O Diário de Susanne Frank escrita por Cammie Morgan
Notas iniciais do capítulo
Se estiver confuso, me avisem! Deixem reviews pra eu ir melhorando cada vez mais!
“Bom, você sabe como é um campo de concentração? É um antro sujo, triste, fedorento e desesperador. Geralmente a sua comida recebe xixi de rato como tempero. A água é o resto de esgoto minimamente filtrado. A faca que eles usam pra tatuar as pessoas é nojenta e a mesma para todos. Você tinha que ficar nua, e os soldados tocavam no seu corpo, e você não podia fazer nada! Tinha que dar o seu corpo até a morte para aqueles trabalhos desumanos! É um inferno!”
Essa foi a resposta que a minha avó me deu quando eu tinha nove anos e perguntei onde ela tinha passado a adolescência.
Foi assustador, na verdade. E ela me contou como tinha sobrevivido e tal. Eu não sabia disso. Porque, na verdade, ela não era minha avó até pouco tempo atrás. Uns oito anos.
Confuso? Vou explicar.
Quando ela, a bisa Edith, a tia Margot e dinda Auguste (sim, Auguste van Pels é madrinha da minha mãe) entraram naquele carro militar, elas não sabiam pra onde iam. Só havia elas e os soldados ali dentro. Logo suspeitaram que os oficiais queriam eliminá-las. Mas por quê?
– Será que nós sabemos de alguma coisa que não devíamos saber? – murmurou a dinda.
– Difícil, tudo lá é muito secreto. – retrucou a bisa.
– Ai, meu Deus, nos salve! – falou tia Margot, angustiada.
– Parem com essas lamúrias! Se é pra sermos salvas, seremos! Se não, morreremos! – e com essa frase alegre, vovó Anne encerrou as ladainhas.
O carro parou e os soldados começaram a berrar e a bater nelas. Anne agarrou um deles e bateu com seu crânio no dele, coisa que o fez desmaiar e a deixou muito tonta, pois já estava no início do quadro de tifo que a mataria.
Saíram do veículo e viram uma casa imponente, pintada de vermelho, branco e preto, com a temível cruz suástica na frente.
Um soldado berrou:
– Entrem, a Srta. Hansgrouvs quer falar com vocês.
Se virou para Anne e perguntou:
– Número A-25063?
– Sim, senhor.
– Lidere o grupo.
Anne pôs-se à frente da fila e todas seguiram marchando até a porta da casa. Lá, tiraram seus sapatos e roupas, e entraram usando somente as finas camisolas que possuíam. Por ser inverno, estavam todas tremendo de frio.
Ao subirem as escadas, pararam em frente a uma porta de madeira lisa. O soldado bateu três vezes e uma bela mulher morena de olhos verdes abriu a porta. Fechou o sorriso ao olhar para as prisioneiras, e, com um aceno, dispensou o oficial.
“Ela deve ser muito poderosa...”, pensou Anne ao ver seu casaco coberto por broches e fitas de condecorações.
A mulher fitou Anne e mandou que todas entrassem na sala.
Ao entrarem, as mulheres repararam que, na porta, estava escrito na madeira “Anastasia Hansgrouv”. Ficaram de pé enquanto a mulher trancava a porta, a janela e punha as camadas de isolamento acústico por todo o cômodo.
Assim que se sentou na cadeira, a mulher convidou as prisioneiras a fazerem o mesmo e sorriu.
– Olá, Anne, Margot, Edith e Auguste – falou ela, apontando para cada uma – Vim salvar vocês.
Detalhe básico: essa mulher era... bom...
A minha mãe.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Revieeeeeeews?? ;)