Bad Love escrita por Jess Gomes


Capítulo 11
Capitulo 11


Notas iniciais do capítulo

Heeeeey, here we're go agaaaaaaaaaain! Tudo bem , desculpa pela animação, mas é que minhas férias estão chegando e eu estou muuuuuuuuuito feliz. Bom, quero agradecer a todos que comentaram semana passada (e nas outras tbm), o pessoal novo que está acompanhando, o pessoal novo que favoritou e...acho que é isso! rsrs boa leitura e espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/538463/chapter/11

– Eu e seu pai nos conhecemos em uma palestra sobre direitos humanos que ele foi fazer na minha faculdade. Esbarramos no corredor, e eu, desastrada como sempre, derrubei café na sua camisa branquinha! Ele teve de ficar a palestra toda com a camisa manchada, coitado. – Celina e meu pai riram, como se houvesse algo realmente engraçado na historinha clichê que ela contou. Arqueei as sobrancelhas, mexendo o garfo na comida intocável.

– E então você deixou ele te levar pro motel como desculpas pela camisa manchada? – Perguntei irônica e a loira engoliu em seco. Ri fraco. – Brincadeirinha gente, calma.

– Milena, você não tinha algo pra dizer a Celina? – Meu pai me olhou sugestivo e eu larguei o garfo, suspirando.

– Bom, Celina, eu queria te pedir desculpas. – Falei e papai balançou a cabeça, pedindo pra eu falar mais. Ah, é assim? Então tá bom. – Talvez eu tenha exagerado um pouquinho aquele dia. Sabe como é, o divórcio dos meus pais me abalou muito. Eu explodi.

– Tudo bem, querida, mesmo. – Sorriu falsa e eu tive vontade de saltar naquela mesa e arrancar seus dois olhos verdes. – Meus pais também se divorciaram quando eu tinha mais ou menos a sua idade e foi bastante difícil pra mim, aceitar que eles se apaixonassem por outra pessoa. É complicado, eu entendo. – Devolvi o sorriso, achando que seu discurso tinha acabado, mas ela apenas retomou fôlego pra falar mais. Puta merda. – Só quero que entenda que não espero que você e sua irmã me vejam como segunda mãe ou algo parecido. Só peço que aceitem meu namoro com o pai de vocês, e quem sabe daqui um tempo, possamos ser amigas.

– É, daqui a bastante tempo, quem sabe. – Murmurei pra mim mesma, mas ela escutou.

– Ai Milena, como você é engraçada. – Comentou, enquanto ria. Arregalei os olhos pro meu pai, assustada com sua reação, mas ele apenas deu de ombros. Depois a maluca era eu.

O resto do jantar se passou tranquilo, claro, tirando as indiretas de meu pai para que eu fosse amigável e os comentários desnecessários de Celina. Até que, depois que você se acostuma, ela não é tão insuportável assim. Talvez se tivéssemos nos conhecido em outras circunstâncias, poderia até gostar dela. Mas nessa circunstância, eu tinha a obrigação de odiá-la.

Papai parou o carro na frente da minha casa, e eu me preparei para descer. Ele e a namoradinha iriam a algum lugar depois daqui e eu estava realmente me esforçando pra não vomitar ao imaginar qual.

De super má vontade, me pus entre os dois bancos da frente e recebi um beijo na bochecha de cada um. Já abria a porta do carro quando meu pai me chamou.

– Amanhã passo na sua escola pra te levar ao escritório. Bem vinda de volta, filha. – Sorriu pra mim e eu fiz o mesmo. Desci do carro e fiquei encarando o nada por um bom tempo antes de entrar.

Iria voltar ao trabalho amanhã, mas certamente não seria mais secretária de Daniel e mal nos veríamos. Talvez tivesse sido melhor ter pedido ao meu pai para readmitir apenas Daniel. Do que adiantaria continuar trabalhando se nem poderia mais ficar com o cara que eu gosto?

Caso não se lembre, Milena, você começou a trabalhar pra ganhar dinheiro e não pra ficar de namorinho com o chefe.

Ponto pra voz que ultimamente sempre ecoa na minha mente quando estou pensando de maneira estúpida. Era exatamente isso. Eu vou trabalhar pra receber, assim como Daniel. Agiremos profissionalmente e qualquer coisa que tivemos até aqui, terá de ser esquecida. Meu estômago se contraiu com esse último pensamento, como se, fora a minha mente, esquecer Daniel fizesse meu corpo todo doer.

Bom, mas terá de ser assim. Vou voltar a trabalhar amanhã e tratar de apagar da minha memória as últimas semanas que passei ao lado do meu ex-chefe. Engole o choro, coração. É o melhor pra todos nós.

–-----------------------------------------------------------------------------------

– Querida, fique quieta um minutinho, sim? – Vera, minha colega de trabalho, sussurrava pra sua filha pequena, que resmungava no seu colo. Suspirei.

– Vera, por que trouxe essa criança pra cá? – Perguntei, de forma gentil, enquanto organizava as folhas que saiam da máquina de xerocar. Devia estar em casa nesse momento, já que meu novo chefe não tem clientes hoje. Mas ele me obrigou a trabalhar pra fazer hora extra. Velho babaca.

– Ah, a creche que eu costumo deixá-la entrou de greve. – Revirou os olhos azuis por debaixo dos óculos de grau, enquanto balançava a garotinha sem parar. – Não posso faltar o trabalho, então tive que trazê-la. O pior é que estou lotada de serviço, e a Duda não para de reclamar...

