Black escrita por Artur


Capítulo 8
Capítulo 08: Confiar


Notas iniciais do capítulo

Oi leitores queridos! Aqui vai mais um capítulo meio longo. Teremos a introdução de personagens importantes para o rumo da fic, esperam que gostem! Tenham uma ótima leitura :D



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Black

Capítulo 08: Confiar

O silêncio já se tornara duradouro e os sobreviventes continuaram a se encarar, era possível ouvir a respiração ofegante de alguns diante dos momentos de tensão que tiveram minutos antes. Os olhares atentos e tortos misturavam-se como se travassem uma batalha, as expressões de cada um eram marcadas por uma seriedade extrema, já âmbito se tornou pequeno e apertado diante de tantas pessoas que nele estavam. O primeiro passo dado faz todos ficarem em alerta, fora o xerife Grimes quem primeiro se manifestou.

Rick realiza pequenos e singelos passos assumindo à frente dos membros do grupo ao qual liderava, enquanto afronta o grupo desconhecido que apesar de tudo, não recuava. E, com uma calma e frieza incontestável, Rick passa a mão direita pelo coldre em volta da cintura e retira uma pistola que ali existia. A arma é erguida lentamente na direção frontal, os olhos de Rick exalavam um ar ameaçador por todo o local, o xerife estudava calmamente a reação do grupo aposto, muitos se assustaram e apenas um homem permaneceu convicto. O negro demonstrava uma firmeza admirável ao ponto de rebater a ameaça de Rick fazendo-o trincar os dentes e destravar a pistola, algo definitivamente grande estava prestes a acontecer.

Um dia antes...

Rick havia terminado o discurso, e o que fora dito não agradou nem um pouco Sofia, que realmente ficou assustada ao saber que iria enfrentar algo que jamais cogitou pensar. Mas Sofia sabia que cada dia no apocalipse era uma guerra enfrentada, por isso a loira presava tanto pelos companheiros de grupo e pelo refúgio que conseguiu encontrar em meio a tanta desgraça.

O grupo estava abatido após o resgate de Glenn e o mini ataque dos capangas do Governador, alguém que Sofia e os demais nem sequer conheciam, mas já o temiam por tanta insanidade que o mesmo praticou. Primeiro, espancando Glenn até que o mesmo revelasse a localidade da prisão, e depois por atacar covardemente a prisão quando ninguém estava preparado para algo do tipo.

— Preciso que alguém fique vigiando o pátio, não sabemos quando eles voltarão e tudo que menos quero é outro ataque surpresa. - Rick Proferiu em um tom de voz grave e sério, o xerife toca no ombro direito de Carl enquanto se retirava do bloco onde todos estavam.

— Eu não consigo acreditar, não posso acreditar nisso. - A voz tristonha de Carol se ecoou em meio a soluços, as lágrimas já escorregavam pelo rosto da mulher que estava sendo amparada por Lori. — Daryl desistiu de todos nós, só por causa daquele cretino do Merle? Ele já fez muita coisa por nós para nos largar assim desse jeito.

— Eu entendo o que você está sentindo, Carol. Mas é como o Rick me disse, agora temos que pensar na proteção do nosso grupo, Daryl com certeza fará muita falta, mas cada lágrima derramada não mudará a situação em que estamos. - Bradou Sofia, com uma seriedade que nem ela acreditava que podia ter.

A loira na verdade escondia o que realmente sentia, afinal, o grupo estava prestes a enfrentar uma guerra com um grupo totalmente perigoso e Com certeza os sentimentos não ajudariam em nada. Sofia estava triste e chateada com o que Daryl fez, mas também estava disposta a esquecê-lo e seguir em frente na sua luta pela sobrevivência.

— Eu fiquei tão preocupada com você, Glenn. Você não tem noção do tamanho da angústia que senti quando Sofia nos contou que você foi levado pelos estranhos, mas conseguimos e trouxemos você de volta para o nosso lar. - Balbuciou Maggie, tentando evitar as lágrimas, a jovem estava sentada ao lado de Glenn na cama de uma das celas da prisão, o coreano ainda resmungando diante das dores dos ferimentos acaricia o rosto da Grenne esboçando uma expressão abalada.

— Eu te amo, e não sei o que faria se eu te perdesse. Nada nesse mundo acabado me afastará de você. - Proferiu Glenn, segurando a mão da companheira com firmeza enquanto desferia um beijo de leve na testa de Maggie.

