Black escrita por Artur


Capítulo 16
Capítulo 16: Plano de Guerra


Notas iniciais do capítulo

Heey pessoal! Como vão? Espero que estejam bem! Chegamos ao capítulo dezesseis de Black! Restam mais quatro para o desfecho de tudo! Então, entrego-lhes mais um capítulo bastante movimentado e turbulento, aproveitem! Beijoos!



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Black

Capítulo 16: Plano de Guerra

De todos os errantes que já matou, nenhum teve um impacto tão profundo em Sofia. Seu pai havia sido morto e deixando para transformar-se em um andarilho sedento em carne, e, com um peso enorme na consciência, Sofia dera finalmente misericórdia ao pai.

Seth se encontra agora estirado no chão úmido do campo da prisão. Nada se ouvia após o barulho do disparo de outrora efetuado por Sofia, assim como a própria loira - ainda estagnada e trêmula -, que simplesmente chorara diante de tudo.

Eis que Scott finalmente percebe o que de fato havia acontecido, o jovem descobriu que sua mãe e sua irmã mais nova estavam mortas no mesmo dia em que o pai fora morto. O jovem corre, ainda imergindo nos próprios soluços, na direção de onde o pai tivera seu ponto final. Scott desaba ao chão bem ao lado do falecido pai, o loiro pretendia acreditar que tudo não passava de um pesadelo cruel, contudo, aquilo era de fato real, e os próximos dias seriam os mais difíceis para os sobreviventes.

O luto prevaleceu na prisão. Seth havia sito enterrado no dia seguinte ao lado de outros túmulos, e quem ainda permanecia vivo queria acreditar que não haveria mais mortes, que não seria necessário cavar outra cova. Allen fora lembrado em uma cerimônia singela, afinal, o corpo do homem fora completamente incinerado com a explosão da torre onde estava. Donna e Ben sofriam calados com a perda de Allen, já Billy esforçava-se para se manter forte

Sofia caminhava pelo pátio com Ethan ao seu lado, ambos calados. Nenhum dos dois se atrevia a dizer algo naquele momento, mas Ethan sabia que deveria estar ao lado da amada em um momento tão difícil. O mesmo se repete com Sofia, que sente profundamente a dor que Ethan sente pela perda recente do irmão, naquele instante, ambos compartilhavam o mesmo sentimento, a mesma dor.

— Você sabe que precisamos conversar sobre o que você fez... sobre o que aconteceu em Woodbury. — Ethan tomou coragem para romper com o silêncio, Sofia para imediatamente de caminhar enquanto fitava o amado em um gesto confuso. — Você se arriscou muito, e sua tentativa de derrotar o Governador internamente foi tola, ninguém conseguirá derrotá-lo sozinho.

— Sua sinceridade é encantadora. — A loira brincou com o que acabara de ser dito por Ethan, no fundo Sofia sabia que sua ideia fora realmente precipitada e poderia trazer diversos riscos para si. — Mas se eu não tivesse ido e fingido minha traição, provavelmente eu estaria lutando contra meu irmão e meu pai daqui a sete dias. Agora eu sei que pelo menos um deles está a salvo.

A visita inesperada do Governador durante a madrugada trazendo Seth transformado e iniciando a contagem regressiva para o confronto final entre os dois grupos de sobreviventes, mexia completamente com os pensamentos de Sofia e dos demais. Tudo que aconteceu não passou de meros preparativos para a verdadeira guerra que virá, e, apesar de viverem em um apocalipse, os mortos ficaram como segundo plano quando a ameaça de humanos tornou-se real.

Ethan e Sofia adentram na prisão, Lori fez questão de informá-los que o almoço estava sendo servido. Os mantimentos da prisão ainda eram o suficiente para mantê-los de barriga cheia, contudo, era preciso fazer uma divisão para que não extrapolem ao se alimentarem. Lori havia preparado com o auxilio de Beth uma panela de arroz cozido com algumas carnes enlatadas, misturaram tudo e serviram em pequenos recipientes, não era nada sofisticado, mas ninguém ousaria reclamar.

— Quando acabarem, precisamos conversar sobre nosso plano. — A voz de Rick tornou-se presente quando o xerife adentrara no local ao lado de Glenn e Maggie. — Phillip nos deu sete dias para nos preparamos, não podemos desperdiçar o tempo que nos fora dado. Preciso de todos reunidos no bloco de celas D, Tyesse está lá com Sasha analisando os mapas que Sofia trouxe.

