Bad Love escrita por Jess Gomes


Capítulo 12
Capitulo 12


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOK, só pra deixar claro, eu não morri (dã), fui sequestrada, tive uma crise alérgica e, pior ainda, desisti da história. O que aconteceu é que, sexta eu fui pra casa de uma amiga, e entre aniversários, cinemas, chá de lingerie da mãe dela e etc eu só voltei ontem de noite, cansada demais pra fazer qualquer outra coisa que não dormir. Espero que vocês me perdoem e boa leitura.



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– Não acredito que ele não te deu um anel de compromisso! – Laura disse fazendo biquinho, enquanto passava bronzeador nas suas pernas. Sábado finalmente havia chegado, e estávamos aproveitando à tarde de sol na piscina da casa de Gabriela.

– O Pedro não gosta desse lance de anel. Ele diz que ninguém é dono de ninguém, e que anéis de compromisso marcam o parceiro como “seu”. – Gabi explicou e Laura arregalou os olhos. Eu, que estava quieta na borda na piscina, resolvi argumentar.

– Concordo absolutamente com ele. Pessoas não são terras pra você dizer que te pertencem. – Inclinei-me pra sair da piscina, pegando uma toalha. – Mas não acredito que você está namorando!

– Pois é. Agora eu, a mais romântica de nós três, sou a única encalhada aqui. – A loira resmungou, rolando os olhos. Deitei-me na esteira ao seu lado.

– Você que pensa, querida. Estou na mesma vibe. – Comentei, tapando os olhos por causa do sol. As duas se viraram pra mim.

– Ué, mas e o advogado gostosão? – Gabi perguntou, confusa. Eu suspirei.

– Meu pai nos pegou dando um amasso no escritório essa semana. Fez um escândalo, nos demitiu e tudo... Só consegui nossos empregos de volta pedindo desculpas à namoradinha dele. – Já havia contado pra elas sobre o barraco no restaurante. Elas assentiram, curiosas. – Conversei com o Daniel ontem e foi terrível. Ele está puto da vida comigo.

– Você gosta dele, baby? – Laura perguntou e eu assenti. – Ele gosta de você?

– Pelo jeito que ele se comportou... Provavelmente. – Respondi, dando ombros.

– Então não se tem muito que fazer. Garota gosta do garoto, garoto gosta da garota, sexo! – A loira riu, citando The Vampire Diaries*. Eu rolei os olhos.

– As coisas são não tão fáceis assim, Laura. Meu pai já nos pegou uma vez e perdoou, se ele pegar de novo... Vai nos expulsar daquele prédio com uma vassoura. – Expliquei, e ela sorriu, subindo os óculos escuros pro topo da cabeça e fechando sua revista.

– Querida, quem não está entendendo nada aqui é você. – Falou gentil, e Gabriela sorriu pra mim. Eu apenas pisquei. – Quantos namorados mais velhos você já teve? Quantas vezes você fugiu? Quantas vezes foi levada pelo conselho tutelar por ter sido pega numa festinha de traficantes?

– Algumas. – Admiti, vermelha de vergonha. Eu falei que não prestava.

– E alguma vez seu pai te deserdou por isso? – Perguntou e eu neguei. – Sabe por que ele ficou tão chateado? Porque você não contou pra ele. Não contou que estava interessada pelo seu chefe e que estava se relacionando com ele. Você escondeu, Milena. Foi isso que o magoou.

– Não estou acompanhando. – Resmunguei e Gabi deu uma risada.

– Porra Lena, até eu entendi! – Ela exclamou, jogando os cabelos de lado. – Da primeira vez deu errado porque o seu pai não sabia. Então o que você tem que fazer agora? – Fez suspense e eu arqueei as sobrancelhas, sem resposta. – Contar pra ele, oras!

– Vocês estão malucas? – Ri, chocada. – Ele nunca vai aceitar.

– Não dê essa opção a ele. Se acerte com o advogado, marque uma reunião com sua família e diga que vocês estão juntos, e não pedindo permissão. Eles não poderão fazer nada. – Piscou um olho. Eu ainda estava processando a informação.

– E quem garante que vai dar certo?

– Ninguém garante. Você só vai saber se tentar. – Laura respondeu, abrindo sua revista e descendo os óculos da cabeça. Endireitei-me na esteira e fechei os olhos pro Sol, pensando em tudo o que as meninas haviam dito.

