In The Line escrita por TheKlainerGuy


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Oi :B
Boa leitura.



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Andrew estava desaparecido por uma semana. Kurt se levantava no máximo duas vezes da cama por dia. Não comia, não conversava, muito menos ia trabalhar, o castanho apenas ficava deitado o dia todo, aguardando a hora que acordaria ofegante e iria correndo conferir o filho deitado em seu quarto. Kurt estava com início de depressão.

Blaine estava totalmente arrasado e sentindo o pior pai do mundo. O moreno não estava levando a sua tristeza tão a fundo, pois acreditava que quando Andrew voltasse, o menino precisaria de em boas condições.

A coisa mais difícil que o moreno havia feito, era ter dito a família sobre os acontecimentos. Burt havia surtado e parado no hospital por algumas horas. Carole deveria estar revoltada e xingando o planeta até o momento. Finn foi o que mais conseguiu surpreender a família. O jogador deixou de jogar uma grande e importante partida, para visitar o irmão, que assim que viu Finn, desmanchou nos braços do alto. Finn estava totalmente revoltado e disse que poderia acabar com a vida de Karofsky antes que ele terminasse de pedir socorro. Rachel e o dos amigos estavam abalados, principalmente os que eram pais.

Era uma segunda feira e Kurt ainda estava deitado na cama.

Se fosse com Blaine, será que eu estaria tão assustado? Se fosse com alguém que sabe se proteger ou alguém que não seja tão frágil... Será que se fosse com a pessoa que eu mais amo, eu não estaria enlouquecendo e apesar do Andrew, me sentindo sozinho? – O castanho mais uma vez se encontrava, se questionando como seria se fosse Blaine no lugar do Andrew. Kurt rolou na cama e deixou lágrimas caírem sobre seu travesseiro.

[...]

– Pode entrar. – Disse Blaine depois de ouvir três batidas na porta. O moreno se virou para porta e viu Mark.

– Achei que não ia vir, mas descobri que você está novamente aqui. – Disse o homem. No dia passado, ele havia dado um dia de folga para Blaine, mas lá estava o moreno de novo. Mark caminhou até o sofá e sentou, com o olhar sobre as costas de Blaine.

– Não consigo ficar em casa. – Disse Blaine mexendo em alguma coisa em sua mão, que Mark tinha certeza que era a maldita maça de porcelana que ficava em sua mesa. – Além do mais, tenho trabalho aqui. – Disse ele girando a cadeira e começando a mexer nas papeladas em cima de sua mesa.

– Blaine, eu não sou idiota. Ninguém está te dando casos, o seu está parado, então não tem como você estar com o trabalho o suficiente para deixar seu marido sozinho em casa. – Disse Mark.

– Eu teria um caso se você acreditasse em mim e entendesse que eu estou bem o suficiente para trabalhar. – Blaine assinava algumas coisas em sua mesa.

– O ponto não é quão bom agente você é-

– Aparentemente não tão bom... – Murmurou Blaine.

– Blaine para com isso! Não é por que você não está conseguindo pistas do caso mais importante da sua vida, por ser seu filho, que você é ruim no que faz. – Disse Mark se levantando. – Você ainda era um adolescente quando entrou nesse negócio. Você chegou onde está hoje em apenas três anos e se mantêm firme e forte. – Blaine olhou para o amigo. – Qualquer um nesse prédio mataria para ser você ou ter sua inteligência para resolver os casos que resolve. Então pare de ser tão duro consigo mesmo e me diga por que diabos você não está com o seu marido no momento que ele mais precisa de você.

– Eu não consigo! – Blaine bateu os punhos na mesa. – Eu não consigo ficar perto da pessoa que eu amo, na qual está entrando em depressão e não consigo fazer nada. Você não sabe o quão ruim é ficar na minha casa. Com aquele clima pesado, ver toda a vida do Kurt sendo tirada a cada minuto. Kurt estava parecendo um zumbi e Andrew sumiu há apenas uma semana. – Mark engoliu seco. - Então eu prefiro ficar aqui, não o vendo sofrer e tentando achar uma pista sobre onde está o meu filho; ou se vocês me deixarem trabalhar, ir em uma missão e por sorte do destino cruzar com Karofsky. – Blaine praticamente gritou, e provavelmente até quem estava do lado de fora da sala, deveria ter escutado.

Em anos de convivência, era a primeira vez que Mark via Blaine tão vulnerável. Blaine abaixou a cabeça. Mark saiu de frente da mesa e foi ficar ao lado de Blaine. O homem puxou Blaine pelo o braço e levantou o moreno, para assim abraça-lo.

No começo Blaine ficou um pouco surpreso, mas então fechou os braços envolta de Mark e chorou no ombro no amigo. Blaine tinha que se manter forte perto de Kurt, porque ele era a fortaleza do castanho. Mas quem estaria para ouvir o choro de Blaine, secar as lágrimas e dizer que tudo ficaria bem? Mark iria.

Depois de alguns minutos, Blaine parou de chorar e Mark levantou o rosto do moreno.

– Vá para casa. Não importa o quão ruim está sendo para você, para Kurt está sendo dez vezes pior. Já é ruim ser forçado a ficar longe do filho, ficar sem o marido por escolha dele, deve ser quase tão ruim.

Blaine concordou com a cabeça. O moreno arrumou as poucas coisas em sua mesa, as guardou, pegou uma pasta, seu casaco e foi se retirando da sala junto à Mark. Antes de sair, Blaine parou o loiro.

– Mark. – Esperou o homem virar para ele. – Obrigado... Por me trazer de volta realidade e me lembrar o que é importante.

Mark deu um sorriso no meio de sua barba fechada.

[...]

