In The Line escrita por TheKlainerGuy


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Primeiro de tudo, quero agradecer à Gabriela que recomendou a fic. Muito obrigado.
Esse capítulo vai ser dedicado para a Gabriela e para Alexandra e a Marcelle, que estão colocando minha cabeça no lugar com um monte de spoilers sobre Klaine na Season 6. (Sem contar que a Marcelle é quem vai revisar a fic hoje)
Enfim, boa leitura.



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Toda vez que o sinal do elevador tocava, indicando que alguém havia chegado no quinto andar, todo o andar congelava. Todos voltavam ao seu trabalho quando notavam que não era quem esperavam. O sinal bateu novamente e todos os dedos pararam de pressionar nas teclas. Agora eles haviam com o que congelar.

Kurt saiu correndo do elevador, em direção à sala de Blaine. Aquilo parecia ter se tornado uma cena de filme, onde o castanho corria em câmera lenta a procura do marido, com lágrimas escorrendo pelos olhos e sobre si, o olhar de compaixão de todos.

O castanho já entrou na sala de Blaine empurrando a porta do moreno. Blaine levantou seu olhar e viu um homem totalmente acabado. Kurt tinha os olhos inchados, de quem havia chorado, o que era notável, já que ele ainda estava chorando, tinha os cabelos bagunçados, as roupas colocadas de qualquer forma, ombros caídos e um pedido de socorro nos olhos. O castanho deixou sua bolsa de ombro cair no chão e correu chorando mais alto para os braços de Blaine. O moreno também não se aguentou e começou a chorar.

Antes de Kurt entrar, Blaine estava massageando suas têmporas, tomando um café preto extraforte e na companhia de Mark e Lilian. Os dois que estavam sobrando, se retiraram da sala em silêncio. O moreno levou Kurt até o sofá que tinha em sua sala. O castanho ficou soluçando no peito de Blaine por alguns minutos, até que finalmente conseguiu formular alguma coisa na sua cabeça.

– Por que de novo? Por que Andrew? Por que diabos Karofsky não nos esquece? – Pediu Kurt soltando alguns soluços. Blaine procurou alguma coisa para responder, mas não conseguia pensar em nada que fosse concreto e que daria forças o suficiente para acalmar o marido.

– Eu não sei, querido. Eu realmente não sei. – Blaine beijou o topo da cabeça de Kurt e deixou as lágrimas rolarem pelas suas bochechas. – Karofsky é uma praga que sempre vai voltar para nos atormentar.

– Eu preferia estar sendo atormentado, do que o meu filho. – Kurt se sentou e passou as mãos pela testa. – Meu Deus, meu filho! – As mãos do castanho tremiam levemente.

– Seria meio insano eu lhe pedir para não se preocupar, mas o que tenho para lhe dizer é que estão vasculhando por todos os cantos de Los Angeles. Eles vão trazer nosso filho de volta! – Disse Blaine com firmeza.

– Blaine... Oh meu Deus, Blaine! Eu me lembrei – Disse Kurt se levantando. – Karofsky está hospedado nas fazendas Marilyn Monroe!

– O que? Como você sabe disso? – O moreno também se levantou, enquanto Kurt reformulava os fatos em sua cabeça, caminhando de um lado para o outro.

– George, um amigo meu, trabalha no FBI-

– Kurt! Achei que você confiaria mais em mim e na CIA. – Disse Blaine.

– Querido, isso não é hora para falarmos sobre competência em agencias. Mas enfim, George encontrou amostras de um tipo de molho, molho que é somente produzido nas fazendas Marilyn Monroe. – Blaine estava impressionado. – Karofsky escolheu ficar lá, porque sabe que é um lugar isolado da cidade, onde as pessoas ignoram o que acontece aqui e onde ele poderia comer e se esconder.

– Você acha que ele...

– Não temos podemos nos arriscar. Precisamos ir! – Kurt disse. Blaine passou correndo na frente do marido e abriu a porta do escritório.

– Escutem. Kurt descobriu onde o meu caso está escondido. Eu preciso de cinco carros para ir comigo até a zona oeste. Armas de pequeno porte e três agentes por carro. Estamos saindo nesse exato minuto. – Assim que Blaine fechou a boca, os agentes começaram a correr rumo a garagem. Alguns pegavam suas próprias armas e outros corriam para pegas as que estavam na garagem. Blaine voltou para dentro da sala e pegou sua arma em sua gaveta e sua jaqueta. – Kurt, você fi-

– Nem ouse terminar a frase me mandando ficar. – Disse Kurt com os olhos vermelhos de raiva. – Não posso te proteger em todas as outras vezes que esse tipo de situação acontece, porém agora envolve meu filho, eu não sou criança e não há nada que me faça ficar nesse escritório, morrendo de preocupação em saber se meu filho ainda está bem! – Kurt foi avançando para cima de Blaine apontando o dedo no rosto do moreno e aumentando gradualmente a voz.

