My Kind of Love escrita por Thaaai


Capítulo 7
Verdade ou consequência? Vai dar ruim...


Notas iniciais do capítulo

CARAAAI, essa semana só tá servindo pra me deixar maluca!!! Tipo assim...LITTLE FAT IS BACK! OMG, OMG! Õ/ ( E GRÁVIDAAAA). Ainda tem esse desafio do gelo me deixando completamente surtada. Como? Apois, vou resumir...Passei a noite torcendo para que Bebella cumprisse o desafio e quando ela finalmente cumpre....NÃO DESAFIA O RAFA! ¬ Mas, tudo bem, ela é perfeita e eu amei o vídeo do mesmo jeito u.u E é isso, delíciaaaaaaaaas (gente, eu não tô bem, juro. '-'), enjoy! õ/ #Perinática #Judriguete



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Desenho feito por Vanessa Alencar.

Pedro, mesmo dormindo somente por poucas horas, acordou disposto. Olhou para o chão. Lençóis forrados, travesseiro em seu devido lugar, tudo arrumado. Pra onde Cobra havia ido? Coçou o cabelo desistindo de pensar em algo coerente, afinal, aonde Cobra ia ou deixava de ir não era problema dele, certo? Talvez, desde que não envolvesse certa garota...

*****

Karina levantou mais cedo e foi abrir a academia. Precisava lutar, extravasar, qualquer coisa que a fizesse esquecer a noite anterior. Dava golpes precisos no saco de pancada. Por mais que Gael não consentisse, ela era realmente boa, mais até do que alguns marmanjos de lá.

Concentrada em sua atividade, mal percebeu que alguns alunos estavam chegando. Após finalmente cumprimentar Zé, Wallace e Fabi, decidiu parar de treinar um pouco. Chegando ao bebedouro, foi surpreendida por uma voz:

– Bom dia, princesa. – certamente acharia ridículo e ofereceria seu dedo do meio, mas conteve-se e simplesmente sorriu ao ver que era Cobra.

– E aí? – fez um cumprimento com a mão – Tá fazendo o que aqui?

– Nossa... – fingiu ser atingido no coração. – Vim te ver. – sorriu, galanteador.

Karina deu as costas a ele, recolocando as luvas. Suspirou descontente, sabia que não devia ter dado intimidade a ninguém. Odiava aquele desconforto, aquele tipo de situação. Cobra, vendo como ela ficou, foi logo se retratando:

– Ei, loirinha, relaxa. – virou-a pra si. – eu tava só brincando. Juro. – cruzou os dedos.

– Ok, palhaço! – sorriu. – Enfim...você ainda não me respondeu.

– Eu vim me matricular. – bagunçou os cabelos dela. Sempre faziam aquilo...Duca, Gael, Jeff, agora Cobra. – Não vou poder vir sempre, mas o pouco que for será o suficiente...

– Huuuum...pelo visto gosta mesmo de muay thai, hein? – deu um soco de leve em seu ombro.

Cobra apenas assentiu. Com certeza ela se espantaria se ele contasse o motivo verdadeiro. Além, é claro, do fora que daria no garoto. É, ele estava apaixonado. Pelo menos era assim que classificava. Amor? Para ele ninguém ama o desconhecido. É tudo uma questão de saber “onde se está pisando”. De apegar-se ao 1% de vantagens, com o gritante 99% de ônus. Tampouco poderia reservar para Karina um mero lugar no quesito “estar afim”. Certamente ela valia mais.

*****

Pedro se direcionava às escadas que o levariam à Ribalta, quando sentiu alguém puxando-lhe pelo braço.

– Oi, gatinho. Você saiu que eu nem vi... –enrolava uma mecha do cabelo.

– Pô, foi mal, Pri. A gente tinha combinado de sair depois do show, não foi? – ela confirmou – Eu tava com uns problemas aí e...

– Relaxa, não precisa se explicar não. – aproximou-se dele – a gente pode marcar pra outro dia. O que você acha? – acariciou o braço que estava desocupado, com o outro, Pedro segurava a guitarra.

Formulava um fora não tão desagradável. Mas, era uma tarefa difícil, até porque fora era fora. Sua finalidade baseava-se em deixar alguém decepcionado, frustrado.

– Olha, eu acho melhor n... – emudeceu. Focou sua atenção no casal à frente e na cena ridícula, segundo ele, que reproduziam. O seu “querido priminho” provocava a lutadora, que aplicava leves golpes nele. Era óbvia a real intenção de Cobra. Aquele sorriso de satisfação ao tê-la bem perto do seu corpo o nauseava. Pri estalou os dedos na frente do garoto, olhando para o mesmo lugar que ele:

– Eles formariam um casal bonito, né? – Pedro não concordaria com aquilo nem em seus sonhos mais loucos.