— Esses ferimentos, você foi muito torturado, só de imaginar você apanhando faz meu coração apertar. Eu também te amo, Glenn, só tenho medo de perder quem eu gosto por causa daquele miserável. - Maggie não aguentou e acabou imergindo em lágrimas, sendo amparada pelo namorado que a abraçava carinhosamente.

— Nós vamos passar por essa situação juntos. Todos nós. E então quando tudo terminar, você estará ao meu lado para agradecer por mais um dia de vida. - O coreano tentou amenizar a preocupação da companheira, os dois trocam olhares sinceros e de profundos sentimentos, até trocarem por fim, um último abraço antes de partirem para a vigília da prisão.

Sofia estava pensativa, procurando encaixar as coisas e focar na situação atual. A loira provou para si mesma que é capaz de defender quem gosta, algo que não conseguiu fazer com a irmã. Caminhando pelo bloco C, Sofia se depara com Beth sentada em uma cadeira e Michonne, a qual fazia uma série de exercícios físicos no chão frio da prisão.

— Eu esqueci de te devolver algo, Beth. A faca que você me deu salvou minha vida, sabia? Obrigada! - Sofia ergue uma faca mediana e a entrega para Beth, que a recebia com um longo sorriso esbelto. — Como vai a perna?

— Acho que meus movimentos ficarão limitados, então não ajudarei muito nessa situação em que nos encontramos. Só me sinto impotente, sabe? Sendo sempre protegida e nunca recompensar por isso, é frustrante. - A filha mais nova de Hershel respondeu com sua voz doce e suave, os olhos de Beth demonstravam sua profunda decepção por não poder ajudar muito.

— Você poderá ajudar, também tive minha perna baleada e mesmo assim consegui trazer Sofia à prisão e ainda resgatei Glenn. - Michonne interrompe a adolescente, seus olhos inexpressáveis fitavam Beth e Sofia, a negra por fim, logo volta aos exercícios que outrora fazia.

— Michonne, você já esteve em Woodbury antes de me encontrar no dia em que eu e o Glenn capotamos? Como é lá? E como esse Governador é afinal de contas? - Questionou Sofia, fazendo Michonne interromper os exercícios mais uma vez enquanto dava um suspiro tentando evitar tais lembranças.

— Chegamos lá antes do inverno, tinha outra além de mim, Andrea. O líder da cidade nos recebeu de braços abertos, tinha muita coisa errada acontecendo e eu percebi isso. - Michonne começou a responder as pergunta de Sofia até o momento em que parou, fechou os olhos e continuou. — Mas Andrea não quis acreditar em mim, ela preferiu uma cama quente à uma amiga.

Após o resgate de Glenn, Michonne contara a Rick e os demais que havia passado o inverno todo ao lado de uma antiga companheira de todos, e que agora ela dormia com aquele que prometeu matar todos que estão na prisão. Sofia parou por alguns minutos para pensar na situação em que Andrea se encontrava, Sofia não a culpava, afinal, não são todos que tem o dom de confiar nas pessoas certas.

— Perdemos muito com a saída de Daryl do nosso grupo. Você sabe que sem ele nossas chances se reduziram a metade! - Carol sussurrava próxima a Hershel em outra cela mais afastada

— Tenho certeza que Rick encontrará uma maneira de contornar todos os problemas. Sempre foi assim. - Hershel respondeu passando um algodão com álcool por cima da ferida de Carol.

Hershel termina de tratar do ferimento que existia no rosto de Carol após a mesma ser atingida de raspão por uma bala. Rick se aproxima dos dois, o xerife aparentar estar visivelmente abalado com toda essa situação que envolvia o Governador.

— Não se preocupe, é preciso mais do que isso para me derrubar. - Brincou Carol, respondendo imediatamente uma possível pergunta iminente de Rick, o xerife sorri e logo retrocede os passos para sair do espaço. — Espere, Rick! Eu preciso falar com você.

A mulher dona de cabelos curtos e grisalhos andeja na direção de Rick assim que Hershel termina o tratamento. Carol olha fixamente para Rick, a mulher demonstrava uma seriedade incrível.

— Você sabe que estamos em desvantagem. Glenn disse que esse tal de Governador tem uma cidade inteira para seguir as ordens dele, tenho receio se conseguiremos permanecer na prisão depois de tudo que está por vir.

