Mil e umas maneiras de escrever PruHun escrita por Beilschmidt


Capítulo 12
Gilbird


Notas iniciais do capítulo

:B era para eu ter postado ontem, mas eu estava cansada demais, fui fazer a primeira fase do Uepa, e hoje fiz a segunda, a última deve ser no fim do mês se não me engano. Bom, para deixar claro e evitar interrogações em seus cérebros, o Alê é o Alemanha AÇSPOÇOPSAÇOSP~ Gute lesen.



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A casa estava escura, era mais ou menos três e doze da madrugada, chovia um pouco. A brisa extremamente gelada ficara só do lado de fora; ele ajeitou o cachecol no pescoço. A bolinha amarela estava dentro do bolso de seu casaco, dormindo. Os seus leves passos pareciam flutuar pelo piso encerado todo revestido com lajotas pretas.

Prússia nem dormira na noite anterior só pensando em como se infiltraria na casa de Hungria sem a mesma perceber, sabia que ela usava vários dispositivos de segurança de alta tecnologia, a maioria eram presentes de Alemanha e Estônia, para evitar tentativas frustradas de Romênia em tentar invadi-la. Mas nem isso o fez parar por ali, logo agora que tinha passado do portão central – o mais perigoso em sua visão – e agora perambulava – atento; claro – pelo corredor da enorme mansão. Na época de sua ascensão com Fritz ele costumava ser cuidadoso com os inimigos, principalmente com as armadilhas. A “casa” da húngara era dez vezes pior que encarar o exército franco em sua máxima força. E quando ela estava por perto… daí era só triplicar o “dez”, mas pode-se acrescentar a unidade milhar.

Tremeu na base ao ouvir a voz dela vindo de um cômodo bem próximo à sua posição. Olhou ao redor procurando um refúgio, mas nada. Uma porta, no fim do corredor, abriu-se lentamente.

A morena surgiu sonolenta, a camisola esverdeada encostava suavemente em suas coxas. Arrumou a alcinha da vestimenta quando esta lhe escorregou pelo ombro; andou calmamente em direção à escada; estava com sede. Prússia, com a visão, ficou estático, poderia não deixar transparecer em público, mas amava coxas grossas, as dela então… Voltou o olhar para a porta aberta e percebeu que era hora de agir. Entrou no cômodo e infiltrou-se por baixo da cama, lá ficou até a moça voltar da cozinha com uma garrafinha de água mineral. A enorme cama redonda dela possuía dois criados-mudos e um de cada lado; apenas o que estava mais perto de seu alcance estava aceso, mas a escuridão se fez assim que o interruptor foi desligado.

Os olhos pesavam, e não demorou muito para o albino se aconchegar melhor e dormir.

.x.

Os pássaros cantavam alegres nos galhos para dar de comer aos seus filhotes. Eram cinco da manhã e não havia amanhecido completamente, os raios de Sol começavam a esquentar nas folhas.

Acordou de supetão e quase quebrou a cabeça ao levantar. Ainda continuava escondido debaixo da cama, suspirou nervoso: E se ela tivesse ouvido? Arrastou-se devagar até o começo do carpete em verde folha e ficou de pé. Ela não estava no quarto. Ouviu um som de água caindo; estava no banheiro, ótimo!

.x.

A porta se abriu e o vapor de água foi liberado. Nada melhor que um bom banho quente logo pela manhã para despertar de qualquer sono que ainda esteja tentando lhe derrubar entre seus travesseiros. Sorriu, amarrou a toalha enquanto caminhava até sua cama; a muda de roupa estava ali, escovou os longos cabelos.

Mas não só a roupa.

Como também uma cesta.

Curiosa, virou procurando alguém pelo quarto; nem precisou tanto esforço, a pessoa estava parada na porta, completamente vermelha e sem reação. Iria gritar, mas nem isso conseguia; também… com a visão daqueles músculos definidos e coladinhos na camiseta preta que ele usava.

A escova voou pelo quarto.

.x.

–Desculpe-me.

Sorriu envergonhada, as mãos apertaram a barra da toalha depois que o curativo fora grudado no queixo do homem.

–Nada. – sentia desconforto, como se o sangue não tivesse sido estancado, mas dane-se – Eu quem devia ter avisado que viria.

–Não precisava.

Afagou os cabelos dele; foi então que se lembrou da cesta. Pegou delicadamente e abriu, quase morrendo de fofura ao ver o conteúdo.

Eram vários passarinhos; minis Gilbirds, dez deles, e todos amarelinhos.

–Pru, o que é isso? – cinco aves empoleiraram-se em sua cabeça e ombros; cosquinhas – Por que tu estás me dando eles?

–Gilbird teve muitos filhotes esse mês e o Alê estava me enchendo à paciência porque está farto de comprar ração para meus filhos. Ele é um mau exemplo de tio. – cruzou os braços, emburrou – Sei que tu podes cuidar dele melhor que eu.

–Posso sim.

–Serão nossos filhos. – sorriu.

Ela sorriu com o tom de rosado de suas bochechas. Pegou-lhe pela mão e levou até seu rosto, sentiu os dedos gelados dele em sua pele a acariciando.

–Daqui um mês vai nevar, e como pretende que eu cuide deles em tamanho frio?

–Meus filhos são resistentes. Até porque o pai deles também é. – Gilbird, em seu ombro, piou afirmando – Mudando de assunto, estás com fome? Sua cozinheira me mandou avisar que a mesa está posta.

–Oh, claro. Deixe-me apenas por uma roupa descente.

–Se tu quiseres eu posso trazer para cá. Mas deixe assim, eu gosto. – girou a maçaneta – Aliás, belos seios…

Um sorriso furioso delineou-se, logo Prússia estava desmaiado no carpete. Dessa vez não fora a escova, e sim o abajur de seu criado-mudo.


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Notas finais do capítulo

Eu ri escrevendo este. Gostei de escrever este capítulo :v para compensar o anterior....
Enfim, estou procurando ideias ainda para escrever Diário de viagem", por isso irei demorar um pouco nele. Além de eu acelerar na postagem de "Sverige", isso para quem os acompanha, claro.
Mas tirando esses imprevistos está tudo bem. As próximas semanas eu terei um tempo a mais para escrever, ok? Kuss.



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