Meu nome é Susanne. Susanne Frank.

Sim, você já deve ter ouvido falar de um nome parecido. Pegue meu primeiro nome e retire as primeiras três letras. Isso mesmo. ANNE FRANK.

Ok, ok. Devo uma explicação a respeito disso.

A História conta que os nazistas dominaram a Europa na Segunda Guerra Mundial. Hitler estava no poder e blá blá blá. Até aí tudo bem. Quer dizer, bem não. Tudo péssimo. Estávamos no meio de um genocídio. Genocídio este que quase me privou de existir.

Os livros também contam que Anne Frank, uma menina judia da época, se escondeu com a família e mais quatro pessoas num pequeno apartamento chamado de "Anexo Secreto". Lá, ela manteve um diário por dois anos, e no final desse tempo, foi descoberta e levada para um campo de concentração, onde pegou tifo e morreu. Mais uma história dramática -e pior, real.

Bom, isso é o que os LIVROS contam.

Mas não necessariamente corresponde à verdade.

A prova viva disso sou eu, uma Frank legítima. Não uma Holländer (parente da Edith Frank), uma Frank MESMO. Isso traz à tona muitas coisas estranhas que o leitor de "O Diário de Anne Frank" tinha pensado ao ler o livro. Eu o li, e me identifiquei PERFEITAMENTE com minha avó.

É nessa parte que os seus olhos quase saltam das órbitas. AVÓ????

Sim, Annelies Marie Frank é avó. Minha avó.

E ela está viva.