Dark Side escrita por Emanuelle Cristina


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Pessoal,antes de mais nada queria agradecer a Lua Halliwell Potter Salvatore pela recomendação que me deixou super feliz *-*

Agora peço desculpas por ter demorado tanto pra atualizar,mas essa semana foi agitada e sempre que parava pra escrever não saia como queria até que finalmente estamos aqui. Acredito que o próximo sairá mais rápido porque o esquema dele tá pronto :)



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A manhã chegou mais cedo que o esperado e três dos quatro ocupantes da mansão Mills já se encontravam despertos. David e Emma que passaram a maior parte da noite e madrugada conversando sobre os acontecimentos do dia e sobre o passado mal pregaram o olho,ambos estavam ainda funcionando a base da adrenalina e cafeína. Emma em questão de horas passou de uma órfã a uma pessoa com família e não uma qualquer,ela era filha de personagens que até então só existiam nas histórias criadas para crianças,ela era uma princesa e seus pais Snow Withe e Prince Charming. Durante o tempo em que conversara com David ele lhe contou toda a história e ela no começo ficou sem reação alguma,aquilo ainda era um completo absurdo,porém depois de horas de conversa ela começou a aceitar a situação e mesmo sem perdoar seus pais começou a perceber que ela era amada. Nenhum dos dois esperava algo diferente do que o que obtiveram durante aquelas horas e sabiam que ainda tinham um longo caminho a percorrer,mas de uma coisa Emma tinha certeza e era a de que David era um bom homem e foi assim que sem se questionar muito a xerife decidira apoiá-lo e que por mais que sua vida estivesse do avesso ela protegeria quem precisasse. Ela protegeria o bebê que estava a caminho e protegeria a mãe do seu filho que é a mãe do seu irmão também.

Não muito tempo depois de David e Emma acordarem o ocupante mais novo também despertara,o menino ainda estava sonolento,porém já não conseguia dormir por ter muita coisa em sua mente tão jovem. Henry estava confuso e ansioso pois sabia que quando sua mãe acordasse eles teriam uma longa conversa e o menino também estava com medo. Medo do que descobriria e ainda mais por ter chegado tão perto de perder sua mãe,ele que passara tanto tempo a desprezando quase não teve a chance de realmente avaliar seus sentimentos e só agora ele se deu conta do quão incrível sua mãe sempre foi e que apesar de tudo ela sempre o amou verdadeiramente. Henry ainda estava confuso também sobre o que acontecera, mesmo acreditando na magia e em tudo que estava em seu livro presenciar ela acontecer era totalmente diferente. Num instante sua mãe estava mal respirando e muito fria e logo depois de um beijo ela despertara e o que deveria ser um momento feliz foi um dos mais estranhos que ele já vira, sua mãe acordou e ele conseguiu sentir que não foi algo esperado ou ainda desejado por parte dela. Quando Regina acordou Henry ficou em choque e antes que pudesse se recuperar ela já se trancara no banheiro e logo depois ele foi tirado do quarto pela sua mãe loira e depois disso as coisas só pioraram e agora que um novo dia chegara o menino sentia que finalmente teria algumas respostas, só não sabia ainda se seria ou não bom para todos.

Enquanto isso no quarto principal a morena despertava lentamente, ela ainda estava sobrecarregada com tantas coisas e apesar de ter conseguido dormir não descansara quase nada. Ter seu menino em seus braços foi de longe a melhor coisa que experimentara em um bom tempo, mas ela ao acordar teve a certeza de que aquela fora uma despedida, seu menino já não estava mais ali e ela sabia que ele finalmente processara todos os acontecimentos e finalmente a deixara como todas as outras pessoas em sua vida. A morena permaneceu na cama e outra vez deixou que a escuridão e o sentimento de abandono a dominassem, lágrimas caiam livremente por todo o seu rosto e ela quase não conseguia respirar,era como se estivesse sufocando de dentro pra fora. Aquela sensação de que a qualquer momento seu mundo acabaria se tornava mais forte a cada segundo, ela já não estava mais no controle de nada e foi assim que David a encontrou. O veterinário que já havia feito o café da manhã com ajuda de Henry e então subira para acordar a sua namorada, ele sabia que ela precisava comer e que provavelmente não o faria se ele não a convencesse, porém o que ele encontrou o deixou muito preocupado. Regina estava abraçada ao travesseiro que Henry usara, seus olhos estavam inchados de tanto chorar e seu corpo tremia incontrolavelmente devido aos soluços, ele então correu até ela e sem dizer nada a abraçou. Foi somente alguns minutos depois que ele quebrou o silêncio.