— Você acha mesmo que perderemos para eles? Carol, você sugere que deixar a prisão é a melhor opção agora? - Retrucou Rick, estando indignado com o que acabara de ouvir.

— Não é isso Rick, só acho que você tem que perceber as nossas condições. Sinceramente? Não acho que um idoso de muletas, uma adolescente com uma perna machucada, uma grávida e um garoto possam ser uma vantagem.

— Ainda temos o Glenn, a Maggie, Michonne e você. Poderemos e vamos sair vitoriosos, Carol. Demos nosso sangue para dominar toda a prisão, e não sairemos tão facilmente.

— Eu entendo, sei que deixar a prisão nem chega a ser uma possibilidade, então espero que você tenha outra opção em mente e...- Carol rebateu sendo interrompida por Rick.

— Lutar, enfrentar todos os desafios que virão, essa é a opção mais viável. - Respondeu Rick completamente seco e direto, o xerife dá um passo mais à frente, fitando seu olhar completamente sério nos olhos convictos de Carol. — Nós vamos vencer, e quando parecer que iremos perder, lutaremos até reverter a situação.

Carol provavelmente era a única do grupo que pensava de uma maneira ampla. A sobrevivente sabia que não era a mesma mulher submetida ao marido de anos atrás, por isso tentava procurar soluções mais inteligentes. Mas na verdade, Carol estava com medo de tudo que estava prestes a acontecer, abalada com a ida de Daryl e receosa do que poderia acontecer ao restante do grupo.

O dia logo passou e assim que amanheceu, Sofia foi juntamente a Carl, em direção aos corredores dos blocos de celas que se ligavam entre si. Sofia iluminava tudo com uma lanterna enquanto Carl deixava sua arma erguida, atento a qualquer coisa que possa surgir. A dupla estava indo em direção a enfermaria para pegar mais esparadrapos e gases a pedido de Hershel e aproveitariam para conferir o estoque de medicamentos da prisão.

— Sofia, você me prometeu que um dia jogaríamos basquete na quadra da prisão. Um dia eu irei cobrar! - Carl exclamou, contente. Apesar de toda a situação e querer ser maduro, o filho de Rick não deixava o lado infantil de lado.

— Claro que me lembro! Só que hoje não vai dar, ok? E também eu acho que o Rick não estaria de acordo, com tanta coisa acontecendo.

Sofia responde com um sorriso no rosto, a loira encosta mão no chapéu de xerife do garoto que rebate com uma careta. Mas o momento logo é desfeito quando um grito atordoante se ecoa pelos corredores do bloco A, Sofia entra em alerta, o mesmo acontece com Carl que muda a feição rapidamente.

O filho do xerife retorna a posição de alerta, seus vibrantes olhos azuis movimentavam-se com rapidez tentando encontrar o motivo do grito de outrora. A respiração de Sofia já começava a ficar arfante, a loira ia realizando pequenos passos à frente enquanto iluminava o local com sua lanterna.

— Será que foi alguém do nosso grupo? A Carol ou até mesmo a Maggie? - Questionou Sofia em relação ao grito que se ecoou mais uma vez, ficando nítido que se tratava de uma mulher.

Carl nada responde, o filho do xerife simplesmente corre pelos corredores do bloco A, ao qual não havia sido completamente limpo pelo grupo. Sofia desaprova a atitude do garoto, mas não tem opção senão correr atrás de Carl. O garoto chega em uma parte do bloco que o grupo de Rick ainda não havia explorado, e, conforme os gritos aumentavam, os passos da dupla ficavam mais velozes.

— É ali! Vem daquela direção! - Exclamou Sofia, apontando para uma porta semiaberta. Carl corre na direção da mesma e assim que consegue abri-la, o jovem se depara com um grupo de desconhecidos praticamente encurralados por errantes na barbearia da prisão.

Sofia se espanta ao ver a quantidade de sobreviventes que se encontrava ali. Um homem de barba estava de pé, esperando um dos vários errantes se aproximar. Já uma mulher de curtos cabelos escuros se encolhia no canto da parede com mais dois jovens aparentemente gêmeos. Ainda havia um trio de sobreviventes acompanhando o homem que estava em pé.

— Carl! - Sussurrou Sofia, assim que o jovem adentrou a sala e desferiu o primeiro disparo no crânio do primeiro transformado que via. O grupo de desconhecidos logo demonstram o espanto após o disparo.

