Inesquecível escrita por Ju Dantas


Capítulo 14
Inesquecível




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Inesquecível: Que não se consegue esquecer; que fica na lembrança; memorável; marcante

Havia muitas coisas que eu poderia ter dito naquele momento. E a primeira e mais sensata seria um sonoro não.

Não. Eu não estava à venda a preço de um apartamento e alguns dólares. Mesmo ela tendo me conhecido como um maldito garoto de programa.

Mas aquela era a garota que eu desejava quase a raias da obsessão desde que pusera meus olhos nela pela primeira vez.

E enquanto ela estava ali parada na minha frente, com os olhos me sondando a espera de uma resposta, eu só conseguia pensar que aquela era as palavras que eu mais quisera ouvir nas últimas semanas.

Minha mente e meu corpo estavam à espera dela.

Meu coração estava à espera dela.

Então, enquanto minhas mãos subiam para tocar seu rosto eu só pensava que nada que viesse do que podíamos fazer juntos seria errado.

Não importava as circunstancias. Eu ia fazer ser perfeito.

–Isto é um sim? – sua voz não era mais do que um sussurro. Eu a escutei como carícia em meu intimo.

–Alguma vez eu te disse não? – meus dedos traçaram seu rosto e retiraram seu casaco por seus braços.

–Você me disse não quando te propus da primeira vez

Eu segurei a barra de sua blusa e ela ergueu os braços obedientemente para eu tirá-la.

–Você não pediu pra eu fazer sexo com você daquela vez.

Seu rosto surgiu meio surpreso e vermelho depois que a blusa desapareceu.

–Teria respondido sim?

Eu me abaixei e segurei seus pés para retirar a bota que devia custar mais caro do que todas as minhas roupas e sorri de lado ao responder.

–Com certeza. – meus dedos desabotoaram seu jeans e puxaram para baixo, o retirando dela sem dificuldade.

Eu a olhei de cima a baixo. Ela mordeu os lábios e me olhou em expectativa.

E naquele momento eu nos vi como realmente nós éramos. Eu estava abaixo dela, aos seus pés, como um serviçal, um escravo. E mesmo assim a adorando e pedindo permissão para tocá-la.

–Me leva para a cama, Edward – ela pediu baixinho, como se soubesse que eu estava esperando uma deixa. Uma ordem.

Eu me levantei. Em todos os sentidos.

–Então me mostre onde é o quarto – respondi e ela riu. Linda.

Segurando minha mão, ela me guiou pelo corredor até um quarto que também tinha uma linda vista da cidade. Ao longe eu vi a ponte e o Rio Charles.

Mas meus olhos registravam tudo ao nosso redor apenas remotamente. Minha atenção estava toda em Bella King, magistral em seu conjunto de lingerie de renda com os olhos presos em mim quando se deitava sobre a cama.

Eu comecei a tirar minhas roupas rapidamente. Respirei aliviado ao pegar a camisinha que levava na carteira e jogar sobre a cama.

Seus olhos pareciam entre divertidos e curiosos, enquanto me espiava.

–Você é tão bonito.

Eu parei nu, em frente à cama e me ajoelhei no colchão segurando suas pernas e beijando seu tornozelo.

Ela fechou os olhos e mordeu os lábios segurando um gemido.

Eu me deitei ao seu lado e limpei alguns fios de cabelo de seu rosto.

–Abra os olhos

Ela me encarou e eu desgrudei seus dentes dos lábios

–Não se segure. Quero ouvir todos os seus gemidos. – meus dedos passearam por seus lábios e ela segurou minha mão e beijou meus dedos com os olhos fantásticos fixos em mim.

Eu rezava para ter resistência e não acabar com tudo antes de começar.

Havia esperado demais por aquele momento para deixar tudo terminar rápido.

Beijei seu rosto corado e deslizei meus lábios até sua orelha.

–Sabe quantas vezes eu gozei pensando em você, imaginando você assim, gemendo pra mim?

–Então temos algo em comum – ela murmurou puxando meus cabelos até que sua boca cobrisse a minha com fúria.

Foi a minha vez de gemer e escorregar minha mão até suas costas e puxá-la. Nossas peles quentes e ansiosas se encontraram e os gemidos foram de todos os lados agora. Eu podia jurar que havia faíscas sendo geradas de nosso contato.

Nossas línguas se entrelaçaram, nossos quadris se buscaram e se roçaram, e eu senti o puxão forte da minha ereção querendo entrar nela e a acabar logo com aquilo. Mas eu não podia. Não ainda. Eu tinha que me lembrar que Bella nunca tinha feito aquilo antes.

