Presos na Liberdade escrita por The GreenArth


Capítulo 3
A máscara branca


Notas iniciais do capítulo

CONTINUANDO DO EPISÓDIO ANTERIOR...



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– Bruno Torres: O Burro não pode ter ido muito longe, não é mesmo?
– Beetleleader: Não. Mas, sugiro que preste atenção por onde anda, não sabemos aonde pisamos e não podemos acabar como a Miss. Me entende?
– Bruno Torres: Entendo. Saudades dela.
– Beetleleader: Não se preocupe. De um jeito ou de outro vamos encontrá-la, fique tranquilo. Se não encontrarmos, ela nos encontra. E sendo sincero. Essa história de animais selvagens pelo que noto é quase que desprezível, fique tranquilo. É só uma questão de tempo.
– Bruno Torres: Assim espero.
– Beetleleader: Assim será.

Eles correm por minutos, mas nada. Burro realmente foi rápido em sua fuga, e sua localização era indeterminável. Mesmo assim, a dupla decide prosseguir. Eles acabam por adentrar na mata, e não demora muito para Bluebeetle cair após tropeçar em uma pedra e machucar seu nariz. O perigo e logo apontado, e visto a situação Beetle decide voltar. Infelizmente, um uivo pôde ser percebido.
– Bruno Torres: O que é aquilo?
– Beetleleader: Não importa, voltamos e deixamos isto para lá. Agiremos melhor pela manhã.

Os dois vão correndo para o acampamento, mas um animal os segue. Parecia ser uma espécie de lobo, mas nada muito descritível. Pela distância entre os dois corpos, a dupla logo o despista, mas ele parecia estar com vontade de continuar, e que poderia atacar em breve. Voltando ao acampamento, explicam a situação para Robert Sonson e Rangoo, e não demoram para ceder ao sono e irem dormir, antes jantando com os itens trazidos na mochila, e sempre Blue se preocupa com Miss que poderia estar ou não com fome. Burro por outro lado corria desesperado pelas matas, e se refugia em uma gruta escura e sombria onde se posiciona em posição fetal para passar a noite, com medo do que lhe poderia acontecer, principalmente ao ouvir os uivos constante que os lobos faziam na região. Enquanto isso. A lua brilhava mais intensamente no interior da mata, onde por ventura as copas não cobriam mais. O ambiente estava mais iluminado, e dava-se para ver melhor as rochas que estavam no chão e as estacas de madeira que estavam fincadas na terra como um indicador de trilha, com mais terra lisa do que grama prantada no chão. Neste cenário com uma nova ferida na bochecha estava Miss Martie correndo e deslizando na terra rumo ao norte, seguindo as estacas. Curiosamente, haviam várias tochas fincadas em algumas árvores, e várias bananeiras estavam brotando deliciosos frutos que quando notados são logo atacados pela garota que estava praticamente "morta" de fome, e ao se alimentar de pelo menos quatro bananas se acalma e começa a pensar melhor. Ela estava com muita fome para pensar, e isso a causará um enorme desespero, mas não era o único fator; ela estava agora com muito medo do lugar onde estava. Avistando uma rocha maior, ela senta de pernas cruzadas e medita em busca de uma resposta de como sair daquela prisão. O cenário era assustador demais e intimidador, principalmente pelo fato de parecer ter sido moldado por mãos humanas nativas, ou seja, indígenas ou até mesmo canibais, o que causava medo na garota de arriscar continuar, porém, não podia voltar; uma sinuca. Olhando para os lados, mata fechada, e lá onde estava era o único ponto aberto de toda a floresta, que parecia estar recheada de tigre, onças e outros animais selvagens. Após minutos refletindo ela abre os olhos já mais calma e deita na terra suspirando e não hesita em olhar para as folhagens, e não demora para escutar um ruído estranho e sem parar para distingui-lo ela foge desesperado rumo ao desconhecido apenas seguindo as estacas; mal ela sabia que elas levavam a um lugar, mas o ser que a espionava sabia, e queria impedir que isso aconteça. Após minutos correndo muito cansada ela tropeça em uma raiz e se depara com mais metros de mata selvagem, a noite um perigo, mas vendo que não tinha escolha prossegue. Várias vinhas, galhos, troncos e árvores compunham um cenário similar ao que Miss caiu e isso até a fez ficar esperançosa que tinha chegado onde havia caído, mas estava enganada. Animada ela anda mais rápido, atenciosa desta vez, mas depois de minutos ela não encontra absolutamente nada, além de uma rocha gravada: "wisdow" com vários riscos em volta; algo muito estranho. Uma luz a chamou atenção e ela decidiu ver o que era, e nota que as árvores tinham tochas acessas para iluminação e que as árvores estavam riscadas, algo muito estranho. Não demora muito para a garota começar a tremer por conta do frio que se aumentava já que o horário já era dez horas e meia da noite, e as brisas começavam a aumentar. Ela nota que estava em um beco sem saída quando vê uma enorme montanha impedindo a passagem para o outro lado, e nela várias bandeiras verdes vincadas, não tinha como dizer que não era humano. Mas por incrível que pareça, uma passagem foi aberta e bem arquitetada e edificada com barro, argila, pedras e areia com até mesmo um espaçamento de passagem e em sua volta vários desenhos, impressionante. Curiosa, a garota olha as pinturas e vê desenhado nelas com uma tinta natural negra um garoto pulando, voando, encarrando diversas situações tribais e ao seu lado duas mulheres: uma jovem que se parecia com ele, e uma mais velha um pouco diferente, mas que também aparentava um aspecto jovem. Ela estranha e prossegue pela passagem, mas uma gota que passa despercebida chega até o solo que estava coberto com uma extensa camada de folhas, vindo do alto onde aquele ser que se revela com a luz da lua ser um humano que aparentemente estava chorando ao ver a garota olhando suas construções, e encorajado ele pega seu arco e suas flechas e olha para diversas vinhas, as pegando e pulando para outros galhos no intuito de segui-la. A garota vê que o túnel era quentinho e aconchegante, e parecia ser seguro e então senta em posição fetal e após olhar para os lados, decide dormir. O ser em cima da montanha olha para o outro lado, e após minutos nota que ninguém saiu e decide fazer uma abordagem direta.

