Presos na Liberdade escrita por The GreenArth


Capítulo 1
Prólogo




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Era manhã na cidade de Wikaner, sete horas para melhor exatidão. Tudo parecia indicar que seria mais um dia normal para estudantes do Everyday Academy. Alguns carros já vão indo, outros preverem ir de bicicleta, outros ainda não saíram do banho, mas todos vão ao mesmo objetivo. No geral focam-se em seis jovens, comuns de estatura mediana e pele caucasiana. Dois usam bicicleta, outro vai de carro, outro utiliza o ônibus, outro vai apé, e um ainda está no banho. Das bicicletas, um era mais rápido e outro mais lento; logo o primeiro passa pelo primeiro desafio, um caminhão que estava saindo de uma indústria e com isso ocupava a rua toda, ou pretendia já que ainda estava fazendo este processo; hora perfeita para demonstrar ousadia e em um ritmo mais rápido desafiar o veículo e passas pelas suas traseiras nos últimos segundos que lhe possibilitaria uma chance; de fato uma vitória. Ele passa correndo e chega até uma avenida, e o carro passará por lá e os dois se cruzam e o jovem o observa, mas ele não era o motorista. Pegando sua mochila, ele abre um caderno claramente estudando, como se tivesse uma prova, mas isto dura pouco e o caderno é colocado de volta. O carro vai reto e logo uma garota andava a pé pelo mesmo caminho, ou melhor corria já que aparentemente estará atrasada. Ela passa por uma casa onde gritos insanos podiam ser vistos, mas precisamente do banheiro. Era o prefeito da cidade que estará dando estes gritos?, seria sua esposa?, ou seria seu filho que estará preso no banheiro para terminar de tomar banho. De fato a última resposta, e até a porta é obrigada a ceder pela loucura quando jovem a derruba para sair do banho, e é notável que seus pais já estavam angustiados, já se é de imaginar o porquê. O jovem vai até seu quarto e exige ao seu mordomo roupas limpas, e de sua janela dá para ver um ônibus público, típico para fazendeiros. Lá um garoto estará lá, apenas observando o ritmo da cidade grande, logo ele tira de uma mochila humilde um mesmo livro revelando que todos estavam indo para mesma escola, e começa estudar. Próximo da escola, ele reconhece um ciclista, sendo o último dos jovens citados. Por sua vez estava bem arrumado, com uma bela bicicleta indo pela ciclovia em velocidade normal, mesmo que o horário o insista que estará atrasado. Depois de alguns minutos, eis que praticamente todos chegaram ao seu destino, nem um pingo cansados já que iam ter que encarrar a velha rotina. Da ordem o primeiro a chegar seria o primeiro ciclista a ser citado. Este entra triunfantemente pela entrada da frente e encarrando o relógio nota que havia chegado na hora, um alívio; este por sua vez usará jaqueta azul e camisa preta, e como causas um jeans. Fora de uniforme é claro. Indo em direção a sala, outro chega no colégio sendo o segundo ciclista, realmente as bicicletas eram o melhor meio de locomoção em Wikaner. Usando o uniforme e com cabelos penteados, logo é assediado por uma garota que perguntará que ele já poderia abrir a sala, eis que o garoto tinha cargos em seu colégio como "representante de sala", e responde que sim. Fora do colégio um carro preto estaciona e dele sai um jovem vestindo uma jaqueta preta com uma espécie de inseto pintada em seu tórax, embora era indistinguível uma vez que a mesma estava aberta mostrando o uniforme branco e azul da instituição. Com olhar de sério ele entra pela porta da frente e vai em direção à sala. O carro preto logo sai e outro há por vir. Um garoto estranho de olhar parado entra pelo colégio e passa pelos outros alunos desfilando e chamando a atenção pelas ações claramente baseadas em Élvis Prasley. Ele olha para as garotas imitando um galã e é obvio que elas não perdem a chance de dar uma risada; uma professora passa um várias folhas e ele o pega pela cintura e a joga em direção a lata de lixo como se "fosse uma dança", fazendo-a ficar irritada e perder seus papéis no chão. Chegando a mesma instituição um jovem com clara e típica cara de fazendeiro