Entre Irmãos escrita por amanda c


Capítulo 11
Décimo Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Sim eu sei que estou postando duas vezes na semana, que postei na terça feira e agora estou postando mais um capitulo, porém eu tenho uma resposta para meu adiantamento.
Eu fiquei tão, mas tão, mas tãaaaaaaaaaaaao feliz com a recomendação que a lida da Anna fez par amim que eu não me contive e escrevi mais um capitulo.
Ainda terá o capítulo na terça feira que vem, porém não será mais sobre aqueles temas que eu havia dito.
Eu fiz sobre o Lyon por dois motivos: Esse tema ganhou na mini votação de dois a um e porque a maravilhosa da Anna que fez a recomendação pediu ele então é uma homenagem pela recomendação >
Enfim, o capitulo é sobre o Lyon mozão e algumas explicações do porque a Levy não achou o nome da Eiko nos livros etc.

Beijos e luz e até semana que vem



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Décimo Capítulo - Lyon Vastia

Deitado na sua cama, Lyon encarava o teto da pousada que deveria ficar até o fim dos jogos. Seus colegas de guilda estavam na sala de estar conversando e aquela barulheira toda estava lhe irritando.

Ela havia acabado de lhe ameaçar dizendo que poderia retirar água de seu corpo. Eiko era perigosa e ele sabia daquilo.

Se levantou em um pulo, limpou suas vestes e resolveu espairecer. Saiu da pousada sem falar nada. Desde o início dos Jogos Mágicos Lyon estava estranho, inquieto e pensativo.

Pensava muito em Eiko. Todos haviam pensado que ela havia morrido, porém, ela mostrou que todos estavam errados a seu respeito. Até mesmo Gray que idealizava a irmã como alguém puro e indefeso se enganou ao levar um grande soco no rosto logo na abertura dos jogos.

Ela era muito mais forte do que demonstrava. Muito mais forte do que foi na batalha contra Gray. Ela poderia ter o matado com aquele golpe final, porém, ela deve misericórdia, ou apenas soube jogar entre as regras.

Desde que vira Eiko Fullbuster não conseguia tira-la da cabeça. Ela era misteriosa demais, estranha demais e perigosa demais.

Resolveu beber. Talvez bebendo conseguisse parar de colocar tantas ideias absurdas sobre Eiko e relaxasse finalmente. Ao entrar em um bar escuro notou que ao fundo do lugar havia duas pessoas conhecidas.

Pensou rapidamente que fora dos jogos nunca havia visto Dunn e Charry, porém não eram eles que estavam lá, mas sim Hidetcka e Azumi. Se sentou no balcão do bar suficientemente próximo deles para ouvir alguma coisa que eles resolvessem falar mais alto.

Não queria ser notado, pelo contrário, queria espionar o que estava acontecendo. Pediu cerveja para o homem que estava atrás do balcão e tentou focar sua audição na conversa do casal.

Porém, eles falavam baixo, não queriam que mais ninguém ouvisse. Lyon não conseguiu ouvir muito mais do que meia dúzia de palavra e quando sua bebida chegou se distraiu o suficiente para que Hide e Azumi saíssem do local despercebidos.

Bateu o punho no balcão e bebeu a cerveja raivoso. Havia pensado em relaxar, porém, notou que enquanto não descobrisse quem eram aquelas pessoas e o porquê de se sentir tão ameaçado não iria ficar parado.

– Isso é ridículo – ele sussurrou e pagou pela bebida. Refletiu sobre as poucas palavras que havia ouvido e tentou encaixá-las em algum contesto. Eles haviam dito claramente três palavras que assolavam a mente do Vastia.

“Acidentalmente, fogo e água” Aquelas três palavras deixaram Lyon ainda mais intrigado.

Deveria haver algum dado histórico sobre aquelas pessoas e resolveu ir à biblioteca. Encontrou lá Levy McGarden, porém, ela também estava concentrada demais na sua leitura.

Inicialmente começou a procurar livros sobre o ocorrido na vila de Gray e achou dois antigos livros que contavam como havia acontecido aquele maldito momento. Soube que uma criança de nome desconhecido havia sido resgatada por Hannah Meriola, que em sua vida havia sido uma grande maga da água.

Procurou então sobre esta mulher. Hannah Meriola já era velha quando encontrou sua terceira filha, que batizou como Keiko Meriola, porém a garota já havia sido registrada no seu nascimento na vila onde havia nascido como Eiko Fullbuster. O primeiro filho de Hannah se chamava Kazou, porém havia morrido com dez anos de uma doença sanguínea. A segunda filha da senhora se chama Suzume Meriola e atualmente está morando na capital com seu marido e filhos.

– Keiko – ele sussurrou e buscou mais um livro dessa vez buscando sobre Keiko e achou algumas coisas sobre a irmã de Gray. Ela após a morte de sua mãe adotiva continuou a usar aquele nome por mais alguns anos. Após mudar novamente de nome para seu nome de nascimento sumiu e até hoje continua assim, sem deixar rastros atuais.

Antes de mudar de nome, Keiko Meriola se uniu à um grupo mercenário de poucos integrantes onde são conhecidos por causarem “acidentes”. Não se sabe se este grupo ainda está formado e nem o seu nome original. Atualmente ela não foi dada como viva ou morta, porém alguns pesquisadores afirmam que Eiko ainda está em ativa.

Todas aquelas afirmações deixaram a mente de Lyon confusa e desequilibrada.

Olhou para frente e notou Levy se levantar e sair da biblioteca tão pálida quanto papel. Se levantou e sentou-se no mesmo lugar que ela antes e abriu o livro que ela lia antes de sair do local abalada.