Enquanto isso no acampamento dos Besouros. Robert e Marcelo dormem como crianças, calmos e serenos enquanto Blue próximo a fogueira ficava parado, apenas olhando para o céu a espera de sua pretendente, e Beetleleader na sua pensando curiosamente na mesma coisa. Ele nota o amigo solitário com até mesmo sentimento de culpa, e decide ir para lhe dar um conforto. Vários uivos podem ser ouvidos, algo que chama a atenção do líder, mas que ignora rumo ao seu objetivo.
– Beetleleader: O que foi? Pensando na Miss?
– Bruno Torres: Aff. Sim, estou. Está uma noite perigosa, e fico preocupado em saber que ela está naquele frio todo, enquanto nós estamos aqui com uma fogueira.
– Beetleleader: Ela sabe fazer fogueira, não sabe?
– Bruno Torres: Não sei, acho que sim.
– Beetleleader: Bruno. Ela foi escoteira, é claro que sabe.
– Bruno Torres: Aff, então por que perguntou?
– Beetleleader: Para ver sua reação. Acalme-se, tudo irá dar certo.
– Bruno Torres: É engraçado você dizer isso por que...

Blue olha Beetle que estava com olhar de sério. Está bem. Só fico pensando, será que ela precisa de ajuda? Será que ela está sabendo se virar. E como ela sumiu assim de repente? Algum animal pode ter a levado.
– Beetleleader: Pode ser.

Blue o olha com olhar de desaprovação. Mas só o tempo responderá está pergunta. Só acho que não deveríamos ter vindo, mas agora que o pior aconteceu, vocês vão me ouvir da próxima vez.
– Bruno Torres: Mas será que vai ter próxima vez?
– Beetleleader: Vai. Tenho certeza que vai.

Com as palavras confiantes, Blue se encoraja e os dois parecem refirmar uma amizade. Enquanto isso. Miss começa a falar com sigo mesma, fazendo anotações sobre o que aconteceu e tentando se acalmar do medo de qualquer coisa que poderia lhe acontecer.
– Stephanie: Droga, droga. Como eu saio disso aqui. Nossa, como eu pude me deixar vir parar aqui. Não. Não. Não. Aff. AONDE TEM UMA LUZ AQUI, HEIN!? POR ONDE EU SAIO! CADÊ AS PLACAS!? Aiiiii... estou começando a falar sozinha. Estou ficando louca. Quem falou que a mãe natureza é boa? Hein? Que loucura é essa!

Ela movimenta bruscamente o braço ferido.
– Stephanie: AIiiiiiiii! DROGA! Acalma-se Stephanie, acalma-se. Você já passou por coisas piores, já sim. Tudo vai acabar bem. Como acabar bem? Tem gente aqui! Canibais! Vão me comer viva.