de baixa estatura chega ao local, e vendo que todos estavam comentando algo, que não sabia o que era, que na verdade era a última ação de Burro, discretamente passa pelos corredores e vai em direção a sua sala. Por fim o sinal toca e a pedestre chega ao colégio a tempo, e correndo vai em direção a sua sala sem dar satisfações. Realmente mais um dia levito acabará de começar. Assim o tempo passa, os jovens se dividiam em três salas de aula: a oitava série, o segundo ano do ensino médio e o terceiro. Claramente nas três salas as aulas eram do mesmo estilo, algo que irritava e entendiava um pouco os alunos. Alguns até obedecem o sistema, mas todos estavam cansados e louvando por ser Sexta-feira. De professor de Matemática à professor de Ciências, todos chatos e alguns até indecentes deixando sua cueca amostra enquanto elaboravam o teorema de Baskara, um horror. O dia se passa, e finalmente as aulas chegam ao fim. Ao final de tudo os seis jovens mostram se conhecer e na frente do colégio se reunirem para discutirem e trocarem experiências sobre como foram seus dias, e nem todos tinham agradecimentos a dizer sobre. Eles eram todos membros de um grupo chamado de "Os Besouros-Negros", e nele, cada um continha um apelido, embora somente um deles "O Beetleleader" ainda o usava com frequência, já que os outros mantinham mais seus verdadeiros nomes.
– Stephanie: Graças à Deus é Sexta-feira, agora é só descansar.
– Beetleleader: Olha hoje foi um dia puxado, um descanso é realmente merecido.
– Bruno Torres: Merecido é pouco. Vocês não estavam na minha pele quando o professor Valdecir começou a explicar a lei de Newton. Nem o próprio Newton ia parar em pé depois de ouvir aquela explicação.
– Robert Sonson: Vocês reclamam atoa, as aulas de hoje foram bem legais.
– Bruno Torres: Muito legais... Vocês do terceirão devem viver em outro mundo mesmo.
– Robert Sonson: Falando a verdade. É só questão de gostar, não é problema com os professores ou com as apostilas, é gostar ou não.
– Beetleleader: Isso é verdade. Mas, então praticamente todos os alunos de nossa escola não gostam de aula, porque não somos os únicos a ter comentado isso.
– Robert Sonson: Deviam gostar, não é tão ruim quanto pensam.
– Bruno Torres: Não... Como eu disse; não está em minha pele.
– Stephanie: Mas se formos ver, não é tão ruim não. Nunca tiramos uma soneca tão boa quanto aqui no colégio. Só isso não tem preço.
– Bruno Torres: Para ser sincero, só elogia a escola porquê é "represante do terceirão", só isso. Se não fosse ia ver o que é bom pra tosse.
– Robert Sonson: Sem querer ofender, mas não mata prestar atenção no quadro pelo menos cinco minutos. Só ai ia ver o quão bom é.
– Beetleleader: Robert, vou ser sincero; realmente os professores não sabem explicar. É muito chato mesmo.
– Robert Sonson: Eu não acho chato.
– Bruno Torres: Então você é o único. Poxa, teve gente na minha classe que desmaiou do sono. E o pior de tudo foi na quarta aula, do professor Jubaka...
– Stephanie: Jubaka? Que nome estranho.
– Robert Sonson: Não é tão estranho. O professor Jubaka é indígena, e seu nome nem é Jubaka, esse é o sobrenome.
– Bruno Torres: Índio? Já imaginava. Aquele homem não sabe o que quer dizer causas e fica ando aula de Português, é pra acabar com a credibilidade dessa escola.
– Marcelo: Professor Jubaka... nome diferente.
– Bruno Torres: Então. Ele tem a língua enrolada, fica estranho o que ele fala, e a única parte boa da aula dele foi quando ele recitou a carta da Independência do Brasil; não dava pra entender nada do que ele falou.
– Stephanie: É essa parte até que foi engraçada.
– Bruno Torres: Parecia até o Burro falando.
– Robert Sonson: Eu acho engraçado mesmo, que vocês ficam falando mal dos professores por trás e querendo ajuda para passar de ano pela frente. Isso é muito mais engraçado que a aula do professor Jubaka.
– Marcelo: Professor Jubaka... que tribo será que ele veio?
– Bruno Torres: Aff. Vai dar uma de certinho em outro lugar.
– Beetleleader: Vão começar? Brigar por isso é coisa digna de retardado.
– Robert Sonson: Sim. Só estava comentando.

