O Diário de Susanne Frank escrita por Cammie Morgan
Notas iniciais do capítulo
Esse capítulo (aliás, a fic toda, né rs) contém SPOILERS, então leia antes "O Diário de Anne Frank" ou busque alguma coisa sobre a Anne no Google. ;)
Tudo começou em 1929, em Frankfurt, Alemanha.
– Otto, chame a Margot, acho que já vai nascer!
– O quê?! Certo, querida, acalme-se; vou chamar a parteira.
– Mamãe, irmãzinha vai nascer?
– Isso, Margot... AI!! Vai nascer, Otto!
– Margot, querida, vá brincar lá no seu quarto, quietinha, sim?!
Duas horas depois...
– Que menininha linda, Edith!
– Sim, é minha Annelies Marie Frank!
– Anne! Anne!
– Isso mesmo, Margot! Anne!
(Nota da Susanne: Quando a Anne nasceu, ainda não tinha aquela porcariada de leis antissemitas nem esse bullying ridículo contra os judeus. Era só mais uma menininha judia que nascia.).
* * *
1933, Frankfurt.
– Mas mamãe, eu não quero iiiiiiiiiiiir!
(Nota da Susanne: caraca, como a tia Margot era escandalosa, meu Deus!)
– Filhinha, vocês têm que ir! O Pim e eu vamos pra Amsterdã, uma cidade muito bonita, e vocês vão lá pra casa da vovó, em Aachen!
– E por que vocês não vão com a gente?
Edith hesitou.
– Porque não tem espaço. Agora ponha logo o seu casaco.
–Mas...
– Mas, nada, Margot! Dê tchau para mim e para o papai
– Tchau, mamãe e papai!
– Tchau, Margot! – respondeu Pim - Não vai dar tchau pra mamãe, Anne?
– Não. Tchau, Pim.
– Ainda está chateada com ela?
Anne não respondeu.
* * *
1942, Amsterdã.
– Otto?
– Hein?
– Veio uma carta da SS.
– O QUÊ?!
– Para a Margot.
– Ligue para o Kugler. Iremos amanhã.
– Mas não empacotamos nada...
– Edith, teremos que levar só roupas e o básico.
– Não! E a louça? E os móveis? E a gata??
– Não poderemos levá-la.
– Anne ficará arrasada. Levaremos Moortje.
– Não!
– Sim!
– EU DISSE QUE NÃO! Edith, isto é uma GUERRA, entende? Não vamos levar Moortje.
Anne correu assustada para seu quarto e guardou suas coisas numa bolsa.
* * *
1944, Amsterdã.
“... especificamente cartas e diários.”
– Olha aí, Anne, seu diário poderia virar um livro!
– Não, que bobagem, Sra. van Pels! Ela não publicaria essas baboseiras de jeito nenhum!
– Com licença, Sr. Pfeffer, mas não são “baboseiras”, são minhas anotações pessoais.
“Que registram o grande idiota canalha que você é”, pensou Anne.
Dois meses depois...
– Que barulho é esse?
– Oh, meu Deus!!! ANNE!
– O que houve?
POW! Pá! Pum!
– Mãos para o alto.
– Ai meu Deus. Acho que vou desmaiar...
– EU DISSE MÃOS PARA O ALTO!
– Sim, sim...
Auguste van Pels caiu deitada sobre a mesa.
- Mãe! – gritou Peter.
– Garoto, volta para o canto! Isso! Mãos pro alto!
O homem chegou perto de Otto.
– Há quanto tempo estão aqui?
– Dois anos.
O homem balançou a cabeça e gritou pro outro.
– Auschwitz, direto. O Führer não vai gostar nadinha de saber de uma coisa dessas... Dois anos!
E cuspiu no chão.
* * *
– Número A-25063!
Anne deu um passo a frente.
– Sim.
– Escolha três pessoas para serem transferidas com você.
– Transferidas para onde?
– Não interessa! Escolha!
Anne apontou para a mãe, irmã e Sra. van Pels.
– Muito bem. Entrem. - disse o oficial, apontando para o veículo militar.
Mal sabiam elas que estavam indo para o lugar onde moravam a Morte, a Fome, e o Desespero...
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Bom, esse capítulo foi meio que um resumo das informações que o leitor precisaria pra entender o resto da fic... Mas espero que tenham gostado!