In The Line escrita por TheKlainerGuy
Notas iniciais do capítulo
Oi :B
Boa leitura.
Andrew estava desaparecido por uma semana. Kurt se levantava no máximo duas vezes da cama por dia. Não comia, não conversava, muito menos ia trabalhar, o castanho apenas ficava deitado o dia todo, aguardando a hora que acordaria ofegante e iria correndo conferir o filho deitado em seu quarto. Kurt estava com início de depressão.
Blaine estava totalmente arrasado e sentindo o pior pai do mundo. O moreno não estava levando a sua tristeza tão a fundo, pois acreditava que quando Andrew voltasse, o menino precisaria de em boas condições.
A coisa mais difícil que o moreno havia feito, era ter dito a família sobre os acontecimentos. Burt havia surtado e parado no hospital por algumas horas. Carole deveria estar revoltada e xingando o planeta até o momento. Finn foi o que mais conseguiu surpreender a família. O jogador deixou de jogar uma grande e importante partida, para visitar o irmão, que assim que viu Finn, desmanchou nos braços do alto. Finn estava totalmente revoltado e disse que poderia acabar com a vida de Karofsky antes que ele terminasse de pedir socorro. Rachel e o dos amigos estavam abalados, principalmente os que eram pais.
Era uma segunda feira e Kurt ainda estava deitado na cama.
– Se fosse com Blaine, será que eu estaria tão assustado? Se fosse com alguém que sabe se proteger ou alguém que não seja tão frágil... Será que se fosse com a pessoa que eu mais amo, eu não estaria enlouquecendo e apesar do Andrew, me sentindo sozinho? – O castanho mais uma vez se encontrava, se questionando como seria se fosse Blaine no lugar do Andrew. Kurt rolou na cama e deixou lágrimas caírem sobre seu travesseiro.
[...]
– Pode entrar. – Disse Blaine depois de ouvir três batidas na porta. O moreno se virou para porta e viu Mark.
– Achei que não ia vir, mas descobri que você está novamente aqui. – Disse o homem. No dia passado, ele havia dado um dia de folga para Blaine, mas lá estava o moreno de novo. Mark caminhou até o sofá e sentou, com o olhar sobre as costas de Blaine.
– Não consigo ficar em casa. – Disse Blaine mexendo em alguma coisa em sua mão, que Mark tinha certeza que era a maldita maça de porcelana que ficava em sua mesa. – Além do mais, tenho trabalho aqui. – Disse ele girando a cadeira e começando a mexer nas papeladas em cima de sua mesa.
– Blaine, eu não sou idiota. Ninguém está te dando casos, o seu está parado, então não tem como você estar com o trabalho o suficiente para deixar seu marido sozinho em casa. – Disse Mark.
– Eu teria um caso se você acreditasse em mim e entendesse que eu estou bem o suficiente para trabalhar. – Blaine assinava algumas coisas em sua mesa.
– O ponto não é quão bom agente você é-
– Aparentemente não tão bom... – Murmurou Blaine.
– Blaine para com isso! Não é por que você não está conseguindo pistas do caso mais importante da sua vida, por ser seu filho, que você é ruim no que faz. – Disse Mark se levantando. – Você ainda era um adolescente quando entrou nesse negócio. Você chegou onde está hoje em apenas três anos e se mantêm firme e forte. – Blaine olhou para o amigo. – Qualquer um nesse prédio mataria para ser você ou ter sua inteligência para resolver os casos que resolve. Então pare de ser tão duro consigo mesmo e me diga por que diabos você não está com o seu marido no momento que ele mais precisa de você.
– Eu não consigo! – Blaine bateu os punhos na mesa. – Eu não consigo ficar perto da pessoa que eu amo, na qual está entrando em depressão e não consigo fazer nada. Você não sabe o quão ruim é ficar na minha casa. Com aquele clima pesado, ver toda a vida do Kurt sendo tirada a cada minuto. Kurt estava parecendo um zumbi e Andrew sumiu há apenas uma semana. – Mark engoliu seco. - Então eu prefiro ficar aqui, não o vendo sofrer e tentando achar uma pista sobre onde está o meu filho; ou se vocês me deixarem trabalhar, ir em uma missão e por sorte do destino cruzar com Karofsky. – Blaine praticamente gritou, e provavelmente até quem estava do lado de fora da sala, deveria ter escutado.
Em anos de convivência, era a primeira vez que Mark via Blaine tão vulnerável. Blaine abaixou a cabeça. Mark saiu de frente da mesa e foi ficar ao lado de Blaine. O homem puxou Blaine pelo o braço e levantou o moreno, para assim abraça-lo.
No começo Blaine ficou um pouco surpreso, mas então fechou os braços envolta de Mark e chorou no ombro no amigo. Blaine tinha que se manter forte perto de Kurt, porque ele era a fortaleza do castanho. Mas quem estaria para ouvir o choro de Blaine, secar as lágrimas e dizer que tudo ficaria bem? Mark iria.
Depois de alguns minutos, Blaine parou de chorar e Mark levantou o rosto do moreno.
– Vá para casa. Não importa o quão ruim está sendo para você, para Kurt está sendo dez vezes pior. Já é ruim ser forçado a ficar longe do filho, ficar sem o marido por escolha dele, deve ser quase tão ruim.
Blaine concordou com a cabeça. O moreno arrumou as poucas coisas em sua mesa, as guardou, pegou uma pasta, seu casaco e foi se retirando da sala junto à Mark. Antes de sair, Blaine parou o loiro.
– Mark. – Esperou o homem virar para ele. – Obrigado... Por me trazer de volta realidade e me lembrar o que é importante.
Mark deu um sorriso no meio de sua barba fechada.
[...]
