Dark Side escrita por Emanuelle Cristina


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Aqui está mais um capítulo e conforme o prometido antes de sexta rs. Terminei essa madrugada e gostei tanto de como ficou que vim correndo postar pra vocês,espero que o tamanho não os assuste,mas ele foi se escrevendo e quando percebi estava assim *_*

Quero agradecer pelo carinho que estão tendo com essa história e pelas lindas palavras que sempre me deixam e quero dizer que morri de amor ao lê a recomendação que ganhei da Nicolle Buchmann *-* pra mim que não escrevo EC com frequência é ainda mais mágico.

Prometo tentar atualizar até segunda e se quiserem lê algo nesse intervalo deixo o link da minha primeira EC e talvez a história que mais amei escrever até hoje:

http://fanfiction.com.br/historia/450639/My_heart_will_go_on/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/536316/chapter/4

Emma assim que terminou de falar com a pessoa do outro lado da linha se encaminhou para o quarto principal,ela precisava falar imediatamente com David.

– Nós temos um problema. – disse a xerife assim que entrou e viu David parado olhando fixamente pro espaço agora vazio na cama.

– Emma... – foram as primeiras palavras do veterinário assim que viu sua filha,ele anteriormente estava muito chocado com os eventos pra processar a real situação em que as coisas se encontravam e somente agora ele fora capaz de perceber que estava vendo pela primeira vez sua filha. Antes ele conhecia a xerife da cidade, a mulher que assustava tanto seu amor e que estava levando o menino pra longe,mas agora ele via seu bebê que segurou por alguns minutos antes de mandá-la embora rumo ao desconhecido e apesar dessas emoções estarem intensas ele ainda não conseguia conciliar com o que estava vivendo. Era muito descobrir que sua vida toda era uma mentira,que ele na verdade era um príncipe que amava uma princesa e que nessa nova terra se apaixonou por uma rainha apelidada de má,mas que na verdade escondia uma profunda dor em seu coração e era ainda mais difícil perceber que esse sentimento era retornado. Nunca em sua vida David imaginou que o que era certo em outra época se provara errado e ter que trabalhar com isso e ainda tentar de alguma forma se relacionar com sua filha adulta era muito e por isso o príncipe estava sem palavras e só conseguiu sussurrar uma palavra naquele instante.

– David,realmente precisamos conversar e você tem que me ouvir. – respondeu a xerife que estava igualmente confusa, ali estava o homem que era seu pai, o Prince Charming dos contos de fadas,uma pessoa que até horas antes não passava de uma figura inventada,mas que na verdade era real. Ela passou de uma pessoa sozinha pra alguém que tem família e não só isso,mas uma família de contos de fadas,ela passou de não acreditar em magia a presenciar um ato mágico acontecendo e tudo isso estava uma completa bagunça em sua cabeça,mas não era hora de se debruçar sobre essas questões. Algo muito maior que sua vida desregulada estava acontecendo e era seu dever manter a cidade protegida e era o que faria, o resto viria com o tempo. Ela só esperava que tivessem esse tempo já que aparentemente o caos estava se formando do lado de fora das paredes da mansão.

– O que aconteceu? – questionou o loiro assim que seus pensamentos se ajustaram um pouco.

– Aparentemente Henry estava certo sobre quase tudo. – começou a dizer ainda em tom de confusão. – A maldição é real, mas eu não a quebrei. Você sim. – disse de uma vez e sem esperar qualquer comentário continuou a falar. – Recebi inúmeros telefonemas só enquanto estava descendo e colocando o Henry na sala de TV. O último foi do Archie e as coisas estão uma bagunça na cidade,aparentemente todo mundo se lembra de tudo e querem pegar a Regina e fazê-la pagar. – finalizou sabendo que essa última parte colocaria David em alerta.