Karina percebeu a presença deles e Pedro desviou o olhar, enquanto Pri continuava falando coisas que não eram de seu interesse. Mas olhando os lábios da garota se movendo, só pensou em fazer uma coisa. Assegurou-se de que a loira prestava atenção e mordiscou o lábio de Pri, aprofundando o beijo em seguida.

Avidamente interrompeu, fazendo com que uma expressão de dúvida se imprimisse no rosto de Pri e logo sendo substituída por uma real satisfação. Aquilo fez com que Pedro se repreendesse. Que atitude era aquela? Parecia com aquele mesmo garoto de oito anos tentando provar que tinha o melhor brinquedo. Mas, dessa vez havia usado uma garota para atingir o outro casal. A troco de quê? E, principalmente, por quê?

*****

Cobra estava prestes a zoar Karina novamente, quando notou seu olhar fixado em algo, ou melhor, alguém. Cogitou a ideia de uma possível relação entre ela e seu primo, mas preferiu descartar, leia-se, iludir-se. Simples: efeito colateral do sentimento que nutria.

Quando se preparava para falar com ela, ouviu sua voz, com tom sério, chamando-o:

– E então? O que acha?

– Desculpa, K. Eu não ouvi...

– Sugeri que fizesse sua matrícula logo. Minha irmã é a responsável por essa parte e acabou de chegar – apontou para Bianca.

– Tá, beleza. Mas, me leva até lá? – fez a típica cara da Chiquinha, quando Seu Madruga lhe negava um pedido.

– Ok, satanás! – empurrou-o até a sala da irmã.

– Eu sou de Jesus, irmã. – brincou, recebendo um tapa da “delicada” Karina.

[...]

Enfim foi matriculado no tão conhecido “Centro de Artes Marciais do Gael”, despedindo-se de Karina. Por sua vontade ficaria muito mais, porém a inauguração do restaurante seria naquela semana e ele, como futuro administrador de lá, tinha que estar a par das decisões.

Gael continuou com sua aula, após ser interrompido pela filha caçula, que pedia permissão para se retirar. Estava a caminho do vestiário, quando escutou o chamado da irmã.

Virou-se a contragosto. Se Bianca esteve chateada ontem, bom, agora era a vez dela.

– K, eu...

– Karina. – interrompeu, seca.

– Me escuta – suplicou. – Desde aquela briga eu fiquei tentando criar coragem pra falar contigo. Karina, quando a mamãe morreu, naquele acidente de carro, você e o papai se tornaram a minha família, minha única família. Apesar de ninguém me obrigar a ter essa responsabilidade, eu sinto que devo cuidar de você, sei lá, eu só sinto. E não é bem isso que eu tenho feito – lágrimas começaram a tomar conta do seu rosto – Eu realmente sinto muito por não conseguir ser aquilo que, com certeza, a mamãe seria pra ti. Por favor, me desculpa K. Desculpa por ter lhe dito coisas horríveis ontem à noite. Eu te amo muito, muito mesmo e peço desculpa por não lhe passar confiança, por achar que já fiz o meu melhor, representando tão mal o meu papel de irmã. – completou com a voz trêmula.

Karina abraçou-a, igualmente chorando. Não suportava demonstrar vulnerabilidade, mas nunca tivera um momento daquele com Bianca.

– Você confia em mim, Bia? Acredita que aquela história com o Duca não foi de propósito? – afrouxou o abraço, para encara-la.

– Acredito, K. Eu acredito. – Abraçaram-se novamente.

*****

Aquele parecia um típico momento, no qual bastava o fechar dos olhos, para o tempo dar um salto. Fora naquilo que Cobra pensara durante todo o dia. O grande dia. A inauguração do “Perfeitão”, nome que ele mesmo sugeriu.

“Perfeitão, tipo eu.” Dizia, tentando ignorar as ironias e palhaçadas de Pedro.

Seu relacionamento com Karina estava cada dia melhor. Os dois se entendiam como nunca, inclusive, nas poucas aulas que fazia sempre a escolhia como parceira de treino e vice-versa. Gael fazia vista grossa, principalmente, após Dandara reclamar de sua proteção exacerbada. Essa, por sua vez, prestava um pequeno favor ao sobrinho, que há poucos dias havia revelado estar gostando da menina. O que, indiscutivelmente, era música para os ouvidos de uma candidata a cupido.

[...]