Blaine não poderia deixar de concordar, se fosse a situação contrária, ele teria a mesma reação que Kurt. O moreno suspirou e foi até um armário de lata. O homem retirou alguma coisa que estava fora do alcance de Kurt e caminhou até o castanho.

– Levante os braços. – Pediu Blaine. Kurt fez o que foi dito e Blaine colocou um colete a prova de balas no torso do castanho. – Não posso me arriscar. – Blaine beijou o topo da cabeça do castanho e puxou a mão do mesmo para fora do escritório.

[...]

Os seis carros iam em direção às fazendas Marilyn Monroe na maior velocidade possível. Blaine, Kurt e Mark estavam no mesmo carro. Demorou menos de meia hora para que os carros chegassem na parte oeste. Assim que passaram pelo restaurante, souberam que estavam perto.

– Blaine, chegaremos do nada? Você não vai mandar os agentes rodear o lugar? – Perguntou Kurt do banco de trás.

– Não temos tempo e a fazenda fica quase no limite de Los Angeles, ele não irá muito longe se conseguir fugir e se fugir, chegará no mar. – Disse Blaine pisando mais fundo no acelerador.

De longe já se era possível ver as pontas dos celeiros da fazenda. Quanto mais perto, mais era possível ver coisas da fazenda. Plantações de tomates, de batata, verduras e legumes, gado e entre outras. Mas o que chamou mais atenção foi uma grande casa rosa e logo atrás uma menor. Os olhos de Kurt, Blaine e Mark se cerraram para a pequena casa sem vida e de madeira escura. Blaine pisou mais fundo no acelerador.

Depois de cinco minutos, o carro de Blaine, que era o primeiro dos demais, parou na frente da porteira. O moreno colocou a cabeça e o braço para fora da janela e olhou para trás.

Jacob! – Gritou o moreno.

Segundos depois, um negro muito alto e forte passava pelo carro de Blaine. O homem foi até a frente do portão e com um chute, quebrou a corrente que prendia o portão. Depois o homem arreganhou o portão e caminhou de volta para o seu carro. Blaine já pisou no acelerador e começou a invadir.

Em um minuto, o moreno conseguiu atravessar a grande fazenda e ficar de frente para a porta da casa rosa. A cortina se abriu e revelou um rapaz, que viu vários homens e carros pretos. O menino fechou a cortina.

– Grupo A fique aqui e o grupo B se dirija para os fundos, conferindo uma casinha que tem lá trás. – Disse Mark. – Qualquer um que estiver lá, tragam-no e se Andrew estiver lá, protejam o menino. – Kurt que estava atrás de Mark, concordou silenciosamente com as palavras de Mark.

A porta da frente se abriu e revelando um jovem, um velho e uma senhora.

– O que vocês estão fazendo aqui? Quem são vocês? – Perguntou o velho indo mais a frente dos outros dois. Deveriam ser seu filho e sua mulher.

– Nós somos agentes da CIA, meu senhor. – Disse Blaine revelando seu distintivo. – Viemos aqui porque recebemos a denuncia de que estão acobertando um fugitivo e uma criança que foi sequestrada. – Blaine sentia um nó na garganta ao dizer aquelas palavras.

– Mas somos apenas nós três na fazenda. – Disse o jovem. – Não estamos acobertando ninguém. – O garoto deveria ter seus dezenove anos. Todos pareciam bem cansados. Eles tinham algumas manchas na pele por conta do sol.

– Queira nos desculpar, mas temos que investigar. – Disse Blaine começando ir na direção da casa.

– Mas nós não-

– Espere! – Disse a senhora fazendo com que todos parassem. Kurt finalmente percebeu que ela lhe encarava. Ela apontou sutilmente para o castanho. – V-você é o pai da criança, certo?

Todos tiverem reações diferentes. Os agentes sorriram, Kurt e Blaine sentiram uma pontada de esperança e a família da mulher só faltou cobrir a boca dela.

– Sim. – Disse Kurt dando um passo até ela.