Com a mão esquerda a garota lhe dá um tapa no rosto.
– Stephanie: AI! aiiiiiii... Droga. Eu tinha que vir num acampamento no meio do nada. Se um dia eu ver o Bruno, eu o mato. Perai. Se eu conseguir achar eles. Eles podem estar aqui perto e eu nem pensei nisso! Vamos!

Animada a garota se levanta e corre para a outra ponta gritar pelos Besouros. De repente, ela se depara com um ser de máscara que pula para sua frente bem quando ela estava próxima da saída, a assustando.
– Stephanie: AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! O que é você? Quem é você? Quem construiu tudo isso?

O ser pega seu arco e sua flecha e mira bem no coração da moça, mas acaba tremendo e hesitando em atirar dando tempo da moça fugir em direção contrária.
– Homem: Droga.

Ele a persegue com uma velocidade impressionante e com um empurrão, derruba a moça assim que a alcança. Ela cai bruscamente no chão e olha para cima com medo.
– Stephanie: Quem é você?

O misterioso homem não responde, e pega de suas costas que pareciam estar armadas com muitos itens e objetos de luta uma espécie de pano, e coloca nele rapidamente um liquido Blue e vai bruscamente em direção ao nariz da moça, que estava horrorizada com o que via. Sem pensar duas vezes, ela chuta o joelho do ser o fazendo parar por alguns segundos, e assim ela se levanta e volta a correr, correndo para onde o ser apareceu. O homem se levanta, e ao ver a situação e ao notar que estava perdendo pega seu arco e flecha e mira em direção a garota e então atira velozmente contra ela. Nenhuma flecha a acerta, mas uma passa em cima de sua ferida na bochecha causando ainda mais dor.
– Stephanie: Ai... Droga.

Saindo do túnel, ela pula para fora sem pensar duas vezes e se depara com um cenário que jamais poderia imaginar. Uma espécie de cidade construída artesanalmente entre as colinas do mais puro verde, recheada de árvores e água com um tamanho inimaginável. O que ela via era somente o começo, mas ela nota uma área florestal e corre temendo de haver mais homens que poderia matá-la. Ela corre bruscamente, mas acaba sendo abordada pelo ser que a encontra e salta de uma árvore a seu encontro.
– Homem: Saia daqui agora.
– Stephanie: AGORA RESOLVEU FALAR! ME TIRE DAQUI AGORA! QUEM É VOCÊ E O QUE QUER COMIGO, RESPONDA JÁ! O QUE É VOCÊ! O QUE É ISTO! QUERO SATISFAÇÕES AGORA, NESTE INSTANTE.

O ser responde com um soco na cara da jovem.
– Homem: Exijo mais respeito. Saia de minha cidade agora! E mande seus amiguinhos fazerem o mesmo!
– Stephanie: Por que?

O ser tira uma faca das costas e faz um corte bem em cima de braço bom, o esquerdo. ARRGGH!
– Homem: Não quero ninguém em minha liberdade, isso é uma ordem! Saia, ou morra.
– Stephanie: Me mostra a saída e eu saio seu animal!

O ser se cala, e fica parado esperando uma reação. A garota fica em estado de choque com medo da criatura que estava em sua frente. Ela decide voltar, mas a olha com um rosto de desaprovação. Vendo que estava sem saída, a garota decide fugir do homem indo em direção contrária, e o ser a deixa ir.
– Homem: O recado já está dado.

Com dor do último ataque que levou, a garota corre em direção ao nada, apenas sabendo que lidava agora com um homem desconhecido e sanguinário, e que estava armado com armas artesanais e que poderia estar em um bom número. Olhando para trás e agora mostrando sinais de fragilidade chorando, ela vai até uma outra área florestal mais perto da cidade. Desnorteada, a garota encontra uma cabana com cara de habitada, e em busca de ao menos algum remédio ou algo que a ajude a diminuir a dor, ou alimentos para re-estabelecer energia. Ela abre a cabana que era feita de troncos, madeira e uma espécie de pregos feitos de rochas, mas que era perfeita tanto por fora quanto por dentro. Ela se depara com um espelho e nota sua lastimável situação: com sua camiseta branca rasgada e ensanguentada com o sangue vindo do peito com um corte que o pegava por inteiro; cabelos despenteados e rosto ferido, com além de tudo um leve borro de maquiagem; tênis rasgado e shorts com a mesma impressão; além do braço direito ferido e engessado em folhas de bananeira precariamente e algumas picadas de insetos; realmente a garota estava acabada, e tem um choque ao ver isto. Ela entra na casa e vê alguns vasos de argila com água e os pega para tomar e se limpar, e logo então nota que a casa parecia ser muito perfeita para um selvagem. Com tapetes de folhas e tecidos, e até sofás e mesas, uma beleza, mas que não é tão apreciada por ela com medo de se esbarrar com o proprietário. Ela corre para a saída e se depara com um diário, e não hesita em lê-lo em voz alta com uma voz tremula, mas ainda assim audível.
– Stephanie: Onze de novembro, dois mil e treze. Hoje foi um dia muito forte para mim e não sei se vou aguentar. É muito diferente para mim. Agora estou por mim só, sem ninguém para me acudir, e nestes dias difíceis eu ainda tenho que ter forças, mas aonde vou tirar? Preciso de paz e harmonia para sobreviver, senhor. Acho que vou enlouquecer com tanta pressão e mal, e tenho medo do que posso fazer de errado. Não sou mal de verdade, mas não posso deixar a situação me deixar ser. Tenho que lutar contra, e fico com medo de ter errado em minhas escolhas, mas eis os resultados...

