Incest - Segunda temporada escrita por Cah Stilinski


Capítulo 10
História repetida


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem meus amores ♥



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Ponto de Vista Melissa:

– Como consegue fazer lição tão cedo? – Stiles me questionou enquanto conversávamos pelo face time. Eu estava deitada na cama fazendo o trabalho de Química e ele, do outro lado da tela, aparentemente jogava vídeo game.

–Eu preciso fazer esse trabalho agora, vale 50% da nota! – Expliquei. – Você já fez o seu?

–Eu? – Ele riu. – Acha mesmo que eu faço trabalhos dois dias antes da entrega?

– Você sabe que o trabalho é pra hoje né? – Eu ri e ele fez uma cara de pânico. – Para ser mais exata, o trabalho é para daqui 15 minutos.

–15 minutos? – Ele disse desesperado e eu ri. – Vou fingir que estou doente!

–É a quarta vez que falta a aula de química essa semana, acho que a professora vai começar a suspeitar que suas doenças sejam falsas.

–Eu dou um jeito. – Ele deu uma piscadela. – Você disse que falta quanto tempo pra aula?

–15 minutos ué, por quê? Tem compromisso? – Falei. – Achei que seu único tipo de compromisso era jogar vídeo game e arrotar.

–Pra falar verdade eu tenho, vou ajudar a Natália com as aulas. Ela está cursando arquitetura também sabia? – Ele falou e meu sangue ferveu. Como alguém pode ser tão trouxa a ponto de cair na armadilha daquela cobra? Jace e Stiles eram mesmo dois panacas.

–Como tem coragem de ajudar ela com alguma coisa? – Falei abismada.

–Melissa, só vou ser um bom anfitrião e ajuda-la a se enturmar, nada para ficar com ciúmes.

–Eu. Não. Tenho. Ciúmes. De. Você. – Falei pausadamente e brava.

–Não precisa fingir amor. – Ele disse e riu do outro lado da tela do celular. – Bom, eu tenho que ir, até a aula de cálculo.

–Até! – Eu disse e desliguei a chamada.

Eu juro que não tenho ciúmes dele, mas o fato de vê-lo indo de novo para o lado dela já me estressava. Será que ninguém via o quanto ela era fria e calculista? Até mesmo Stiles já tinha me dito isso.

Ponto de Vista Clary:

– Bom dia! – Falei pra Izzy entrando na cozinha do nosso apartamento.

–Bom dia amor. – Ela falou, fofa como sempre. – Quer cereal?

–Não, dispenso! – Falei. – Vou comer uma fruta mesmo.

Fui em direção ao balcão onde ficava a fruteira.

–Um passarinho me contou que você voltou com o Jace, é verdade? – Ela falou enquanto examinava a geladeira atrás do leite.

–Esse passarinho, por acaso, é ruiva e está trancada no quarto fazendo trabalho? – Perguntei me referindo a Melissa.

–Talvez ele seja. – Izzy riu.

–Sim, eu e Jace voltamos. – Falei pegando uma maça e me jogando no sofá. – Mas e quanto você e Simon, ou você e Jason?

–Nem me fale! – Ela disse e se sentou no sofá com uma tigela de cereal com leite. – Simon quer conversar comigo antes da aula, e Jason quer sair para jantar hoje.

–Nossa que menina disputada. – Eu brinquei. – E qual dos dois você prefere?

–Eu não sei. – Ela falou com uma voz de criança mimada quando quer alguma coisa. – Eu gosto do Simon, mas as nossas brigas eram cada vez piores. Quem sabe o que vai acontecer daqui a 3 anos? Estaremos nos ameaçando com facas.

– Eu imagino. – Falei e ri, mas depois de ver a cara séria de Izzy engoli o riso e disse. - A ironia da dor é que você quer ser consolado por quem te machucou. Você gosta dele amiga, corre atrás. O Jason é só uma distração, eu aposto.

– Eu não sei... Vou conversar com ele hoje, e vou ver o que dá. – Ela deu de ombros.

Ponto de Vista Melissa:

O Sinal deu fim a aula de química, e logo eu sai indo para a segunda aula, que no caso era de Cálculos.

Como sempre sentei em uma das mesas no meio da sala. Jace se sentou lá na frente e Stiles nem ao menos tinha chegado.