– Como assim? Emma, o que vai acontecer? Como posso ajudar? Por favor,me ajuda a protegê-la. – falou o príncipe em tom de súplica. – Sei que nós temos muito o que conversar e se desejar explicarei tudo,mas eu preciso protegê-la, Emma. A Regina não está bem e eu tenho medo do que pode acontecer e do que ela pode fazer se essas pessoas chegarem aqui. Sei que não é o que quer ouvir e que provavelmente não está pronta pra aceitar,mas eu preciso proteger o seu irmão ou irmã. Ela está grávida e mesmo que ainda não consiga me aceitar eu sou seu pai e pai dessa criança e assim como tentei te salvar preciso fazer o mesmo agora. Por favor,me ajuda. Se não por tudo que disse pelo menos que seja pelo Henry que é só uma criança ainda e não merece perder ninguém que ama. – pediu com lágrimas nos olhos e medo. Ele já quase perdera sua filha anos atrás e agora era ainda mais arriscado perder outro e pra piorar não seria fácil impedir que seu amor se machucasse no processo.

– Não se preocupa,David. Vou fazer o que puder pra não deixar nada acontecer com a Regina. Ela é a mãe do Henry e apesar de tudo que aconteceu sei que ele a ama. De fato ainda não estou pronta pro resto,mas mesmo assim vou ajudar a proteger a Regina. Sei que ela é uma pessoa difícil,mas sei também que ela usa uma armadura pra se proteger. Depois de hoje entendi um pouco mais como ela se sente e isso só me fez querer ter a chance de conhecê-la de verdade, ela é tudo que desejei pro Henry e não vou tirar isso dele. – finalizou a xerife já saindo do quarto outra vez e se encaminhando pra cidade. Ela iria descobrir o que exatamente estava acontecendo pra poder cumprir suas promessas e proteger a mãe de seu filho.

Enquanto isso no quarto principal David procurava a chave do banheiro,ele sabia que Regina possuía uma copia de cada fechadura daquela casa e estava determinado a fazê-la falar com ele,mas primeiro tinha que entrar no banheiro. Já fazia mais de meia hora que ele a acordara e ela se trancara, tudo que ouvia era o silêncio e o estava matando. Ele estava com medo de que ela tivesse tentado outra medida desesperada e por isso a busca pela chave era tão urgente. Alguns minutos depois finalmente encontrara o que precisava e sabia ser a chave certa porque cada uma delas tinha uma indicação. Sem perder mais do precioso tempo o veterinário correra até o banheiro e abrira a porta. A primeira coisa que David percebera fora a figura da morena dentro da banheira, ela estava completamente encolhida num canto e as lágrimas eram visíveis em seu rosto atormentado. Ele sem pensar em nada fora rapidamente na direção dela,mas assim que sua presença fora percebida a morena recuara ainda mais e em seus olhos ele só viu medo e uma tristeza nunca antes presenciada.

– Hey, eu fiquei preocupado. – disse o príncipe muito suavemente e sem se aproximar mais do que já estava porque ele não queria assustar ainda mais seu amor claramente perturbado.

– Eu sinto muito. – sussurrou a morena, sua voz estava tremida e ela em nenhum momento se atreveu a olhar pra David. Assim que ele se aproximou mais ela instintivamente recuou ainda mais. – Não machuca o nosso bebê. Você o terá quando ele nascer,mas não o machuca, ele não tem culpa de ser meu filho. Não deixa que isso atrapalhe a vida dele.– pediu com a voz ainda mais baixa que antes e era palpável o medo que estava presente naquelas palavras.

– Regina... – suspirou o loiro ao perceber o quanto sua namorada estava frágil e ainda mais o quanto ela acreditava que não era amada apesar de ser a prova viva do contrário. Ao ouvir aquelas palavras tão cheias de dor o príncipe tomara plena consciência da gravidade do que ela escrevera nas cartas,ele percebeu que ela se considerava algo totalmente descartável e que não valia nada e naquele instante David teve certeza de que passaria o resto de sua vida provando pra Regina que ela era sim digna de amor e felicidade e que ele nunca a deixaria. Foi com essa nova determinação que ele continuou a se aproximar dela e a falar. – Eu não vou te machucar, Regina e nem o nosso bebê. Eu te amo e meu amor não mudou e não vai mudar. Eu amo você e amo essa vida que está crescendo dentro de você – disse com tudo que tinha e logo depois entrou na banheira e sentou ao lado dela que estremeceu com a proximidade.