Um garoto se aproxima do grupo.
– Thiago: Ai. Souberam da novidade?
– Beetleleader: Que novidade?
– Thiago: Vão lá na sala de Detenção. Tá rolando um babado lá, vem ver.
– Bruno Torres: O que foi? O Hector tá brigando com o Nathan de novo?
– Thiago: Muito melhor, vem ver.

Os cinco vão até a detenção. Lá o diretor Rogério Lombad estava gritando com um aluno, que derrubava tudo questionando o sistema do colégio.
– Aluno: Isto tudo é falso! É corrupción! Não mereço ser tratado como igual perante a sociedade?! Liberdade!
– Rogério: Garoto! Fica quieto! Pare de agir como louco uma vez na vida!
– Aluno: Libertinagem!

Os seis chegam e todos espiavam pela porta a discussão.
– Beetleleader: O que é isso?
– Thiago: O professor de História deixou o Leonardo na detenção, olha só o que deu.
– Marcelo: O Burro vai ser expulso rapidinho.

A mesa do professor atinge a porta, a quebrando.
– Leonardo: Justiça!

Por incrível que pareca, os alunos celebram o feito.
– Rogério: Grrrrrrrrrrrrrrrrrr... Vai pagar por isso agora mesmo!
– Leonardo: Chega desta pólica falha! Esta quente e eu posso andar do jeito que eu quiser!

Burro tira a roupa; todos comentam e o diretor fica pasmo. Não demora para que comece as fotos.
– Rogério: Mas o que?
– Leonardo: Liberdade aos Burros!

Como um louco, Leonardo (apelidado pelos amigos de "Burro", em homenagem ao personagem com mesmo nome dos filmes "Shrek") corre celebrando uma vitória, porém escorrega e cai de maduro no chão. Todos riem.
– Rogério: JÁ CHEGA! Cansei de maluquices em meu colégio! Burro você está expulso!
– Thiago: Tomo veio Burro!
– Bruno Torres: Vai aprender a lição!

Todos riem; menos Beetleleader, Robert e Stephanie - que por ventura, seu apelido também era uma homenagem a outro personagem, no caso a "Miss Martie".
– Leonardo: Meu pai é o prefeito desta cidade! Não podem fazer isto!
– Rogério: Caia fora daqui, senão eu chamo a carrocinha.
– Leonardo: POLÍTICO!

Burro sai chorando.
– Rogério: O próximo louco que pisar aqui será levado para o manicômio, ouviram!

Ovações podem ser ouvidas.
– Thiago: Viram. Que hilário.
– Bruno Torres: Até que enfim uma coisa boa nesse colégio.
– Robert Sonson: Boa? Isso degrada a imagem de nosso colégio.
– Beetleleader: Esse Burro...
– Marcelo: Nossa.

As pessoas vão saindo, e os Besouros e o Thiago também.
– Thiago: Essa épica. O João gravou tudo, postem no Facebook pra gente ganhar mais de um milhão de acessos!
– Stephanie: Poxa. Postar no YouTube isso.
– Thiago: Qualé gata. Se isso nos faz rir, imagine os outros.
– Bruno Torres: Eu posto!

Os dois apertam as mãos com irreverencia.
– Thiago: Então falô. A gente se esbarra.
– Bruno Torres: Falô.

Fora do colégio Burro estará quieto em uma árvore. Os Besouros passam por ele.
– Leonardo: Hey! Venham cá.
– Bruno Torres: Eu que não piso ai.
– Beetleleader: Burro...
– Robert Sonson: O que deu em você? Espera continuar nos Besouros-Negros depois dessa?
– Leonardo: Sim. Só estava cansado das aulas, eram muito chatas.
– Robert Sonson: Então decidiu sair nu pelo pátio só pra varia um pouquinho?
– Leonardo: Sim. É tão anormal assim?
– Beetleleader: Aff.
– Stephanie: Meu...
– Leonardo: Mas passado é passado. O que vamos fazer no fim de semana. Hoje foi um dia tenso, precisamos de algo legal para relaxarmos.
– Bruno Torres: Seja o que for, você não vai.