Com um gemido de frustração, eu peguei suas mãos que estavam por toda parte de meu corpo agora e descendo cada vez mais e a segurei acima da cabeça, apartando nosso beijo.

Ela ofegou. Eu ofeguei.

Seus quadris continuaram a subir em direção ao meu.

Eu a segurei

–Vamos devagar, Bella.

–Não me sinto com vontade de ir devagar.

–Eu só quero que seja legal pra você também.

–Acha ruim eu ser virgem?

–Não quero te machucar. Nunca transei com ninguém assim antes.

–como foi sua primeira vez? – sua pergunta surgiu do nada, fazendo com que eu franzisse minha testa, tentando lembrar de como foi minha primeira vez.

–Eu era muito novo. Acho que uns catorze anos ou algo assim. Estávamos numa daquelas brincadeiras de verdade ou consequência acho. Não me lembro bem como foi. Nem me lembro o rosto dela...

Voltei ao presente com Bella ainda olhando ansiosa pra mim.

Perguntei-me se ela iria esquecer do meu rosto também quando passasse os anos.

E não gostei daquela opção.

Eu me ajoelhei de novo sobre ela.

–Olhe pra mim. – pedi começando a tirar seu sutiã e depois sua calcinha fez o mesmo caminho.

Ela vai lembrar de mim. Não ia esquecer. Eu me certificaria disto.

Eu a toquei com o cuidado de uma criança com um presente há muito esperado querendo desembrulhar rápido, mas com medo do momento passar logo.

E ela gemia, arqueava. O tempo inteiro eu pedia que ela não fechasse os olhos, que olhasse pra mim.

Só para mim.

Eu a adorei com meus lábios e minhas mãos.

Não havia seios mais lindos que os de Bella. Tinham o tamanho ideal para minhas mãos. Eriçavam-se sob meus dedos e com o calor da minha respiração.

Sua pele era tão macia que eu nunca me cansaria de tocar e beijar.

Seu sexo era quente, úmido e pulsava sob minha língua.

E seus gemidos. Ah, seus gemidos.

Eu podia ouvi-los eternamente.

Eu sabia que nunca mais esqueceria daquele som. O som perfeito que escapava de seus lábios enquanto ela gozava em meus lábios.

E quando eu me posicionei entre suas pernas, enfim, ele me fitou sem eu pedir.

–Por favor... – seus braços e pernas me aconchegaram, me prenderam.

Eu não queria sair nunca mais dali.

Então eu estava entrando nela. Houve apenas um instante de hesitação quando senti a barreira já esperada, mas Bella apenas forçou seus quadris para cima, me obrigando a ir em frente. E enfim, estava feito.

Eu estava dentro de Isabella King.

Por um momento, eu apenas fiquei ali. Ouvindo nossos próprios corações batendo descompassado no mesmo ritmo. Seu corpo se esticando dolorosamente para se adequar ao meu.

–Tudo bem?

Ela sacudiu a cabeça positivamente.

–Dói?

–Nada que eu não posso aguentar.

–Não quero mais machucar você. – eu a queria desesperadamente, mas eu iria parar se ela pedisse.

–Eu aprendi muito cedo que as melhores coisas da vida não acontecem sem ter um pouco de dor envolvida – ela disse com um sorriso de Isabella King.

Seus dedos se infiltraram em meus cabelos. Seus quadris se moveram sob os meus. Eu gemi, perdido, começando a estocar dentro dela.

–Porra, Bella!

Ela beijou meus ombros, meu rosto, mordeu minha orelha.

–Era assim que imaginou estar dentro de mim?

Eu aumentei o ritmo, batendo com força, perdendo o controle.

–Não, é ainda melhor. - enfiei meu rosto em seu cabelo e gozei forte dentro dela.

Eu sentia seus dedos acariciando meus cabelos, enquanto nossa respiração voltava ao normal. Levantei a cabeça e a fitei. Ela sorria. Seu rosto vermelho e suado nunca me pareceu tão lindo.

–Então é assim – foram suas palavras simples, fechando os olhos.

Eu deixei. Beijei suas pálpebras cerradas, a ponta de seu nariz perfeito e seus lábios, e ouvi seu ressonar tranquilo.

E, enquanto saía de dentro dela, eu me dei conta de que ela estava dentro de mim agora.

Eu tinha me apaixonado irreversivelmente por Isabella King.


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