Kurt acordou no meio da tarde com um barulho esquisito vindo do andar de baixo. O castanho olhou no relógio ao lado da cama e viu que não poderia ser Blaine, pois era muito cedo. Kurt ficou em silêncio para ver se o barulho continuava. Continuou.

O castanho se levantou da cama e foi até o banheiro, onde abriu a gaveta, retirou uma Glock e caminhou para a escada.

Kurt estava morrendo de medo. Ele estava com medo de que fosse Karofsky e Andrew e por um deslize, atirasse no filho. Então ele teria que analisar bem a cena, para ver se o filho estava junto e poder atirar. O castanho não sabia como atirar, mas tinha uma noção, já que tomou um tiro e presenciou outros, então ele sabia a posição correta das mãos e como mirar.

Kurt chegou no último degrau da escada e de lá, pode ver a porta da frente sendo chacoalhada para ser aberta. O ator respirou fundo e começou a descer os degraus calmamente. Kurt finalmente chegou no térreo e ficou de frente da porta. Era só ela ser aberta, ele ver se era realmente Karofsky, que não importa a consequência, ele iria atirar. Finalmente a porta se abriu.

Aí meu Deus! – Blaine disse se protegendo e dando um pulo pra trás. Quando não sentiu o disparo, tirou os braços da frente dos olhos e foi até o marido, removendo a arma das mãos do castanho. – Kurt, o que diabos você está fazendo com isso? – Perguntou Blaine.

– E-e-eu achei que fosse Karofsky. Você estava se matando para abrir a porta e não costuma chegar essa hora. – Disse Kurt um pouco em choque por quase ter matado o marido. Blaine respirou fundo e foi abraçar o marido.

– Está tudo bem. – Blaine lembrou-se das palavras de Mark. Quando abraçou o marido, pode sentir o quão rápido o coração dos dois batia. – Você já almoçou? – Kurt negou com a cabeça. Blaine olhou para o final do correr e viu que eram três e meia no relógio da cozinha. Ele novamente respirou fundo. – Trouxe comida chinesa.

– Não é do Chill’s, né? – Perguntou Kurt olhando para o marido. – Você sabe como eu odeio a comida daquele lugar ou qualquer outra coisa que o envolva.

– Não. – Disse Blaine sorrindo. – É do Chin-easy. – Respondeu o moreno, colocando os braços envolta do ombro de Kurt e caminhando com o castanho até a cozinha.

[...]

Depois do almoço, o casal foi até a sala para poder assistir um filme. Kurt voltou da cozinha com um pote de sorvete de morango e duas colheres.

– O que você quer assistir? – Questionou Kurt.

Blaine teve que pensar em algo que não focava muito em família, principalmente filmes que focam em relação de pai e filho, como “Procurando Nemo” ou “O Rei Leão”. Sem contar que teria que ser algo fácil de se procurar, porque assim o castanho não iria dar de cara com os outros títulos. Como Kurt guardava tudo por ordem alfabética, foi prático.

– “Alice No País das Maravilhas”. – Disse Blaine sorrindo e ajeitando as cobertas e o travesseiro que havia pegado.

Não era como se o sofá coubesse os dois certinhos, mas Kurt teria que ficar deitado entre as pernas de Blaine, com a cabeça no peito do moreno. Nada que não fosse agradável para os dois.

Kurt não demorou para achar o filme e logo estava colocando ele. O castanho fechou a cortina, pegou o controle da televisão e do dvd. Kurt deitou no espaço livre para ele no sofá e se cobriu. Assim que o castanho encostou a cabeça no peito de Blaine, o telefone tocou. Blaine resmungou.

– O telefone está tocando. – Disse Kurt baixinho e se sentando no sofá. O castanho alcançou o telefone. – Kurt Hummel.

Papai?!Gritou Andrew do outro da linha.

Andrew! – Gritou Kurt ao ouvir a voz do filho. Blaine rapidamente ficou sentado e com o ouvido perto do telefone. Kurt estava se sentindo aliviado, mas por algum motivo não conseguia sorrir. Kurt conseguiu escutar alguma coisa que parecia um atrito de pele e um baque.

Olá Kurt. Blaine. Agentes da CIA. – Disse Karofsky. Ele sabia que o telefone estava grampeado. – Se esse garoto não fosse adotado, com certeza seria filho genético seu. A pele do rosto é tão macia de se bater quanto a sua, mas a cabeça tão dura quanto a do Anderson. Espero que não tenha sujado meu chão...

Kurt congelou e sentiu as lágrimas se formarem nos olhos. Blaine por ser mais racional que emocional, arrancou o telefone da mão de Kurt.

– Você-

Ora, vejam só! Se não é o agente Anderson. – Zombou David. – Vou ser breve com o que eu vou dizer: Vocês ainda não estão livres de mim. Eu disse naquele dia que eu voltaria e me vingaria. – Blaine podia sentir Karofsky rindo ao terminar as frases. - O garoto vai ficar comigo até quando eu estiver pronto e quando eu estiver, não vai ter mais volta. – Finalizou Karofksy. – E apenas um detalhe: não adianta rastrear esse número, esse telefone será destruído assim que eu desligar. Mande lembranças ao meu querido Kurt. Tchau.

Assim que Karofsky desligou o telefone, Blaine deixou seu braço cair. Ele e Kurt estavam olhando para o nada sem ao menos emitir um som. Eles ficaram naquele silêncio, com apenas o barulho muito baixo da televisão, até que Kurt se levantou do sofá e foi para cama.

Blaine sabia que aquele dia estava caminhando bem demais para nada acontecer. Parecia que David sentia quando a paz se instalava por um tempo.


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Notas finais do capítulo

Quem também ama o Mark e diga #TeamMark
Lembra quando eu disse que o capítulo 5 ia ser babado e o Andrew foi sequestrado? O oitavo vai ser babado de novo!