O professor começou a aula como sempre, e eu me esforcei para prestar atenção. A verdade é que eu não presto atenção em nenhuma aula de calculo desde que Stiles começou a sentar no meu lado, suas piadas ou o fato de sempre sermos expulsos da sala sempre me impediu de prestar atenção. Não era como se eu estivesse triste, mas ele fazia falta na entediante aula de cálculos.

15 minutos depois do inicio da aula Natália e Stiles cruzam a porta juntos.

–Licença professor. – A menina disse. – Me atrasei, sou aluna nova e Stiles estava me apresentando o Campus.

–Ah sim, Natália não é? Podem entrar. – O professor falou e então os dois se sentaram, Natália bem ao lado de Jace e Stiles como sempre ao meu lado.

–Para alguém que já a superou, está passando muito tempo com ela. – Eu disse meio que de impulso assim que ele chegou. Ele deu um sorriso torto ao ver que eu me importava e disse:

–Para alguém que não sente ciúmes, está se importando cada vez mais com isso. – Ele riu.

– Eu. Não. Tenho. Ciúmes. De. Você. – Falei nervosa novamente.

– Que seja. – Ele falou e pegou o caderno prestando atenção no que o professor falava.

5 minutos depois senti alguém me cutucando, só para variar era ele.

–O que quer? – Falei irritada, era sempre assim.

–Preciso de um lápis. – Stiles disse.

–Nossa que novidade. – Murmurei pra ele. – Como vem pra aula sem material?

–Stiles e Melissa! – O professor disse em alto e bom som. – É a quarta vez da semana que vocês ficam cochichando durante a minha aula!

–Desculpe professor, ele só me pediu um lápis... – Eu tentei me explicar.

–Sempre a mesma coisa! – O professor disse ríspido. – Continuem a conversa lá fora, por favor.

E mais uma vez eu recolhi meu material e fui obrigada a sair por culpa do Stiles.

–Você não vai me deixar assistir nenhuma aula de Cálculos mesmo? – Eu falei enquanto andávamos para fora da sala.

–Até parece que você gosta das aulas dele. – Stiles riu e eu concordei, e como toda a vez que éramos expulsos da sala, fomos até a lanchonete.

Ponto de Vista Isabelle:

– O que queria falar comigo? – Eu perguntei ao Simon assim que cheguei ao laboratório, onde marcamos de nos encontrar.

–Queria te pedir desculpas. – Ele falou. – Eu ainda acho estúpido o motivo de você estar nervosa, mas ainda assim quero te pedir desculpas.

–Se acha o motivo besta por que pedir desculpas? – Falei. – Ah, espera, deixa-me adivinhar. Você está sentindo falta de ficar comigo né?

–Para! Não começa a ser irônica. – Ele falou. – Sim eu sinto falta de ficar com você, mas não sinto só falta dos beijos. Sinto falta de tudo, sinto sua falta. Falta das suas manias, falta de tudo em você. E mesmo com as nossas brigas, eu sinto falta do nosso relacionamento.

– O que te fez perceber isso? Por que esta me dizendo isso só agora? – Falei me sentando no balcão do laboratório percebendo o quanto a conversa ia ser longa.

– Te ver andando pra cima e pra baixo com aquele mauricinho lá na praia me deixou extremamente irritado! – Ele disse e eu corei. – Você é minha! Só minha! E eu sinto falta das suas crises de ciúmes, e do jeito que você torce o cabelo quando está nervosa, e também do jeito que você fica brava quando está vendo sua série favorita e eu fico te irritando, sinto falta de tudo que nós tínhamos. E por deus, eu juro que não estou falando isso só por causa da sua ideia idiota de greve, aliás, sinto falta das suas ideias baseadas em comédias românticas também.

–Então é isso? – Falei. – Acha que depois do seu discurso ensaiado e uma meia dúzias de palavras bonitas eu vou largar o Jason e voltar com você?

– Eu... Sim... Eu achava. – Ele disse meio envergonhado e eu dei risada. – Então você não vai voltar comigo?

Ele perguntou me olhando e eu sorri.

–É claro que eu vou seu bobo. – Eu disse e me aproximei dele o beijando. – Que tal eu matar aula hoje e a gente ir ver algum filme no seu apartamento?

–Nada disso. – Ele falou. – Hoje eu vou te levar para um encontro de verdade.

–Ah é? – Eu disse surpresa.

–Vamos comer pizza em um restaurante, e depois vamos ao cinema e talvez mais tarde eu te deixe em casa e te dê um buquê de rosas, que tal?

Eu ri da ideia, mas me senti feliz em sermos um casal tradicional pelo menos uma vez.