Após mais uma briga pelo chuveiro, na qual sempre abusava dos seus dotes marciais e ganhava, Karina foi como um furacão para a cozinha, já esperando um jantar maravilhoso, que Bete habitualmente preparava durante a tarde. Mas, tudo o que havia sobre o fogão eram panelas vazias:

– Ô, pai – caminhou até a sala, interrompendo Gael em sua leitura do jornal. – A Bete não preparou o jantar e...

– Eu sei – deu um sorriso de canto de boca.

– Mas, o que a gente vai comer? Ó, cê sabe que eu com fome fico mal humorada! – retrucou.

– Jura? E com sede, frio, calor, sono... – debochou, recebendo uma careta de reprovação da menina. – A gente vai jantar fora! – desistiu da leitura, posicionando-se de pé.

– Oba!!! – Bianca surgiu na sala, penteando o cabelo. – Em que lugar?

– No “Perfeitão”. Restaurante da Delma, irmã da Dandara.

Karina lembrou-se do convite que Cobra a havia feito. Nem poderia ficar de papo com ele, já que estaria no caixa o tempo todo.

– Vamos logo!!! – A loira apressou.

– Hum...Isso tudo é animação pra ver o filho da Dandara?

– Também quero saber, Karina! – exclamou Gael.

– Ai, desnecessário isso, Bianca! E você pai... Por favor, né? Ninguém merece! – resmungou.

[...]

Como o combinado, Nando tocava na abertura do restaurante, que por sinal, estava cheio. Gael chegou acompanhado das filhas, sorrindo discretamente ao notar a professora de canto. Junto dela estava Pedro, que para provocar, mandou beijo para Karina. Nessa hora ela usou de todo o seu autocontrole para evitar xingá-lo ali mesmo, com isso, apenas bufou, buscando um lugar para sentar.

Aproveitando que Gael foi cumprimentar seus conhecidos, Karina questionou o silêncio da irmã:

– É o Duca, né?

– O que?

– O motivo dessa sua cara aí... – assistiu Bianca remexer o saleiro – Tá triste porque ele não veio?

– Na verdade eu tô até aliviada... - suspirou – Não sei se no momento seria uma boa, nós dois conversarmos. Eu só consigo lembrar daquele maldito show! Não nos falamos mais depois daquilo e acho até bom. – pigarreou vendo que Gael retornara.

[...]

A inauguração estava sendo um sucesso. O tempero de Marcelo havia conquistado todos os clientes e a simpatia de Delma na recepção era destacável.

Bianca estava toda empolgada com a presença dos colegas: Lírio, Guta, Wallace, Ruiva e Rico. Que a convite de Pedro foram prestigiar o negócio dos seus tios. Karina perdera a conta de quantas vezes telefonara pra Mari, mas sempre dava na caixa postal e Jeff já havia mandado uma mensagem dizendo que não viria. Resumindo: teria que aturar até o fim da noite a reuniãozinha de Bianca com os colegas, que ela mal conhecia e Pedro. Sim, ele se direcionou ao grupo, junto com João.

– Acho melhor a gente ir embora... O show do Nando já tá acabando, já jantamos, tava tudo ótimo, mas, amanhã acordamos cedo. – disse Rico para a irmã, que desaprovou a ideia.

– O QUÊ? Nem invente, maninho. Não temos nem duas horas de relógio aqui.

– A Guta tem razão, ainda tá cedo... – opinou Ruiva.

– Acabei de ter uma ideia – iniciou Lírio e quase que automaticamente o pessoal revirou os olhos. Sempre as ideias dele eram furadas. – E se a gente jogasse verdade ou consequência?

Apesar de quase todos já serem maiores de idade, a brincadeira sempre era bem vinda. Era impagável ver formação de casais, pessoas envergonhadas, descoberta de segredos inimagináveis...

Aos poucos todos acharam a sugestão bem interessante. Bianca virou-se para a irmã, que se recostava na cadeira:

– Você vai, K?

– Eu não...

– Ih, esquece essa daí, Bianca. A única brincadeira que ela gosta é a de atacar os outros. – disse Pedro, fazendo a menina oferecer-lhe o dedo do meio.

– Tá, mas e a garrafa? – indagou Guta.

– Eu peço à minha tia.

Pouco tempo depois, Pedro retornara com uma garrafa de refrigerante em mãos. E deram início à brincadeira:

– Guta, se você tivesse que escolher alguém de lá da Ribalta pra ficar, quem escolheria? – perguntou Bia para a dançarina.

– Ai, papai! – disse Wallace empolgado, esfregando as mãos uma na outra.

– Ok, concordo com o meu irmão, já está tarde...- brincou, fingindo que ia embora.