Burro tenta fazer um olhar meigo.
– Bruno Torres: Nojento.
– Beetleleader: Não temos nada programado. Agora tchau, tenho muito mais o que fazer.
– Robert Sonson: Eu também, até.
– Marcelo: Boa sorte no manicômio.
– Stephanie: Poxa cara...

Os Besouros saem do local; Burro fica frustrado. Minuto depois, em um lugar próximo...
– Bruno Torres: Até que o Burro falou uma coisa coerente. O que vamos fazer nesse fim de semana?
– Beetleleader: Não temos nada programado.
– Robert Sonson: Seria sim uma boa ideia uma atividade para os Besouros, algo bacana para esfriar a cabeça.
– Bruno Torres: E então?

Todos ficam quietos pensativos.
– Marcelo: Eu moro numa fazenda. Podemos ir pescar.
– Bruno Torres: Nossa. "Ai que semana chata, no final dela vamos pescar?" Com certeza ia ser mais animado que as aulas, mas poxa vida... pescar?
– Marcelo: Foi só uma sugestão.
– Robert Sonson: Que tal então ir em vez de pescar, nadar. Está um calorão nos últimos dias.
– Marcelo: Pode ser. Já sabem o endereço.
– Bruno Torres: Nadar? Não, tem que ser algo grande!
– Robert Sonson: Tipo o que?
– Bruno Torres: Não sei, mas tem que ser algo que faça valer a pena as cinco horas por dia que sofro ouvindo o blá, blá, blá de coroas de meia-idade.
– Stephanie: Tipo? O que tá pensando?

Bruno - apelidado pelo grupo como "Bluebeetle" nos tempos de início do mesmo - pega sua bicicleta, e com olhar malandro olha para os Besouros.
– Bruno Torres: Não sei. Mas quando eu saber eu falo.

Assim ele sai do local; logo um ônibus chega.
– Marcelo: É o meu ônibus. Já vou indo.

Marcelo, que por seu jeito simples foi chamado de Rangoo, se retira.
– Beetleleader: Pelo que eu bem conheço o Bruno, vai ser uma coisa perigosa e impensada.
– Robert Sonson: Concordo.
– Beetleleader: Deixamos isso pra lá.
– Stephanie: Não. Ia ser mesmo uma coisa legal, e se tem uma coisa que o Bruno sabe fazer é achar desafios legais para fazer no fim de semana. Aguardamos notícias, quem sabe seja de fato algo legal.
– Robert Sonson: Eu prefiro pensar eu mesmo.
– Beetleleader: E eu prefiro não fazermos nada.
– Stephanie: E eu prefiro deixar para pensar quando tivermos opções. Eu fiquei animada com a ideia de aprontarmos algo diferente neste fim de semana, e não quero perder uma boa chance de se divertir. Vamos esperar, depois decidimos. Mesmo porque, vocês estão com medo do que o Bruno possa pensar para fazermos nesse fim?
– Robert Sonson: Claro que não.
– Stephanie: Então. Esperem...

Miss se retira; Robert pega sua bicicleta.
– Beetleleader: E então? Levamos essa ideia adiante? Será mesmo relevante uma atividade extra de nosso grupo para mudar de ambiente?
– Robert Sonson: Eu gostei da ideia, sendo bem sincero. Posso adiantar meus deveres e então podemos fazer alguma coisa amanhã. Mas, como a Miss disse, vamos aguardar.
– Beetleleader: Certo. Minha opinião então será imparcial, não quero me meter. Resolvam vocês, e eu concordarei com a ideia.
– Robert Sonson: Ok então. Até mais.
– Beetleleader: Até.

