa parte é a pior.

– E onde estão os três? – Austin perguntou confuso se referindo a Trish, Dez e Kira.

– Me abandonaram – lamentei e Austin sorriu.

– Quer companhia? – perguntou. Era impossível negar uma pergunta como essa.

– Pode ser. Eu só preciso terminar de ver se as caixas estão certas – falei apontando para a embalagem no chão.

Austin assentiu, mas em vez de me dar a caixa continuou com ela nos braços. Vendo seu olhar firme encarei aquilo para que entrássemos na loja e foi isso que fizemos.

– Pode colocar perto das outras?! – falei um pouco envergonhada. Era meio difícil saber o que falar depois do dia anterior.

Enquanto ele fazia o que eu pedia, contei todas as caixas rapidamente e vi que estava tudo certo. Austin leu com curiosidade a etiqueta e sorriu animado.

– Guitarras novas? – perguntou com um sorriso de criança. Assenti retribuindo o sorriso.

– E muitas outras coisas. Pode voltar aqui essa semana para ver, acho que não quer passar a noite de seu domingo abrindo essas caixas – arrisquei.

– Eu não tenho nada de melhor para fazer. Mas, você não vai passar o resto do seu aniversário aqui – afirmou indo em direção a porta. E eu o segui. Apaguei as luzes enquanto voltava a falar:

– Não vou fazer nada agora, na verdade – falei fechando a porta para evitar olhar para ele.

– Companhia pra casa, então? – Austin perguntou depois de um tempo.

– Você não tem que ir para a sua? – perguntei virando-me para ele e Austin negou.

– Por enquanto não. E meu carro está um pouco longe daqui mesmo – explicou.

– Ok. Aposto que quer apenas saber o endereço da minha casa, já sabe o dos meus dois trabalhos – cruzei os braços enquanto andava e ele veio atrás.

– Um deles foi sem querer, lembre-se disso. E eu estou apenas acompanhando uma garota domingo à noite em seu aniversário porque me preocupo – Austin declarou me surpreendendo.

– Tudo bem, me convenceu – falei suspirando e ele riu.

Austin e eu conversamos o tempo todo, mas em nenhum momento falamos dos beijos do dia anterior. Austin me fazia rir, mas também me fazia pensar em muitas coisas seriamente. Eu gostava disso.

– Se você queria saber, essa é minha casa – falei apontando para casa em que parei na frente ele fez o mesmo. Austin observou a casa com atenção.

A rua era pouco movimentada, tinha apenas um grupo de jovens um pouco distante de nós. Na frente da minha casa tinha apenas uma grama com um jardim até a porta. Um lugar organizado levando em conta que mora apenas eu e meu pai.

– Casa legal – ele sorriu. Provavelmente qualquer um acharia estranho duas pessoas morarem em uma casa, em vez de um lugar menor e coisa do tipo, mas gostávamos do lugar.

– Obrigada por ajudar a moça indefesa aqui a voltar pra casa – brinquei e ele sorriu.

– Sempre aqui pra isso. Pra isso também – Austin falou e me puxou para um beijo repentino. Muito repentino, mas perfeito.

E eu esperava, sinceramente, que meu pai não estivesse vendo o show na frente da casa dele. Ri contra a boca de Austin quando ele brincou me fazendo cócegas.

Depois de tantos anos, finalmente meu aniversário está sendo completo. Perfeito todos foram, mas esse eu sentia que não precisava de mais nada além disso.

– Acho melhor a aniversariante entrar – Austin disse assim que nos separamos. – E Ally sobre isso... – Austin não precisou dizer para que eu entendesse que “isso” é a nossa relação indefinida. – Precisamos conversar sobre isso algum dia. Mas, por enquanto saiba que, espero que esse seja o primeiro aniversário que passo ao seu lado de muitos – garantiu.

Decidi que eu realmente não estava mais tão preocupada com essa conversa, essa declaração por enquanto já era o bastante. Austin e eu trocamos mais alguns beijos antes que eu entrasse em casa. Agora eu poderia afirmar com toda certeza, que foi um ótimo aniversário.


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Notas finais do capítulo

Fofos demais. O que acharam? E caso estejam cansadas de muita fofura, não se preocupem, prometo que não ficará chato. Comentem! Beijos.