De repente uma voz pode ser ouvida.
– Homem: ...e não posso mudar jamais, infelizmente. Mas quem sabe, a vida pode me melhorar até o que me afrigia não me afrigir mais. É só a lei da evolução, e um dia, eu serei melhor do que sou assim do que sou melhor do que fui. Assim que é a vida.
– Stephanie: Você que escreveu isto?
– Homem: Saia agora da minha cidade, saia de minha LIBERDADE!

O ser pega uma faca de suas costas e mira em Miss.
– Stephanie: Por favor, não faça isso comigo, por favor! Deixe-me ir embora, por favor. Eu deixo a cidade, sua liberdade, tudo, só quero voltar para casa. Eu queria voltar mas não sei o caminho, e você deve saber, por favor. Me deixa ir!

O ser fica sem reação, pensativo.
– Stephanie: Por favor.

A garota começa a chorar com toda a pressão e o ser mostra-se compadecer, até a garota não resistir a tanta emoção e desmaiar com medo da morte. Assim, o ser a olha e toma uma decisão. Um novo dia nasce, o sol irradia os campos verdes e neles estavam Stephanie Liccon, caída como se tivesse morta com passarinhos cantando para todo o canto. O ser havia lhe poupado a vida, e parecia ter lhe dado alguns bônus. A garota estava melhor tratada, com um gesso de folhas melhor feito e ser corte no braço estava melhor tratado, e não lhe havia marcas de sangue no corpo e nem nas roupas, impressionante. De repente suavemente a garota acorda.?
– Stephanie: Eu vou lhe dar sua liberdade, só me deixa ir para casa. Aonde eu estou? Estou em casa? Maaaanhe. Paaae. Bruno. Beetleleader, está aqui? Pessoal! Eu morri?

A garota se levanta ainda com sono, mas nota que estava em melhor estado.
– Stephanie: O que é que tá havendo. Onde eu estou? O que aconteceu?

Ela se espreguiça, mas acaba caindo no sono de novo e indo dormir. Nisso dá para ver que de longe nas árvores, o ser estava a espiando.
– Homem: Espero que esteja satisfeito, pois eu nunca mais farei isto de novo. Agora... tenho que fazer alguma com os outros, eles sim são a verdadeira ameaça, e deve ser neutralizada de uma vez por todas.