– Hey, o que aconteceu? – questionou preocupado.

– Não me deixa,David. Eu não mereço que fique,mas não me deixa ainda, por favor. Já perdi o meu filho e se perder você sei que não vou suportar. – disse a morena com a voz completamente embargada e rouca devido ao choro.

– Você não perdeu e nem vai perder ninguém, Regina. – falava o príncipe numa tentativa de acalmar a morena completamente frágil.

– David, eu sei que o Henry foi embora. Ele agora sabe que eu sou um monstro e que arruinei a vida de todos nessa cidade, meu filho sabe quem sou e ele nunca mais vai querer ficar comigo. Ontem eu pude senti-lo pela última vez e foi tão bom, meu menino aqui... Mas eu sei que ele em algum ponto percebeu a extensão do que fiz e assim como todos fizeram ele me deixou. – respondeu a morena ainda chorando e sem olhar diretamente pro loiro.

No andar de baixo Henry estava impaciente e preocupado com a demora de David descer com a sua mãe e apesar dos protestos da Emma ele subiu e foi quando ouviu sua mãe falando com David, ele se aproximou e parou ao ouvir o que ela dizia.

– ... ele deve está mais feliz agora que vai poder viver a vida que sempre sonhou e longe de mim, o Henry deve tá feliz que a maldição foi quebrada e ele vai poder ficar com a família dele. Eu só não queria está aqui, seria muito mais fácil, mas nada vem fácil pra mim... Não era pra você ter me acordado, todos vocês estariam melhor sem mim,David. – continuava a falar a morena cada vez mais angustiada. – Nossa relação foi baseada numa mentira, eu não mereço ser feliz, não mais de qualquer maneira. Sei que meu filho nunca vai me amar e nem sei se algum dia ele me amou ou se eu estraguei tudo, mas ele foi meu raio de esperança. Sem o Henry não sei como continuar,David... Quando você apareceu eu achei que poderia te usar,mas como sempre acabei me dando mal porque me apaixonei por você e sem querer passei a sonhar com algo que não pode acontecer, eu me permiti ter esperança de ser feliz.

Antes que David pudesse dizer alguma coisa o menino que ouvira uma parte da conversa entre sua mãe o veterinário correu até ela e a abraçou, ele a essa altura tinha lágrimas nos olhos ao perceber o quanto sua mãe estava sofrendo e principalmente por ela achar que ele não a amava. Henry apesar de ter ficado confuso e magoado quando descobrira a verdade sobre a cidade e apesar de ter saído pra procurar sua mãe biológica sempre amou sua mãe, ele só estava com medo de que fosse algo ruim e acabou por não perceber que amar a sua mãe nunca poderia fazer dele alguém ruim, que só o fazia mais forte, ele esqueceu por um tempo de todos os momentos que vivera com sua mãe antes do livro aparecer e passou a vê só o que estava escrito. O menino que sempre teve tudo em sua vida sonhava com muito mais e acabou por perder o essencial que era sua ligação com sua mãe, a pessoa que o criou e que fez de tudo por ele, a única pessoa que sempre o colocou em primeiro lugar. Emma quando entrou em sua vida foi uma pessoa nova e legal, mas ela nunca fez o que sua mãe fazia e pra ele tava ok porque ela é sua mãe biológica,mas agora ele finalmente percebera que sangue não faz uma família e sim o amor e que sua mãe parecia ter desistido disso, o menino ficou muito triste ao ouvir todas aquelas palavras e decidiu que nunca mais faria nada para machucar a sua mãe.

– Mamãe? – disse o menino que ainda estava abraçado à morena.

– Henry... – disse a prefeita baixinho com medo de que a qualquer momento seu menino fugisse de seus braços.

– Eu te amo, mamãe. – falou o menino que estava chorando ainda. – E me desculpa por ter feito a senhora pensar o contrário. Sinto muito que tenha feito tanto pra te machucar mãe. Quando eu li a sua carta fiquei com tanto medo, nunca imaginei que isso aconteceria aí a cheguei aqui e a senhora não acordava... Foi tão assustador, eu tentei de tudo e nada deu certo... Mesmo quando eu a beijei a senhora ainda não acordou... Mais eu te amo,mamãe eu juro que faço. – completou chorado ainda mais e abraçando ainda mais forte sua mãe.