Kurt acordou no meio da tarde com um barulho esquisito vindo do andar de baixo. O castanho olhou no relógio ao lado da cama e viu que não poderia ser Blaine, pois era muito cedo. Kurt ficou em silêncio para ver se o barulho continuava. Continuou.
O castanho se levantou da cama e foi até o banheiro, onde abriu a gaveta, retirou uma Glock e caminhou para a escada.
Kurt estava morrendo de medo. Ele estava com medo de que fosse Karofsky e Andrew e por um deslize, atirasse no filho. Então ele teria que analisar bem a cena, para ver se o filho estava junto e poder atirar. O castanho não sabia como atirar, mas tinha uma noção, já que tomou um tiro e presenciou outros, então ele sabia a posição correta das mãos e como mirar.
Kurt chegou no último degrau da escada e de lá, pode ver a porta da frente sendo chacoalhada para ser aberta. O ator respirou fundo e começou a descer os degraus calmamente. Kurt finalmente chegou no térreo e ficou de frente da porta. Era só ela ser aberta, ele ver se era realmente Karofsky, que não importa a consequência, ele iria atirar. Finalmente a porta se abriu.
– Aí meu Deus! – Blaine disse se protegendo e dando um pulo pra trás. Quando não sentiu o disparo, tirou os braços da frente dos olhos e foi até o marido, removendo a arma das mãos do castanho. – Kurt, o que diabos você está fazendo com isso? – Perguntou Blaine.
– E-e-eu achei que fosse Karofsky. Você estava se matando para abrir a porta e não costuma chegar essa hora. – Disse Kurt um pouco em choque por quase ter matado o marido. Blaine respirou fundo e foi abraçar o marido.
– Está tudo bem. – Blaine lembrou-se das palavras de Mark. Quando abraçou o marido, pode sentir o quão rápido o coração dos dois batia. – Você já almoçou? – Kurt negou com a cabeça. Blaine olhou para o final do correr e viu que eram três e meia no relógio da cozinha. Ele novamente respirou fundo. – Trouxe comida chinesa.
– Não é do Chill’s, né? – Perguntou Kurt olhando para o marido. – Você sabe como eu odeio a comida daquele lugar ou qualquer outra coisa que o envolva.
– Não. – Disse Blaine sorrindo. – É do Chin-easy. – Respondeu o moreno, colocando os braços envolta do ombro de Kurt e caminhando com o castanho até a cozinha.
[...]
Depois do almoço, o casal foi até a sala para poder assistir um filme. Kurt voltou da cozinha com um pote de sorvete de morango e duas colheres.
– O que você quer assistir? – Questionou Kurt.
Blaine teve que pensar em algo que não focava muito em família, principalmente filmes que focam em relação de pai e filho, como “Procurando Nemo” ou “O Rei Leão”. Sem contar que teria que ser algo fácil de se procurar, porque assim o castanho não iria dar de cara com os outros títulos. Como Kurt guardava tudo por ordem alfabética, foi prático.
– “Alice No País das Maravilhas”. – Disse Blaine sorrindo e ajeitando as cobertas e o travesseiro que havia pegado.
Não era como se o sofá coubesse os dois certinhos, mas Kurt teria que ficar deitado entre as pernas de Blaine, com a cabeça no peito do moreno. Nada que não fosse agradável para os dois.
Kurt não demorou para achar o filme e logo estava colocando ele. O castanho fechou a cortina, pegou o controle da televisão e do dvd. Kurt deitou no espaço livre para ele no sofá e se cobriu. Assim que o castanho encostou a cabeça no peito de Blaine, o telefone tocou. Blaine resmungou.
– O telefone está tocando. – Disse Kurt baixinho e se sentando no sofá. O castanho alcançou o telefone. – Kurt Hummel.
– Papai?! – Gritou Andrew do outro da linha.
– Andrew! – Gritou Kurt ao ouvir a voz do filho. Blaine rapidamente ficou sentado e com o ouvido perto do telefone. Kurt estava se sentindo aliviado, mas por algum motivo não conseguia sorrir. Kurt conseguiu escutar alguma coisa que parecia um atrito de pele e um baque.
– Olá Kurt. Blaine. Agentes da CIA. – Disse Karofsky. Ele sabia que o telefone estava grampeado. – Se esse garoto não fosse adotado, com certeza seria filho genético seu. A pele do rosto é tão macia de se bater quanto a sua, mas a cabeça tão dura quanto a do Anderson. Espero que não tenha sujado meu chão...
Kurt congelou e sentiu as lágrimas se formarem nos olhos. Blaine por ser mais racional que emocional, arrancou o telefone da mão de Kurt.
– Você-
– Ora, vejam só! Se não é o agente Anderson. – Zombou David. – Vou ser breve com o que eu vou dizer: Vocês ainda não estão livres de mim. Eu disse naquele dia que eu voltaria e me vingaria. – Blaine podia sentir Karofsky rindo ao terminar as frases. - O garoto vai ficar comigo até quando eu estiver pronto e quando eu estiver, não vai ter mais volta. – Finalizou Karofksy. – E apenas um detalhe: não adianta rastrear esse número, esse telefone será destruído assim que eu desligar. Mande lembranças ao meu querido Kurt. Tchau.
Assim que Karofsky desligou o telefone, Blaine deixou seu braço cair. Ele e Kurt estavam olhando para o nada sem ao menos emitir um som. Eles ficaram naquele silêncio, com apenas o barulho muito baixo da televisão, até que Kurt se levantou do sofá e foi para cama.
Blaine sabia que aquele dia estava caminhando bem demais para nada acontecer. Parecia que David sentia quando a paz se instalava por um tempo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Quem também ama o Mark e diga #TeamMark
Lembra quando eu disse que o capítulo 5 ia ser babado e o Andrew foi sequestrado? O oitavo vai ser babado de novo!