– Todo mundo me deixa e eu acabo me machucando. Você pode achar que me ama,David e pode achar que vai querer ficar,mas eventualmente vai sair e vai levar o bebê porque eu sou e sempre serei a Evil Queen. Ninguém nunca me amou ou me escolheu,mas sabe de uma coisa... – respondeu ainda com a voz embargada e lágrimas caindo livremente pelo seu lindo rosto. – Eu já me conformei,sei que nunca serei feliz e estava pronta pra isso... Não mereço ser amada,mas está tudo bem... Só queria pelo menos uma vez ter algum vislumbre do que é ser feliz e eu tive. O Henry e você me fizeram feliz até descobrir sobre o bebê porque percebi que nossas vidas eram uma mentira e sei que logo perderia vocês. Sinto muito ter estragado tudo e sinto muito que não consegui terminar o que pretendia. Você deveria ter me deixado morrer! – finalizou já em um tom mais angustiado. Seu corpo agora tremia sem parar e os soluços eram de partir o coração. David agiu e imediatamente a envolveu num forte abraço que a principio ela resistiu,mas depois ficou sem forças e cedeu ao conforto daqueles braços reconfortantes.

Minutos se passaram sem que nada fora dito,David ainda estava segurando a mulher quebrada e atormentada em seus braços e ela ainda soluçava fortemente. Mais um tempo de passou até que ele se afastou o suficiente pra olhar pra ela,o príncipe sabia que não poderiam ficar ali mais tempo então a convidou pra sair,ela ao perceber que ele queria se levantar enterrou o rosto em seu torso e o abraçou mais apertado. Notando o quão desconfortável e assustada ela ainda estava ele mais uma vez falou.

– Me deixa te levar pro quarto,aqui não é confortável pra você. – disse amorosamente.

– Não quero sair ainda, por favor. – pediu baixinho. Seu tom de voz mostrava todo o medo e insegurança e David percebendo isso tratou de tentar acalmá-la.

– Eu não vou sai do seu lado,não precisa temer. Nada de mal vai acontecer com vocês, mas precisamos sair e conversar. Eu fiquei tão preocupado. – disse o príncipe que ainda enfrentou resistência da morena. – Vamos, por favor. – pediu já saindo de dentro da banheira e estendendo a mão pra sua amada. Regina ainda ficou um tempo sem o encarar,mas logo começou a se sentir desconfortável e aceitou a mão do seu príncipe,porém ao levantar ficou tonta e quase perdeu o equilíbrio. David ao notar que ela não estava bem a pegou no colo e transportou no estilo de noiva para o quarto, então a colocou gentilmente na cama.

Vários minutos passaram e Regina ainda estava na mesma posição, sentada contra a cabeceira da cama e fitando o espaço a sua frente. Tinha medo de olhar pra David e descobrir que tudo o que ele dissera eram palavras vazias e que logo ele se daria conta de quem ela é e sairia levando com ele sua última esperança. Se David a deixasse ela sabia que nunca mais se reergueria e que sua vida teria finalmente chegado ao fim,sem ele ela perderia a última chance de ser amada e principalmente a ultima chance de ter uma família. Henry nunca mais será dela e se David sair ela sabe que perderá não só ele como o bebê que ela tentou não amar,mas que já ama mesmo só sabendo de sua existência a menos de um dia.

– Sinto muito por causa do bebê. – foram as primeiras palavras proferidas depois de um longo silêncio. – Eu não queria que nada disso tivesse acontecido e nunca achei que seria possível, mas mesmo assim sinto por ter feito isso com você. – disse a morena com a voz carregada de tristeza. – Esse bebê não deveria existir, me desculpa por colocar você nessa situação. Sei que vai ser difícil explicar isso pras pessoas. – continuou a falar ainda com muita dor em sua voz. – Você certamente não acredita,mas eu me apaixonei por você de verdade David e apesar de ter sido a minha ruína não consigo me arrepender. – finalizou sem nunca olhar nos olhos azuis que tanto ama.