Rick explicara o que deveria ser feito enquanto dirigia-se para Carol, que segurava a jovem Judith nos braços com Carl ao seu lado. O líder do grupo da prisão segura a recém-nascida nos braços, olhando-a carinhosamente enquanto Lori observava tudo mais afastada dali. Hershel acaba surgindo com suas duas muletas, olhando preocupado para Rick e Judith.

— Você precisa saber de algo, Rick. — O veterinário tratou de avisá-lo com antecipação, Rick o encara esperando a continuação de Hershel. — Judith precisa de sua fórmula o quanto antes, as comidas que temos aqui são insuficientes para ela, e Lori não tem leite suficiente para amamentá-la.

— Judy vem dando tanto trabalho assim, Lori? — Andrea perguntou, quebrando um pouco o clima tenso que contornava em todos.

— Não se preocupe, faremos uma busca em alguma creche, talvez a mesma que Sofia e Glenn foram meses atrás. — Sugeriu Michonne, relembrando do dia em que se encontrou com Sofia quando a mesma havia sido vítima dos capangas do Governador. — Não é mesmo, Merle?

Michonne lançara um olhar fuzilante par ao irmão mais velho de Daryl, afinal, fora ele quem bateu em Sofia e sequestrou Glenn. Porém as coisas mudaram, e Merle agora se esforçava para manter sua sanidade ao lado do irmão, que insiste na mudança de Merle.

— Não é hora para isso, Michonne. — Daryl retrucou, frio e seco. Todos se entreolham por alguns segundos, incluindo Sofia e o próprio Merle, cujo qual lança um olhar irônico em direção à loira.

— Muito bem, faremos o seguinte; um grupo irá na busca pela fórmula de Judith, não precisam se arriscar muito. Os demais venham comigo, vamos iniciar nossa estratégia. — Rick foi direto ao ponto. — Preciso de nomes, agora.

Sofia é a primeira a se oferecer, Ethan faz o mesmo. Rick não queria obrigar os dois a irem, principalmente com o que aconteceu no dia anterior, mas o casal insiste e o líder acaba cedendo.

— Eu também vou. — A doce e delicada voz de Beth soou-se pelo corredor da prisão, todos a encaram como se estivessem surpresos com a atitude da jovem Greene. — Maggie também pode vir comigo, se quiser.

Rick assente com a cabeça enquanto caminhava na direção do bloco de celas D, onde Tyresse e Sasha estudavam os mapas trazidos por Sofia. Logo Michonne, Carol, Andrea, Daryl, Merle, Glenn, Maggie, Beth, Ethan e Sofia surgiam no mesmo bloco, acompanhando Rick. Os treze sobreviventes se juntavam à Sasha e o irmão, que apontavam uma área especifica em um mapa estirado na mesa.

— Segundo Milton, essas regiões circuladas não foram exploradas pelo Governador, ainda. — Sasha começou a explicar mostrando o lugar dito anteriormente. — Temos que nos apressar, devemos chegar lá antes de Phillip e seus homens.

 — Tem escrito aí base militar 02, provavelmente é uma área extensa. Pelo que Milton me contou recentemente, eles precisavam limpar a área para entrar e saquear todos os equipamentos, então tem uma grande chance desta base estar infestada. — Glenn completou, analisando a situação com muita facilidade, o coreano vira-se para os demais convicto. — Precisamos que os melhores venham para essa missão, além de precisarmos limpar a base, corremos o risco de nos depararmos com o Governador e os seus ratos covardes.

— Isso seria muito azar em um dia só. — Resmungou Merle, enquanto todos permaneciam em silêncio. Rick solta um sorriso lateral em relação a Glenn, que mostrou muita desenvoltura em relação ao que deveria ser feito, após, o xerife olha para Michonne que logo entende o que o mesmo queria dizer.

— Tudo bem, nós dois também iremos. — Daryl interrompeu, revelando que tanto ele quanto o irmão participariam da missão e auxiliariam Michonne. Rick o encara como se não concordasse com a ida de Merle, porém, Daryl o rebate mais uma vez; — O que foi? Glenn disse precisam dos melhores, nós somos os melhores nisso e você sabe muito bem.

— Ele tem razão, Rick. — Assegurou Andrea, entrando na conversa. — Merle já foi a outras missões de coleta com o Governador, ele deve saber alguma manha ou coisa do tipo. Aliás, eu também irei para a missão.

Rick assente com a cabeça olhando para os demais. O xerife decide permanecer na prisão juntamente à Sasha, já que a maioria sairia em suas buscas especificas e Rick sabia que o Governador poderia fazer uma surpresa desagradável a qualquer momento.