–Adorei a ideia. – Eu disse e beijei seu rosto.

–Te pego as 20hrs. – Ele falou e depois me acompanhou até a sala de teatro.

Ponto de Vista Jace:

A aula de Cálculos acabou e eu saí em direção a lanchonete onde combinei de almoçar com a Clary. Andava fitando o chão quando Natália me chamou.

–Jace? – A morena disse. – Quer ser minha dupla no trabalho de cálculos? É que todos da sala já formaram grupo, e como eu sou nova estou tendo dificuldades para arranjar um...

–Claro, por que não? – Falei. – Que tal no domingo?

–Domingo eu não posso, vou viajar no final do semana. Tem planos pra sexta a noite? – Ela perguntou.

–Eu iria sair com a Clary, mas como o trabalho já é pra segunda, pode ser. – Concordei.

–Então ótimo, no meu apartamento amanhã a noite. – Ela sorriu e eu continuei andando até a lanchonete.

*

–Como não vamos poder ir mais? – Clary disse assim que eu contei pra ela sobre o trabalho.

–Eu sei que você queria muito ir à exposição, mas é um trabalho importante amor. – Falei pra ela enquanto dividíamos uma porção de batatas.

–Tudo bem, eu entendo. – Ela disse. – Mas sábado de manhã vamos fazer alguma coisa tá?

–O que você quiser, menos ver algum filme gay de romance. – Falei e ela riu.

Ponto de Vista Melissa:

Sexta- feira, dia 17.

Acordei no mesmo horário de todas as manhãs dos dias uteis. Me arrumei e tomei um café rápido para não me atrasar. Geralmente eu ia com o Jace até a aula, já que ele também estudava arquitetura, mas hoje ele iria faltar. E Stiles nem ao menos tinha falado comigo hoje então fui sozinha mesmo até a sala.

Novamente era aula de calculo, estava começando a me questionar sobre o porquê de ter tantas aulas com aquele maldito professor. Entrei e me sentei no lugar de sempre, e Stiles estava atrasado de novo.

Exatamente como no dia anterior ele chegou 15 minutos depois acompanhado pela Natália. Não conseguia nem olhar a reaproximação dos dois, eu nego ser ciúmes, mas não quero ver o Stiles sofrer de novo. Como sempre eu esperei ele vir se sentar ao meu lado, mas como Jace havia faltado o lugar ao lado da Natália ficou vago e Stiles não pensou nem duas vezes ao ocupa-lo.

Na mesma hora que ele se sentou eu senti uma onda de raiva me atravessar, já não nego mais, eu estava com ciúmes. Como ela estava roubando meu amigo de mim assim tão descaradamente? Pela segunda vez na vida eu assistia de camarote uma garota roubar alguém que eu me importo, assim como a Clary tirou Jace de mim a Natália fazia o mesmo. Mas a diferença é que Clary era simpática e amigável, a Natália era uma vadia calculista.

Tudo bem que era bobagem se preocupar, ele apenas sentou ao lado dela, mas já era um significado e tanto pra mim.

Mas o pior veio depois. Com 30 minutos de aula, enquanto o professor explicava a matéria Stiles e Natália começaram a cochichar. Não demorou muito para o professor dizer.

–Estou atrapalhando a conversa? – O professor falou bravo, alias, ele estava sempre bravo.

–Me desculpe professor, o Stiles só me pediu um lápis. – Natália disse.

– Sempre as mesmas desculpas, mas pelo visto hoje a senhorita Melissa não está envolvida né? – Ele disse. – Bom, sem regalias, já sabem como funciona né? Não gosto de ser interrompido, por favor, se retirem.

E naquele momento que eu vi o Stiles cruzar a porta com a Natália, assim como ele sempre fazia comigo, foi o ápice para eu me lembrar de novo como era ter alguma coisa que você gosta tirada de você.

Eu me lembro de dizer a Clary há alguns anos atrás “Como você pode chegar, e como um furacão, destruir tudo o que eu tinha?” E era exatamente o que eu gostaria de dizer para a Natália, por que mais uma vez alguém surgiu e roubou uma das poucas coisas que eu realmente me importava, Stiles.


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Notas finais do capítulo

Nos próximos capítulos:
"Grávida?"

" Acordei com uma dor de cabeça sem igual na, aparentemente, cama da Natália."

"- Eu amadureci vendo as pessoas que amo me trocando. - Falei. - Posso lidar com isso."




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