O ser sai do local, deixando a garota em paz por mais um tempo, e parte rumo ao acampamento dos Besouros, com um novo foco em mente. No mesmo espaço de tempo, no acampamento, após uma noite pesada e um pesadelo profundo, Bluebeetle acorda apavorado, como se acabasse de vivenciar um ataque sanguinário, e ao olhar para os lados, nota que estava acampamento nas matas. Eu olha às horas no celular e vê uma foto dele com seus amigos como plano de fundo, e nela estava Miss Martie, o remetendo a infame lembrança de que a garota havia se perdido misteriosamente nas matas, mas, por incrível que pareça, desta vez ele não tem uma reação triste e com essa ideia; como se lhe tivesse vindo esperança. Fora de sua barraca, Robert Sonson estava sentado beira à cachoeira, estudando a vida marítima do lago e a fotografando com a câmara fotográfica, como uma atividade para lhe recuperar a calma perdida com a situação. Quieto em seu canto estava Rangoo, que passava a impressão de estar dormindo por estar encostado em um canto com um chapéu cobrindo seus olhos para tapar o sol, mas não estava. Alguém não estava lá, e Blue ao sair nota isso. O garoto vai a procura de Beetleleader pelo acampamento e pergunta sobre ele para Robert, que responde que ele adentrou às matas logo cedo sem dar notícias, fato que estranhou Bruno, e o fez querer fazer o mesmo. Ele corre para o território onde Miss passou pela última vez, e com mais calma, examina todos os indícios, embora quem realmente procurava era Beetleleader, e nada. Ele anda, anda, e anda e não encontra nada nem ninguém que possam responder quaisquer questão, mas vê um macaco andando pelos galhos rapidamente, e resolve voltar. Já no acampamento hora depois, ele chega e se depara com o time todo reunido e as coisas brevemente organizadas e arrumadas para uma saída definitiva das matas, e como orquestrador do feito, Beetleleader, com um aspecto frio e cansado como se tivesse passado toda a noite em claro. Ao seu lado, Robert Sonson que conversava com ele sobre os rumos dos Besouros e da operação de busca pela Miss Martie, e Beetleleader desapontado e rancoroso respondendo as questões de acordo com seus pensamentos. Ao ver Blue, o líder logo se irrita.
– Beetleleader: Onde estava?
– Bruno Torres: Onde você estava? Eu fiquei te procurando por todo o canto.
– Beetleleader: Não podemos perder mais um! Sege coerente, garoto!
– Bruno Torres: Eu tô aqui, não estou?
– Robert Sonson: Está. Arrume suas coisas, vamos embora.
– Bruno Torres: E a Stephanie?
– Beetleleader: Eu... resolvo isso. Por hoje, vamos embora e eu irei contatar a polícia rodoviária e virei como testemunha do ocorrido em busca da moça. Vocês irão embora, estão entendidos.
– Robert Sonson: Eu irei junto com Beetleleader...
– Beetleleader: Você não vai. Vamos sair daqui, hoje. A guarda irá resolver isto, e eu... falarei com...

Beetleleader fica mudo, como se seu rancor tivesse falado mais forte; Robert suspira.
– Robert Sonson: Bruno. É o melhor voltarmos para casa.
– Beetleleader: Se eu tivesse sido mais forte e...
– Bruno Torres: Nós podemos ir atrás dela. Não pode estar muito longe...
– Beetleleader: Somos garotos. Eu odeio admitir isso, mas... somos garotos. Viemos aqui por imaturidade, e agora, pagamos as consequências da melhor forma. Pelo menos, eu pago. Estou sendo muito otimista e bonzinho de livrar-lhe da culpa de ter perdido uma de nós aqui nas matas...
– Bruno Torres: Minha culpa?
– Beetleleader: Sim. Não deveria ter-nos excitado com essa ideia medíocre de... aff. Só me obedece, ok?
– Bruno Torres: Eu dei a ideia, mas vocês a seguiram por que quiseram! Poxa! Isso eu não podia prever, ora bolas!
– Beetleleader: Eu podia!
– Robert Sonson: Parem.
– Bruno Torres: Não podemos deixar a Stephanie assim! Sem apoio!
– Beetleleader: Perdemos também o Burro por sua causa. Graças a você, o prefeito vai nos atacar geral pelo resto da vida. Sabe os problemas que eu irei passar por sua incompetência! Não poder entrar na faculdade de Wikaner ou da região por conta do prefeito me odiar. O William Platino, por conta que perdi o filho dele na floresta e ele... morreu.
– Bruno Torres: Ele morreu?
– Beetleleader: Quem sabe?
– Bruno Torres: Ele já era um peso morto... a questão é que...
– Beetleleader: Me obedece. Nós vamos e iremos contatar a polícia rodoviária, capite!
– Bruno Torres: Eu não acho justo deixarmos a Stephanie assim. Devíamos, ao menos tentar. Quem sabe dê certo. Nós buscarmos ela...
– Beetleleader: E quem garante nossa sobrevivência? Você não pensa? Não... não... não... Chega. Vamos e ponto. Robert, coloque aquelas garrafas de água nas mochilas, podem ser uteis.

Mudo, Bruno olha para as mochilas e nota a presença da de Stephanie.
– Bruno Torres: Nós vamos levar a da Miss também?
– Beetleleader: Se quiser deixar aqui é menos peso... é claro que vamos! Pode ter algo que possa ser útil. DNA...
– Bruno Torres: DNA? Aff. O que está pensando. Que já é caso perdido e que só vamos encontrar restos mortais? O que que é isso? Aff, cara. Para de bancar o bobão! Podemos até contatar a polícia. Mas eu quero ir junto. Capite.

Acuado e sem respostas, Beetleleader fica mudo por alguns segundos, pensativo.
– Beetleleader: Está bem. Faça o que quiser.