Ela estava lendo um livro sobre guildas mercenárias seminovas. Lyon viu o nome da guilda atual de Eiko escrita no papel e começou a unir todo seu conhecimento até cair sobre Natsu.

Natsu fora a pessoa que Eiko havia chamado no início da tarde daquele dia. Era ele que Eiko queria, ele ainda não sabia o que exatamente ela pretendia fazer, porém depois de conseguir pensar claramente, conseguiu lembrar que Hidetcka e Azumi conversavam sobre aquilo mais cedo.

“Acidentalmente, fogo e água” eles iriam provocar um acidente e Eiko iria lutar com Natsu.

Voltou para a pousada onde estava seus colegas e tentou dormir, porém estava inquieto demais e pensativo demais sobre tudo que havia descoberto.

No dia seguinte se levantou e acompanhou os amigos da Lamia Scale para tomar café da manhã e ir até a arena dos jogos.

Enquanto o locutor falava e todos se posicionavam em seus lugares Lyon não conseguia desprender os olhos da cinzenta, que conversava com Azumi tranquilamente. Ele se irritava com o cinismo da mais nova.

Ao notar que ela estava saindo do observatório seguiu a garota. Uma hora ou outra iriam se trombar por estarem andando para a mesma direção.

Suas mãos estavam geladas e um frio estranho percorreu sua espinha. Talvez não quisesse fazer aquilo, porém era preciso. Precisava parar a Angel Tail antes de algo ruim acontecesse à todos.

Quando finalmente Eiko parou na sua frente, os olhos da menina transmitiram irritação. As sobrancelhas cinzentas da garota estavam franzidas e seus punhos fechados.

– Eu sei quem é você – Lyon disse, porém mais uma voz masculina estava por trás da sua – Você é uma mercenária!

A primeira reação de Eiko fora arregalar os olhos, logo depois daquilo ela de um passo para trás e virou a cabeça para trás. Notou que seus olhos começaram a se encher de lagrimas assim que viu quem estava em suas costas.

Lyon apontava o dedo para Eiko acusatoriamente, porém o abaixou quando notou que Gray estava logo atrás da menina, tão irritado e furioso quanto qualquer um poderia estar.

– Q-que? – ela gaguejou e engoliu em seco, agora olhando os dois rapazes periodicamente.

– Não vale a pena mentir agora Eiko, já descobri tudo – Gray disse sério e irritado. Sua voz estava tão gélida quanto um iceberg, e aquilo parecia ter machucado Eiko.

Porém, quando Lyon pensou que ela iria se desmanchar em lagrimas e implorar por misericórdia, Eiko começou a rir.

Lyon e Gray ficaram parados e imóveis, sem levantar um dedo ou abrir a boca.

– Tá, sou mercenária, e daí? – ela disse cruzando os braços – Tivemos uma guilda das trevas nessa merda de arena e ninguém estava preocupado, agora se tem uma mercenária, que luta pelo trabalho e pelo dinheiro diferente de vocês que são famosos e só de respirar estão ganhando um rio de moedas, eu tenho que me submeter a trabalhos sujos e nojentos para ganhar uma miséria.

Ela não deixou que ninguém a cortasse e continuou a falar initerruptamente:

– Vocês são patéticos. Sim, sou mercenária sim! Mas isso quer dizer que eu sou obrigatoriamente má? Talvez sim talvez não. Se eu realmente fosse má eu iria ter te matado, querido oniichan – sua voz estava carregada de ironia e sarcasmo – Mas se eu fosse boa o suficiente eu sairia dessa vida e talvez entraria em uma guilda “boa”. A vida é minha, eu estou aqui assim como todos vocês. Estou à trabalho, quero ganhar dinheiro e sair desse inferno.

Ao terminar respirou fundo e limpou os olhos que insistiam em lacrimejar. Continuou a andar até sair do campo de visão dos dois rapazes. Porém, quando finalmente notou que estava a sós, se sentou no chão gelado e abraçou os joelhos, começando a chorar.

Tudo aquilo era verdade, ela se submetia a coisas horríveis e tudo apenas por dinheiro. Estava cansada daquilo, cansada de ter de matar alguém ou maltratar alguém para finalmente ter seu dinheiro. Se trabalhasse em outras guildas poderia fazer trabalhos complicados, mas que não machucasse ninguém.

Porém, não poderia abandonar seus companheiros do nada.

Teria de magoar ainda mais seu irmão para finalmente sair da Angel Tail e ir embora. Teria de completar pelo menos aquela última missão antes de desistir de ser mercenária.

Ouviu passos se aproximarem dela, porém não quis se movimentar. Caso alguém lhe fizesse mal não iria pensar muito antes de fazer aquela pessoa ficar na enfermaria por alguns dias.

Lyon e Gray estavam andando, quietos, em direção à Eiko. E fora aquela a primeira vez que notaram o quão frágil ela era. Ela usava uma carapaça de rigidez e agressividade para proteger o tão frágil ser que estava em seu interior.

Nenhum dos dois se aproximaram o suficiente para Eiko notar quem era, porém, se afastaram rapidamente voltando para seus respectivos observatórios com todo aquele discurso em mente.

Gray não sabia sobre os planos de Eiko, porém, Lyon já havia o entendido e precisava impedir que eles matasse alguém dentro da arena de Jogos.


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Notas finais do capítulo

E então *-* o que acharam?
Uma rápida explicação... Esse capitulo está na mesma faixa cronológica que o capítulo oito, ou seja, eu voltei um pouco no tempo para explicar as coisas do Lyon.
O próximo capitulo tentarei focar mais na Fairy Tail e em tudo que está acontecendo nos Jogos e o que eles pensam da Eiko. Enfim, caso vocês tenham algum pedido podem falar nos reviews, estou muito feliz e aberta a opiniões agora >