— Eu irei, eu preciso ir. — Carol espantou a todos, a mulher de cabelos curtos e grisalhos deu alguns passos à frente enquanto olhava determinada para Rick, que ameaça gesticular um sinal de negativo com a cabeça, mas logo sendo interrompido por Carol. — Não ouse me proibir, você sabe que eu serei mais útil lá do que aqui.

— Tudo bem, então está definido. Michonne, Daryl e Merle, Glenn, Andrea, Tyresse e Carol irão saquear a base militar, os demais vão para a creche tentar arranjar alguma coisa de útil para Judith. — Ditou os nomes enquanto fazia uma pequena pausa com o pensamento distante. — Eu ficarei aqui por via das dúvidas. Vamos começar com o nosso plano de guerra.

Rapidamente o grupo se desfaz. Beth e Maggie se despedem do pai ao mesmo tempo, o veterinário pede gentilmente que ambas tenham cuidado e que não voltem sem trazer a fórmula de Judith. Maggie também se despede do esposo, Glenn, com um beijo carinhoso, ambos se abraçam antes de cada um partir para um veículo diferente.

— Sofia. — Cumprimentou Daryl assim que vagava pelo corredor da prisão e encontrava a loira esvaziando algumas mochilas em sua cela para levá-las na missão. — Sinto muito pelo seu pai.

— Ah, é você Daryl. — Fingiu estar surpresa, não interrompendo o próprio ato. A loira sabia que nutria um antigo sentimento pelo caipira, porém, tal sentimento fora completamente esquecido com a chegada de Ethan no grupo. — Obrigada, não lhe vi no enterro hoje pela manhã.

— Não fui, não gosto desse tipo de coisa. — Respondeu enquanto ajeitava a própria besta por detrás das costas, o caçador parecia querer contar algo além das condolências de antes. — Não ligue para o que Merle fizer, ok? Ele é um babaca mesmo.

— Sim Daryl, ele é um babaca. — Sofia deixou escapar um sorriso enquanto Daryl fica parado e silencioso por alguns segundos, o caçador logo retorna sua caminhada enquanto Sofia demonstra mais um simplório sorriso virando-se novamente para suas mochilas.

 

Glenn e seu grupo na missão iriam na picape vermelha – a mesma que utilizaram dias atrás –, enquanto a equipe da fórmula iria no carro prateado que Rick tinha sempre a disposição. Tyresse decide mudar seu destino de última hora, juntando-se a Ethan na busca pelo alimento de Judith. É Carl quem abre as cercas que ligavam ao campo da prisão, o garoto obtém a ajuda de Scott e  Billy, que demonstravam um interesse em ajudar na missão, mas foram proibidos por Rick, Sofia e Donna respectivamente.

Os dois veículos seguiam lado a lado na mesma estrada por alguns longos minutos. Glenn pilotava a picape com Andrea e Michonne ao seu lado, já na caçamba estavam Carol, Daryl e Merle. Glenn logo desvia o caminho enquanto Ethan e os outros sobreviventes seguiam reta a trajetória.

— Sabe, você mudou bastante desde os tempos de Atlanta. — Merle realçou a postura de Carol comparando-a com aquela infeliz mulher no acampamento aos arredores de Atlanta. — Quem lhe vê hoje jamais diria que um dia você vivia e se comportava como um ratinho medroso.

— É, talvez dê tempo para você mudar também. — Carol retrucou, ríspida e astuta.

Cerca de meia hora se passou, e com as coordenadas ditas por Michonne, o grupo logo chegou à base militar destacada nos mapas do Governador. E, assim como dito outrora por Glenn, o local estava completamente infestado por errantes que cambaleavam pelo espaço externo que era rodeado por cercas como as da prisão.

Glenn para o carro enquanto todos desciam do mesmo. O coreano logo avista os transformados que perambulavam pelo ambiente, porém, Glenn tinha outro palpite; os equipamentos potentes estariam no interior da base, enquanto o lado externo apenas servia como dormitórios e coisas do tipo, visto principalmente a presença de tendas montadas em frente à base central.

— Eles vão bloquear nossa passagem. — Concluiu Michonne, também observando os andantes.

— Não se um de nós atraí-los para fora da base. Assim os demais entrariam e saqueariam os equipamentos bélicos, enquanto os errantes seguiam a isca. Se algum zumbi permanecer na área externa, outra pessoa dá cabo e assim manteríamos a ordem. — Glenn explicou o que acabara de pensar, todos concordam assentindo com a cabeça enquanto o coreano caminhava até as cercas do local.