Blue faz um sorriso. Mas saiba que terá consequências.
– Bruno Torres: Não ligo para as consequências.
– Beetleleader: Este é o seu defeito.

Blue demonstra não gostar do que ouviu, e Beetle muda o assunto da conversa. Agora, prepare suas coisas e vamos sair daqui. Quero que as deixe no posto da guarda onde formos, pois é menos peso e preocupação, e siga comigo para o que for preciso. Levamos conosco na busca apenas a roupa do corpo, um meio de comunicação que existir, além é claro da hidratação. Não sei o que enfrentaremos, se apenas seremos testemunhas, ou seja lá o que possa ser... só quero estar preparado para tudo, e será para valer. Mesmo que não participarmos muito da busca, faço questão de estar ciente de tudo o que acontece. E... por favor, siga o que eu mandar; e tome cuidado. Não quero perder nenhum homem, certo?
– Bruno Torres: Bom... aceito ser termos, certo.

Os dois apertam as mãos, e Bruno vai arrumar suas coisas para sair, olhando para trás ainda triste e sentindo-se um traidor por deixar Miss nas matas sem chances de encontrá-los, mas segue com esperanças de que vai dar certo. Do alto das árvores, um homem olha atencioso às atividades dos Besouros, ouvindo tudo o que conversam. Ele demonstra não estar feliz com o que ouviu com sua expressão facial, que levemente transparece pela sua máscara feita de madeira colocada para ocultar sua identidade. Com a luz do sol, pode-se ver que suas vestes são simplórias e se resumem a um calção feito de folhas de bambu, uma mochila feita de bambu e folhas, e possuía olhos castanhos e longos cabelos pretos revelam ser um indígena, provavelmente, um nativo da região das matas. Ele está com seu arco-e-flecha, sendo que as flechas estavam molhadas com um misterioso e inflamável liquido vermelho bem escuro, e os aponta calculadamente para a mochila de Stephanie pronto para atirar, e então ele esfrega a flecha na árvore em forte, produzindo o fogo e enfim, atira. O tiro acerta o alvo, produzindo um veloz fogo por todo o objeto, o queimando junto a flecha, mesmo que a segunda ainda esteja um pouco reconhecível.
– Bruno Torres: Ahhn? O que...
– Beetleleader: Mas o que?

Robert ao ver isto pega algumas folhas de bananeira e começa a produzir vento, sem resultado, e o item é enfim queimado por completo.
– Bruno Torres: Droga! O que aconteceu aqui?
– Beetleleader: A pergunta certa é: Quem fez isto. É uma flecha de madeira, provavelmente artesanal... mas, da onde veio?

Bluebeetle olha para o céu em busca de algo e encontra o homem, que rapidamente atira mais duas na grama que dava acesso à mata grossa, formando um incêndio que impedia a passagem.
– Bruno Torres: Tem um homem ali em cima!

Todos olham para cima.
– Beetleleader: Um nativo! Deve vir de uma tribo de canibais!

Todos se apavoram; ele atira mais uma flecha em direção aos Besouros.
– Beetleleader: CUIDADO!

A flecha não atinge ninguém, mas queima uma das barracas que aparentemente era de Robert Sonson e então queima as outras, queimando todas as mochilas também.
– Robert Sonson: Minha mochila!
– Bruno Torres: Desgraçado!

O ser atira várias flechas sem estarem inflamadas com força, causando um belo impacto no solo levando em conta também a velocidade dos tiros. Isso faz os Besouros recuarem.
– Beetleleader: Vão em direção às bicicletas!

Eles obedecem. No correr, são ainda perseguidos pelo ser que atira ferozmente.
– Bruno Torres: MAS O QUE É AQUILO?
– Beetleleader: NÃO SEI! MAS DEVE SER O RESPONSÁVEL PELO SUMIÇO DA Stephanie, O SÉTIMO HOMEM QUE ESTAVA NESTAS MATAS, COMO MINHA TEORIA COGITAVA! ELE E SUA TRIBO DEVEM ESTAR QUERENDO NOS EXPULSAR... OU COMER NOSSA CARNE, OU SACRIFICÁ-LA PARA ALGUM DEUS!
– Robert Sonson: MAS O QUE!?
– Bruno Torres: COMO SABE SE ELE TEM UMA TRIBO, OU É UM CANIBAL?
– Beetleleader: NÃO SEI, MAS MINHA INTUIÇÃO TEM ESTADO MUITO BOA ULTIMAMENTE...