– Aquieta esse traseiro aí e responde minha pergunta!

– Bora, Guta! Responde! – disse Rico, extremamente bravo.

– Relaxa aí, moleque! – interviu João.

– Se é pra citar um nome eu diria o Lírio. Mas, isso não significa que eu quero ficar com ele, ok gente? Tipo, não, eu não estou dizendo que o Lírio não é uma pessoa desejável pra se ficar, eu só... Ai, eu não ficaria com ninguém, tá bom, Rico? – embolou-se na explicação.

– Não, fica tranquila, a gente entendeu... – pronunciou Ruiva - Se não fosse pelo seu irmão, tu pegava o Lírio, né isso? – todos gargalharam menos Rico, Guta e Lírio. Os dois últimos, então, estavam mais do que envergonhados.

[...]

– Fala sério, eu tenho que perguntar de novo?

– Deixa de ser reclamão e pergunta logo! – comentou João, dando um tapa na nuca de Wallace.

– Deixa eu ver...- coçou o queixo – Já sei! Ruiva, quais os meninos que você mais repara? Tipo, tanto da Ribalta quanto da academia... – começou a se arrumar, fazendo todos rirem.

– Além de você, chuchu... – brincou, apertando suas bochechas – O Lírio, mas não se ache, tá? – deu língua para o menino – E o Pedro.

Imediatamente Karina deu uma gargalhada escandalosa. Fazendo todos da mesa encara-la.

– Tá, tudo bem aí, ô esquentadinha? – perguntou Pedro cinicamente.

– Tudo ótimo! – respondeu igualmente.

– Na boa, se casem! – disse João.

– NUNCA – responderam os dois, em uníssono.

– Aliás, bem que ela queria, Johnny. Também, um gato como eu... – tirou a franja do rosto.

– Gato? – riu - Ah, claro e eu sou Dercy Gonçalves! - contestou Karina.

– Bom, se tiver a safadeza dela... Por mim tudo bem. – piscou safado e ela deu um tapa na própria testa.

– Já chega, né? – Bianca interferiu – Vamos logo continuar com esse jogo porque se deixar, esses dois ficam discutindo até a madrugada!

[...]

– Eita, Pedrinho...Verdade ou consequência? – perguntou Bia para o garoto.

– Vou de consequência. Essas perguntas de vocês aí, não tão dando certo não! – riu.

– Ok. Alguma sugestão galera?

– BEIJO! Tem que ter algo a ver com beijo! – gritou Guta.

– Ih, depois que o Lírio falou aquilo ela tá toda saidinha... – disse Wallace.

Minutos antes, fizeram basicamente a mesma pergunta de Guta para Lírio e ele deu a entender, nitidamente, que ficaria com a menina. Mais uma vez todos riram, enquanto eles ficavam sem graça.

– Certo. Então o Pedro vai ter que beijar alguém daqui. – Instantaneamente, todos voltaram a atenção para uma pessoa:

– Ah, nem vem! – disse Karina, levantando afobada.

– Quê que foi, esquentadinha? Tá com medo de se viciar, é? – fez biquinho para ela.

– Deus é mais! Sonha, garoto!

– Então deve ser porque não sabe beijar direito...

Todos gritaram um “UUH..”, seguido de um “EU NÃO DEIXAVA”, de Lírio, desafiando a lutadora.

Karina viu Cobra se aproximar e viu-se num daqueles filmes em que lâmpadas se acendem por uma ideia brilhante. Pois é, ela tivera uma.

– Jura, Pedro? Eu acho que não...

Puxou o administrador pela camisa e beijou-o calorosamente. Cobra de início ficou estático, pela atitude repentina da garota, mas depois recobrou os sentidos, passando as mãos por toda a sua nuca. Pedro não tinha nem reação e Bianca sorria de orelha a orelha, empalidecendo de imediato ao ver quem se aproximava:

– KARINA!!!! – Bradou Gael, chamando a atenção de todos.

– P-pai, e-eu... – gaguejou, completamente assustada.

– Quer dizer que sua diversão agora é sair caçando bocas por aí, né? – interpelou irônico. – E você moleque? Acho que devia estar no caixa e não atracado com a minha filha! – exclamou, aumentando o tom de voz.

Pai, olha o vexame... – sussurrou Bianca.

–Fala sério, né Seu Gael?– disse Dandara – Vem, Cobra. O expediente ainda não acabou. – chamou o sobrinho.

Enquanto os dois se afastavam, a menina chamava o pai no canto.