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Inspira, expira, inspira, expira. Ok, eu consigo. Consigo mesmo? Ora, Milena, você já fez coisas bem piores, por favor. Mais ou menos né, eu nunca pedi desculpas pro homem que eu estou apaixonada. Pra falar a verdade, eu nunca pedi desculpas pra ninguém sem estar sendo obrigada.

– Querida, você precisa de alguma coisa? – A secretária de Daniel me despertou, e só então percebi que estava parada na frente da recepção.

– Eu... Hm... O Dr.Felipe me pediu pra trazer um recado pra ele. – Apontei pra porta fechada da sala de Daniel.

– Tudo bem, pode falar que eu anoto e o entrego. – Pegou um bloquinho e uma caneta. Franzi o cenho, confusa.

– Mas eu preciso falar pessoalmente. – Expliquei e ela sorriu compreensiva.

– Milena, querida, seu pai me proibiu de deixar você visitar o Dr. Daniel. – Disse e eu me aproximei dela desesperada.

– Olha – Dei uma espiadela em seu crachá – Lucia, eu sei que meu pai é seu chefe e que ordens são ordens, mas eu preciso muito falar com ele! – Exclamei e ela me olhou indecisa. – Por favor, é muito rápido!

– Tudo bem, te dou dez minutos. Se você não sair de lá nesse tempo, te arranco pelos cabelos, ouviu? – Apontou um dedo e eu assenti, correndo até a porta e a abrindo de supetão.

– Lucia, qual o... – Daniel levantou os olhos e os estreitou pra mim. – O que você está fazendo aqui?

– Eu trabalho aqui. – Brinquei e ele continuou sério. Ok, sem piadinhas hoje. – Na verdade, eu... Eu...

– Você? – Balançou a cabeça, como se fosse pra eu continuar. Poxa camarada, copera né, eu não to acostumada com essas coisas.

– Eu quero pedir desculpas. – Disparei e logo suspirei de alívio. Até que não era tão ruim assim. –Eu errei ao falar aquilo na cozinha, errei ao desistir da gente por causa de uma coisinha de nada...

– Aonde você quer chegar com tudo isso, Milena? – Interrompeu, curto e grosso. Eu respirei fundo.

– Eu preciso de você, Daniel. Pensei que pudesse me acostumar a ficar sem seus abraços, sem seus beijos, mas eu não consigo. Eu estou apaixonada por você, e quero deixar claro que vou lutar por nós dois. E se você também quiser... – Parei minha frase, ao perceber que ele folheava as folhas de um livro grosso sem nem prestar atenção em mim. Se tem uma coisa que me deixa puta, é quando não prestam atenção em mim. – Você é um idiota, sabia? – Gritei de repente e ele levantou a cabeça, assustado. – Eu estou aqui, me declarando pra você, pedindo desculpas e acredite meu bem, isso é uma coisa muito difícil pra mim, e você nem ao menos me olha? Eu sei que fiz merda e estou me redimindo, mas eu não tenho paciência pra cú doce, ok? Se quiser fazer isso dar certo, também vai ter que cooperar. – Virei-me pra ir embora, puta da vida.

– Eu quero. – Anunciou quando eu já estava com a mão na maçaneta. Girei nos tornozelos, olhando pra ele enquanto segurava um sorriso.

– O quê?

– Eu quero fazer isso dar certo. – Levantou da cadeira, sorrindo bobo pra mim. – Eu também juro que tentei te esquecer, mas não consigo achar ninguém tão chata, briguenta, mimada e perfeita pra mim como você. – O homem passou a mão no cabelo e eu gargalhei, correndo até ele e lhe dando um beijo.

– Me espere quando acabar seu expediente. Nós vamos conversar com os meus pais. – Declarei quando me soltei dele, e Daniel arregalou os olhos. – Vai dar tudo certo, calma. Quero fazer as coisas do jeito certo dessa vez.

– Ok, você é quem manda. – Me deu um beijo na bochecha e eu corri até a porta, piscando um olho pra ele. Do lado de fora, Lucia me encarava enquanto apontava pro relógio. Ri lhe mandando um coração com as mãos, e tratei de sair dali, antes que alguém visse e fosse fofocar pro meu pai. Agora as coisas estavam finalmente entrando nos eixos.

* “Boy like a girl, girl like a boy, sex!” Frase de Caroline Forbes, personagem da série americana The Vampire Diaries.


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Notas finais do capítulo

Yeeeeeeeeeeeeey, Danilena is back bitches!!! Espero que tenham gostado do capitulo, comentem por favor, e até semana que vem. Beijinhos.