– Consigo notar o desespero em seus olhos. Os mesmos que um dia tive por perder Daniel. – Disse ela. Os dois homens abaixaram suas cabeças. – Vou lhes dizer a verdade. Realmente tinha um homem aqui conosco. Porque somos em três para essa enorme fazenda, precisamos de ajuda para colheita. – Disse a mulher. – Mas creio que sua busca aqui tenha sido em vão. David, pegou suas coisas hoje a cedo e foi embora.

– Vocês sabiam que estavam acobertando um louco fugitivo da polícia? – Perguntou Mark.

– De forma alguma. Não queremos mais problemas. – Disse ela. - Se soubéssemos que David daria tanto trabalho, nem deixaríamos ficar aqui.

– E por que não querem que entremos na casa de vocês. – Perguntou Blaine.

– Vocês podem entrar, provaremos que estamos dizendo a verdade.

– Agente Anderson, temo que não há ninguém lá atrás. Há vestígios de que alguém havia dormindo por lá, mas já foi embora. – Disse Nicholas. Blaine encarou a família e depois voltou para Nicholas e concordou com a cabeça para o loiro.

– Ele disse para onde estava indo? – Pediu Kurt.

– Não senhor. Ele apenas pegou as coisas dele e disse que estava indo resolver uns assuntos e que não voltaria. – Falou o velho.

– Vocês se importam se nós-

– Blaine, esquece. – Disse Kurt voltando para o carro.

– Mas Kurt-

– Blaine, eles não estão mentindo. Fomos longe demais, invadimos uma fazenda e quase invadimos a casa deles a força; sendo que está na cara que eles são inocentes. Eles já disseram que não querem problemas. Vamos deixa-los em paz, assim você também fica em paz e poderá pensar melhor sobre como acharemos David. – Disse Kurt entrando dentro do carro.

Blaine ia protestar, mas sabia que Kurt estava de fato certo. Aquelas pessoas pareciam preocupados e ocupadas demais para ficar acobertando as mentiras de David.

– Vamos embora. – Disse Blaine dando o sinal para os agentes voltarem para os carros. – Desculpem o transtorno. – Blaine disse a família e voltou para o carro.

Mesmo depois de todos os carros terem ido embora, aquela senhora ficou pensando em como Kurt estava se sentindo.

[...]

Blaine mal estacionou o carro na garagem e Kurt já foi saindo do carro. O castanho foi praticamente se arrastando para a porta de entrada. Blaine viu o modo estranho de agir do marido, então não demorou muito no carro.

O moreno trancou as portas do carro, fechou o portão da garagem e entrou em casa. O homem passou pela cozinha e caminho em direção às escadas atrás do marido. Blaine havia subido dois degraus, quando escutou alguém chorando. Quando escutou Kurt chorando. O moreno virou para a sala e viu as costas do marido.

Blaine sentiu seu coração sendo cortado, vendo seu marido tão triste, com o coração tão aflito e machucado. David Karofsky já havia feito Kurt passar por tanta coisa no Ensino Médio e na Faculdade, mas mesmo depois de tantos anos, David ainda queria mais de Kurt.

O moreno respirou fundo sabendo que talvez nem ele conseguiria segurar as lágrimas. Ele desceu os dois degraus e caminhou até um dos lados do sofá, onde Kurt tinha as duas pernas sobre ele, abraçava as pernas e chorava em cima de seus joelhos. Blaine se moveu para o lado do marido e incerto, colocou o braço envolta do ombro de Kurt.

O castanho deixou o seu corpo cair para o lado e ser cuidado por Blaine. Já o agente, não sabia o que fazer além de abraçar o marido. Ver Kurt naquele tipo de situação, era realmente raro, o castanho dificilmente desabava daquele modo. Quem geralmente ficava daquele modo era Blaine. Então como um estalo na cabeça cheia de cachos, Blaine teve uma ideia.

– Eu te amo. As coisas realmente não estão fáceis. Mas estou te assegurando que vou cuidar de você e te proteger. Vamos sair dessa. Karofsky será preso novamente e Andrew voltará para as nossas mãos são e salvo. – Disse Blaine repetindo as palavras reconfortantes que Kurt sempre usava. – Eu te amo, Kurt Hummel.


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Notas finais do capítulo

Meio "..." esse capítulo.
Até semana que vem. Onde Karofsky irá aparecer em uma mensagem visual, direto do céu. Mentira. Mas Karofsky vai aparecer...