– Regina,não faz isso com você... Não se desculpe por algo tão precioso quanto esse bebê. – começou a falar o príncipe que não sabia mais o que fazer pra consolar a morena inconsolável. Doía no fundo da sua alma ouvir tanta dor e angustia em sua voz e saber que em grande parte era por causa de algo tão lindo quanto uma criança só tornava pior. Ele sabia o quanto ela ama o Henry e que ser mãe é algo que ela adora, perceber que ela estava tendo tantos receios com essa nova vida o assombrava porque era nítido que ela estava com medo da reação que ele teria. Na carta já era claro que ela acreditava que esse bebê seria um fardo por ser filho dela. – Nosso bebê é um pequeno milagre, nunca pense o contrário. – falou com amor e ao mesmo tempo ele chegou mais perto dela e assim como fizera enquanto ela estava inconsciente colocou a mão no ventre praticamente plano dela e esse toque a fez estremecer. O loiro fingiu não perceber e decidiu que era hora do bebê saber que era sim muito amado. – Oi meu amor, sei que ainda falta muito pra gente se encontrar pessoalmente,mas eu sou o seu pai e te amo tanto,baby. Você é um pequeno milagre e é tão amado... – sussurrou contra o abdômen da morena que ouvia atentamente cada palavra e que tinha novas lágrimas,dessa vez por um motivo diferente. – Sua mãe está com medo baby,mas eu e você vamos mostrar pra ela que não tem motivo e que nunca vamos deixá-la. Saiba que nós te amamos e que queremos que venha com saúde. Nossa família é um pouco diferente,mas tem tanto amor. – finalizou a conversa com seu bebê e colocou um beijo muito suave onde ele descansava. Esse gesto final fez a morena chorar mais, ela nunca sentira tanto amor antes.

– David... – disse a morena tentando abafar o soluço.

– Não chora,baby. – disse o príncipe que envolvia a rainha num forte abraço. – Eu amo vocês, não chora...

Depois desse momento emocionalmente intenso os dois permaneceram mais um tempo abraçados, Regina estava pela primeira vez naquela semana se sentindo segura e não queria quebrar esse momento. David estava feliz porque ela havia se acalmado,mas sabia que precisaria ter mais uma conversa com ela antes de contar que toda a cidade se lembrava, ele queria ouvi-la dizer o que fez com que se amaldiçoasse. Saber que ela se colocara sob tal maldição o deixava desolado,era um ato de desespero puro.

– Regina, porque a maldição do sono? O que aconteceu que fez você sentir que não havia outra saída? Eu li as cartas e ainda assim preciso saber. – questionou ainda deitado ao lado da morena que o abraçara mais ainda quando ouviu o que ele perguntara.

– Não podia matar o nosso bebê. – veio a resposta fraca. – Eu fiquei com medo quando recebi o resultado do exame. Sabia que em breve a maldição será quebrada e não conseguia viver sabendo que meu filho vai me deixar e você também. Essa maldição não era pra ser quebrada, ninguém seria capaz de me amar ao ponto de me acordar. – finalizou com os olhos cheios de lágrimas prestes a cair.

– Oh,Regina... – disse o veterinário que apertou a morena em seus braços. – Como pode pensar assim? Eu te amo tanto! – completou a beijando suavemente nos lábios pela primeira vez depois do true love kiss.

– Não esperava isso... Eu me assustei quando acordei. – confessou baixinho e envergonhada.