Blue faz uma cara de desconforto, mas admite o fato. Calados, eles correm até as montanhas e continuam a andar, subindo pelo mesmo caminho em que vieram quando chegaram nas selvas. No meio da correria, Rangoo tropeça e cai, e como já estavam à uma certa altitude, poderia ser letal. RANGOOOO...!
– Bruno Torres: DROGA! TEMOS QUE FAZER ALGUMA COISA! AGORA!
– Beetleleader: PROSSEGUIR É O MELHOR... INFELIZMENTE.

Blue não concorda com o que ouve, e faz uma expressão de irritação para Beetle, e decide voltar para ver como Rangoo estava.
– Beetleleader: BRUNO! NÃO BANQUE O IDIOTA...

Ele não responde, e volta corajoso, desviando das flechas do ser com perfeição.
– Beetleleader: DROGA! DROGA! VAMOS EU E VOCÊ ROBERT, AGORA!

Eles prosseguem, e continua a persegui-los, atirando cada vez mais. Após minutos chegam até as bicicletas, mas para surpresa dos dois, todos os pneus estavam furados, impedindo assim seu uso.
– Beetleleader: DROGA!
– Robert Sonson: E AGORA?
– Beetleleader: VAMOS APÉ!

Com o pouco de tempo que os dois gastaram para olhar as bicicletas, o homem chega até eles, descendo das árvores, e se aproxima dos dois rapazes com um aspecto feroz e selvagem.
– Beetleleader: QUEM É VOCÊ?

O ser não responde, e Robert demonstra medo dando um passo para trás. Já Beetle, encarra o homem olhando para sua máscara, e se aprofundando em seus olhos castanhos pelo buraco que a mesma possuía.
– Beetleleader: QUEM É VOCÊ!? RESPONDA JÁ!

O homem coloca seu arco nas costas, junto com outras armas que estavam em uma espécie de bolsa feita por bambu e folhas, e encarra Beetle ferozmente, formando uma disputa de olhares.
– Beetleleader: VAI ME RESPONDER OU NÃO?

Ele tira de seu arsenal de armas, uma faca, e rapidamente se aproxima de Beetle e o derruba com as mãos, e com seu pé, segura-o para não se mexer. Robert tenta defender seu amigo com um soco, mas o ser rapidamente troca sua faca de mãos e segura com força a mão do rapaz, e a usa para puxá-lo apenas para receber um forte soco no rosto e o fazer deitar no chão. Aproveitando-se do momento, Beetle empurra o homem que cai no chão e tenta pegar sua faca, que é logo pega, e Beetle que mal havia levando cai novamente no chão. Então é subjugado quando o homem pega seu pescoço e aproxima a faca dele, deixando o rapaz imóvel. Robert nota e começa a se levantar, querendo fazer alguma coisa.
– Homem: Mais um movimento, e eu mato o seu amigo.

Robert fica imóvel.
– Beetleleader: Quem é você!? Me responda! O que quer conosco!
– Homem: Quero que saia da minha Liberdade, deixa-a em paz, e nunca mais volte. É meu último aviso, senão...
– Beetleleader: Liberdade? Como assim liberdade? Afinal, você mora aqui? E tem mais homens com você?
– Homem: Não é informação que precise saber, apenas saiba que não quero que isto seja dito com mais ninguém. Saia de minha Liberdade, e nunca mais volte, nem traga ninguém para cá. Está me entendendo!?
– Beetleleader: Então aqui é Liberdade? Saiba, que eu já estava...

Furioso, o ser joga a cabeça do jovem contra o chão, apontando sua faca a seu rosto, prestes a lhe dar um ataque.
– Homem: Eu sei de tudo aqui, e assim sei que está mentindo. Se você me prometer e me provar que nunca mais vai contar sobre aqui para ninguém, eu o deixo ir, mas... caso o contrário.
– Beetleleader: Obtemos um acordo então, mas antes, quero saber onde estão os outros, os qual sei que sabe onde estão. Os outros que pertencem ao meu grupo!
– Homem: Não são de sua conta. E como disse, só lhe deixarei ir se tiver uma prova de sua palavra, caso contrário... irei fazer de tudo para que você e seus amigos apodreçam aqui, e nunca contem ao mundo sobre o que nós fizemos. Nós não lhe... arrghhh...!

O ser começa a rosnar, com raiva como se fosse um animal, e coloca as mãos na cabeça, como se tivesse com dor, e nesta Beetle o empurra e foge, e Robert faz o mesmo. Retomando a consciência, o ser vira-se para trás e ainda os vê.
– Homem: Sua escolha foi feita. Seu destino está zelado.

