POV ALICE

 - NÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAO... – Eu gritei com todas as minhas forças. Será que meus poderes haviam ido embora junto a Bella? Por que será que aquela visão de um final feliz ainda não saía da minha cabeça?

 Edward, James, Jane e Emmett estavam inconsoláveis, assim como eu. Rose e Jasper estavam tristes, mas contidos, e Will... Estava frio, como sempre.

POV JANE

 Me retirei do local, eu me sentia mal demais por continuar ali. Senti passos me seguindo, mas fiz pouco caso, apenas continuei caminhando.

 - Jane, espera! – Gritou Demetri. Me virei ao reconhecer sua voz... Por que eu ainda o amava? Ele gostava de outra, daquela novata. Argh.

 - Me deixe em paz. – Murmurei baixo e com a voz rouca por efeito do “choro vampiro”.

 - Não, por favor Jae, não fique assim. – Ele disse com compaixão, enquanto se aproximava delicadamente de mim.

 - Me deixe em paz. – Sussurrei novamente, e recomecei a caminhar, dessa vez mais rápido. Mas ele apressou o passo também, e acabou me alcançando.

 - Por favor, fale comigo. – Pediu.

 - Não. – Falei firmemente, sem olhar em seus olhos, pois se o fizesse, eu não iria gostar das conseqüências mais tarde...

 - Olha, eu sei que essa morte da Bella está te abalando... – Começou. – Mas não gosto de te ver assim. – Ele respirou fundo. – Por favor, me deixa te ajudar. Bella não ia querer vê-la triste.

 E eu estava abalada demais, chocada demais, machucada demais, para não responder.

 - EU sei o que Bella ia querer. E você? Está querendo me ajudar agora? Eu não preciso disso, não mais. – Por um instante, pensei que ia chorar, mas segurei os soluços, mesmo sabendo que mais tarde teria que solta-los. – Eu precisei disso... Mas foi há um mês atrás. Só que não quero me iludir novamente. Ajude sua pupila, ela deve estar precisando mais do que eu.

 - Jane, Aleska está se adaptando a nosso modo de vida, alguém precisa ajudá-la. E eu não parei de pensar em você um segundo sequer enquanto esteve em Forks e... – O interrompi, eu estava cansada daquele teatrinho banal.

 - Demetri, se você quer se desculpar, quer sua amiga de volta, tudo bem, entende? Só que eu preciso de tempo! Eu estou cansada, machucada por dentro e por fora, e cheia de problemas para resolver. Além disso, estamos numa guerra! – Preciso de tempo para curar a ferida que você me causou também, completei mentalmente.

 - Por isso eu quero te ajudar, Jane, para que você possa se reerguer mais facilmente. Todos precisamos de você. EU preciso de você. – Ele suplicou.

 - EU já precisei de você. – Retruquei. – Mas não quero me iludir ainda mais. – Completei baixinho.

 - Jae, por favor, me explique o que está acontecendo... – Pediu.

 - Por que eu faria isso? – Arqueei as sobrancelhas.

 - Eu não queria que fosse assim... Mas... Jane, eu... – As palavras pareciam estar presas em sua boca carnuda e vermelha.

 - Você? – Murmurei impaciente.

 - Eu te amo. – Ele falou. Desta vez firme, e olhando-me nos olhos.

 - Você tem certeza disso? Porque eu acho que não tem. – Falei, seca. – Você não me amou quando me trocou por Aleska, não me amou quando me deixou ir, e por que me amaria agora? Não, eu acho que você está mentindo. – Trinquei os dentes.

 - Eu sempre te amei, cada segundo, por que você não consegue entender isso?! – Ele elevou a voz.

 - Porque não é verdade. – Murmurei baixo. Depois, não dei chances a ele de falar mais alguma coisa, me retirei correndo, minha mente tinha muitas coisas a absorver naquele dia.

 Cheguei a minha cabana, e me atirei no chão, explodindo em soluços.

POV EMMETT

 Estávamos eu e Edward, em nossa cabana, enquanto os outros estavam lá fora, procurando pistas.

 - Emmett! – Edward me chamou, imediatamente minha atenção se voltou para ele, que sorria como bobo... É, COMO RETARDADO MESMO.

 - O que foi, man? – Perguntei.

 - Bella está viva. Eu sei que está. – Ele disse, e no mesmo instante, se atirou para fora da cabana, correndo. Correndo para algum lugar da floresta, o segui piamente.

 Meu irmão está ficando louco... Hm... Pensei.

 Adentrando cada vez mais a floresta, Edward parecia que nunca ia parar. Parecia, pois parou.

 Em uma clareira diferente, cheia de flores e alguns tipos de plantas estranhos... Todos pretos, chegavam a parecer cinzas.

 Fitei Edward, que parecia tão morto quanto o ambiente em que estávamos... Aproximei-me e coloquei minha mão em seu ombro.

 - Temos que encarar a realidade, irmão. Temos que nos ajudar. – O consolei. Edward me encarou, incrédulo.

 - Essas palavras saíram mesmo de você, Emm?

 - Então, cara, saíram... Mas confesso, eu sempre quis falar isso desde que vi Chiquititas. – Comentei.

 - Você é mesmo um jumento... – Me xingou. – Mas é meu melhor irmão.

 E num momento muito, (gay), err... Fraternal, nós nos abraçamos.

 - Mas eu li... Na mente de Alice, tinha uma visão, daqui... E a Bella estava aqui, eu não entendo... – Edward murmurou.

 - Talvez as visões dela tenham dado “pau”, travado, sabe. – Pensei um pouco e continuei. – Mas depois quando elas concertarem você dá uma checada de novo.

 - Hm, talvez. – Ele parecia não ter esperanças.

TCHAN TCHAN RAM... TCHAN TCHAN RAM...

POV BELLA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

 Cada mínima parte do meu corpo doía. Eu só sentia dor, dor, e mais dor. Mas, como em minha transformação de humana para vampira, a dor foi cedendo aos poucos.

 Quando finalmente a dor cedeu o bastante para eu poder me mexer, já curiosa, abri meus olhos.

 Mas eu não estava mais na floresta. Estava em uma tenda, a qual eu podia identificar pelos raios de sol que a atravessavam.

 Quando finalmente tomei coragem para me sentar, onde quer que eu estivesse deitada, um braço me restringiu.

 - Não, ainda não, você ainda está fraca. – Soou a voz rouca do dono do braço.

 Mesmo sem saber quem era, o obedeci. Porque quem quer que fosse, provavelmente tinha salvado minha existência.

 E, incrivelmente, não sei como mas eu meio que... Dormi? Não, não dormi. Foi mais como um cochilo, mas sem sonhos, como uma tomada com a qual eu havia me conectado para recarregar minhas energias. Mas ainda assim, foi bom ter a sensação de um descanso de novo.

 Depois de um bom tempo nesse estado, voltei a ficar sóbria. E escutei a voz de novo.

 - Definitivamente, é você. – Murmurou baixo, para si mesmo, não notando que eu já estava acordada. – Pois, se não fosse, como teria sobrevivido? – Ele se indagava. Mas agora, eu me indagava junto com ele.

 Afinal, como eu havia sobrevivido? Quem era ele? Onde eu estava? E minha família e amigos, estavam bem?