E os dois vão para suas respectivas casas. O dia se passa e Blue liga para Miss com uma ideia assustadora: quebrar o mito das matas de Wikaner e acampar em meio aos "fantasmas" por uma noite. As matas de Wikaner eram conhecidas por ninguém que foi explorá-las dar notícias de vida, e além de vários boatos sendo um deles de ser assombrada, possuía animais selvagens e era extremamente perigosas. A garota hesita em concordar, mas Blue a incentiva, confiante de que seria uma atividade legal, e assim ele consegue fazê-la passar a ideia para Robert em busca de uma resposta. Robert acha um absurdo e comenta com Beetleleader que demonstra indiferença em sua opinião, e então a opinião prevalecente no momento foi o "não"; mas instigado em saber mais sobre as matas, Robert pesquisa no Google sobre e nisto se interessa por uma coisa: a diversidade de fauna e flora do lugar; isto o faz concordar e automaticamente Beetle concorda. Com dois votos de "sim", Miss concorda com a ideia para não contrariar os demais e ao se oficializar que às duas horas no Sábado eles iriam começar a ir e preparar um acampamento nas tão temidas matas de Wikaner, Blue fica feliz e convencido que teria um ótimo fim de semana. O dia se passa e nele cada um faz o que pode para arrumar os itens necessários para um acampamento e uma mochila ideal para o tal, e obviamente cada um uma barraca; Rangoo é comunicado do compromisso logo após a oficialização do mesmo e concorda com a ideia. Logo era Sábado, e o sol brilhante com uma brisa fresca diziam que aquele era para ser o dia perfeito para um acampamento, e todos ficam felizes com isso, menos Beetleleader, que era o único que não estará tão animado com a ideia. Eles combinaram em se encontrarem na saída da cidade para a direção das matas, sendo o ponto de referência à Praça da Boa Esperança, um pequeno espaço arbóreo muito bom para encontros. O tempo passa, já eram uma hora e cinquenta minutos, faltando dez minutos para a hora deles se encontrarem e partirem em direção às matas; Beetleleader pontual estava lá esperando vendo a meteorologia em seu laptop.
– Site: [...]"Nenhuma nuvem no céu até o próximo fim de semana, isso mesmo, para os amantes de verão este é o ponto auge, já que depois da temporada de chuvas que tivemos mês passado a nuvem acabou embargando para o norte deixando o sul do país livre de quaisquer gota. É aconselhável sempre ter uma garrafa de água onde quer que vá, já que o calor será nosso convidado nos últimos tempos. Felizes são os que moram em praias ou em regiões altas, devido à brisa gelada vinda dos ventos ou dos mares."[...]
– Beetleleader (pensamento): Aff. Será que é uma boa ideia, nesse calorão correr um risco desses desnecessário. Eu estou levando água à granel, mas e os outros? Será que são responsáveis o suficiente. Vou ligar para o Robert e dizer que mudei de ideia, melhor não.

Beetle pega seu telefone e liga para Robert.
– Robert Sonson: Alô.
– Beetleleader: Tomei minha decisão quanto a esta história de ir acampar nas matas de Wikaner. A resposta é "não", não irei ir correr riscos desnecessários só para reanimar os ânimos, não vale a pena.
– Robert Sonson: Em cima da hora você diz isto? Os outros já devem estar indo ao lugar marcado, e você vai ficar sem ir. Seria normal que eu fizesse isso, não você. Por que não quer ir?
– Beetleleader: Como eu disse, riscos desnecessários.

Logo uma bicicleta suspeita estaciona por perto e Beetle repara; ele logo é abordado. Não se tratava de um criminoso, mas sim de Bluebeetle.
– Bruno Torres: Eae Beetleleader, só veio você?

Robert escuta.
– Robert Sonson: Bruno? Você já está no lugar marcado, cara. O que é que está acontecendo?
– Beetleleader: Eu cheguei até aqui sim. Mas tomei a conclusão mesmo que em cima da hora que não devo ir, e acho até que não devemos. Além dos riscos dos animais selvagens, temos também o próprio clima quente que só há de piorar. Estarmos fora da cidade será sofrer os danos disto com maior intensidade e seria uma burrice absurda continuar.
– Bruno Torres: Sério? Tá com medo de um calorzinho xexelento? Me poupe cara.
– Robert Sonson: Até concordo com a primeira ideia, mas com a segunda discordo. Li sobre as matas de Wikaner, e são fechadas. Quanto mais verde, menos calor. Quanto mais concreto, mais calor. Se for pelo clima, vale a pena mesmo ir acampar.
– Beetleleader: Olha. Desde o primeiro momento em que acordei hoje, estou com um mal pressentimento. Acho melhor não sermos tão imaturos e parar enquanto é tempo.
– Robert Sonson: Como você fez ontem, minha opinião é imparcial. Eu concordo com os dois lados, estive pesquisando sobre a região e admito que me interessei. Mas se não formos, aceito numa boa. Daí eu adianto o conteúdo da semana que vem.

