Bad Love escrita por Jess Gomes


Capítulo 13
Capitulo 13


Notas iniciais do capítulo

EEEI, aqui estou eu mais uma vez, e dessa vez, no dia certo. Mas como eu fiquei realmente muito culpada por só ter postado na segunda, sem ter dado nenhuma explicação antes, eu resolvi fazer uma ATT DUPLA!!! Viram, eu sei me redimir. Agora leiam tudinho com atenção e espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/538463/chapter/13

– Falem logo o que querem falar, porque o trânsito hoje está caótico e eu ainda vou sair com a Celi... O que ele está fazendo aqui? – Meu pai exclamou, assim que viu Daniel sentado ao meu lado no sofá.

Ele é exatamente o motivo dessa reunião. Eu e Daniel estamos juntos. – Informei, levantando as nossas mãos dadas. Mamãe e Mari sorriram, mas papai ficou vermelho de raiva.

– Isso é algum tipo de brincadeira? – Ele riu. – Vocês não podem estar falando sério.

– Na verdade, senhor Vasconcellos, estamos falando bem sério. – Daniel respondeu, e o Senhor Sandro só faltou sair fumaça pelos ouvidos. Merda.

– Você cala a sua boca que isso é assunto de família! – Apontou pro homem ao meu lado, que apertou minha mão mais forte. Meu pai se virou pra mim. – Milena, você sabe que eu nunca irei permitir, não é?

– Não pedi sua permissão. – Sorri fraco. – Já sou quase maior de idade, pai. E eu e Daniel estamos apaixonados, não vamos nos separar por sua causa.

– Ah, mas vocês vão. Vocês vão porque eu ainda sou seu pai e...

– E o que, Sandro? – Minha mãe interrompeu, falando pela primeira vez até aquele momento. – Você mal vê as suas filhas. Nem as leva pra passear. E agora que vir exigir seu direito de pai?

– Mas...

– Mas nada! – Ela interrompeu de novo. – Por que não vai se encontrar com a sua namorada logo e deixa sua filha em paz? – Se virou pra mim. – Querida, eu super apoio esse namoro.

– Eu também. Deve ser muito legal ter um cunhado que tem moto. – Mariana comentou, fazendo eu e Daniel rirmos.

– Se eu disser não, não vai fazer diferença, vai? – Papai perguntou e eu neguei com a cabeça. Ele suspirou. – Tudo bem então. Mas saibam que, dentro da empresa, o namoro entre funcionários é proibido. Um flagrante e vocês estão na rua.

– Sabemos as regras, pai. – Respondi e ele assentiu, abrindo a porta.

– Ok, então eu vou indo porque tenho que me encontrar com a Celina. – Repetiu implicante, olhando pra minha mãe. – Tchau crianças, se cuidem.

– Eu ainda arranco o pescoço do pai de vocês. – Mamãe resmungou quando ele fechou a porta, indo pra cozinha.

– Ai, ai, esses adultos... – Mari rolou os olhos, seguindo nossa mãe. Eu ri, me virando pra Daniel.

– Nós conseguimos! – Exclamei, sorrindo. Ele sorriu de volta.

– Nós conseguimos. – Repetiu, me beijando.

– Sabe, eu não estou feliz. – Daniel falou de repente, me fazendo levantar os olhos pra ele. – Este é, provavelmente, o sábado mais bonito do ano, e ao invés de estar dando uns pegas com a minha namorada encima da toalha de piquenique no Parque do Ibirapuera, eu estou deitado encima da toalha de piquenique no Parque do Ibirapuera, dando formas as nuvens enquanto minha namorada está lendo a porcaria de um livro.

– Desculpa, amor, mas esse livro é realmente fascinante. Sabia que, em todo relacionamento, uma pessoa é mais propensa a ser Terminante e outra a ser Terminada*? – Apontei pro gráfico do meu livro. Daniel olhou com desdém. – No nosso relacionamento, quem você acha que vai terminar?

– Eu espero que essa não seja uma forma criativa de terminar o nosso namoro de duas semanas, Milena. – Ele comentou, arqueando as sobrancelhas. Eu ri.

– Não, seu bobo. – Respondi, sorrindo. – O que eu quero dizer é que todos os namoros têm um começo, um meio e um fim. O nosso namoro certamente também vai ter um fim, um dia. E alguém vai ter que dar esse fim a ele.

– Você é uma pessoa muito pessimista. Existem muitos namoros por ai que o fim é o casamento, sabia? – Colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, me olhando nos olhos. Foi a minha vez de arquear as sobrancelhas.

– Eu espero que essa não seja uma forma criativa de me pedir em casamento após duas semanas de namoro, Daniel. – Imitei provocante e ele riu, me dando um selinho.

– Não, ainda não. – Fiz uma careta e o homem deu um beijinho na ponta do meu nariz. – Essa é a minha forma criativa de convidar você pro casamento da minha irmã, em Maresias.

– Qual das suas irmãs? – Ri, lembrando-se de quando ele havia me contado que tinha cinco.

– A que veio antes de mim. – Explicou, tirando meu livro das minhas mãos e deitando no meu colo. – O nome dela é Patrícia, e ela vai se casar com o melhor amigo dela.

– Ah, que fofo. – Suspirei, como toda mulher faz.

– É, mas ele batalhou por ela. Minha irmã nunca foi do tipo fácil. – Sorriu, provavelmente se lembrando de algo do seu passado. – Vai ser na praia, e nós vamos dois dias antes, pra ensaiar a entrada dos padrinhos...

– Para tudo! Nós vamos ser padrinhos? – Interrompi e ele franziu o cenho.

– Sim, todos os irmãos vão. Algum problema?

– Não, nenhum. E eu aceito. – Declarei, e Daniel me olhou zombeteiro. – Ser madrinha do casamento da sua irmã, idiota. – Acrescentei rapidamente, fazendo o rir.

* É verdade. De acordo com Colin Singleton, prodígio apaixonado por Katherines, na vida dos relacionamentos há dois tipos de pessoas: As Terminantes (que terminam os relacionamentos) e as Terminadas (com quem se terminam os relacionamentos). Colin queria provar matematicamente quando um relacionamento iria acabar, e quem iria terminar. Se quiser saber mais, leia O Teorema Katherine, de John Green.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Bad Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.