– Acabei aqui. – Terminei de tirar minhas folhas da maquina, dando espaço pra ela passar. Vera sorriu pra mim, e enquanto colocava as páginas em ordem na minha pasta, uma ideia me ocorreu. – Vera, se você quiser que eu fique um pouco com a sua filha pra você trabalhar, bom, sem problemas.

– Você faria isso por mim? – Se virou pra mim, surpresa. Eu dei de ombros.

– Xerocar essas folhas era a última tarefa de verdade que eu tinha que fazer.

– Ah, Milena, muito obrigada! Você é um anjo! – Exclamou aliviada, enquanto entregava Duda delicadamente pra mim. Sorri pra ela. – No final do expediente vou até a sua sala para buscá-la. Oh, e acho que ela está com fome, então se puder passar na cozinha pra lhe dar uma mamadeira que eu deixei na geladeira, agradeceria. Ela está de fralda, então caso suje, você pode levá-la até mim para eu trocá-la.

– Tudo bem, recomendações anotadas! – Apontei pra minha testa, brincando. Segurando pasta e criança, me preparei pra deixar a sala de xerocar. – Duda, dê tchau a sua mãe. Qualquer coisa eu te procuro, Vera. – Me despedi, enquanto caminhava até a porta. Vera mandou um beijo pra sua filha, que deu uma risada fofa.

Passei pela sala do Dr. Filipe para deixar sua pasta em cima da mesa. Chupa, velho gagá! Fiz todo o meu serviço e ainda faltam duas horas para acabar o meu expediente. A bebê no meu colo ainda resmungava e eu a olhei apreensiva.

– Você está com fome, não é? – Perguntei a balançando e ela respondeu algo incompreensível. Acho que era um sim. – Ok, vamos lá. – A cozinha, como todos chamavam, era uma sala pequena com um geladeira, cafeteira e um microondas, que ficava no final do corredor. Precisei apenas dar alguns passos e estava ali. Abri a geladeira e uma garrafa com florzinhas rosas saltou a minha vista.

– Como se esquenta uma mamadeira mesmo, Duda? – Peguei a garrafa, a encarando indecisa.

– Colocando em uma panela com água no fogão. – Uma voz grossa respondeu e eu dei um pulo, fazendo a criança resmungar. – Mas como não temos fogão aqui, o microondas serve.

– Daniel! O que você está fazendo aqui? – O olhei surpresa, enquanto meu coração batia cada vez mais rápido. Aquieta ai, criatura, tecnicamente você nem deveria se lembrar dele!

– Eu trabalho aqui. – Disse com um tom humorado, como se estivesse se lembrando da primeira vez que nos encontramos aqui no escritório. – Seu pai me recontratou ontem.

– É, eu sei. – Sorri amarelo, enquanto colocava a mamadeira no microondas. Duda pareceu achar engraçado aquele eletrodoméstico, e riu batendo as mãozinhas no vidro.

– Sabe, quando vi que tinham mudado minha secretária, pensei que ele não havia te recontratado. Mas acho que me enganei. – Comentou confuso, e eu gelei.

– Eu pedi pra ele me trocar. – Murmurei, me virando pra ele.

– E agora você trabalha como babá? – Apontou pra criança no meu colo e eu ri fraco.

– Não, estou apenas fazendo um favor pra uma colega. Sou secretária do Dr. Felipe agora. – Dei de ombros, e ele se aproximou, fazendo meu coração quase saltar na boca. Merda de homem gostoso.

– Milena, pra que isso? – Perguntou baixinho, me olhando de um jeito de cortar o coração. Estava me segurando pra não saltar em cima dele, com criança e tudo.

– Meu pai nos deu uma segunda chance, Daniel. E não acho que ele daria uma terceira.

– Não é como se eu fosse te agarrar ou algo assim. – Franziu a sobrancelha e eu senti vontade de rir. O problema não era ele me agarrar, e sim o contrário.

– De qualquer forma, meu pai nunca permitiria que trabalhássemos juntos novamente. E você precisa desse emprego. – Encarei seus olhos azuis tentando convencê-lo de que o que eu estava dizendo era verdade.

– Eu preciso de você também. – Disse sério e eu tive que me segurar ao balcão pra não cair. O que era pior do que um gato desses admitir que precisa de você e você saber que não pode ficar com ele? Senhor, me ajuda!

– Eu também preciso de você. – Comecei, colocando uma mão em seu ombro. – Mas isso aqui é errado. Pelo menos nessas circunstâncias, não podemos ficar juntos. Nós somos tóxicos, Daniel, nunca daremos certo.

– Então é isso que você quer? – Perguntou ressentido e eu tive que fechar os olhos pra não gritar que a única coisa que eu queria era ele. – Tudo bem, então. Essa é sua decisão. Boa sorte com seu novo chefe, Milena.

Saiu da sala como um furacão, e eu senti vontade de chorar. O microondas apitou, fazendo a bebê dar um gritinho animado. Suspirando, tirei a mamadeira e a entreguei.

– Duda, quer um conselho? Nunca se apaixone. É muito mais fácil ser uma vadia. – Resmunguei sozinha, e a menina apenas olhou pra mim antes de se voltar pra sua mamadeira. Por que eu não podia ter ficado desse tamanho mesmo? Mamadeiras são muito menos complicadas que homens.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

HAHAHAHA gostaram de Milena babá? eu adorei escrever :D well, é isso gente, lembrando que a minha nova história (A filha do Presidente) já está indo pro capitulo 5 e logo logo eu começo a postar aqui. Aguardem e verão hauhsuah COMENTEM o que acharam do capitulo, o que esperam da minha nova história (sim, quero a opinião de vocês) ou só comentem uma palavra e me façam feliz u.u beijinhos e até semana que vem, seus lindos!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Bad Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.