Beetle suspira.
– Beetleleader: Ok. Resolverei aqui com o Bruno, mas minha opinião é "não".
– Robert Sonson: Certo. Mas já estou a caminho.

Beetle desliga o telefone e vira-se para Bruno.
– Beetleleader: Bom, Bruno. Como já deve ter escutado, eu estou contra essa acampada nas matas de Wikaner; acho um risco desnecessário. Robert é imparcial, mas pelo que sei você é o mais interessado nesta ideia de irmos para as matas nos aventurar.
– Bruno Torres: Na minha opinião está sendo muito medroso Beetle, por favor. Não é tão ruim assim passar um fim de semana na floresta. Poxa, por favor hein...
– Beetleleader: Uma coisa é ter medo, outra é ter razão.
– Bruno Torres: Aff. Cara, eu já to pronto, você já tá pronto, a Miss já tá pronta. Tá tudo mundo pronto, se tinha que discordar discordasse ontem, não hoje. Em cima da hora...
– Beetleleader: Já leu a meteorologia?
– Bruno Torres: Não, pra que? Tá quente, mas meu, prefere ficar aqui sem fazer nada do que ir na mata e fazer alguma coisa. Hoje amanheceu sem nuvens no céu, nadinha. É obvio que é para irmos, não embaça cara.
– Beetleleader: Só estou sendo realista. Riscos são desnecessários, não quero...
– Bruno Torres: Pra mim isso é medo.

Beetle demonstra não ter gostado do que ouviu.
– Beetleleader: Bruno. Entendo bem que você quer muito ir para mudar de ambiente e tudo mais, e se estiver disposto a correr o risco tudo bem, pode ir, não estou lhe privando a nada. Só estou dizendo que não acho necessário um risco desnecessário deste por um motivo banal, e por isso eu não vou.
– Bruno Torres: Falô, então. Não precisa ir, já que tem medo que pode encontrar lá, não faça nada. Fique à vontade.
– Beetleleader: Não é medo, é cautela.
– Bruno Torres: Se prefere chamar disto, falô. Só digo que ficar aqui assistindo TV, suando feito um condenado só esperando Segunda-feira para assistir mais uma semana inteira de aula chata lá no colégio com o professor Jubaka, fique à vontade. Só estou dizendo que seria muito legal irmos fazer alguma coisa nova, alguma coisa realmente emocionante para sentirmos que todos esses dias em Everyday valeu a pena. Esses riscos não passam de mitos urbanos, vai ser legal ainda nós sermos os primeiros a quebrá-los.
– Beetleleader: Então vá você. Se por um acaso desidratarmos, onde prefere estar: na mata fechada ao lado de um bando de onças ou perto de um hospital ou meramente de um posto com água potável.
– Bruno Torres: Tá sendo muito paranoico.
– Beetleleader: Como eu disse, estou sendo realista.
– Bruno Torres: Então falô, pode ficar. O resto da galera vai, e isso não se pode mudar nada. Mas se um posto é mais emocionante que uma selva fechada, então se divirta no posto.
– Beetleleader: Ok, caso encerrado.

Blue demonstra descontentamento com Beetle em seu rosto; ele senta em um banco e nota que Beetle ainda estava lá sentado.
– Bruno Torres: Não vai embora?
– Beetleleader: Vou esperar o Robert, quero lhe dizer uma coisa.
– Bruno Torres: Aff. Cara se quer ir, vá. Não fica botando empestante em copo d'água.
– Beetleleader: Já tomei minha decisão, só quero lhe avisar pessoalmente.