— Quando foi que esse japonês ficou tão inteligente? — Merle questionou de forma irônica, recebendo um olhar de Daryl que já havia explicado a real nacionalidade de Glenn.

— Nós duas atraímos eles. Tem uma ponte ali, podemos levá-los até lá para podermos eliminá-los um por um. Quem sobrar fica na base, enquanto Andrea tenta manter o fluxo de errantes menor para nós duas. — Carol sugeriu.

— Tudo bem, vamos fazer o contorno. Existe uma abertura do outro lado, será perfeito para eles atravessarem. — Michonne realçou, enquanto caminhava juntamente à Carol.

— Esperem! — Daryl exclamou, apressado. — Vocês tem certeza que conseguem cuidar dos walkers sozinhas? Estaremos ocupados dentro da base e não poderíamos ajudá-las caso alguma coisa aconteça.

— Não se preocupe, Daryl. Nós sabemos o que estamos fazendo. — Carol assegurou estando confiante. A mulher responde com um sorriso firme enquanto voltava-se para sua trajetória ao lado de Michonne.

Glenn e os outros já estavam em suas posições, o coreano já abrira as cercas de onde estavam com um alicate que trouxe da prisão, abrindo a passagem de todos eles para a base. Alguns errantes mais dispersos logo percebem a presença dos sobreviventes, porém, Daryl os elimina com sua besta silenciosa, indo na direção dos mortos para pegar suas flechas de volta.

Um pouco mais afastadas dali, Carol e Michonne chamavam a atenção dos caminhantes mais aglomerados que logo iam na direção das duas sobreviventes, que guiavam calmamente os transformados até a ponte próxima da base.

— Elas conseguiram, vamos entrar! — Avisou Glenn, dando os primeiros passos já dentro da área externa da base militar. — Andrea, faça a sua parte do plano. Não deixe os errantes que Carol e Michonne estão atraindo se aglomerarem, elas poderão ter dificuldades. E tome cuidado!

— Pode deixar.  — A loira assentiu enquanto corria na direção dos próprios andarilhos que saiam um por um pela abertura que exista do outro lado da base. Andrea aproveitava o momento para olhar rapidamente o interior das tendas haviam ali, a mulher de cabelos dourados conseguiu encontrar uma maleta de ferramentas e alguns equipamentos medicinais, mas nada de armas ou coisa do tipo.

Rapidamente, Glenn, Daryl e Merle adentram no interior da base militar. A escuridão logo veio à tona obrigando o trio de sobreviventes ligarem suas respectivas lanternas, mas ainda mantendo suas armas erguidas. O ambiente interno era amplo e espaçoso, havia mesas e prateleiras reviradas, muito lixo espalhado pelo chão e alguns militares que morreram e se transformaram ali mesmo.

— Matem aqueles dali, precisaremos daqueles trajes. — Indicou Glenn, apontando para dois andantes que vestiam trajes militares de alta proteção. Daryl e Merle demonstram seus movimentos precisos, o caçador segura o errante por trás erguendo seu capacete protetor enquanto Merle fincava sua prótese afiada no crânio do mesmo. O mesmo se repete com o segundo militar.

Glenn caminha um pouco pelo local até encontrar uma sala reservada, o coreano adentra no local deparando-se com diversos equipamentos espalhados em uma enorme e extensa mesa. Glenn não consegue esconder a felicidade ao ver tantas armas e munições em um único lugar. Daryl logo surge abrindo os armários que ali existiam, encontrando alguns armamentos mais potentes e destrutíveis como uma RPG e um lança-chamas.

— Parece que tiramos a sorte grande! — Merle exclamou ao encontrar uma bolsa com diversas granadas, Glenn e Daryl se entreolham, o asiático sorri enquanto pegava suas mochilas prestes a enchê-las com tudo que encontrar.

Do lado de fora da base, já na pequena ponte próxima dali, Carol e Michonne começavam a eliminar os andarilhos que as mesmas atraíram minutos atrás. A negra é a primeira a começar os movimentos com sua katana afiada decepando e mutilando qualquer carne que via pelo caminho, Carol não ficou para trás; a mulher retira a lâmina afiada que sempre usara de sua cintura, andejando na direção do primeiro errante que surge e logo perfurando seu cérebro.

Contudo, o fluxo de transformados no lado onde Carol estava era definitivamente maior por diversas razões incluindo o porte da faca que Carol portava, sendo menos eficaz que a espada de Michonne que se via ocupada com os zumbis do próprio lado.

— Vamos logo com isso, Andrea! — Ralhou Carol, aflita por ser encurralada aos poucos. Os disparos vindos da direção da base militar logo ecoam-se, Andrea começava a disparar contra os errantes mais lentos que ainda seguiam rumo às sobreviventes.