Carl continua a disparar nos outros errantes que dividam o âmbito com os sobreviventes. Sofia imediatamente ergue seu facão e corre na direção de um transformado que estava prestes a morder uma ruiva. Sofia chuta o errante que vai ao chão e logo em seguida tem seu crânio perfurado pela loira.

— Você está bem? - Perguntou Sofia à ruiva que responde assentindo com a cabeça, a mulher aparentava um nervosismo imenso e sua pele pálida comprovava isso.

Enquanto ajudava a ruiva a se levantar, Sofia não percebe a aproximação de um andarilho que, sorrateiramente, estava prestes a morder o pescoço da loira. Carl ainda tenta avisá-la, mas não surtiu efeito se não fosse por um outro rapaz, que efetua um disparo em cheio no crânio do andarilho.

— Agora estamos quites. - Disse o rapaz, assim que Sofia o olhou assustada. O homem realiza um esbelto sorriso, seus olhos ficaram Sofia por alguns segundos, mas a loira fez questão de interromper o momento correndo na direção se Carl.

— Carl! Tudo bem com você? - Perguntou a loira, visivelmente nervosa. Carl responde sinalizando um sim com a cabeça, todos os errantes já haviam sido eliminados e o grupo de desconhecidos logo se reunia no espaço.

— Obrigado! Vocês foram de grande ajuda, já estávamos ficando encurralados aqui dentro. - O homem de barba, que aparentava ter a mesma idade de Rick se pronunciou. — Me chamo Allen, essa é minha esposa Donna e meus filhos Billy e Ben.

— Nós dispensamos as apresentações por enquanto. Só queremos saber como vocês entraram na prisão? Respondam! - Berrou Carl, apontando sua arma para os sobreviventes, fazendo o mesmo recuarem.

— Carl, o que você está fazendo? - Sofia indagou, estranhando o ato realizado pelo garoto que se mantém determinado.

— Eles podem ser os capangas do Governador. Não podemos arriscar!

— Calma aí garotinho. Não fazemos a mínima ideia do que você está falando, entramos aqui por uma entrada de um muro caído. Não queremos problemas. - Explicou o homem que salvara Sofia minutos antes. Carl resiste, mas logo acaba abaixando a arma, todos se entreolham por alguns segundos até outro grito se ecoar pela prisão.

— Deve ser o Tyresse e os outros! Vamos atrás deles! - Exclamou Allen, retirando-se do espaço enquanto corria pelos corretores do bloco. Sofia e Carl trocam um olhar assustado, sem compreender a situação.

— Tem mais pessoas do nosso grupo, nos separamos assim que entramos aqui! Provavelmente estão em perigo! - Berrou com urgência a ruiva que Sofia salvou, e assim como Allen, todos do grupo correram em direção aos demais.

— Tyresse! Sasha! Chris! - Gritou Allen, correndo pelos apertados corredores, o restante do grupo segue logo atrás, até se depararem com uma mulher negra, de camisa regata de tonalidade bege e o cabelo crespo preso em uma espécie de coque.

— Pessoal! Por aqui! Sou eu, Sasha! - A mulher gritou, fazendo todos os sobreviventes correrem na direção dela. — O Tyresse e os outros estão lá dentro, temos que ajudá-los!

Sasha apontou para uma porta, se tratava da quadra de basquete da prisão a qual estava completamente inventada de andarilhos, olho de relance para Carl que aparentava não acreditar no que acabara de ouvir. Assim que todos adentraram na quadra, foi possível notar a presença de um homem negro e alto estando mais afastado de um casal de adolescentes que tentavam se proteger dos zumbis.

— Julie, Chris! Por aqui! - Berrou Sasha, atordoada, o casal corre na direção da mulher enquanto Allen e outro rapaz eliminavam os errantes que se aproximavam durante o trajeto.

— Tyresse! Tyresse! Saia daí logo! - Berrou novamente Sasha, agora aparentando estar ainda mais nervosa com toda aquela situação. Tyresse então, acaba sendo cercado pelos restantes dos transformados que não eram poucos.

O negro acaba ficando no centro de um círculo completamente infestado por errantes. Mas Tyresse demonstrando sua bravura, retira um martelo da cintura e aplica diversos ataques nos crânios dos errantes que o cercavam. Os movimentos se repetiam por várias vezes, muito sangue foi jorrado e por incrível que pareça, Tyresse conseguiu se safar completamente ileso.