Blue se silencia e Beetle pega seu laptop. Não demora muito para uma bicicleta estacionar próximo a eles, Beetle olha, mas não era Robert, era Miss Martie.
– Stephanie: Sie. Só vocês que chegaram?
– Bruno Torres: Eae gata. Só eu, o Beetle tá aqui só de penetra, ele não vai.
– Stephanie: Por que não vai?
– Bruno Torres: Tá com medo de ficar desidratado.
– Stephanie: Sério...?
– Beetleleader: Não é isso. Acho que irmos para uma mata fechada, sem contato com a sociedade, correndo riscos como sermos atacados por animais selvagens ou a desidratação; tudo isso atoa. É completamente desnecessário.
– Stephanie: Não exagera.
– Beetleleader: Não estou exagerando.
– Bruno Torres: Está e muito, bota exagero nisso.
– Beetleleader: Já disse, se querem ir eu entendo, mas já tomei a decisão que não vou.
– Stephanie: Poxa. Vai ficar aqui fazendo o que?
– Beetleleader: Com meu tempo livre posso atualizar a página dos Besouros-Negros na internet, por exemplo.
– Stephanie: Falô. Hey e os outros, já estão vindo?
– Bruno Torres: O Robert já deve estar chegando, e o Marcelo, se a picape pegar também. Mas seria legal então só irmos eu e você, sei lá, se os outros também embaçarem.
– Stephanie: Não. Duvido que os outros embacem, fiquei até surpresa que o Beetle não quis ir.
– Bruno Torres: Eu esperava isso do Robert, não dele.

Blue olha para Beetle, que demonstra indiferença mexendo em seu laptop.
– Bruno Torres: Fazer o que...
Uma outra bicicleta estaciona. Enfim era Robert.
– Robert Sonson: Oi. Estão todos prontos, e então? Vamos ou não.
– Bruno Torres: Nós vamos, só o Beetleleader que não vai.
– Beetleleader: Robert pode vir aqui um instante.
– Robert Sonson: Posso.

Os dois são de perto do local onde estavam e vão conversar.
– Robert Sonson: E então, fala.
– Beetleleader: Tomei minha decisão quanto ir ou não para esse passeio, e a resposta é não. Mas quero que alguém fique tomando conta deles, e como o líder dos Besouros-Negros e nomeio você para o serviço.
– Robert Sonson: Obrigado. Mas cara, vem sim. Vai ser legal, eles querem ir pela aventura, mas eu pesquisei sobre àquelas matas e não são perigosas, são é bem encantadoras. Vale a pena ir sim, lá ainda é quatro graus abaixo da cidade, por conta que é mata virgem e fechada. Vai ser legal, confie em mim.
– Beetleleader: Eu tentando ser maduro e vejo claramente que riscos são desnecessários.
– Robert Sonson: Concordo com você, mas veja. Não tem risco nenhum, os animais selvagens de fato estão lá, mas... não são ameaças são não formos.
– Beetleleader: E a desidratação por exemplo? Eu não vou.
– Robert Sonson: É mata fechada, o sol não irradia com tanta intensidade. E lá tem lagos e rios, eu vi pelo mapa. O único risco é dos animais, e, não tenho medo deles, são mansos. Veem, vai ser bacana.
– Beetleleader: Não.

Robert suspira; isso é o suficiente para fazer Beetle mudar de ideia.
– Beetleleader: Ok. Eu vou.

Robert se anima.
– Robert Sonson: É assim que se fala. Veem vamos. Todos já chegaram?
– Beetleleader: Só falta o Marcelo, mas ele deve estar por vir.

Indo em direção onde estavam, logo o vêm lá.
– Robert Sonson: Ele já chegou. Podemos ir. Trouxe bicicleta?
– Beetleleader: Não.
– Robert Sonson: Droga cara, tudo mundo trouxe. Para ir mais rápido.
– Beetleleader: Então é melhor eu não...
– Robert Sonson: Vai na carupa da minha então.
– Beetleleader: Nossa, você fazem mesmo questão que eu vá.
– Robert Sonson: Fazer o quê. O que é um grupo sem um líder.

Beetle se anima.
– Beetleleader: Ok; então vamos.


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Notas finais do capítulo

CONTINUA...



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