Carol recua bastante até suas costas se chocarem com a barreira da ponte; ali era o seu limite. E, conforme mais errantes iam na sua direção, Carol busca alguma maneira de livrar-se dos andarilhos mais apressada que o normal, porém, acaba tendo a ajuda de Michonne que reduz a quantidade de walkers praticamente à metade. Andrea também logo surge, correndo na direção das duas sobreviventes com suas duas mãos segurando uma pistola enquanto dispara nos transformados remanescentes.

As coisas se normalizaram, e logo as três mulheres conseguiram eliminar os errantes, mesmo que uma boa parcela inda vagava na direção das sobreviventes que recuaram e novamente fizeram o contorno até chegarem na área onde a picape estava. Alguns minutos depois, e eis que Glenn e os irmãos Dixon surgem com suas bolsas e mochilas repletas de armamentos fortificados.

— Ei, vocês! – O coreano gritou, chamando a atenção das três mulheres. — Entrem aqui, nos ajudem a trazer mais bolsas e colocá-las na picape! - Glenn revelou que haviam encontrado muito mais do que o previsto e que precisariam de ajuda, arrancando alguns sorrisos de felicidade das mulheres, principalmente de Michonne e Carol.

Um pouco mais longe dos seis sobreviventes, Ethan e sua equipe em busca da fórmula da pequena Judith logo chegam à creche destinada. Todos entram ao mesmo tempo no local um pouco amplo, na verdade tratava-se de uma casa espaçosa com uma área grande repleta de brinquedos e balanços infantis.

— Acho que não tem nenhum zumbi por perto, mas de qualquer modo, mantenham-se atentos a qualquer coisa. Da última vez que vim aqui um errante me atacou de surpresa. — Sofia comentou relembrando-se do dia em que veio até a mesma creche acompanhada por Glenn.

— Beth, fique à vista. — Maggie alertou a própria irmã enquanto apunhalava sua pistola e andejava mais à frente. A Greene de cabelos dourados assente com a cabeça enquanto retirava sua pequena faca da cintura e caminhava ao lado de Tyresse pelos arredores da creche.

— Sofia, quando você veio aqui qual foi a área explorada? Creio que os mantimentos que você arranjou ficaram todos no carro capotado... Não quero perder tempo olhando em um lugar que não tem mais nada. — Sibilou Ethan, silenciosamente. Sofia olha para Maggie por alguns segundos relembrando de tudo que passou com Glenn quando os capangas os atacaram.

— Esta área da frente. Lembro-me de pegar algumas fraldas e talcos, existe muito mais por aí. Acho que a parte detrás é onde fica a cozinha, deve haver algo que deixamos passar. — Sofia respondeu calmamente, Ethan assente sorrindo para a loira enquanto dirigia-se com Maggie no local informado.

Tyresse caminhava no lado exterior da creche com Beth ao seu lado. O ex-jogador de basquete lembrava-se da sua falecida filha, Julie, quando criança onde a mesma adorava brincar no parque todos os dias. Tyresse estava parado, observando os brinquedos enferrujados que ali existiam, enquanto Beth acaricia o ombro do negro com uma expressão amistosa em face.

— Você deve sentir saudades. — A loira pronunciou, enquanto voltava-se a caminhar pela área externa. Tyresse acompanha a trajetória de Beth até pararem na parte traseira da casa/creche, a qual dava acesso a rua anterior. — Veja! É uma loja de bebês? Talvez devêssemos dar uma olhada lá dentro, certo?

— Sim, vai ser perfeito! Vá avisar os outros, estou indo para lá caso haja algum errante! — Informou Tyresse, andejando na direção da loja avistada por Beth. A loira caminha na direção da creche quando o barulho de um carro acelerando ecoou-se pelo local, logo em seguida, os pneus cantaram no solo fazendo Beth se assustar enquanto a loira vira-se para Tyresse.

O negro havia sido violentamente atropelado por uma espécie de jipe de guerra, devidamente equipado. Tyresse é lançado por cima do capô do veículo enquanto ia ao chão em questão de segundos, porém, os capangas do Governador logo se revelam saindo do veículo carregando Tyresse e colocando-o dentro do carro.

Beth avistava tudo, chocada e confusa por tudo que aconteceu em questão de minutos. No entanto, sua vida estava por um fio quando Martinez, um dos soldados de Woodbury, ergue uma arma em sua direção.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram? Deixem seus comentários! O próximo será ainda mais intenso, é o que posso prometer! Beijos, até breve!



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