Todos imediatamente saem da quadra de basquete infestada para o corredor do bloco A. Tyresse é abraçado por Sasha, mas logo sua atenção é voltada para Julie, a qual era filha do homem.

— Não somos os únicos nessa prisão. Levaremos vocês ao restante de nós. E assim tomaremos as melhores medidas em relação a todos vocês. - Bradou Sofia, tentando manter uma calma que não existia. Assim que o grupo chega no bloco D, Rick e os outros surgem com uma feição séria, todos já iriam partir em direção aos disparos e gritos de outrora.

— Sofia? Carl! O que aconteceu com vocês? - Lori gritou, angustiada. A grávida imediatamente corre na direção do filho dando-lhe um beijo na testa repleto de preocupação. — E quem são eles?

— Eles entraram por uma parte cedida da prisão. Estavam em apuros, mas o Carl e eu conseguimos ajuda-los um pouco. - Respondeu Sofia, fitando o olhar em Rick. - Eles estão cansados de sobreviver lá fora, trouxe eles até aqui para sabermos se eles podem ou não ficar.

Rick olha para Sofia por alguns segundos, como se estivesse julgando a atitude da loira nos pensamentos. O xerife então, olha para todos os sobreviventes do grupo desconhecido que ali estavam, e em seguida, olhou para os membros do próprio grupo a qual liderava.

— Me desculpe, mas não podemos aceitá-los. Não depois de tudo que passamos, e do que iremos passar. - Esbravejou Rick, sua voz esbanjava uma seriedade incrível e ao mesmo tempo uma tranquilidade em ditar tais palavras.

O grupo de estranhos se entreolham, suas expressões demonstram o visível cansaço que tinham naquele momento. Tyresse põe-se à frente do próprio grupo, olhando para Rick como se implorasse por misericórdia.

— Por favor, não somos ruins e você sabe disso. Tudo que queremos é parar em um lugar que possamos chamar de lar e viver afastado das criaturas lá de fora. Eu vi que você tem um filho, e preza pela segurança dele, mas eu também tenho a Julie, então por favor.. Não deixe a vida dela em risco nos mandando embora.

Rick nada responde, apenas gesticula um sinal de negativo com a cabeça, enquanto retirava do coldre sua pistola e apontava na direção de Tyresse, querendo apenas testar a reação do grupo oposto.

— Espere Rick! Não tente fazer nada estúpido com essas pessoas! Todos nós sabemos que no mundo em que agora vivemos, algumas coisas perderam o significado, a confiança foi uma delas. - Começou a esbravejar Sofia, fazendo uma pausa para olhar para todos que naquele espaço estavam.

— Sofia...- Rick tentou dizer algo, mas fora inútil uma vez que Sofia o interrompe aumentando o seu tom de voz.

— É praticamente impossível confiar em alguém nas condições atuais. Todos nós sabemos que os humanos são ameaças bem maiores que os próprios errantes. Mas a confiança não é algo que surge ou brota do chão, e sim algo que se constrói devagar.

— É por isso Rick, que mesmo achando que ninguém é de confiança, no fundo sabemos quem é quem de verdade. Senão você não teria me aceito aqui, pense bem Rick! Eles podem nos reforçar na batalha contra maldito do Governador, podemos reverter a situação, é tudo questão de confiar! - Bradou Sofia, extremamente convicta nas próprias palavras. A loira sabia que o grupo de Tyresse não merecia lutar por mais num dia de vida no lado de fora da prisão, e por isso tentava convencer Rick do melhor a se fazer.

— Tudo bem, vocês ficarão. Mas teremos que conhecer cada um de vocês primeiro, e agradeçam à Sofia, ela é boa com palavras. - Sibilou por fim Rick após alguns segundos de silêncio. A loira eleva seu olhar na direção do xerife tentando processar o que ele acabara de dizer.


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Notas finais do capítulo

E então? Deixem suas opiniões nos comentários, é muito importante! Introduzi o grupo de Tyresse com algumas mudanças em relação à série como por exemplo; Donna não foi mordida, os gêmeos Ben e Billy foram mantidos (na série só Ben apareceu na prisão), mantive Sasha como irmã de Tyresse, e Julie e Chris que são exclusivos da HQ.

Os outros três são respectivamente: Ethan(o que salvou Sofia), Cassey( a ruiva) e Thomas. São personagens de minha autoria. Veremos mais deles no próximo capítulo, até breve!



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