– Henry, você não precisa se desculpar, sei que cometi erros e que não fui uma boa mãe pra você. – disse a morena que apesar de toda a dor que estava sentindo ainda precisava se certificar que seu menino estava bem. – Meu amor,não fica assim... – falava ainda a morena em tom calmante, agora era o momento de fazer seu filho ficar bem, o resto viria com o tempo. – Eu sei que você tentou me acordar, o David me contou tudo e por mais que agora esteja difícil de acreditar eu sei que você me ama e se o beijo não funcionou não foi por culpa sua. Henry, as coisas agora estão complicadas e talvez leve algum tempo até que eu me sinta bem outra vez, e se durante esse tempo você sentir que eu não te amo eu sinto muito, mas saiba que eu te amo muito meu pequeno príncipe. Você foi a melhor coisa que me aconteceu e se ainda quiser ficar aqui saiba que nada nesse mundo me faria mais feliz e se desejar sair eu não irei impedir, porque ter você feliz é o que mais quero. Eu te amo e nunca pense o contrário. – finalizou a morena que aparentemente sabia exatamente o que dizer pra acalmar seu menino. Ele já estava mais relaxado e agora a abraçava sem mais chorar.

David assim que viu o estado que Henry estava saiu do quarto para deixar que o menino e sua mãe tivessem um tempo a sós. O veterinário aproveitara e fora conferir sua filha que ainda estava na cozinha, porém com uma cara nada amigável. Ela lhe dissera que havia acabado de sair do telefone com Snow que aparentemente desejava ter uma conversa com ela, a xerife sabia que deveria ter uma boa conversa com sua recém descoberta mãe e essa perspectiva não a agradava em nada. Na noite anterior ela não contou sobre a forma que a maldição fora descoberta e agora não sabia bem o que fazer. David então veio com a ideia de que deveriam marcar uma reunião na prefeitura e que ele contaria a todos de uma vez o que aconteceu, era uma forma de tentar evitar que as pessoas se voltassem contra Regina, ele só falaria com Snow um pouco antes em consideração ao que tiveram. Depois de todos os detalhes acertados ele voltou ao quarto principal levando uma bandeja com café da manhã pra Regina e Henry, a morena não parecia com apetite,mas logo fora convencida a comer um pouco. Ele então contou o que ficara acertado e enquanto falava viu que sua namorada ficou tensa,mas ele a acalmou e foi assim que saiu deixando mais uma vez mãe e filho no quarto. Após comer um pouco Regina finalmente teve coragem de contar pro Henry sobre o bebê, ela sabia que não era justo esconder mais nada dele.

– Henry, eu preciso te contar mais uma coisa só que é um segredo que só David e provavelmente Emma sabem. – começou a falar a morena que tinha toda a atenção do seu filho. – David e eu vamos ter um bebê e estamos juntos. – disse sem rodeios e na expectativa do que Henry diria, ela esperava uma reação negativa e instintivamente se afastou um pouco do menino que nem percebera.

– Eu vou ser um irmão mais velho? – falou o menino mais pra si que pra sua mãe. – Eu vou ser um irmão mais velho! – disse o menino mais alto e logo depois abraçou sua mãe. – Mamãe eu fiquei tão feliz. – disse ele radiante. Alguns minutos se passaram quando ele falou mais uma vez em tom um pouco confuso. – Mãe, se esse bebê é do David e ele é pai da minha mãe biológica quer dizer que eu sou tio e irmão desse bebê e que minha mãe biológica também é a irmã do meu irmão e que meu avô também é meu padrasto?

Regina que até então estava ainda sem saber o que dizer devido a reação inicial do Henry foi pega de surpresa com o ultimo questionamento do seu filho, essa era realmente uma boa colocação que deu um nó em sua cabeça só de pensar.

– Aparentemente sim... – respondeu ela agora pensativa.

– Nossa! Só espero não ter que fazer uma árvore genealógica. – disse o menino que já estava deixando o assunto de lado, ele estava ainda empolgado com o bebê, mas logo essa empolgação deu lugar a outra coisa. – Mamãe, a senhora ainda vai me amar? – perguntou o menino agora um pouco inseguro.

– Henry, eu sempre vou te amar. – respondeu a morena na mesma hora. Depois disso eles passaram o resto da manhã na cama como faziam quando o menino estava doente, só que agora era ele quem estava cuidando da sua mãe e do seu irmão ou irmã.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam desse capítulo? No próximo vou mostrar a primeira consulta da Regina,então se ainda quiserem opinar sobre o bebê essa é a hora.
Peço desculpas caso alguém desejasse vê mais conversas entre Emma e David ou o que ela e Snow conversaram,mas meu foco é a Regina e as relações dos outros com ela, por isso não veremos muito sobre os outros diretamente.

Evil kisses :* e não deixem de me dizer se gostaram ou não ;)