– Olha, o Cobra não tem nada a ver com isso! Eu estava jogando com os meninos e acabei cumprindo uma aposta, tá bom? – respondeu emburrada, omitindo o motivo real.

– E precisava agarrar o garoto na frente de todo mundo? Vão achar até que você é uma menina atirada!

– Ah, claro, porque quando olham pra mim é exatamente isso que pensam...Que eu sou atirada. – ironizou. – Quer saber? Fui! Já perdi o resto de paciência que eu tinha essa noite!

Saiu, sem ao menos se despedir.

– Karina eu ainda não terminei! Volta aqui, Karina! – preparou-se para segui-la, quando Bianca interrompeu, segurando o seu braço.

– Deixa ela, pai. Eu hein, parece que esqueceu que já foi adolescente! – cutucou-o, fazendo cócegas na região próxima às costelas.

– Acho que esqueci sim... Só não me esqueci de ser pai! – resmungou, enquanto era puxado pra dentro do estabelecimento.

******

– Espera aí, esquentadinha!

Gritou Pedro, tentando alcança-la.

– Deu pra me seguir agora, foi? – agilizou os passos, mas ele conseguiu contê-la, virando-a para si.

– Só quero o que é meu por direito, ou melhor, por consequência... – sorriu torto, se aproximando dela, mas foi barrado pela mão da garota que pressionava o seu peitoral.

– Ai garoto, pede! Lá vem você com essas gracinhas de novo!

– Não tem gracinha nenhuma. Eu fui desafiado e vou cumprir o desafio. Nem adianta me bater... – olhou para os lábios rosados a sua frente e tomou-os com volúpia.

Karina sentiu todo o corpo estremecer. Ao mesmo tempo em que ele a tocara com extrema sutileza, explorava seus lábios impetuosamente. Aproveitou-se da pouca resistência da menina, para distribuir-lhe pequenos carinhos em toda a extensão das costas. Aquele havia sido o máximo de tempo que passaram juntos sem brigar. Pedro sorriu durante o beijo, ao pensar naquilo. Aos poucos, o ar tornou-se escasso e levemente aturdido, ele dava curtos passos para trás, levando-a consigo.

Karina enfim abriu os olhos, não acreditando no que acontecera ali. Antes que o momento pudesse ser estragado por mais uma discussão deles, Pedro adiantou-se:

– Vou te deixar em paz agora. – proferiu com a voz falha, retornando para o restaurante.

Ela permaneceu calada, em choque, seguindo o caminho que trilharia, antes de tal interrupção.

******

Gael bebericava um drink, quando sentiu o celular vibrar em seu bolso.

“Será que esse pai ciumento teria um tempinho pra mim?”

Era uma mensagem de Dandara. Sorriu, respondendo-a. Havia combinado de encontra-la. Verificou que ninguém estava prestando atenção e seguiu para o lado de fora do restaurante, mais precisamente, numa área pouco habitada naquele momento, próxima à praça. Não demorou muito e a professora de canto apareceu, com um sorriso reluzente.

– Tava querendo falar com você, Gael...

******

– Ah não... Só pode ser sacanagem!

Resmungou a esquentadinha ao perceber que deixara a chave no restaurante. Ficara tão irritada com o ataque do pai, que saiu sem ao menos pegar suas coisas. Era tarde, fazia frio e ela já estava na porta de casa, mas não havia outra coisa a ser feita. Até seu celular ficara no “Perfeitão”... Teria que retornar.

[...]

– Tá falando sério? – perguntou sorridente à mulher.

– Sim. Você tem razão... Não somos mais adolescentes pra ficarmos com essa coisa de namoro escondido. Eles já têm idade o suficiente para aceitar o nosso relacionamento, Gael.

– Até que enfim, você concordou comigo! – sorriu, abraçando-a.

– E aí? A gente faz um jantar, um almoço, ou algo do tipo pra contar a eles? Sei lá, uma reunião descontraída, talvez?

– Pra mim qualquer coisa tá bom. Desde que a gente assuma logo e viva a nossa história. – puxou-a pra si – Eu tava com saudades de você. Não nos encontramos esses dias...Acho que eu mereço um beijo. – sussurrou.

– Eu também acho... – envolveu seus braços ao redor do pescoço dele, chocando seus lábios.

– QUE PALHAÇADA É ESSA AQUI?


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Notas finais do capítulo

EITAAAAAA, E AGORA? #DANDAEL PEGOS NO FLAGRA!!! :SSSS
Espero que vocês tenham gostado...Beijo, beijooo! :*
PS: quero mandar um agradecimento do tamanho do mundo para " Alexis R" !!! Menina, você me fez surtar de alegria com seu comentário! uahsaush >.