– Quando eu li a sua primeira carta fiquei desolado. Corri pra te procurar na prefeitura e encontrei o exame de gravidez e a segunda carta. Senti meu coração parar ao imaginar que teria te perdido e foi horrível ver você nessa cama imóvel e sem vida. – confessou o príncipe com lágrimas escorrendo por sua face ao se lembrar daqueles momentos. – O Henry tentou te acordar e ele ficou tão triste quando o beijo não funcionou e ele estava conformado que perderia você. Quando te beijei estava com tanto medo de que não desse certo igual com o Henry,mas você acordou e pude respirar novamente. – terminou de confessar tudo que sentiu durante àquelas horas. O príncipe queria que a sua rainha soubesse o quanto era amada.

– O Henry tentou me acordar? – perguntou a prefeita atordoada após a confissão o veterinário. – Ele realmente tentou? Não é possível... Ele me odeia,David... – disse tristemente.

– Ele te ama,Regina. Muito mesmo e acho que vocês devem conversar,mas primeiro quero que me ouça e não se agite mais, você e o bebê passaram por muita coisa hoje... – disse o veterinário no mesmo tom suave de antes. – A Emma me disse que a maldição foi quebrada. Nosso beijo não só te despertou,mas quebrou a sua maldição. Ela estava aqui na hora e saiu não muito tempo depois. A cidade recuperou a memória. – terminava de falar quando sentiu o corpo todo da morena ficar mais tenso outra vez.

– Eles vão me pegar! – falou assustada. – David, se eles souberem do bebê vão machucá-lo. Ninguém pode saber! Vou perder o nosso bebê. Cadê o Henry? Você precisa salvar o Henry. – falava freneticamente ao mesmo tempo em que começava a hiperventilar.

– Calma. Respira. – falava calmamente o veterinário. – Respira devagar... O Henry está seguro e ninguém vai fazer nada contra vocês, eu vou protegê-los e a Emma também. Ninguém vai fazer nada com você.

Enquanto David tentava acalmar a morena na mansão Emma tentava fazer o mesmo, mas com mais da metade da cidade que se encontrava no caminho da Miffin Street indo em direção a mansão de número 108. A xerife estava tendo dificuldades em manter todos quietos por tempo suficiente, porém depois de várias tentativas,alguns tiros pro alto e promessas de que tentaria descobrir tudo ela conseguiu impedir que os habitantes da então pacata cidadezinha no Maine voltassem pra suas casas e um dos argumentos foi que eles deveriam primeiro tentar se reunir com suas famílias e que ela assim que soubesse exatamente o que acontecera marcaria uma reunião. Emma não revelou o que acontecera por saber que só inflamaria os ânimos já exaltados de todos,mas ela sabia também que teria que contar pra Snow sobre a nova situação para que assim cortasse de uma vez as ilusões da sua então amiga que agora virou mãe de que eles seriam uma família. Até onde ela estava ciente ninguém sabia a real natureza do relacionamento entre a prefeita e o veterinário do abrigo de animais e a xerife tinha consciência de que assim que soubessem seria praticamente impossível detê-los,mas ela estava disposta a cumprir a promessa de proteger a mãe do Henry mesmo que ela fosse em partes responsável por tê-la separado de sua família. Emma apesar de tudo ficara comovida com o que descobrira e mais ainda ao perceber nos segundos que se passaram entre o beijo de David e o despertar da morena algo que ela imaginou que não veria em Regina. Ela viu uma pessoa totalmente vulnerável e que estava apavorada, ela viu uma mulher que tinha chegado ao limite e que não via mais sentido em existir, essa Regina era alguém que pra Emma ainda valia uma tentativa de ajudar porque ela só estava assustada e precisando de apoio e durante todos os meses em que a xerife estivera convivendo com ela essa mulher estava lá bem escondida sobre várias camadas de proteção,mas que agora todas essas camadas haviam caído e a pessoa debaixo dela era mais parecida com ela do que gostaria de admitir, alguém que buscava o amor,mas que nunca o encontrou e que agora que estava perto de ter tinha muito o que superar e se dependesse dela Regina teria. Outra coisa que estava mesmo sem querer pesando eram as palavras de David. Sim,ela agora que se encontrava voltando pra mansão estava pensando na descoberta de que tem um pai e um irmão a caminho e por mais disfuncional que possa ser e por mais que ela ainda não esteja totalmente preparada essa é a família que ela buscou toda a sua vida,claro que levará um tempo para se acostumar a todas as mudanças,mas ela quer passar por elas para que então encerre uma fase de sua vida e então possa tentar ser feliz como sempre desejou.