Então o homem rapidamente corre, e pega seu arco-e-flecha nas costas e atira duas flechas flamejantes que causam um incêndio na direção onde os dois corriam, alimentado por pequenos matos fincados ao solo, os impedindo de passar. A única saída era passando pelo homem, que sorri.
– Beetleleader: Ok. Eu prometo não falar nada sobre aqui, minha palavra. Mas nos deixe ir, todos. Não quero nunca mais pisar aqui, mas não quero deixar ninguém para trás.

O ser fica parado olhando para os dois, e ri fortemente.
– Homem:Não pode, nunca mais. Sua escolha foi feita, e morrerá aqui em Liberdade.

Beetle diante da cena, fica em estado profundo de raiva, enquanto Robert, perplexo, fica imobilizado sem fazer nada.
– Beetleleader: O QUE QUER PARA DEIXAR-NOS SAIR DAQUI? E O QUE AQUI TEM DE TÃO ESPECIAL! PROVE-ME QUE NÃO É LOUCO! OU DIGA-ME LOGO QUE É!

O homem o olha, mudo. Após alguns segundos...
– Homem: Pois bem... fazemos um acordo. Eu lhe deixo ir agora, não para fora, mas sim para dentro de Liberdade. Lhe darei alguns minutos, e logo após irei atrás de cada um de vocês. Caso você ou algum de vocês conseguírem me pegar, estarão livres... caso contrário, nunca mais sairão daqui... ao menos com vida...

Beetle se vê acuado, e olha com temor para a máscara do sujeito, seus olhos castanhos, e após um minuto toma uma decisão.
– Beetleleader: Pois bem... que assim seja. Mas me diga. Onde estão os outros, onde está a Stephanie ou o Leonardo? Eles estão bem?
– Homem: Eu não quero estragar a surpresa. Agora, que o melhor sobreviva, e que os Besouros-Negros tenham o que realmente mereçam.

Beetle o olha estranhado, como se tivesse já ouvido isto antes, e com dúvidas de como o ser sabia o nome de seu grupo. Logo então, sem pensar duas vezes, corre para sair daquele beco sem saída, com Robert o seguindo, e o homem lhe dá espaço para fugir. O rapaz olha para as bicicletas, mas rapidamente desce as montanhas com medo do que lhe poderia acontecer.
– Homem: Besouros-Negros... cada ano ficam mais ingênuos.

O ser espera alguns minutos, enquanto Robert e Beetle correm desesperados até o chão, precisamente aonde era o acampamento. Após pelo menos uns dez minutos, eles chegam até o objetivo, com Robert já cansado.
– Robert Sonson: E agora?
– Beetleleader: Procure o Bruno e o Marcelo.
E assim é feito, e Beetle corre beirando a pequena montanha de onde Rangoo caiu, a possível hipótese de como se localizar os dois. Não demora muito, e enfim ele os acha. Rangoo estava bem, sentando em uma rocha aparentemente apenas arranhado e com alguns rasgos em suas vestes, e Bruno ao seu lado pensativo.
– Bruno Torres: Beetleleader?
– Beetleleader: Seu idiota! Olhe no que nos meteu! Olhe a confusão que nos meteu!
– Robert Sonson: Marcelo. Está bem?
– Marcelo: Sim. É que eu e minha família somos de ferro, nada nos atinge.
– Bruno Torres: As plantas lhe amorteceram a queda. Mas, como assim? O que aconteceu?
– Beetleleader: Eu sei de tudo agora, e sei também que sofremos um grande perigo. O pior é que a culpa é sua.
– Bruno Torres: Como assim?
– Beetleleader: Não temos tempo! Agora, temos que fugir para as matas! Sofremos um grande perigo!
– Marcelo: Como assim perigo?
– Beetleleader: E desta vez me obedeça! Ouviu! Agora vamos, rápido!

Sem perguntar, os quatro correm e adentram desnorteados nas matas, procurando um lugar seguro. Do alto, o homem os vê.
– Homem: Oito, sete, seis, cinco, quatro, três, dois, um... e meio... um... quarto... um. Hora destes invasores me divertirem um pouco.

Então ele rapidamente sobe em uma rocha e alcança um galho, e com ele salta até as copas das árvores, rumo a uma caçada, e com um sorriso nos olhos. E assim uma guerra estava formada, entre os Besouros-Negros e maligno ser que estava "defendendo" sua "Liberdade" dos visitantes, com Beetleleader não gostando nada do assunto.


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Notas finais do capítulo

CONTINUA...



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