O Diário de Susanne Frank escrita por Cammie Morgan


Capítulo 3
Um pouco de...


Notas iniciais do capítulo

Se estiver confuso, me avisem! Deixem reviews pra eu ir melhorando cada vez mais!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/539141/chapter/3

“Bom, você sabe como é um campo de concentração? É um antro sujo, triste, fedorento e desesperador. Geralmente a sua comida recebe xixi de rato como tempero. A água é o resto de esgoto minimamente filtrado. A faca que eles usam pra tatuar as pessoas é nojenta e a mesma para todos. Você tinha que ficar nua, e os soldados tocavam no seu corpo, e você não podia fazer nada! Tinha que dar o seu corpo até a morte para aqueles trabalhos desumanos! É um inferno!”

Essa foi a resposta que a minha avó me deu quando eu tinha nove anos e perguntei onde ela tinha passado a adolescência.

Foi assustador, na verdade. E ela me contou como tinha sobrevivido e tal. Eu não sabia disso. Porque, na verdade, ela não era minha avó até pouco tempo atrás. Uns oito anos.

Confuso? Vou explicar.

Quando ela, a bisa Edith, a tia Margot e dinda Auguste (sim, Auguste van Pels é madrinha da minha mãe) entraram naquele carro militar, elas não sabiam pra onde iam. Só havia elas e os soldados ali dentro. Logo suspeitaram que os oficiais queriam eliminá-las. Mas por quê?

– Será que nós sabemos de alguma coisa que não devíamos saber? – murmurou a dinda.

– Difícil, tudo lá é muito secreto. – retrucou a bisa.

– Ai, meu Deus, nos salve! – falou tia Margot, angustiada.

– Parem com essas lamúrias! Se é pra sermos salvas, seremos! Se não, morreremos! – e com essa frase alegre, vovó Anne encerrou as ladainhas.

O carro parou e os soldados começaram a berrar e a bater nelas. Anne agarrou um deles e bateu com seu crânio no dele, coisa que o fez desmaiar e a deixou muito tonta, pois já estava no início do quadro de tifo que a mataria.

Saíram do veículo e viram uma casa imponente, pintada de vermelho, branco e preto, com a temível cruz suástica na frente.

Um soldado berrou:

– Entrem, a Srta. Hansgrouvs quer falar com vocês.

Se virou para Anne e perguntou:

– Número A-25063?

– Sim, senhor.

– Lidere o grupo.

Anne pôs-se à frente da fila e todas seguiram marchando até a porta da casa. Lá, tiraram seus sapatos e roupas, e entraram usando somente as finas camisolas que possuíam. Por ser inverno, estavam todas tremendo de frio.

Ao subirem as escadas, pararam em frente a uma porta de madeira lisa. O soldado bateu três vezes e uma bela mulher morena de olhos verdes abriu a porta. Fechou o sorriso ao olhar para as prisioneiras, e, com um aceno, dispensou o oficial.

“Ela deve ser muito poderosa...”, pensou Anne ao ver seu casaco coberto por broches e fitas de condecorações.

A mulher fitou Anne e mandou que todas entrassem na sala.

Ao entrarem, as mulheres repararam que, na porta, estava escrito na madeira “Anastasia Hansgrouv”. Ficaram de pé enquanto a mulher trancava a porta, a janela e punha as camadas de isolamento acústico por todo o cômodo.

Assim que se sentou na cadeira, a mulher convidou as prisioneiras a fazerem o mesmo e sorriu.

– Olá, Anne, Margot, Edith e Auguste – falou ela, apontando para cada uma – Vim salvar vocês.

Detalhe básico: essa mulher era... bom...

A minha mãe.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Revieeeeeeews?? ;)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Diário de Susanne Frank" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.