Durante todo o tempo desde que Emma saíra Henry ficou no mesmo lugar e cerca de uma hora depois ele dormiu no sofá com a TV ligada num programa qualquer e só acordou quando ouviu a porta da frente ser aberta pela loira que levara a chave quando saiu. Ela tinha um ar cansado e só se encaminhou ate o sofá e abraçou bem forte o menino ainda sonolento e em poucas palavras explicou a situação na cidade, a loira não queria interromper nada de importante entre David e Regina e por isso optara por ficar com Henry na sala de TV,mas ambos estavam ficando com fome e por isso o menino pediu que ela o ajudasse a preparar alguns sanduíches e chocolate quente. Eles fizeram os lanches e deixaram alguns pro par que ainda não havia descido do quarto. Henry queria muito ir conversar com sua mãe para se certificar de que ela estava bem,mas Emma dissera que quando ela estivesse pronta David o chamaria e foi com essa promessa que ao terminarem de comer e lavarem a louça voltaram pra sala de TV. Mais algum tempo se passou ate que o veterinário desceu e chamou o garoto, primeiro ele explicou mais ou menos como a morena estava e pediu pro Henry ir com calma,ele não queria assustar o menino e nem revelar detalhes do que conversaram no quarto,mas precisava garantir que Henry não faria mais nenhum mal a Regina que estava mais frágil que nunca e que ainda estava com muito medo de enfrentar seu filho. O menino entendeu o que o loiro disse e garantiu que não faria nada pra machucar a sua mãe,ele disse que estava arrependido e que só queria ter certeza de que ela estava bem e foi com essa promessa que ele subiu até o quarto tão familiar durante toda a sua vida e que se tornara estranho ao longo do último ano, ele estava determinado a se acertar com sua mãe.

Na suíte master Regina estava muito tensa e apreensiva com a iminente conversa que teria com seu pequeno príncipe e apesar das garantias de David ela temia mais uma vez ser rejeitada. A essa altura ela sabia que não teria forças pra lutar e que se Henry desejasse sair ela o perderia de vez e foi com esse medo e essas dúvidas em seu coração que ela ouviu a porta do quarto ser aberta e a figura de seu menino aparecer. Ele hesitante se aproximou mais dela e por algum tempo que ninguém soube precisar eles ficaram só se olhando até que ele se atirou em seus braços a deixando completamente sem ação pois não esperava tal reação por parte do garoto. O abraço logo fora retribuído e ambos ficaram ali completamente perdidos no momento, Henry ao sentir as mãos de sua mãe o segurando começou a chorar e a abraçou com toda a força que um menino de sua idade era capaz. Nada foi dito,ambos se perderam naquele abraço e algum tempo depois adormeceram. A conversa ficaria pra outra hora.Regina pela primeira vez desde que tomara a decisão de deixar seu menino livre se sentiu plena novamente e ele depois de mais de ano se sentiu completamente seguro. Horas depois David os encontrou dormindo abraçados e então retornou até onde Emma estava pra continuar a conversa que estavam tendo, eles também precisavam se acertar. O que viria a seguir só o raiar do dia mostraria,mas naquelas horas finais do dia mais intenso de suas vidas todos na mansão só queriam acertar esse ciclo de suas vidas para recomeçar um novo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Essas cenas entre o David e a Regina estavam na minha cabeça desde que imaginei essa fic e apesar de não terem ficado 100% como imaginei originalmente ainda me emocionaram,mas se não gostaram me digam que paro de escrever :p

A enquete do capítulo anterior continua,espero que me ajudem a decidir sobre o baby logo pq no próximo capítulo eles irão ao médico pela primeira vez :)

Evil kisses :*